O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 8
Marcas que não somem


Notas iniciais do capítulo

Queria dedicar esse capítulo para Lady Vitória DiCaprio e Helder Pedrosa. Meus queridos leitores que sempre deixam comentários que colorem o meu dia. Abraços para vocês. Como prometi a muito tempo o capítulo de hoje vai falar um pouco da Cersei. Obs: Nessa fanfic a Myrcella não morreu, assim como no livro. Vou seguir o livro.Espero que gostem.



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Cersei

Já havia se passado algum tempo desde a caminhada que a envergonhou e humilhou diante de toda Porto Real. Mas mesmo tendo se passado algum tempo as marcas continuavam em seu ser.

Tinha noites que Cersei ainda sonhava que estava andando nua pela rua. Conseguia ouvir os gritos das pessoas a xingando e a chamando de rameira e outros nomes. Quando acordava desses sonhos tinha que tomar banho, não importava que horas fossem. Poderia até ser durante a madrugada.

Mesmo quando se banhava. Mesmo quando se esfregava até sua delicada pele atingir o tom quase de vermelho sangue. Ainda se sentia suja e as marcas, a sujeira, não sumiam. Ela não se sentia mais a mesma rainha.

Ter sido declarada inocente pelo julgamento de combate não mudou muita coisa. As marcas continuaram lá.

A rainha Margaery também foi declarada inocente. Diferente de Cersei ela mostrava ter superado o episódio. Talvez por ela apenas ter ficado presa, não ter sido obrigada a passar por uma grande humilhação. Cersei sentia que a jovem rainha se aproveitava disso, pois cada vez mais tentava tomar o lugar de Cersei. Tentava ser a rainha principal.

Cersei tentava ainda manter seu papel, mas havia se tornado difícil. A humilhação havia lhe tirado tudo, as pessoas não a olhavam da mesma forma que antes. Uma das poucas coisas que ela não havia perdido era seu desejo de vingança e seu imenso amor pelos filhos.

Ela passava a maior parte do tempo planejando sua vingança. Mas também passava bastante tempo tentando descobrir uma forma de trazer Myrcella de volta para ela e manter seu Tommen a salvo no ninho de cobras onde eles estavam.

Sua mente se concentrava nessas duas coisas. Principalmente depois de seu tio Kevan ter sido encontrado morto. Ela sentia que logo seria a sua vez, ou pior ainda, a de Tommen.

Quando uma carta de Ponta Tempestade chegou, assinada por alguém que se dizia herdeiro do trono, seus medos pioraram. Começou a achar que esse Aegon tinha pessoas ocultas em Porto Real. Pessoas que poderiam os matar a qualquer momento.

Mesmo com várias espadas juramentas ao rei Tommen, Cersei ficou apavorada. Começou a ver inimigos nas sombras. As marcas que o medo deixou nela se mostraram até mais profundas que as deixadas pela humilhação.

Jon

Winterfell estava acordando aos poucos, mas Jon já estava acordado há muito tempo. Ele havia lido aquela carta três vezes e ainda não conseguia acreditar em todas as informações que ela continha. Quando ele estava começando a ler novamente, Melisandre tocou suavemente em sua mão e pediu, com sua voz ainda meio fraca, para ler a carta.

Jon se ofereceu para ler a carta para ela.

A carta começava sem nenhuma saudação. Ia direto ao ponto. Falava que os Targaryens estavam voltando ao poder e que quando isso ocorresse todos os inimigos iriam entender porque o lema da casa Targaryen é Fogo e Sangue. Ainda segundo a carta, o fogo iria purificar os Sete Reinos dos usurpados e o sangue dos inimigos iria vingar os que morreram. A carta continuava falando que um dragão não esquece e que Aegon, que era quem escrevia a carta, lembrava que Lorde Stark havia ajudado na rebelião de Robert. Ele encerrava a carta dizendo que o dia de sua vingança chegaria. E que no dia em que assumisse o poder iria haver somente um rei no trono de ferro e nenhum rei no Norte.

–Palavras são como vento, Vossa Graça.- falou Melisandre após a leitura. Ela se sentou na cama e continuou – As palavras podem soar ameaçadoras, mas são apenas palavras.

–Mas a distancia para palavras virarem ações não é muito grande... - Jon abaixou a cabeça meio triste e continuou- Mas o que realmente me incomoda é o fato de... de...

–De ele ser vosso irmão? Não se preocupe com isso, Vossa Graça. Ele não é quem diz ser. Ele é um dragão de pano. Vi isso nas chamas. Tão claro como quando vi vossa irmã.

Jon não disse nada, apenas ficou de cabeça baixa. Melisandre estendeu a mão e acariciou seu braço. A mulher disse com uma voz doce e ao mesmo tempo dura:

–Não se preocupe, Vossa Graça. Os próprios dragões vão provar quem é verdadeiro e quem não é.

–Dragões?- Jon já havia ouvido histórias sobre uma rainha prateada com três dragões, mas nunca soube quanto de verdade havia nessas histórias

–Sim, dragões. Quem melhor do que eles para identificarem quem é verdadeiro e quem é falso? Os dragões conhecem o sangue Targaryen.- Melisandre sorriu de uma forma diferente antes de continuar- Esse falso Targaryen fala muito em fogo, mal sabe ele que talvez esse fogo o destrua, pois todos sabem que o fogo não queima um dragão, mas um pano é facilmente queimado.

–Suas palavras sempre me acalmam – Falou Jon já mais aliviado. As palavras da mulher o deixou mais calmo. Ele podia sentir firmeza na voz dela. – Devo responder a carta?

–Creio que não será necessário- falou ela tirando a carta da mão dele e a atirando na lareira que queimava fracamente- O próprio fogo será a resposta. No momento certo vamos presenciar e talvez até ajudar a matar essa mentira, mas não agora.

Enquanto a carta queimava, Jon pegou na mão da sacerdotisa, a mão dela estava novamente quente. Jon beijou a mão dela. Aproveitando a sensação que ocorreu quando seus lábios frios encostaram na mão quente da mulher.

Após a beijar, ele falou:

–Fiquei preocupado com a senhora. É bom a ter novamente comigo.

–Vossa Graça...

–Me chame de Jon, já disse isso várias vezes- disse Jon de forma branda e com um sorriso

–É bom está com você, Jon...


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Notas finais do capítulo

Comentem. Digam o que acharam. E convido vocês a leram minha outra fanfic.Ela também é sobre o Jon e se chama "Jon e a patrulha da noite nos dias modernos", ela fala de como seria se o que ocorreu com Jon ocorresse nos dias de hoje e se a patrulha atualmente fosse um pouco diferente. Fica o convite. Abraços



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