Convent Of Witches escrita por SelecionadaVoraz


Capítulo 2
Capítulo 02: My New Face


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito eu sei :c tava sem tempo e tal mas tai o segundo capítulo
queria agradecer a Leticia Monteiro pela ajudinha obg flor e a todos que estão curtindo a fic
o capitulo está um pouco longo mas vale a pena
Boa leitura *-*



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P.O.V - Andie

– após toda a perícia, tudo indica que foi suicídio.

– vocês estão completamente enganados, minha vó não teria nenhum motivo para se suicidar, ela foi assassinada e vocês tem que descobrir o culpado ! - depois de um tempo percebi que estava gritando com o policial.

– senhorita Moore examinamos cada canto da casa não a indícios de arrombamento, marcas de violência e nenhum outro DNA ao não ser o da sua vó, estamos há uma semana examinando a casa, olhamos todas as câmeras vizinhas e não há nada.

– e o que o senhor me explica da mensagem borrada em sangue...

– O corpo já foi liberado para o sepultamento, e meus pêsames. – não tenho mais forças pra discutir apenas o observo entrar em seu carro, sinto como se tivessem me cortado em pedaços já não consigo dormir porque sempre vejo aquela maldita cena em minha cabeça.

Rachel ainda está em estado de choque e isso me preocupa, sinceramente queria poder conforta-la mas ambas perdemos a última pessoa que nos restava agora estamos sozinha mas além da dor o que mais cresce em mim é o sentimento de vingança, esses últimos dias nos recebemos muito auxilio de nossos vizinho e até de pessoas que eu nem conhecia muitas palavras de conforto e a clássica pergunta o “vocês vão ficar bem ?” mas quando me lançam essa pergunta no fundo eu sei que eles não querem uma resposta, Rachel e eu temos dormido em um hotel no centro da cidade não suportaria ter que entrar naquela casa e lembrar das cenas mais horríveis de minha vida mas no fundo eu sei que mais cedo ou mais tarde eu teria que enfrenta-la.

۞۞۞

O funeral foi simples como Rachel é de maior ela assinou todos os papeis necessários e usamos umas economias, a casa é nossa por herança também temos dinheiro no banco e pelo que sei é o suficiente para nos sustentar por uns três anos.

– Acho que é hora de voltarmos pra casa. – termino de fechar minha mala, Rachel está com as dela pronta para partir, sua aparência está péssima mas isso não a deixa menos bonita, seus cabelos loiros estão presos em um rabo de cavalo ela está usando um vestido coco Chanel preto básico e um coturno.

– também acho, está pronta ?

– acho que sim. – sua voz soa rouca como se tivesse chorado a noite toda.

– foi bonito... – um sorriso triste se forma em seus lábios e percebo que ela se refere ao funeral.

– foi mesmo... – me sento na beira da cama e encaro meus pés.

– estamos sozinhas agora, quer dizer oficialmente não temos ninguém e ai eu me pergunto qual é nosso problema e se a gente possuí algum tipo de maldição porque todos aqueles que nos amamos morreram. – ela se senta ao meu lado e me encara e percebo as lágrimas rolarem em seu rosto.

– você ainda tem a mim, e eu tenho você. – seguro sua mão e de repente eu a envolvo em meus braços, tentando transmitir um pouco de conforto.

– juntas. – sussurro

– pra sempre ? – ela pergunta

– sempre.

Ainda consigo sentir o cheiro de sangue fresco no ar e isso me dá náusea, ao atravessarmos a sala entramos na cozinha tudo ainda está em seu lugar, na bancada vejo uma cesta com bolinhos de banana com caramelo os meus favoritos mas alguns estão começando a mofar já que devem estar ali desde da terrível noite. Rachel encara a poltrona vermelha aonde vovó costumava sentar-se para relaxar os “quartos” é assim que ela se referia ao seus avantajados quadris, deixo as malas nas sala, toco no corrimão da escada a tinta está descascando, pelo que sei aquela casa existe desde que vovó Lea se casou a última vez que ela retocou a pintura eu tinha sete anos de idade.

Rachel sobe as escadas lentamente e em apenas uma troca de olhar sei que ela quer que eu a acompanhe, e cada degrau é uma tortura para nós duas ao chegarmos no corredor vejo que o piso de madeira foi polido, mas no meu subconsciente vejo os rastros de sangue levando a o meu quarto.

– quer entrar em seu quarto ? – Rachel pergunta encarando o local como se fosse um enorme monstro prestes a engoli-la.

– não.. agora não . – entro no quarto de Rachel, tudo está exatamente no mesmo lugar, ela entra depois de mim, sua expressão facial fica mais tranquila.

– aonde vai dormir ? – pergunta

– por enquanto na sala. – digo meia sem graça

– o que iremos fazer com as coisas dela ?

– não sei... agente pode ver isso outro dia eu estou esgotada.

– está bem.

Fico parada encarando a janela o dia está nublado porém a temperatura é abafada.

– não acredito que ela se suicidou... – Rachel solta as palavras com amargura.

– ela foi assassinada Rachel !!

– ah é e por quem ? não tem os fatos..

– ela não iria fazer isso com a gente.

– Então como ela morreu Andie !!! – sua voz soa embargada ela começa a chorar

– não sei.. mas eu vou descobrir. – sinto minhas bochechas esquentarem, caminho em direção a porta .

– você viu os jornais ? – ela pergunta.

– não. – ela me entrega um e na capa está escrito “Em Forwood moradora se suicida deixando duas netas, o que a levou a fazer tamanha barbaridade ? “ jogo o pedaço de papel no chão e saio.

۞۞۞

No dia seguinte não comentamos nada sobre o assunto “Suicida”, de manhã Rachel resolve desabafar sobre o que senti e isso me conforta porque isso significa que ainda somos confidentes, no almoço encomendo comida para nós duas, nas ultimas horas recebemos pelo menos uns cinco telefonemas de alto apoio Rachel decide arrancar o telefone do gancho por mais que sejam boas intenções isso realmente enche o saco.

Finalmente anoitece Rachel é a primeira a adormecer já eu fico na sala assistindo alguns seriados, assim que me sinto entediada desligo a televisão e subo as escadas rumo ao quarto de Rachel para conferir se está tudo certo. Ela dorme tranquilamente fecho a porta com cuidado, não consigo ignorar o meu quarto logo no fim do corredor, são horríveis lembranças e realmente é como se um monstro estivesse a minha espera então ando cuidadosamente até a porta assim que a cruzo vejo todo aquele filme novamente e isso me sufoca, lembro-me do “shh” escrito com o sangue de minha vó, e o que isso significa.

Meu quarto é enorme uma vez vovó disse que ali foi um escritório do seu falecido marido, me aproximo da janela e observo o crepúsculo da noite logo em algum lugar o seu assassino está por ai, eu sei que ela não se suicidou posso sentir isso. Dou alguns passos para trás e sinto o chão ranger sob meus pés apesar da madeira ser um pouco velha ela sempre foi bem cuidada e nunca aparentava barulhos ou qualquer coisa do tipo.

Avisto uma tabua a solta logo em baixo da cama seus pregos parecem frouxos , empurro-a para o lado e acendo a luz do quarto para iluminar o local, dou alguns toques com a palma da mão na tabua e ela parece oca como se algo estivesse sobre ela tento puxa-la para cima mas é inútil.

– que foi ? – Rachel está parada na porta sua voz soa sonolenta

– me ajuda aqui. – agarramos a tabua e forçamos ela puxando-a para cima mas ela parece emperrada

– por que estamos tirando um pedaço de madeira do chão ? - Rachel pergunta confusa

– tem algo aqui em baixo, pegue algo pontiagudo . – peço, Rachel desce as pressas enquanto tento espiar o que há em baixo daquele pedaço de madeira velha, Rachel chega com uma faca.

– foi a primeira coisa que eu pensei. – forço a faca sob a madeira empurrando-a para cima e Rachel me ajuda assim o ela se solta puxo a tabua com cuidado, há uma cordinha presa a um prego, desfaço o nó devagar.

– Não tem nada aqui. – Rachel diz

– Olha direito. – há um buraco, coloco meu braço e apalpo o chão tentando calcular sua profundidade, e pelo que sei não é tão fundo assim, vejo teias de aranhas abandonadas e muito pó.

– Ei ! – digo. – tem alguma coisa aqui no fundo. – retiro uma caixa de madeira pelo visto parece ser bem velha, Rachel me olha confusa o objeto é um pouco pesado então coloco ele em cima da cama, abro o fecho.

– o que tem ai ? – pergunta Rachel

– fotos antigas, um colar antigo e um livrinho.. – as fotos são mesmo bem antigas sinto o cheiro de pó exala o ar e Rachel começa a espirrar já que ela tem sinusite, as fotos são de uma mulher pelas roupas que veste e pela paisagem a foto é dos anos 80 ou 90 e foi tirada aqui mesmo em Forwood.

– será que são de outros donos ? – Rachel pega o colar e o examina.

– impossível essa casa foi construída pelo marido da vovó Lea e não saíram daqui desde então.

– então é a vovó ?

– muito jovem pra ser ela.. sem ofensas. – Rachel ri.

– essa mulher não é a ... sua mãe – Rachel pega as fotos e as olha, na primeira foto uma moça de cabelos castanhos, sorriso largo e olhos de um tom castanho mel ela está abraçada com um rapaz loiro de olhos azuis parecem felizes e apaixonados, pergunto me se ele é meu pai já que minha vó nunca me falou quem ele era apenas que ele faleceu mas também não revelou mais nada, e também nem me atrevi a procurar, na segunda foto lá esta a moça beijando o rapaz eles estão sentados em uma poltrona vermelha a mesma da vovó Lea, na próximas fotos vejo ela e outras quatro garotas uma delas se parece muito com Rachel, loira olhos verdes porém o cabelo é cacheado, na próxima foto ela está gestante parece exalta mas mesmo assim esboça um sorriso tímido.

– é a minha mãe. – sinto uma dor atravessar meu peito, sinto alegria também por achar aquela caixinha olho no verso das fotos e todas estão com o nome dela “ Melissa Price “ na foto que aparece ela e as garotas vejo que a loira é a mãe de Rachel todas com um vestido preto no verso da foto está escrito “Saudades Jeniffer Moore 1998 “

– meu Deus ! – diz Rachel

– é as nossas mães ! – não procuro disfarçar meu nervosismo

– isso é loucura. – Rachel olha pra foto seus olhos se enchem de lágrimas – ela morreu um ano depois que eu nasci.

– e esse colar ? – pergunto, Rachel me entrega é uma pedra vermelha escura parece um rubi de tão linda que é.

– isso é uma caixa secreta da sua mãe ? – Rachel pergunta

– deve ser, será que a vovó sabia ? – pergunto, ainda com os olhos focados nas fotos.

– acho que sim.

– esse deve ser meu pai – mostro a foto do casal

– eles eram lindos, minha mãe era linda .- a voz de Rachel soa triste como se recebesse um soco cada vez que olha as fotos, pego o livro ele deve ser velho as páginas estão amareladas e bem velhas sua capa é verde escuro quase preto, assim que o abro vejo várias páginas com escrituras estranhas algumas com nomes estranhos, com símbolos como se fosse um livro, nas ultimas páginas parece que serviram de diário para minha mãe, logo na ultima página parece uma carta.

“ Minha querida filha, faz duas semanas que você nasceu, nesse ano 1998 sofri tantas perdas agora deixo você sobre os cuidados de Lea minha adorável amiga que sempre cuidou de mim logo agora ela terá dois bebes lindo para cuidar, se você está lendo isso é porque já tem idade o suficiente para saber o que vem na frente, nosso ou melhor, o seu sangue agora está predestinado a saber a verdade quem você é, pessoas más virão atrás de você porque agora sua energia está mais forte, demônios virão atrás do seu sangue por isso não mostre essa carta a ninguém, não confie em ninguém você é meu bem mais precioso e saiba que eu te amo tanto meu amor, nesse livro tem tudo que precisa saber, e pessoas virão atrás desse livro e precisa guarda-lo como se fosse sua vida, deixo essas fotos como recordação seu pai ele não ficou vivo para saber da sua chegada mais saiba que seria muito amada por ele por nós dois, você é uma bruxa Andie você é uma “Price” por isso deixo esse colar onde tem a minha fonte de magia reconecte esse colar com os nosso antepassados assuma seu posto, confio em você meu amor e os impeçam que eles a libertem.

Amo você infinitamente assim como as estrelas

Sua mãe. “

– não ! o que diabos é isso ? – estou em pânico, apenas sinto as lágrimas deslizarem pelo meu rosto.

– isso.. é loucura. – Rachel pega a carta da minha mão e olha o verso.

– vovó sabia disso e ela nunca me contou – sussurro para mim mesma, apenas sinto uma pontada de dor.

– tem um endereço. – Rachel me entrega o papel e nele está escrito um endereço até então desconhecido por mim.

– deve ter as respostas.... dessa loucura, espera você é uma bruxa . – Rachel me encara assustada.

– agora nem eu sei mais quem eu sou. - deslizo minhas mãos pelos meus cabelos tentando procurar uma solução, tentando aliviar a tenção.

– todas essas garotas na foto são bruxas ? – Rachel pergunta com uma cara de dor.

– não sei, acho.. que sim e.. se você ? – arregalo os olhos – Deus como isso pode estar acontecendo com agente agora. – ando de um lado para outro.

– vamos ir até esse endereço. – Rachel diz

– Não !! , pode ser perigoso.

– sua mãe que recomendou, ela não iria mentir. – aquelas palavras me assustam

– não quero isso pra mim. – digo um tanto magoada

– eu vou estar aqui com você. – Rachel me abraça, e isso alivia um pouco mas aquelas palavras voam pela minha cabeça “ bruxas” “sangue” “Price “ “poder” “demônios”.

– nessas ultimas semanas aconteceram tanta coisa. Rachel sussurra

– podemos saber quem matou a vovó. – digo

– acha ainda que alguém a matou ?

– e você ainda tem dúvidas ? – ergo a sobrancelha, e Rachel bufa frustrada.

Aquilo parecia tudo surreal parecia um sonho mas no fundo, algo dentro de mim gritava dizendo que não, talvez eu fosse mesmo especial e até Rachel também mas sinceramente não quero uma vida dessa pra mim mesmo que desonre a carta de minha mãe.

No dia seguinte Rachel e eu planejamos ir ao “tal” lugar que pode ser nossa única chave, não consegui dormi apenas tenho relido aquela carta várias vezes, até folheei o livro e pelo que parece é um livro de feitiços da nossa família, há algo grande e perigoso no meio disso tudo e tenho medo de cavar, porque temo que posso estar cavando para a minha própria morte.

Dirigimos por uns 30 minutos, entramos sorrateiramente por uma estrada fechada logo no meio da floresta, assim que chegamos no famoso endereço vejo um longo e extenso muro no qual a floresta começa a engolir aos poucos.

– não tem ninguém aqui, vamos embora. – Rachel parece nervosa ela se vira rumo ao carro mas pego seu braço e revira os olhos.

– vamos dar a volta. – caminhamos apressadamente o lugar me assusta e depois de um tempo penso que aquilo mesmo está acontecendo e que não é um sonho eu sou uma bruxa tenho sangue de bruxa e isso começa a soar estranho até pra mim. Há um buraco no muro, assim que atrevêssemos esse buraco avisto uma enorme casa que parece mais um convento.

– Estamos no lugar certo ? – Rachel examina o lugar

– estamos. – um longo jardim se estende com vários tipos de plantas, parece um hotel, suas paredes são de concreto e claro estão pintadas em um tom de bege, a porta é de madeira e não tem campainha, engulo o seco e bato na porta, esperamos uns três minutos ninguém atende assim que nos viramos para ir embora ela se abre, uma mulher das faixa dos quarenta anos nos atende ela tem os cabelos pretos e seus olhos se redondos e verdes.

– oi, sou Andie... Price . – digo tento esboçar um sorriso mas, falho.

– sou Rachel Moore. - ela parece não estranhar, seus lábios formam um sorriso sínico.

– precisamos de respostas.

– eu sei exatamente quem vocês são, estávamos aguardando esse dia sou Tereza Miller , entrem. – ela abre passagem, e fico impressionada com o local é bem simples várias pessoas nos encaram, o chão é de mármore branco as paredes tem uma cor bem rustica.

– me sigam. – caminhamos junto com Tereza, ela tem o corpo bonito e tem um ar naturalmente jovem, entramos em uma sala como a da minha diretora do colégio.

Vejo três garotas, todas devem ter a minha idade, uma delas é ruiva e nos encara friamente.

– são elas ? – a ruiva pergunta para Tereza.

– claro que sim né, se não elas não passariam pelo portão. – diz uma das garotas.

– oi ? – pergunta Rachel confusa. – olha apenas queremos respostas. – ela diz impaciente

– e terão. - a ruiva diz com um sorriso malicioso.

– a primeira pergunta é o que realmente eu sou ?

– você não sabe ? – Tereza pergunta surpresa.

– sei.. mas não quero acreditar... – digo

– simples querida, vocês duas são bruxas. – a ruiva se aproxima calmamente e com frieza como uma víbora prestes a dar o bote, seus cabelos são longos e ruivos, olhos zuis e seu sorriso é intimidador.

– então é verdade...- Rachel me encara

– ai por favor sem drama, vocês vão se acostumar claro que pra quem tem o sobrenome como o de vocês achei que fossem mais inteligentes.

– quem é você ? – pergunto ríspida

– sou Katie Miller muito prazer.

– eu sou Camille South – todas são muito bonitas inclusive Katie, Camille tem um sorriso doce seus cabelos são cacheados e curtos seus olhos são verdes como de uma esmeralda.

– e eu sou Deise White. – Deise entediada com toda essa situação sua estatura é baixa seus cabelos loiros e longos uns dois tons mais claros do que o da Rachel.

– eu sinto muito por Lea. – Tereza força um triste olhar e isso me irrita.

– conheceu minha vó ? – Rachel pergunta

– Ela era bem grossa conosco já que achou que nos éramos culpadas pela morte de sua mãe e seu vô, mas não somos ela deixou bem claro que éramos pra ficar longe de vocês duas.

– o que aconteceu com os nosso pais ? quem são vocês ? – pergunto

– são muitas perguntas e eu irei responde-las., a princípios todos que estão nesse Convento são o nosso povo o povo de vocês, cinco linhagens diferentes de bruxos as famílias : White, South, Miller, Moore e Price.

– o que aconteceu com minha mãe ?

– quando você se afasta do seu povo, sempre algo de ruim acontece no caso sua mãe por causa de um “amor” decidiu que abandonaria o convento e infelizmente ela pagou com a vida, já o vô de Rachel abandonou sua origens a filha e ele pagaram com a vida.

– minha mãe sabia ? – Rachel pergunta sua voz sai tremula.

– não, ela não sabia.

– pera então você quer dizer que a pena por abandonar esse “mundinho” é a morte ? – pergunto irritada

– Não fazemos nada, você é banido porém é “eles” que se aproveitam e os matam. – Katie sorri

– “eles” ? – Rachel pergunta

– demônios, bruxas que praticam magia negra, elas são... ligadas a demônios. – explica Camille

– pera... pera então é verdade essa coisas existem mesmo.

– foi essas coisas que causaram a morte de seus familiares e provavelmente da sua vó. – Tereza nos encara esperando alguma reação de choque, porém Rachel e eu apenas permanecemos imóveis.

– então eles mataram a vovó, o que eles querem de mim ? – pergunto, elas trocam olhares até Katie parece aflita.

– não sabemos. – diz Deise

– por isso precisamos de vocês, vocês duas fazem parte do convento eles querem libertar algo que não sabemos o que é e precisam de vocês da Andie especialmente pra falar a verdade não sabemos ainda, oferecemos proteção se você se juntar conosco com o seu povo a escolha é sua Andie. – naquele momento penso na carta de minha mãe

– e se eu não quiser ? – pergunto

– eles vão matar cada um que você ama, até mesmo Rachel que é uma nos, tudo isso apenas pra chamar sua atenção, pra você se sentir isolada e ai que eles vão entrar. – Katie responde como se fosse algo obvio, ouvir aquelas palavras me machucam, mas o ódio cresce em mim porque foram essas “coisas” que destruíram minha família e eles vão pagar.

– Andie ? – Rachel toca meu ombro

– porque eles acham que você já faz parte do convento. – Deise suspira.

– eu topo. – digo séria

– Andie !! – Rachel fica chocada com minha decisão, mas eu não tenho escolha.

– Eu perdi quase tudo Rachel, e não posso arriscar perder você pra esses demônios. – Rachel pega minha mão

– estou com você. – ela sorri

– não. – digo

– é a minha escolha, pela vovó por você e por nós, sou uma bruxa não sou... então. – ela sorri vingativa nunca vi Rachel falar tão sério assim.

– boas garotas. – Tereza sorri

– não estamos fazendo isso por você, nem por vocês estou fazendo isso pela minha família . – digo

– se vocês estiverem mentindo sobre algo, eu arranco a língua de vocês ok ? – Rachel as encara

– olha a bruxinha novata está se revelando. – Katie sorri

– quer pagar pra ver ? – Rachel se aproxima dela

– Parem ! – Tereza se levanta e se coloca entre as duas.

– qual o plano ? – pergunto

– Primeiro é descobrir o que eles querem com você e conosco, depois vamos esperar a Lua de sangue e ai matamos aquelas vadias. – Deise sorri orgulhosa de si mesma.

– são mulheres ? – pergunto

– são demônios, só que elas possuem corpos femininos e controlam outros corpos . – Camille responde

– ótimo . – suspiro

Essas últimas semanas foram loucas e hoje descobri coisas sobre minha família, sobre mim mesma não me sinto orgulhosa por isso quero apenas que isso termine, agora descubro que sou uma bruxa e que minha melhor amiga também é uma bruxa, e que tem um exercito de demônios vindo atrás de mim, é estranho, era pra mim me sentir confusa mas não me sinto é como se no fundo eu sempre soubesse disso e Rachel também.

– prontas para começarmos ? – Tereza pergunta

– começar o que ? – Rachel pergunta

– agora o povo de seus antepassados são o seu povo agora. – Rachel e eu trocamos olhares, Camille distribui uma faca para cada uma de nós.

– quer que agente se corte ? – pergunto

– vocês agora fazem parte de convento de bruxas, é necessário que vocês deixem a marca de vocês. – Tereza sorri

Com as mãos tremulas pego a faca e corto a ponta do meu dedo, ignoro a ardência assim que uma gota cai na pequena tigela de madeira todas as outras fazem o mesmo, Rachel é a ultima sua cara de dor é hilária, tudo aquilo é hilário até um dia atrás eu era Andie Moore neta adotiva da falecida Lea Moore, hoje sou Andie Price filha da falecida bruxa Melissa Price e mais do que a dor do luto agora sinto o desejo de vingança o desejo de matar aquele que quer meu mau e querem o mau da minha família, não me sinto parte do convento e isso é fato.

– Bem vindos ao Convento de Bruxas. – Tereza diz

– tanto faz. – saio da sala apressadamente.

Talvez eu achasse que com a morte da minha vó era o fim da minha vida que eu viveria pro luto pra sempre e que eu estava sozinha, pois eu estava enganada isso é apenas o começo porque eu sei que tem muito mais segredos no meio disso tudo e eu vou descobrir.


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Notas finais do capítulo

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