Dumbledore vs Grindelwald escrita por Sammi
Enquanto os dois bruxos se encaravam reflexivamente se fez um breve silêncio.
– Diga-me, Dumbledore, o tédio de ensinar Trasformação em Hogwarts finalmente te rendeu? Já não sabia mais quantos trouxas, aurores e dragões tinha que matar pra despertar sua atenção.
Dumbledore apenas lhe fez uma cara irritada de desprezo.
– Gostei da barba - disse Grindewald com um sorrio irônico.
– Esperava te ver com mais cabelos dourados - contestou Dumbledore.
– Muita coisa se passou. Eu mudei muito nos últimos 30 anos, Alvo.
– Por suposto que sim... - respondeu Dumbledore de maneira seca. Se virou e caminhou entre os destroços e o fogo da avenida devastada enquanto desviava de alguns artefatos e corpos que ainda flutuavam. Sob a vigília suspeita de GrindelWald, parou em frente a uma placa com letreiros de Neón gigante logo acima da entrada de um dos teatros. Anunciava um musical, "Carous", duas letras haviam desabado no chão e o "C" produzia várias faíscas por um curto circuito.
– Reparo Difficile - disse Dumbledore com os braços descansados.
Grindelwald preparou sua varinha imediatamente. Mas Dumbledore não havia feito nenhum gesto ameaçador, sequer havia sacado a varinha das mangas, porém várias estruturas de metal começaram a mover-se pelo ar, os fios dos letreiros se reconstiuíam, se reagregou a letra "E" e "L", um zumbido elétrico se fez e o Neón do grande letreiro voltou a acender iluminando a noite entre as poucas luzes que restavam e os focos de incêndio . "Carousel" agora se lia. "O musical".
– Posso te perguntar por que esse lugar? - perguntou o mago gravemente.
– Ora, você sempre adorou esse lugar.
– É, você tem razão, eu gostava daqui... - disse Dumbledore voltando a olhar os letreiros.
– Nada mais teatral para nosso duelo do que a Broadway não acha?
– Todas as luzes, a atmosfera, é de certa forma um lugar bastante mágico.
– Não seja tolo, Alvo. É patético que esses pobres miseráveis tenham que criar esses subterfugios pra ter um pouco de cor na vida. Placas de metal que brilham, peças de teatro... tão patético!
– E ainda assim você necessita deles...
Grindelwald se pôs sério.
– O que você está falando?
– Da sua conspiração com Adolph Hitler em prol do extermínio em massa de pessoas. A guerra alimentou seu exército de Inferi e graças ao crescimento de forças obscuras entre os trouxas você achou um ambiente propício para crescer nas artes das trevas.
– Por favor! Aquele idiota foi apenas usado para que eu criasse Inferis. Um homem inútil até pra isso.
– E que caiu exemplarmente - disse Dumbledore de maneira sarcástica.
– Você ousa compará-lo a mim? Eu não dependo dos trouxas para nada, Alvo. Apenas os usei para benefício próprio, como se deve fazer como todos os seres inferiores. Se é para criar um mundo perfeito sou capaz de usá-los e expurgá-los. Pelo bem maior, lembra?
Dumbledore sacou a varinha imediatamente e fitou Grindelwald com um semblante fatal. "Pelo bem Maior", essa frase lhe causava verdadeiro nojo e vergonha de si mesmo. Não podia aceitar o quão ingênuo foi durante a juventude para compartilhar a tal idéia de atuar em prol da "pureza mágica".
– Skeeter, Takado, Mcmillan, Vesper e Moody, removam os dragões daqui, por favor, eles só vão atrapalhar. O resto dos aurores devem ajudar a formar um perímetro e proteger os obliviadores e trouxas da corja de Inferis. Ninguém mais vai lutar aqui, essa batalha agora é entre mim e Gellerd.
– Sim senhor! - gritou uma sombra de um dos becos. Ouviu-se alguns sons de desaparatamento e 4 bruxos vestidos de negro subiram ao céu em suas vassouras esquivando-se dos dragões irritados. Outro bruxo gorducho aparatou ao lado do dragão rendido por Grindewald. Era Alastor Moody com 18 anos, tinha os olhos intactos e feições menos duras.
– Por favor tenha cuidado com ele, professor! - disse Moody antes que o grande vórtex da chave de portal lhe fizesse desaparecer junto com os bruxos e dragões no céu.
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