O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 44
Coisas que podem ocorrer


Notas iniciais do capítulo

Oiii. Desculpem a demora, o próximo capítulo vou postar em um espaço de tempo menor. Não gosto de demorar a postar, fico com um sentimento de culpa a cada dia que demoro, mas dessa vez não tive como postar antes.
O capítulo de hoje vai seguir os acontecimentos da série em relação a Goiva, o Sam e o bebê. Espero que gostem. Abraços e boa leitura.



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Samwell

Seus pensamentos estavam distantes enquanto percorria as ruas estreitas e as vielas que compunham Vilavelha, mesmo depois de algum tempo no lugar Sam ainda tinha dificuldades e as vezes se via perdido. As ruas de Vilavelha eram verdadeiros labirintos. Era preciso está muito atento, principalmente de noite, como era o caso. Por isso ele tentou afastar os pensamentos e se concentrar no que estava fazendo.

Jon era quem ocupava seus pensamentos. Ele pensava que já fazia um bom tempo que Jon não mandava cartas. Talvez ele estivesse ocupado demais com seus afazeres de rei para mandar notícias.

Sam ainda lembra da surpresa que teve quando soube que Jon havia virado rei no Norte. Antes da carta de Jon chegar, ele havia ouvido alguns boatos, mas ele achava que eram apenas boatos. O porto de Vilavelha estava sempre cheio de boatos. Porém sua opinião mudou quando recebeu a carta escrita pelo seu próprio amigo confirmando o fato e falando mais algumas coisas. Contando inclusive do ataque que sofreu no mesmo dia em que Sam partiu da Muralha e contando também como voltou a vida. A carta também continha uma proposta. Jon convidava Sam para se juntar a ele em Winterfell. Não apenas ele, mas Goiva e o bebê podiam ir também.

Sam pensou em aceitar a proposta ir para Winterfell seria bom para Goiva e o bebê, mas ele queria virar meistre e sabia que isso seria importante. Ele planejava voltar para Winterfell sim, só que planejava fazer isso somente quando já fosse um meistre formado. Ele poderia até servir Jon. Sam achava que não demoraria muito tempo. Ele já havia conseguido um aro de sua corrente em pouco mais que um ano. Isso era uma coisa boa. Haviam pessoas que demoraram cinco anos apenas para conseguir o primeiro aro e alguns que nunca conseguiram forjar a sua corrente.

Ele foi tirado de seus pensamentos quando percebeu que chegou na casa onde Goiva e o bebê moravam. A casa não era tão luxuosa, mas era confortável e espaçosa. Sam conseguia pagar o aluguel dela com o dinheiro que ganhava escrevendo cartas para as pessoas da cidade que não sabiam escrever e Goiva também ajudava a pagar. A moça ajudava limpando algumas casas perto da que morava. Sem falar que ainda havia o dinheiro que sua mãe havia lhe dado escondido na passagem deles pelo lar de Sam.

Sam até pensou em deixar Goiva e o bebê com sua mãe e irmãs e seguir sozinho para a Cidadela, mas mudou de idéia. O clima lá não era muito bom, sua mãe mesmo disse isso. Por isso ele achou melhor levar eles com ele e os deixar em uma casa perto da Cidadela. Uma casa próxima para que ele pudesse os visitar sempre. Era por pouco tempo. Somente até ele se formar meistre. Quando isso ocorresse eles iriam para Winterfell com Jon.

Com o tempo ele reparou que não era o único a manter uma mulher por perto. Muitos faziam isso. Mantinham amantes e muitas vezes até filhos em casas próximas, mas não tão próximas, da Cidadela. Um dos Arquimeistre fazia isso também, segundo comentavam aos sussurros. Mas esse fato era um segredo. Ninguém tinha autorização para comentar sobre essas coisas em voz alta, principalmente por ser verdade.

—O pequeno Sam está começando a falar.- falou Goiva com um sorriso tímido no rosto enquanto segurava o bebê que havia recebido o seu nome. Sam também sorriu e pegou o pequeno menino no colo. Naquele momento ele soube que tomou a decisão certa ao escolher manter Goiva e o bebê pertos de si. Assim ele poderia acompanhar o desenvolvimento do bebê.

Roslin

Roslin não se sentia bem em Winterfell. Sentia que sua presença não era bem vinda lá e nunca seria. Seu filho por outro lado era bem tratado e até querido. Saber disso a consolava um pouco, ela detestaria que o filho passasse pela mesma rejeição que ela passava. Ela tinha o mesmo alivio em relação a sua meia-irmã Bassie. A bebê era aceita no local, podia não ser muito querida, mas era aceita.

Ela gostaria de ter ficado mais tempo com a irmã, mas por algum motivo não lhe era permitido. Os guardas não permitiam que ela ficasse mais do que alguns minutos com a menina. Isso era estranho e ela não entendia o porque, mas sabia que tinha qualquer coisa a ver com o meistre. O homem agia de forma estranha desde a saída da rainha. Agia como se ele soubesse de algo que ninguém mais sabia e parecia a todo tempo temer pela segurança das bebês e de todos em Winterfell. Roslin preferiu dá um tempo. Depois ela tentaria ficar mais tempo com a irmã. Ela não queria criar mais problemas do que já tinha. Não queria dá mais motivos para ser odiada.

O que mais a perturbava desde a saída do marido eram os comentários que os servos, os soldados e vassalos faziam sobre ela e sua família. Falavam que os Frey eram malditos perante todos os deuses por causa do que eles fizeram no Casamento Vermelho e que por isso tanta coisa ocorria com eles e que ter uma Frey já era ruim, mas ter duas era certeza de que algo ruim iria ocorrer em breve. Segundo eles os deuses assim como o Norte não se esquecem.

Roslin tentava ignorar tudo isso, mas essas palavras ficaram em sua mente e ela temia por ela, pelo filho e pela irmã. Temia que algo realmente ocorresse em breve.

Além do desconforto que sentia por causa dos comentários o que pesava muito também era a solidão. A solidão do presente a fazia pensar na possível solidão do futuro. Ela sabia que seu filho com Edmure seria criado para ser o herdeiro e que logo ele se afastaria dela e talvez no futuro até a odiasse. Ela temia isso mais que tudo. E se seu filho se afastasse dela  ela não teria ninguém, pois seu marido provavelmente nunca mais voltaria a se deitar com ela e eles não teriam mais filhos.

Esse era um dos motivos pelo qual Roslin rezava aos deuses para que tivesse uma menina, pois se isso ocorresse Edmure se deitaria novamente com ela. Além disso, meninas eram mais companheiras da mãe. Mas os deuses não a ouviram, talvez os comentários fossem verdadeiros e os Frey realmente fossem malditos perante todos os deuses por isso nenhum pedido feito por um deles seria atendido. Ela temeu pelo marido, pois ela havia rezado pedindo para que ele ganhasse as batalhas nas Terras Fluviais e voltasse em segurança. Ela tentou pensar em outras coisas para afastar esses pensamentos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Sei que o capítulo foi curto. O próximo será um pouco maior para compensar. Abraços e até o próximo.



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