Plug It escrita por Someone


Capítulo 1
Plug It


Notas iniciais do capítulo

Eu usei um Awful-AU:

AU: Há apenas uma ficha neste café e tu estás sentado mesmo em frente dela e nem a estás a usar, e o meu portátil está prestes a morrer a meio deste exame online que estou a fazer, então não quero saber o quão atractivo és, vou sentar-me na tua mesa e ligar a minha bateria.



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Alfred estava a maldizer a sua sorte interiormente quando viu o quão baixa a bateria do seu portátil estava. Ele tinha ou de encontrar uma ficha ou acabar o exame rápido. No entanto, parecia que ele não iria terminar rápido o suficiente, por isso devia começar a procurar uma ficha algures.

Ele tirou os olhos do ecrã para olhar à volta do café, o qual ele tinha decidido que era um bom sítio para fazer o exame. Era sossegado e confortável, não havia muita gente e ele podia pedir comida e café.

Com uma careta ele reparou que não conseguia encontrar ficha alguma. Ele fez um gesto com a mão para chamar o empregado.

— Desculpe-me, mas há alguma ficha à qual eu possa ligar o meu portátil? – Ele perguntou ansiosamente, porque mesmo que ele não tenha visto uma não quer dizer que não havia uma. Tinha de haver pelo menos uma, certo? Ele esperava que sim.

O empregado parou e olhou à volta, de seguida apontou para uma mesa onde um homem estava sentado a ler um livro com uma bebida em cima da mesa.

— Existe apenas uma ficha e está detrás daquele senhor. – O empregado respondeu um pouco apenado.

Alfred olhou para o empregado e depois para o estranho a ler o livro.

Ele não parecia ser má pessoa… Ele parecia ser um pouco mais velho que ele, mas não por muito, de certeza…

Cabelo loiro curto e bastante bagunçado, pernas cruzadas e costas direitas. Ele parecia pequeno e esbelto, porém aquela postura fazia com que ele parece-se chique e emanasse um certo ar de arrogância.

A única coisa que ele não conseguia ver era a cara que estava escondida pelo livro. Um grande livro. Um daqueles que Alfred preferia usar como suporte de alguma coisa ou para usar como arma e atirar e dar cabo da cabeça de alguma pessoa do que ler.

O empregado foi-se embora justamente quando o portátil apitou dizendo que só já tinha 10% de bateria. O Americano estava a ponto de se levantar quando reparou no estranho a pousar o livro para beber o que quer que tinha dentro da chávena, que pelo fumo que deitava tinha algum líquido quente.

Oh Lord, aquelas eram as maiores sobrancelhas que Alfred alguma vez tinha visto, ele quase riu. Quase. A sua respiração parou e a sua boca ficou aberta quando ele viu os lindos olhos verdes do estranho. Alfred corou e mordeu o lábio.

Falando de lábios… O estranho pousou a chávena no pequeno prato e Alfred ficou ali a olhar sem descaramento algum. Encarando fixamente aqueles lábios tentadores que estavam brilhantes com o que quer que ele teve a beber e— Oh meu Deus— a sua língua apareceu e lambeu aqueles lábios radiantes. O Americano queria beijá-lo.

Raios partam os seus pensamentos gays, ele não pode correr rápido o suficiente deles.

E agora as sobrancelhas não pareciam tão más, até lhe ficavam muito bem. Aquela cara adorável foi escondida dele novamente e ele fez beicinho enquanto olhava furiosamente para o livro que o estranho estava de volta a ler.

Se ele se inclinasse um pouco para o lado, ele conseguia apanhar metade da cara do homem enquanto ele lia. As sobrancelhas e os olhos dele moviam-se em concentração, a sua cara mudava com o que ele lia. Well, this was entertaining… O homem de olhos verdes voltou uma página e corou (mas ainda com uma cara séria). As sobrancelhas de Alfred elevaram-se, fucking hell, poderia o estranho ficar ainda mais adorável?!

O que estava o homem a ler que o fazia corar? Alfred queria saber.

O seu portátil apitou outra vez, desta vez a dizer que só já tinha 7% de bateria.

Ele engoliu em seco; ele não tinha coragem de apenas ir e sentar-se ali, mas com o portátil ele tinha uma desculpa! Porque ele precisava de acabar o exame.

Ele suspirou e levantou-se. Ele agarrou a sua mochila que estava numa cadeira ao lado da dele com uma mão e com a outra pegou no portátil. Depois, ele praticamente correu para a mesa do belo estranho.

Ele atirou a mochila para uma das cadeiras e pousou o portátil em cima da mesa, assustando o pobre homem que tinha estado a ler.

O homem olhou para ele de boca aberta enquanto Alfred ligou o cabo do carregador ao portátil e à ficha detrás do senhor.

— Hey—! O quê—?! – O homem verbalizou confuso e Alfred ficou mais que feliz ao ouvir o sotaque Britânico sair daqueles lábios beijáveis.

— Desculpa, – Alfred sentou-se em frente do Britânico, – Eu preciso de acabar este exame online e a bateria estava a acabar. – Ele explicou e observou como o homem se acalmava.

— Oh… – O estranho olhou para ele com olhos estreitos, – Porquê aqui? – Ele perguntou resmungão e Alfred quase riu (outra vez).

— Existe apenas uma ficha, é atrás de ti. – Ele replicou e começou a escrever no portátil.

— Oh. – O homem mordeu o seu lábio inferior, – Queres que eu vá embora? Como estás a fazer um exame… – Ele perguntou inseguro.

Os olhos de Alfred arregalaram-se ao ouvir a pergunta e ele levantou os olhos do ecrã para olhar para aqueles lindos verdes, – Não! – Ele respondeu talvez um pouco rápido e alto demais que os ombros do estranho ficaram tensos, – Quero dizer— Não tens de ir! Tu estavas aqui primeiro! Eu devia ser aquele que sai, mas não posso por causa do portátil! E, eu observei-te durante um tempo e tu pareces ser um tipo quieto e silencioso e etc.! Não me incomodas nada, juro! – Ele acabou o seu grande “discurso” com as bochechas vermelhas e amaldiçoou a sua grande boca.

O estranho fitou-o e Alfred fitou de volta. Depois de uns segundos o homem finalmente compreendeu o que ele tinha dito e corou até às pontas dos ouvidos, no entanto, ele franziu-lhe as sobrancelhas.

— Tu observaste-me?!

— Não— Quer dizer, sim— Peço desculpa! O empregado disse-me que só havia uma ficha e era atrás de ti e tu estavas a ler o livro e parecias super fofo, e eu não sabia se havia de vir aqui porque tu és muito atraente, mas eu precisava fazer este exame, e— Oh Deus, fi-lo outra vez! Desculpa! – Ele exalou rapidamente, as suas bochechas estavam vermelhas de vergonha e ele honestamente queria cavar a sua própria cova. Ele passou uma mão pelo cabelo de maneira nervosa, e, como o outro homem apenas ficou ali a olhar para ele com uma cara tão vermelha que nem um tomate, ele não aguentou mais, – Sabes que mais, desculpa, eu vou-me embora, irei para outro café ou coisa assim.

O Americano rapidamente se levantou e quando estava prestes a baixar a o ecrã do portátil, uma mão parou-o. Os seus olhos azuis viajaram pelo braço da pessoa que o tinha agarrado e encontraram cabelo loiro bagunçado.

— N-Não tens de ir e-embora… – O homem murmurou. Alfred não conseguia ver a sua cara porque o Britânico estava a olhar para a mesa; porém, ele conseguia ver as orelhas pelo meio daqueles cabelos e estavam bastante vermelhas.

— Hum… – Alfred pausou, envergonhado, mas sentou-se na cadeira novamente, – O-Okay… Desculpa… pelo… que eu disse… – Ele falou e a mão do homem deixou a dele, ele olhou para baixo, não tendo a coragem de olhar para cima.

E se o homem estivesse zangado? Espera, se ele estivesse zangado ele teria gritado com ele para se ir embora, mas não gritou. Talvez…

O Britânico clareou a garganta e finalmente olhou para Alfred (que ao perceber que ele ia falar olhou para cima também), e o Americano (uma vez mais) quase riu, porque a cara do homem estava tão vermelha, holy shit.

— N-Não tens de pedir desculpa… – Ele mexeu a chávena, do que parecia ser chá, timidamente e olhou para Alfred, – Obrigada… pelos teus elogios, acho… – Ele sussurrou olhando para o lado, – Felizmente para ti… sou gay. – Ele admitiu e recostou-se na cadeira de braços cruzados com as sobrancelhas franzidas. – Alguns outros homens poderiam ter levado esses elogios de uma maneira má e, até mesmo, violenta.

O Americano ignorou a última parte e apenas agradeceu aos céus que o homem era gay!

Alfred sorriu mais confortável e estendeu a mão para o estranho, – Alfred F. Jones e sou bissexual.

O Britânico tomou a mão dele na sua num passou-bem um pouco hesitante e sorriu levemente, – Meu nome é Arthur Kirkland, muito prazer.

Arthur, Arthur, lindo nome para condizer com uma linda pessoa, parece que era o dia de sorte de Alfred! E, damn, o sorriso dele era adorável!

— Não tinhas um exame para fazer? – Arthur perguntou bebendo do seu chá.

Oh crap! – Alfred rapidamente voltou para o exame. Ele ouviu Arthur suspirar, a chávena bater no prato e depois o som de folhas de papel, o Britânico deve estar de volta a ler.

Enquanto ele continuava o exame a sua mente vagou… Ele queria falar com o Arthur… E fazer muita mais do que falar. Talvez ele devesse perguntar-lhe se gostaria de ir num encontro…

Ele mordeu o lábio e pausou a sua escrita no teclado.

Estaria ele a pôr a carroça à frente dos bois? Ele acabou de conhecer o homem! E se ele já estivesse a sair com alguém?! Mas—! …Ele realmente queria conhece-lo melhor…

Parece que a pausa dele foi demasiado longa porque ele ouviu Arthur pousar o livro e depois, – Passa-se alguma coisa?

Alfred passou uma mão pelo cabelo e arranjou os seus óculos, – Estava apenas a pensar… Qual seria a melhor maneira de te perguntar para um encontro… – Ele respondeu inconscientemente enquanto a sua mente ainda vagava.

— O quê… – Arthur fitou-o de boca aberta e a sua cara corou totalmente novamente enquanto a mente de Alfred parou bruscamente e retrocedeu.

Oh my God, I fucked up again! Peço desculpa! É que eu acho que és muito bonito e eu gostaria de te conhecer melhor, então—! – Arthur tapou-lhe a boca com uma mão para o parar de falar.

— Não fales tão alto, you bloody twat! – O Britânico sussurrou envergonhado, olhando à volta e notando como alguns clientes no café estavam a olhar para eles, ele corou, abanou a cabeça e olhou para Alfred novamente, o qual tinha uma sobrancelha levantada, mas não fez nenhuma tentativa de tirar a mão de Arthur da cara.

— Tão isho é um shim? – O Americano perguntou, as palavras abafadas pela mão do outro.

Arthur tirou a mão, pegou na sua chávena de chá, bebeu um pouco e fez um “hmm…”.

Alfred olhou para ele confuso e um pouco tímido, – Hum…

— Alfred, tu acabaste de me conhecer… Não podes possivelmente gostar de mim… – Ele falou num tom suave e resignado, lábios curvados para baixo numa careta que Alfred acabou de decidir que odiava ver naquela cara, porque assim ele parecia tão triste e sozinho.

Isto não podia continuar! Alfred era um herói e ele ia salvar Arthur!

Alfred sorriu, dentes brancos e, brilhantes olhos azuis de trás de óculos, – Sorri, Artie, – O Britânico franziu o nariz ao ouvir o nome, – Eu aposto que essa é uma das melhores coisas que podes fazer com a tua boca! – E piscou-lhe o olho, sorrindo maliciosamente e o Britânico quase se engasgou e deixou cair a chávena do chá, a sua cara corou novamente.

— Tu— Tu não podes simplesmente— Quero dizer— Argh! – Arthur rosnou e abanou a cabeça enquanto Alfred ria. – Idiota. E se eu já estiver a sair com alguém? – As suas mãos formaram punhos em cima da mesa e ele olhou desafiante para o Americano.

— Então eu estou apenas a envergonhar-me a mim próprio, mas a fazer um bom amigo. No entanto, pelo que eu pude perceber da nossa pequena conversa, tu não tens um parceiro. – O Americano replicou convencido e o Britânico sentiu a sua postura desfalecer.

Well, aren’t you cocky... – O olho direito do Britânico tremeu em irritação.

— Aww, não sejas assim, Artie!

— Não me chames isso!

— Então, anda num encontro comigo! Não tem de significar nada se não quiseres! – Alfred sorriu-lhe.

— Está bem, eu vou! Mas eu vou apenas porque tu estás praticamente a implorar-me, não é como se eu realmente quisesse ir! – Arthur exclamou resmungão, mas Alfred definitivamente detetou um tom de excitamento na sua voz.

Great! – Alfred tirou o seu telemóvel do bolso do seu casaco e olhou para ele com uma careta, – Sabes, eu acho que alguma coisa está errada com o meu telemóvel.

— Huh? – Arthur alçou uma sobrancelha, – O quê?

— Não tem o teu número.

Arthur bufou, – Lad, acho que devias parar com as cantadas.

— Mas são tão divertidas! Enfim, dás-me o teu número? Para que eu possa falar-te dos meus fantásticos planos para o nosso fantástico encontro~ – Alfred cantarolou feliz e Arthur não resistiu e sorriu de volta. O Britânico agarrou no telemóvel do outro e digitou o número, de seguida devolveu o telemóvel.

— Agora acaba o teu exame, idiota. – Ele ralhou e Alfred assentiu com a cabeça sorrindo, e voltou para o portátil para acabar o exame e Arthur voltou a ler o livro.

***

— Arthur, esqueci-me de uma coisa! – Alfred exclamou de repente.

Eles estavam à porta do café agora. Arthur esperou até que Alfred acabasse o exame e depois os dois começaram a conversar sobre variados temas.

Durante a conversa Alfred ficou a saber que Arthur não era realmente muito mais velho que ele (tal como já tinha suspeitado), ele tinha 23 anos e estava a viver na América desde o ano passado. Alfred falou a Arthur sobre o seu irmão Matthew e descobriu que o Britânico tinha 4 irmãos (e que eles estavam todos no UK, felizmente).

Eles tinham acabado de se despedir e estavam prestes a ir por diferentes caminhos quando o Americano chamou o Britânico.

— O que foi? – O Britânico perguntou confuso vendo como Alfred tirava novamente o telemóvel do bolso do casaco.

Alfred tocou umas quantas vezes no ecrã do seu telemóvel e depois apontou a câmara do seu telemóvel à cara de Arthur, – Esqueci-me de tirar uma fotografia do meu próximo namorado para mostrar ao meu irmão. – Ele piscou o olho e clicou no botão para tirar a foto do Britânico cujas bochechas coraram no momento certo.

Alfred riu da foto enquanto Arthur resmungou marchando até estar mesmo em frente do Americano, ele cutucou com um dedo o peito dele e mandou-lhe um olhar sombrio, – Detém essas malditas cantadas! E eu juro, se eu souber que mostraste essa foto a alguém, eu mato-te. – Ele ameaçou olhando directamente para aqueles olhos azuis travessos.

O homem mais alto riu alegre e não muito preocupado com a ameaça de Arthur, – Okay, Artie. Não mostrarei isto a ninguém, isto será apenas para mim! – Ele piscou-lhe o olho uma vez mais enquanto ajustava as alças da mochila nos ombros, depois, ele inclinou-se um pouco e beijou a testa do Britânico. Antes que ele pudesse dizer alguma coisa Alfred desatou a correr na direcção oposta à de Arthur, acenando para ele por cima do ombro.

Arthur ficou ali parado um momento, maravilhado. Ele ainda podia sentir o calor dos lábios do outro na sua testa. Ele tocou o lugar onde Alfred o beijou e corou.

— Idiota. – Ele murmurou e deu meia volta para andar para casa, todo o caminho até lá com um estúpido sorriso na cara.


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Notas finais do capítulo

Eu peço desculpa por algum erro ou coisa assim, não me lembro da última vez que escrevi uma fanfiction em português. XDD
Alguma dúvida no inglês, digam. :V

Eu tentei, okay? XD
Mereço reviews? C:



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