Thug Love escrita por Maria, Sarah Luiza


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem, gente? Demorei, mas voltei rsrs.
Hoje veremos um León mais inseguro e pensativo.
Obrigada a ForeverMee, Stilinski, Lydia, por favoritar a fanfic.
Espero que gostem, beijos.



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Capítulo 11 - Thug Love

Eu e Federico andávamos tranquilamente pelas ruas de Geórgia. Conversávamos sobre os assuntos dos negócios, e também sobre Diego. Fiquei bastante surpreso quando Federico disse que ele anda se relacionando com uma garota, é está se relacionando serio. Isso é bastante estranho, uma vez que ele é o maior galinha que eu conheço.

E de todas as atitudes – suspeita – que o Fede disse que o nosso amigo anda mostrando, sou obrigado a confessar que tenho certeza que ele está mesmo apaixonado. Agora resta apenas saber por quem.

Afastados das garotas — que naquele momento, devem estar em algum shopping — nós dois resolvíamos as coisas da viajem. Eu não gostava de ter que estar sempre me mudando, mas pela segurança da Violetta, eu farei isso sem nem ao menos hesitar.

— Eu acho que não é uma boa ideia voltarmos — resmunga Federico, depois que eu peço pra que ele ligue para o Diego.

— Por que não? — indago confuso.

— Eu saí de lá as pressas porque me meti em uma confusão e não queria que isso estragasse os nossos negócios, mas o cara ainda está lá e louco para revidar a surra que eu dele com uma bala atirada na minha garganta — disse um tanto quanto apavorado.

— Droga! Eu não posso ficar mais tempo aqui, cara. Minha relação com a Violetta não anda das melhores e se eu disser a ela o nome de todos os que querem nos matar... ela vai enlouquecer. — paramos de andar por um momento, e começamos a conversar mais baixo, para não chamar atenção.

— Se nos formos mesmo para Buenos Aires, você não poderá mais fazer as coisas através das sombras, porque muitos ali já descobriram sua identidade, é estou loucos para te matar — repetiu a mesma coisa que me disse, desde que iniciamos essa conversa.

— Eu sei disso, seu desgraçado — resmunguei irritado. Ele revirou os olhos. — Pare de me lembrar das coisas que eu já sei — falei a última frase com mais raiva ainda.

Federico suspirou, enquanto passava as mãos por suas madeixas. Meu amigo parecia frustrado, e chateado. Toda essa situação, a vida que nós estamos levando é complicada. Definitivamente, muito complicada.

— Estão eu direi uma coisa que você não sabe... — começou, em um tom levemente serio; roubando minha atenção. — O seu pai está em Buenos Aires, cara.

Aquela, sem duvidas, foi a pior coisa que ele poderia ter me dito naquele momento. Lembrar do meu pai era demasiadamente doloroso; e lembrar dele quando se está correndo perigo doi um pouco mais.

— Tá falando serio? — perguntei meio grogue.

— Sim — concordou com pesar. — Eu o vi perto do seu antigo apartamento há cerca de uma semana atrás.

— Porque que você não me disse isso antes, cara? — indaguei um tanto quando revoltado.

— Pensei que não faria diferença — suspirou, dando uma breve pausa entre as falas. — Você tem problemas bem maiores do que o seu pai.

— Eu sei disso — ralhei, bagunçando minhas madeixas, em um ato inútil de me acalmar.

O italiano ao meu lado começou a embarcar em uma conversa ridícula sobre a tediante vida amorosa de Diego, e tenho certeza que o mesmo fez isso para aliviar a tensão que se formou. Mas não poderia estar de outra formar com a noticia de que o meu pai está na Argentina.

Parece que o destino não quer que eu volte para a casa.

Vamos lá, cara. Esqueça isso... — a mão de Federico tocou meu ombro, amigavelmente. — Podemos arranjar outro lugar para irmos. — sugeriu.

— Esse é o problema — iniciei minha fala com o tom de voz melancólico — Não quero mais ficar fugindo. Nem sei mais se quero essa vida para mim e para a Violetta — confessei, chateado.

— Do que você está falando, León? — perguntou.

Suspirei pensativo. As coisas não estavam indo como eu planejava e talvez fosse a melhor hora de dar um fim nisso tudo. Ter uma vida tranquila e começar a agir com maturidade.

Não dá mais para pensar somente em mim. Tenho que pensar na Violetta. Ela não merece viver fugindo; sei que o seu desejo, agora, é criar uma família, e talvez seja o meu também.

— Sabe qual é o verdadeiro motivo de... de eu não querer um filho? — os olhos confusos de Federico me responderam que não, ele não sabia. — Eu tenho medo de não ser um bom pai — minhas palavras saíram tão rapidamente que nem ao menos sei se o meu amigo as ouviu. — Tenho medo de ser como o meu pai.

Meus músculos se relaxaram, como se eu tivesse tirado mesmo um peso de minhas costas. E, pensando bem, eu tirei.

Desde o dia em que a Violetta tocou pela primeira vez no assunto "família" isso vem me assombrando. Ela não sabia quem eu era de verdade, e quando soube, esse assunto murchou entre nós. Simplesmente não tocamos mais nele.

Contudo, com a gravidez e todo o resto eu me dei conta de que está na hora de repensar minha vida. Ou continuo esse "garoto rebelde", ou me torno o homem que a minha namorada merece.

— Você não pode estar falando serio, León — depois de alguns minutos de silencio absoluto, ele se pronunciou. — O seu pai é um covarde. Ele batia, bate, na sua mãe... ele batia em você. Isso é violência, covardia, e eu tenho certeza que você jamais seria capaz de levantar a mão para a Violetta — deu sua opinião.

— Talvez, mas ainda sim eu tenho medo — virei meu olhar para o lado, fixando-o na rua. — Vai que é genética e eu acabo herdando o género do meu pai — minha voz soou tão amarga. E sarcástica.

— Você é um idiota. Mas é um idiota do bem, que apesar de ter uma fixa suja, tem um bom coração — sorriu de lado.

Balancei a cabeça, colocando um breve sorriso no rosto. Empurrei o seu ombro de leve, o chamando para prosseguirmos a frente.

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Em uma pequena lanchonete, perto de casa, eu e Federico comíamos algo enquanto decidíamos o melhor a ser feito. Mandei uma mensagem para Violetta, mas fui completamente ignorado por ela. Sei que estamos passando por alguns momentos complicados, mas me lembro de ela ser mais compreensiva.

Acho que tudo isso mudou quando ela descobriu estar gravida. Aquele desejo veio a tona. Família, casa, casamento... Tudo o que minha namorada tem direito, mas que no momento não posso dar.

— O que você acha de Boston? — enquanto mantinha seu olhar fixado em seu celular, Fede indagou.

— Boston? Bom... parece uma boa ideia — dei de ombros pensativo. — Mas não sei se é uma boa opção de um lugar definitivo.

— Definitivo? — agora ele me olhava. — Está mesmo querendo abandonar tudo?

— Com tudo você está querendo dizer o crime? Sim, talvez — desviei meu olhar do seu, que por um acaso, estava irritado.

— León... — começou, em repreensão.

— É somente um pensamento. Nada certo. Eu apenas quero seguir meu caminho sem ficar pensando que alguém pode machucar aqueles que eu amo — suspirei, meio pensativo. Estava me estranhando. Desde quando eu penso no futuro ou se quer tenho medo dele?

— Eu entendo, mas ainda sim acho que... que — no começo da fala, ele me olhava, mas depois mirou sua atenção atrás de mim, e perdeu o rumo no que dizia, arregalando os olhos. — Aquele... aquele dali é o Alex? — ainda perplexo, perguntou.

Também confuso, virei meu rosto, dando de cara com o sujeito de sorriso sarcástico. Quando o mesmo viu que o olhava-mos, veio até nós, puxando uma cadeira e se sentando ao nosso lado.

— Como vão, desgraçados? — seu tom de voz mergulhava a odio. Contudo, ele não abandonava a expressão irônica.

— O que? Alex? O que esta fazendo aqui? — disparei perguntas, enquanto sentia minha face se envermelhar de raiva. — Como me achou, seu filho da puta?

— Ôh, Vargas, você ainda dúvida da minha promessa? — cada vez que seu sorriso aumentava, eu sabia que era a raiva que se alimentava dentro dele — De transformar sua vida em um verdadeiro inferno? De destruir tudo o que você presa?

— Cala boca e presta atenção — Federico tomou a redia da conversa. — Não queremos encrencas. Não aqui; não agora. Estamos em publico, então aja como uma pessoa normal, e não como o psicopata delinquente que você é — ali entre nós três, cada vez mais, fuiscava a odio e raiva.

— Serei um bom garoto e irei embora — ergui a sobrancelha, não acreditando muito que ele esta desistindo assim tão fácil. — Até porque... — olhou para o lado. — sua mulher acabou de chegar.

Engoli seco. Violetta? Não, não, não. Péssimo lugar, péssima hora. O clima entre nós já não está nada bom, contar a ela mais coisas sobre o meu passado não iria aliviar a situação.

Levei meu olhar até a porta rapidamente, e suspirando aliviado ao ver que não é a Violetta. Contudo, é quase ruim quanto.

Emily.

— Ela não é minha mulher — murmurei, virando o meu rosto e tentando me esconder.

— Bom, vou comprar um café e ir para minha casa. Mas, não fique triste,, Vargas... Iremos nos ver muito ainda — riu maléfico – uma risada ridícula – e saiu.

Afinal, como ele sabia da minha "segunda namorada".

Olhei para o meu amigo que via Alex se distanciar com fúria, mas logo prestou atenção na minha professora, que pelo barulho dos saltos esta se aproximando cada vez mais.

— Finalmente irei conhecer a chata e irritante Emily — sussurrou ele para mim, e apenas o lancei um olhar furioso.

— León?! — a voz fina e enjoativa dela, soou contra minhas costas.

— Olá, Emily — forçadamente, tentei parecer animado.

E o desgraçado do italiano a minha frente só ria – disfarçadamente, mas ria.

Hoje será um grande e cansativo dia.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!



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