Dragão da Luz escrita por Tiger Maxsuel


Capítulo 1
Capitulo 1 - Primeira impressão




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Certo dia estava andando por uma estrada qualquer de qualquer jeito meio distraído, com a “cabeça nas nuvens”, sem prestar atenção no tempo e nem onde estava, quando me dei conta que o dia já não era mais dia e sim noite, as estrelas pontilhavam o céu como se fossem pequenas lâmpadas e a lua estava tão cheia que se enchesse mais explodiria...nem sei se isso é possível mas, ela estava tão grande que mais um pouco daria para tocá-la.

Ali eu me encontrava, parado, usando uma roupa básica, sapatos pretos, calça jeans, camiseta e blusa em uma estrada muito escura e deserta, olhando para cima e admirando o céu, sentia que estava sozinho no meio daquela estrada onde só ouvia e sentia uma leve brisa na qual mexia com meus cabelos. Estava tão estasiado com aquele céu...

– Como são belas as estrelas – comentei monologando – parece até que consigo alcançá-las, como se pudesse realmente pegá-las.

– É verdade, mas acho que neste caso mais ninguém poderia aprecia-las, isto não seria egoísmo de sua parte? – disse um homem de sobre tudo preto e chapéu, sua roupa passava uma sensação fria e sombria tal como uma própria voz, era de um homem misterioso que ao se aproximar me deu um susto tremendo.

Perguntei-lhe quem era, de onde vinha e para onde ia, mas esperei a toa pois o homem não me disse nada. O mais impressionante de tudo é que a cidade mais próxima de onde nos estávamos era a dois dias de viagem iniciando exatamente daquele ponto, mas de onde vinha somente eu tinha partido e para onde ia não havia ninguém, pois a cidade tinha sido abandonado por causa de ataques dos bandidos da região de Conan. E fiquei observando aquele homem do qual nada sabia.

Admito que fiquei com medo logo de primeira, chegou de maneira tão sorrateira que se tivesse sido um ataque ele não só teria conseguido como eu também não saberia de onde viria o golpe. Logo o medo deu lugar a coragem e curiosidade, mesmo sendo em pouca quantia, por mais que tentasse vê-lo não consegui, mesmo com a luz da lua que brilhava intensamente, como se a própria lua escondesse o rosto daquele homem para que não o visse. Naturalmente comecei a espreita-lo franzindo a testa, para ver se mais alguma coisa dava-me um indicio de quem ele era. Nesse momento percebi em suas costas um desenho de dragão, que surgia onde terminava o sobre tudo e acabava onde o sobre tudo começava, sua cor era dourada como ouro e em sua boca, que estava aberta, encontrava-se uma estrela branca, era como se o dragão estivesse tentando a engolir. Fascinei-me em ficar olhando aquela figura. Por um momento a lua e seu brilho atingiram o desenho de tal forma, que por um instante deu a impressão que o dragão estava saindo da roupa para o espaço aberto, o brilho intensificou-se me segando e levando-me a cair. O homem sombrio então, com uma risada sínica e curta porem baixa e quase imperceptível, virou-se em minha direção e murmurou:

– Então é você...

Espantado e ainda no chão perguntei ofegante, como se já tivesse corrido mais de um quilometro sem descanso:

– Como assim, eu?! Quem é você? O que quer comigo? Responda-me!

Um silêncio tenebroso invadiu o espaço onde estávamos, nem mesmo um grilo se ouvia, o homem então virou-se novamente para a direção da lua, porem, desta vez, eu o enxergava nitidamente, seu rosto aparentava não ter mais de trinta anos, diversas cicatrizes, olhos castanho escuro, pele clara e cabelos totalmente branco.

– Diga-me – começou dizendo – o que faria se tivesse algum poder? Quais seriam seus objetivos? Como você o usaria?

Um momento de silêncio invadiu minha mente, meu corpo não me obedecia, o coração estava batendo tão forte que ate mesmo aquele desconhecido conseguia escutar, o corpo ficou gélido e como em um simples flash veio a mente todas as lembranças de um passado que a muito tentara esquecer. Ainda no chão, de joelhos para aquele individuo sombrio, soquei o chão e respondo com um pequeno corte no punho:

– Não deixaria que as pessoas que amo morressem.

– E se eu dissesse que posso te dar este poder?

– Como assim? – perguntei com cara duvidosa e zombadora.

– Estou dizendo que você tem muito poder em seu interior e que posso te mostrar como usar... – o interrompo com uma gargalhada irônica – mas o que foi tão engraçado? – perguntou como se já não soubesse.

– Você acha mesmo que eu vou cair neste papo de “super-homem”, você esta de gozação comigo, né?!

Novamente aquele silêncio tenebroso e gélido tomou conta de onde estávamos, porem foi quebrado por passos que se aproximavam de nós, de detrás de uma árvore apareceu uma pessoa com mais ou menos um metro e oitenta de altura, não muito magro nem muito gordo, olhos alaranjados, com cabelo vermelho, pele clara, de bermuda que se prendia a perna com três faixas brancas e uma camiseta de manga comprida, por cima da roupa ele tinha partes que pareciam ser de uma armadura que cobria canela, coxa, parte do peito, braços superiores e inferiores, em cima da mão e por fim segurava algo que se assemelhava a um capacete em baixo do braço, algo que naquele momento não me fez muito causo mas, em seu peito havia um emblema de uma chama amarela. Sem fazer “cera” fui logo perguntando:

– Fala ai esquisito, esta lata é seu amigo? – Perguntei ao homem de sobre tudo.

– Mestre – começou o homem de cabelos vermelhos – vamos em bora, já não estou mais tolerando este fracassado lhe insultar..... – antes mesmo que da boca dele ressoasse mais alguma palavra, abaixei a cabeça, fechei os punho e levantei-me rapidamente em direção dele falando:

– Quem aqui é o fracas... – como em um piscar de olhos ele desapareceu e reapareceu em minha frente, desferindo-me uma joelhada em minha barriga e sussurrando em meu ouvido:

– Você! – tudo em frações de segundo, a força de sua joelhada me mandou em direção de umas rochas que ali se encontrava, fazendo-me chocar contra ela com meu corpo em formato da ponta de uma flecha.

– Que tipo de monstro é você? O que querem comigo? Já vou avisando que é perda de tempo se acham que tenho algo de valor ou dinheiro!

– HAHAHAHA! Você acha mesmo que isto se trata de dinheiro, e que se pode resolver tudo com o maldito dinheiro? Mesmo com toda a sua fortuna você não conseguiu salvá-los, e então? Acha mesmo que pode resolver tudo com o dinheiro? – rangendo meus dentes com toda minha força, já novamente de joelhos e mãos ao chão, derrubei uma lágrima.

– Rum... vamos mestre, ele com certeza não pode ser quem procuramos, olha só para ele, patético, um inútil, não serve nem para morrer, um fracasso da natureza, alguém que não consegue nem mesmo conter suas próprias emoções! Realmente... PA-TE-TI-CO!

Quando ficaram de costas para mim e começaram a andar resolvo interrompe-los com uma pergunta:

– Pode mesmo me dar poder suficiente para proteger as pessoas a minha volta?

– Não! – respondeu ele me fazendo mudar a expressão de serio para espantado – eu não posso te dar algo que você já tem, posso apenas te ensinar a usar e manusear o poder que existe em você!

– Eu aceito. – abrindo assim um sorriso não muito vistoso, mas bem sínico no rosto do homem de sobre tudo preto.

– Meu nome é Hyroto, e este aqui ao meu lado é...

– Keni – interrompendo Hyroto e falando em tom arrogante.

– Isso – retomou Hyroto – mas qual é o seu nome? – perguntou-me.

– Meu nome? Eu morri a muito tempo, já não tenho mais nome! - Terminei falando e me levantado, ergui minha mão esquerda e a coloquei sobre as costelas da direita, que estavam doendo.

– Tudo bem, definimos como te chamar depois então, não precisa se assustar com a luz okay!? - pegando em seu bolso algo que parecia ser um rádio comunicador, falou - Pode nos transportar.

– Mas que lu... – então fomos atingidos por uma luz intensa que parecia nos levantar do solo, tentei proteger a visão cobrindo o rosto com os braços, mas nada adiantava, neste momento fui desligado de minha mente.


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Notas finais do capítulo

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