O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 11
Sonhos e visões- parte 2


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer novamente a Lady Vitória DiCaprio pelos comentários e pela recomendação linda. Também queria agradecer ao Helder Pedrosa pelos comentários.
Obs: Eu ia publicar esse capítulo só daqui há alguns dias, mas estava com os dedos coçando para publicar logo, ele é continuação do anterior. Só que resolvi publicar logo, para poder trabalhar no próximo que é sobre a Sansa e vai ser um pouco trabalhoso.
Obs2: Ah, também os convido a ler minha outra fanfic chamada : Jon e a patrulha nos tempos modernos.
Abraços



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Melisandre

No dia seguinte, Melisandre tentou ir com Jon até as criptas, mas ela conseguiu o convencer a ir somente até a entrada. Ele parecia ter medo do que iria encontrar lá embaixo. Ela, por outro lado, tinha uma vaga idéia de para onde os sonhos queriam o levar.

Quando viu que ele realmente não estava disposto a ir, desistiu, mas disse que eles iriam lá outro dia. Fantasma, o lobo gigante de Jon, também parecia assustado.

Durante o dia, Melisandre lembrou do que Jon havia dito para ela durante a noite. Ele claramente queria que ela fosse sua rainha. Ela até que gostaria disso, mas tinha uma missão e sua vida era rodeada por magia e segredos tão escuros quanto as sombras que as chamas produziam.

Ela até tentava deixar a magia de lado quando estava com Jon. Tirava o rubi que era a fonte de seu poder para que, nos momentos em que passava nos braços de Jon, fosse apenas uma mulher comum.

Porém,dormir junto era uma coisa, mas um casamento seria algo totalmente diferente. Ela não poderia parar de usar o rubi para sempre. Pelo menos até a guerra está vencida e o grande inimigo do Senhor da Luz está derrotado. A sua missão era instruir o Azor Ahai, não se casar com ele.

Mas ela sabia que Jon não iria desistir tão facilmente. Ela sentiu a forma como ele a olhava quando veio comentar sobre uma carta que chegou do Ninho da Águia. A carta era um alerta, sobre um ataque surpresa que estavam planejando fazer a Winterfell. A carta não entrava em detalhes, mas falava que os Freys estavam envolvidos. Outro fato curioso, era que a carta não estava assinada por ninguém, mas de alguma forma, Jon conhecia a letra.

Jon lhe falou que a carta apenas confirmava uma suspeita que ele tinha há muito tempo, a de que a paz era momentânea. Falou que logo teria que partir para outra batalha, isso devia ocorrer um pouco depois do banquete. E o assunto do banquete logo levou ao assunto casamento novamente:

–Seria realmente prudente me casar antes de partir...

–O que seria realmente o certo a fazer é ir até as criptas e descobrir o que seus sonhos querem lhe mostrar.

–Posso fazer os dois...

Após um minuto de silêncio, Jon olhou para ela e disse:

–Por falar em verdade. Por que você sempre tira o rubi quando estamos nos amando?

–Para que não tenha nenhuma magia envolvida...- Melisandre falou apenas isso, não queria entrar em detalhes. Falar de como o poder contido no rubi poderia criar sombras, a partir do ato de fazer amor propriamente dito. Sombras que já haviam matado o rei Renly e um castelão. Sem o rubi, uma criança normal até poderia ser gerada ao invés de sombras assassinas, mas no momento ela não queria nenhuma das duas. Mas uma criança gerada era mais fácil de resolver do que uma sombra.

–Compreendo... Mas e...

Jon ia dizer mais alguma coisa, mas foi interrompido pelo meistre que chegou e com mais alguns vassalos que tinham chegado antecipadamente para o banquete. Melisandre viu nisso a oportunidade de sair. Disse:

–Se vossa graça não precisar mais de meus serviços, vou me retirar. Pretendo conversar com vossa irmã.

Jon disse que ela estava liberada e disse que a chamaria caso precisasse.

Ela saiu da sala, deixando Jon conversando com o meistre. Iria atrás de Arya. Encontrou a menina onde achou que a encontraria. Sentada sozinha. Segurando e olhando para a Agulha.

Melisandre se aproximou, sentou do lado dela e falou da carta que chegou. Sabia que a menina se interessaria por ela. Talvez fosse o sinal que procurava para seguir seu caminho fora de Winterfell, pois seu lugar não era lá. Assim como o lugar dela e de Jon também não era lá.

Mas ela e Jon ainda precisavam ficar um tempo , pelo menos até o rei resolver descobrir o que se esconde nas criptas e chegar a pessoa que deve ficar permanentemente no cadeirão de Winterfell. Jon e a pessoa tinham que se apressar, pois o inverno estava chegando.

Arya

A carta que chegou do Ninho da Águia era o sinal que Arya esperava para agir. Era hora dela ir embora e começar sua vingança. O dia escolhido para sua fuga, foi o dia do banquete. Aquele dia seria um entre e sai de gente e ninguém iria reparar em uma menina chamada Alyce saindo sorrateiramente. A face que trouxe seria útil.

Porém a culpa a corroia. Ela não queria ter que deixar Jon, mas por outro lado sabia que esse era o melhor a ser feito, pelo menos por momento. Talvez uma das conseqüências de sua vingança fosse a real segurança dele a longo prazo.

Antes de ir, iria se despedir de Melisandre e pedi para ela consolar Jon. Ele iria precisar de alguém ao seu lado.

Toda vez que pensava no que tinha que fazer, Arya lembrava do momento em que se separou de sua loba. Da dor que sentiu. A dor que sentia ao ter que abandonar Jon era muito maior que a sentida ao deixar a loba. Ainda tinha noites em que sonhava com sua loba. Em alguns ela era a própria loba, que corria alegre a frente de uma matilha.

Pensar nesses sonhos a enchia de triste. Mas ela se consolava pensando que a separação foi o melhor para elas, do mesmo modo que será o melhor para ela e Jon. Talvez um dia ela voltasse a se encontrar com a loba. Talvez um dia ela voltasse para perto de Jon. Talvez um dia ela voltasse a ser apenas a Arya Stark, a lobinha de Winterfell.

Cersei

Foi na noite após o velório de seu tio Kevan, que Cersei teve o pesadelo mais perturbador de sua vida. Um pesadelo que veio piorar ainda mais os seus temores. Sonhou que estava de volta naquela floresta em que encontrou a velha feiticeira. No sonho a feiticeira falava as mesmas palavras que a atormentaram por anos. Só que dessa vez em um sussurro ainda mais macabro.

Mas no fim desse sonho, algo diferente ocorria. Ela se via na sala do trono e via o magnífico Trono de Ferro. Porém, para seu desespero, não era seu filho que estava sentado nele. No inicio, por um momento, ela até pensou que fosse seu Tommen, pois a rainha Margaery estava em pé ao lado de quem ocupava o trono. Mas não era seu filho, pois seu querido Tommen estava morto, no meio da sala do trono, os gatinhos que o menino tanto amava lambiam o sangue abundante que saia da cabeça dele.

Cersei deu um grito de pura agonia e correu até o menino. O carregou em seu colo e implorou para que ele acordasse. Mas ele não abria os olhos. Seu choro de mãe se misturou aos miados dos gatos, que também pareciam chorar da sua maneira.

Com os olhos turvos de ódio e dor olhou na direção de quem ocupava o trono. Uma estranha escuridão ocultava o rosto da pessoa, mas ela conseguiu ver claramente o símbolo Targaryen na armadura usada por essa pessoa. Também viu que as mesmas trevas que ocultavam seu rosto, também ocultavam algumas pessoas que estavam próximas a ele. Ocultavam todas, menos Margaery. Que encarava Cersei com uma expressão estranha. Ao olhar nos olhos da garota, ouviu a voz da feiticeira novamente:

Rainha será… até chegar outra, mais nova e mais bela, para derrubar você e roubar tudo aquilo que lhe for querido.”

Bran

Bran novamente teve um de seus sonhos verdes. Devido ao treinamento com o corvo de três olhos a sua vidência verde estava mais forte. Assim como seu poder de trocar de pele.

Nesse sonho, ele via Winterfell. No sonho a imagem de seu antigo lar o encheu de saudades. Mesmo sabendo que era apenas um sonho, se permitiu chorar. Enquanto chorava, um som doce de uma harpa chamou sua atenção, o som parecia vim das criptas. O som parecia uma música triste, quase um choro, mas mesmo assim era doce.

No sonho Bran podia andar, por isso se dirigiu para as criptas, porém antes que pudesse entrar outra coisa lhe roubou a atenção. Um bonito passarinho entrou voando, por cima das muralhas de Winterfell . Esse passarinho apresentava uma cor alaranjada e ,para surpresa de Bran, virou um grande lobo, ou melhor loba ao posar no chão. As imagens não pararam por aí, logo uma segunda loba chegou, essa virou uma menina, que para espanto de Bran mudou o rosto várias vezes, assumiu faces de muitas pessoas, mas no fim deixou a de loba. E o último lobo a chegar foi um selvagem e mais novo que os irmãos.

Bran sabia que eram seus irmãos, por isso se permitiu mais lágrimas. Enquanto chorava, uma voz disse:

–Os lobos estão aos poucos voltando para Winterfell. No inverno os leões não rugem, mais a matilha unida acorda para caçar. Será tempo dos lobos.

A imagem e a voz logo se apagaram e Bran foi tomado pela escuridão. Quando conseguiu ver claramente percebeu que estava dentro da cripta, também percebeu que não estava só. Duas pessoas seguiam a sua frente, a passos lentos. Ele resolveu seguir essas pessoas, quando estava bem perto delas, a roupa vermelha da mulher chamou sua atenção, isso e outro detalhe quanto a sua silhueta. Ele acordou antes que visse aonde eles iam e o que aquele som significava.

Logo que acordou, Bran lembrou que já havia sonhado com essa mulher uma outra vez, no sonho com os dragões. Se era a mesma mulher, provavelmente quem estava com ela era o mesmo rei com coroa de gelo e flores azuis. Só que no sonho a mulher parecia um pouco mais gorda, talvez fosse ilusão por causa da quase total escuridão.

Bran se pós a chorar novamente ao lembrar de seus irmãos. Mas depois de um tempo, secou as lágrimas e sussurrou para si mesmo:

–Os lobos vão voltar para Winterfell...


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Notas finais do capítulo

Comentem. Obrigada a todos que leram. Espero vocês no próximo.



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