Você, meu porto seguro escrita por 1FutureWriter


Capítulo 2
Passeio na praia


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, tudo bem?
Bom tá ai o segundo capítulo, e espero que curtam.
Beijinhos e boa leitura.



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Sete horas da manhã e nós já estávamos de pé. Patrick estava animado como há muito tempo eu não o via.

– Lou, você precisa ver o sol lindo lá fora. - Ele disse. Espreguicei-me na cama e fui até a janela. Realmente fazia um lindo dia de sol.

Depois de tomar um banho e me arrumar, nós descemos. A mesa do café da manhã estava repleta de coisas, sendo muitas típicas da região como o bolo de cacau e o pão de queijo caseiro. Nos fartamos de tanto comer e então saímos.

Chegamos ao lugar marcado, e os grupos de passeio já se formavam. Patrick estava tão ansioso em ir para o rally que nem se despediu de mim. Não que eu estivesse chateada, mas era desconfortável ver tantos casais, e até mesmo famílias fazendo aquele tipo de programa, enquanto eu estava ali sozinha.

– Você é a garota de ontem, não é? - Uma voz ecoou por trás de mim, era Will, o dono do restaurante em que Patrick e eu havíamos jantado na noite anterior.

Ali, Will mais parecia um adolescente do que um dono de restaurantes.

– E você o cara que me indicou aquele ótimo vinho! - Ele sorriu e confirmou com a cabeça meio sem jeito.

– Por onde anda o seu marido? - Ele perguntou com aquele sotaque italiano, talvez curioso em saber o porquê alguém faria uma excursão daquelas sozinha.

– Ah, ele preferiu o rally. Sabe como é ele tem fobia a mares.

Will pareceu pensar no que eu havia dito, e perguntou se poderia me fazer companhia, já que também estava sozinho. Respondi que não havia problemas, e então ele sentou-se ao meu lado.

Durante o caminho Will foi me mostrando todos os detalhes das praias e disse que desde que havia conhecido aquele lugar, nunca mais quis voltar para a Itália. Ele acabou deixando a casa em que morava para a irmã mais nova, e o restaurante que tinha lá ficou aos cuidados da mãe, Camilla Tarynor.

O instrutor se alegrou quando chegamos à praia de águas cristalinas. A maré estava baixa, o que era bom, assim poderíamos visitar os recifes de corais e ainda ver de perto as diversas espécies de peixes habitantes daquela área.

Will me ajudou com o equipamento de mergulho. Segundo ele, já estava acostumado, pois toda semana ele fazia esse mesmo passeio.

– Você precisa conhecer todas as praias. Desde a Lagoa Azul até a Coroa Alta.

– Lagoa Azul? - Perguntei com uma das sobrancelhas arqueadas. Will não entendeu a que eu me referia e precisei explicar a ele que era o título de um filme que já havia sido reprisado pelo menos umas mil vezes em um canal de TV brasileira.

No início da tarde paramos para almoçar em um restaurante à beira da praia. Pedimos a especialidade da casa: Peixe na brasa com molho de camarão e salada verde, acompanhado de feijão preto e arroz branco.

Tanto a aparência do prato quanto o sabor estavam divinos. Will insistiu que devíamos beber vinho, mas como o restaurante não possuía nenhum optamos por refrigerante.

– Toda comida, por mais simples que seja deve ser saboreada por um bom vinho e uma boa companhia. Hoje pelo menos a companhia eu tenho. - Ele disse direto e eu corei no mesmo instante.

– Fale isso para aqueles que comem arroz, feijão e ovo no jantar. - Will achou muita graça no meu comentário e disse que mesmo se esse fosse o prato, se tivesse acompanhado da bebida teria um sabor diferente.

– Faço uma omelete dos deuses! Passe lá hoje à noite e verá que só digo a verdade. O jantar será por minha conta.

– Obrigada, mas primeiro preciso ver com Patrick o que faremos.

– Ah claro, o marido aventureiro. Bom o convite está feito. - Will não tocou mais no assunto, contudo, começou a contar sobre aquele lugar.

Quando terminamos nosso almoço, ainda faltavam alguns minutos antes de fazer o caminho de volta. Eu estava sentada na areia, enquanto Will caminhava pela praia. Com a maré baixa podia-se andar muitos metros sem que a água pudesse cobrir pouco mais que a altura dos joelhos. Lá de onde estava ele acenava na minha direção, e eu o retribuía.

Quando voltou, ele trazia algo nas mãos.

– Olha Louisa, já viu uma estrela do mar? - Ele perguntou, abrindo a mão e me mostrando a pequena estrela que carregava. - Ela deve ter sido trazida com a maré alta.

– É linda! Eu nunca vi uma dessas pessoalmente.

– Fique com ela.

– Não, você achou, é sua.

– Tecnicamente ela é do mar, mas isso pode ser resolvido. - Will tirou uma moeda de um dos bolsos da bermuda e jogou ao mar, e eu não entendi absolutamente nada. - Algumas pessoas dizem que sempre que retiramos algo do mar, devemos dar uma moeda como pagamento, trás sorte!

– E acredita nisso?

– Bom, prefiro não brincar com a sorte. - Ele disse, dando de ombros.

Eu acabei ficando com a estrela, e logo em seguida precisamos voltar para a ilha de Arraial D'ajuda.

Era final de tarde quando chegamos. Will e eu nos despedimos e cada um seguiu seu caminho. Ele provavelmente para o restaurante, e eu para a pousada em que estava hospedada. Patrick ainda não havia voltado, então fui direto para o banho. A água morna batendo na pele fez meu corpo relaxar e com ele o sono apareceu.

Deitei na cama a fim de esperá-lo para podermos passear pelo centro da cidade e jantar, mas acabei pegando no sono, e quando acordei já era quase meia noite, e Patrick roncava do meu lado.

– Pat acorde. - Chamei-o. - Patrick.

– Hmmm - Respondeu ainda grogue.

– Por que não me acordou antes?

– Ah, você estava dormindo, não quis te acordar. Mas passei pelo centro da cidade e comprei algumas coisas.

Ele não me esperou responder, simplesmente virou para o lado e continuou a dormir. Levantei e fui até o frigobar. Só tinha cerveja e refrigerantes, nada além disso. Perto das nossas malas havia uma sacola, e dentro dela apenas uns pacotes de salgadinho.

Saí do quarto e fui até uma salinha com TV e uma mesa de jogos próxima à piscina. Deitei em uma das confortáveis redes e comecei a ler um dos livros que havia levado para a viagem. Estava tão distraída que mal percebi quando alguém chegou perto de onde eu estava.

– Acordada há essa hora, moça? - Um velhinho perguntou. Ele devia ser o vigia noturno. O susto foi tão grande que por pouco eu não caí de cara no chão.

– Pois é. Acabei dormindo a tarde e agora perdi o sono. - Respondi o mais educada possível, mesmo não gostando de dar satisfações a estranhos.

– Acontece. Bom, vou deixá-la descansar, com licença. - O senhorzinho de cabelos grisalhos já ia saindo quando eu o chamei de volta. Perguntei se havia algum lugar aberto àquela hora para que eu pudesse jantar. - Olha só deve ter o restaurante do argentino, mas não sei se ainda servem jantar, e se me permite uma opinião, não é muito seguro sair sozinha a essa hora da noite.

– Okay, obrigada de qualquer forma. - Eu disse. Ele assentiu com a cabeça e saiu.

Passei mais algum tempo lendo, até que meus olhos começassem a ficar pesados. Estava mais frio também, e eu acabei entrando. Patrick continuava dormindo. Deitei na cama e liguei a TV, zapeando os canais até que parei em um filme qualquer. Já passava das três quando finalmente peguei no sono de novo.


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Notas finais do capítulo

Will é um amor :3
Sou apaixonada por ele de qualquer jeito hahahah
Até o próximo pessoal!