O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 40
Cada vez mais próxima...


Notas iniciais do capítulo

Oiii, eu já estava com esse capítulo pronto há algum tempo, mas eu planejava publicar ele um pouco mais pra frente, todavia relendo ele e alterando algumas coisas percebi que o momento de o publicar era agora. Ele, assim como o próximo, ocorre ao mesmo tempo que o anterior só que em um local diferente. Espero que gostem. Boa leitura e nos vemos nos comentários. Abraços



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Jaime

Jaime não sabe ao certo o motivo, mas havia sentido vontade de conversar com seu primo Martyn. Na conversa ele reparou que o menino sentia falta de seu irmão gêmeo que morreu, assim como sentia falta de seu pai que também havia morrido. Mas a falta que o menino sentia do irmão parecia ser maior.

—Sempre sinto que ele está comigo, mesmo que ele esteja morto.- falou Martyn com lágrimas nos olhos

Essa frase dita pelo menino ficou um bom tempo na mente de Jaime. A frase fez ele se lembrar de sua gêmea Cersei, principalmente porque ele ainda a sentia. A cada dia sentia como se ela estivesse mais próxima dele a cada dia. Na noite anterior ele até havia sonhado com a chegada dela, mas o sonho não foi muito bom. O sonho na verdade se mostrou um pesadelo. Ele lembra que no sonho a sua irmã parecia louca e desesperada. Os cabelos dela estavam arrepiados e ela dizia palavras duras contra ele.

Ele tentou afastar esses pensamentos, não fazia bem pensar nesse sonho e nem em Cersei.

Cersei

Myrcella era forte, disso Cersei não tinha dúvidas. Exatamente por saber da força da filha a mulher tremeu quando a menina começou a ficar quieta demais, a querer só dormir e a se queixar de dor na cabeça. Pior foi quando ela começou a ficar meio febril a noite.

Enquanto tocava na testa de Myrcella, para ver como estava a sua temperatura, Cersei lembrava que a filha quase nunca ficava doente, mesmo quando era uma criança bem nova . A saúde dela era forte assim como ela. Tommen e Joffrey ficavam doentes com mais freqüência do que ela.

“Mas isso foi antes de tudo que nos ocorreu...”- pensou ela tristemente. “Isso foi na época em que estávamos em segurança e sem inimigos ao nosso redor.”

Ela não iria permitir que Myrcella morresse, ainda mais que morresse faltando tão pouco para chegarem a Rochedo Casterly. Faria o possível e o impossível, mas não iria perder a única filha que lhe restava. Com esse pensamento dormiu abraçada na menina que estava fraca, mas pelo menos não estava febril.

No dia seguinte ao acordar a primeira coisa que reparou foi que a filha estava com febre. Ao reparar isso gritou alto e chamou Qyburn para examinar a menina, chamou não, ordenou. Ele logo pediu para que o homem mudo parasse a carroça, após a carroça parada ele foi rapidamente obedecer as ordens dela. Era isso que Cersei mais gostava em Qyburn, a rapidez com que ele obedecia as suas ordens.

Qyburn podia ter tido a sua corrente de meistre retirada pela Cidadela, mas ele continuava sendo um meistre com as mesmas habilidades. Ele examinou a menina e olhou de uma forma estranha para Cersei ao dizer:

—Acho que a menina pegou uma das muitas doenças que circulam por essas estradas. Doenças essas trazidas pelos viajantes ou até pelos animais. –disse Qyburn e continuou falando das doenças que se adequavam aos sintomas de Myrcella e depois começou a falar dos animais que podiam transmitir muitas doenças, principalmente dos carrapatos. Cersei o interrompeu, o que interessava para ela era saber como ele ia fazer sua querida filha ficar boa novamente.

—É complicado dizer, Vossa Graça. Como falei pelos sintomas pode se tratar de diversas doenças e além disso mal temos comida o que dirá de porções curativas para amenizar os sintomas. O máximo que podemos fazer é tentar baixar a febre com um pano molhado.

Quando ouviu isso sentiu uma raiva crescer em seu coração. Ela tinha vontade de enforcar o homem com suas mãos ou então de gritar com ele para que ele fizesse algo. A raiva foi tanta que ela não conseguiu dizer nada ou fazer. O sentimento prendeu a sua língua por um tempo, quando voltou a falar tudo que conseguiu dizer foi:

—Precisamos chegar a Rochedo Casterly. Lá tem porções que iram a ajudar.

—Estou providenciando isso. O guia da carroça está fazendo o seu melhor.

Cersei não achava que o guia da carroça estava fazendo realmente o seu melhor, achava que se ele quisesse poderia acelerar a carroça para que assim eles chegassem mais rápido.

Com tudo isso em mente ela brigou com o homem que guiava a carroça e disse para ele acelerar. Ela estava desesperada, sentia que Myrcella não iria agüentar muito tempo na estrada. Tinha que chegar a Rochedo Casterly o mais rápido possível.  Se a filha piorasse muito Cersei seria capaz de carregar a menina em seus braços e correr para um lugar seguro em que ela pudesse receber tratamento.

Durante aquele dia Myrcella pareceu melhorar, a febre passou e ela ficou um pouco mais esperta, mas mesmo assim Cersei sentia que ela ainda não estava totalmente bem. A doença que ela tinha podia ser traiçoeira, podia regredir um pouco para depois voltar muito pior. Isso somente fez a certeza de que tinha que chegar a Rochedo Casterly crescer em seu coração.

Naquela noite ela planejou não dormir. Iria ficar acordada para cuidar da filha e se certificar de que a doença não iria evoluir, mas ela não conseguiu esse objetivo. Acabou dormindo mesmo contra a sua vontade. Tudo culpa do cansaço, das tristezas e da fraqueza que pesavam sobre sua cabeça.

Era comum ter pesadelos, principalmente depois de tudo que ocorreu, mas naquela noite o pesadelo que teve foi pior que os das outras noites. No pesadelo em questão ela via seus outros filhos mortos. Seu querido Joffrey estava com sangue escorrendo do nariz e tinha o pescoço em carne viva, devido as tentativas de tentar voltar a respirar, mas o mais assustador eram seus olhos que pareciam a acusar de não ter o salvado. Seu pequeno Tommen que em vida sempre foi corado e doce estava pálido, como se não tivesse uma gota de sangue no corpo e a encarava com o mesmo olhar de Joffrey.

Cersei não conseguiu os encarar por muito tempo, o olhar deles a fazia tremer e chorar. Mas quando desviou o olhar deles viu algo igualmente assustador que a fez gritar. Viu a bruxa da floresta que havia feito aquela profecia para ela há muitos anos atrás. A horrorosa mulher estava com a mesma aparência daquela época. Os dentes podres que escancarava em um sorriso pareciam ser os mesmo que sorriram com desdém no passado. Mas mais assustador que o sorriso dela, a presença de Joffrey e Tommen e o clima sombrio do sonho foram as palavras que saíram da boca da bruxa:

—De ouro serão suas coroas e de ouro serão suas mortalhas. – a bruxa falou isso apontando para seus meninos mortos. Sua voz mais parecia um sussurro.


Cersei ficou sem reação. Era muita coisa para a mente já cansada dela. A bruxa logo sumiu, assim como seus filhos. Ela ficou sozinha em uma floresta cheia de neblina.

Mas a solidão não durou muito, pois a bruxa logo regressou arrastando Myrcella. A menina chorava e chamava por ela. Naquele momento Cersei , mesmo no sonho, sentiu algo brotar em seu coração e sem pensar duas vezes fincou as unhas no rosto da velha bruxa e tentou salvar a filha.

Quando Cersei acordou estava suada como se tivesse lutado de verdade com alguém. Logo que acordou a primeira coisa que foi conferir foi se Myrcella estava bem. Para sua alegria a menina estava, mas ela tinha sensação que algo ruim iria ocorrer com ela em breve.

As palavras da profecia ainda estavam em seu mente e ela ficou se perguntando se os deuses seriam tão cruéis a ponto de tirarem a única filha que ela ainda tinha. Se ela perdesse Myrcella não sabia o que restaria nela. Cersei foi rainha um dia, mas isso foi tirado dela, assim como as riquezas e roupas finas. A única coisa que lhe restava era ser mãe. Se isso fosse tirado dela Cersei não sabe o que ela se tornaria. Ela temia com todas as suas forças que isso ocorresse.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem e me digam. Agradeço a todos que leram e até o próximo. Abraços



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