A Loba e o Dragão escrita por Neko


Capítulo 15
Especial : Azul e Vermelho


Notas iniciais do capítulo

Hey amores! espero que ainda lembrem de mim. Nem vou falar da demora porque esta realmente complicado pra escrever.
Bem, podem me matar porque demorou e esse cap não ficou tão bombástico assim. Foi só pra ganhar um tempo até os próximos que,-infelizmente- são os últimos. Não revisei,sorry,então erros,podem avisar.



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Que dia devia ser...

Bem...

Não era pra tanto, eu sabia o dia. Mas parecia que eu tinha dormido tanto...

Realmente. Lucy acabara comigo na noite passada.

Tateei a cama sentindo apenas o vazio.

Do outro lado. Nada. Mas onde estaria a droga da cômoda com o meu relógio?

Abri mesmo sem querer os olhos... Estava tão... aconchegante ali.

Reparei que estava do lado contrário da cama, com certeza, eu não ia achar a cômoda nunca. Me sentei me espreguiçando.

–Ué. – olhei pelo quarto que por sinal estava cheios de roupas, e minha cama tão bagunçada que o colchão estava exposto. Deitei de novo – Cadê a Lucy...

Nem terminei de pensar quando um corpo dela molhado caiu em mim de leve.

–Oii!! – exclamou sorridente, e eu ri

–Como está molhada desse jeito?

–Quer que eu conte mesmo...

–hm...

–Banho. – ela soltou e eu fingi um desânimo – Eu ia pedir pra você primeiro lógico, mas você simplesmente capotou, então... – ela coçou os cabelos

–Não tudo bem pode tomar... Mas queria ter ido com você...

–Eu te chamei. – ela riu

–Jura?

–Eu disse que você capotou.

–Que horas são afinal? – me sentei na cama

–Hmm, meio-dia de um domingo.

Domingo?

Minha mãe vai embora hoje.

–Droga! – levantei correndo

–O que foi?

–Ultear... – segurei o travesseiro tampando a minha frente enquanto achava uma calça – Ela vai embora hoje, e precisava do endereço do Igneel.

–Não disse que ia achar sozinho?

–Acho que não vou ter muito sucesso nisso.

–Bem, na verdade... Eu pensei num jeito mas... Natsu quer por uma roupa, não dá pra se concentrar com você por ai desse jeito. – ela falou as bochechas ficando rosadas.

–Ah não é? - me virei andando até ela

–Não se aproxime... - ela riu – Sério. Achei que estivesse cansado.

–Isso foi um desafio?

–Não na verdade foi uma pergunta mesmo. – ela corou

–Encarei como um desafio, eu não rejeito desafios.

–Ah é – ela riu alto – Vai me castigar por te desafio indiretamente é isso?

–Boa idéia.

Meus pais chegaram junto com Erza pouco tempo depois.

Ao que parecia ela e meu pai começavam a se entender... Tive uma ultima conversa com a minha mãe. Ela negou até o último na frente do meu pai de que não tinha o endereço, e quando ele foi na cozinha pegar refrigerante pra Lucy e Erza, ela tirou um papel do fundo de uma gaveta e me deu.

–Por que? – perguntei

–Seu pai nunca entenderia porque eu tenho isso. Sabe que nem ao menos eu sei...

–Obrigado. – lhe abracei apertado

Segurei aquele pedaço de papel entre os dedos enquanto entravamos no carro ia deixar Lucy em casa e ir ao aeroporto se despedir da minha mãe. Fui o caminho inteiro olhando pra aquilo... Olhando se eu deveria ir.

Assim que voltamos pra casa fui ligar o vídeo game pra terminar Skyrim.

–Natsu?

–Hm... – continuei mexendo no Xbox pra ligar

–Como foi o show?

–Perfeito!! – exclamei deitando esperando o jogo começar. Falei um pouco das bandas e que ocorrera tudo bem.

–Hm... – olhei pra ele bebendo cerveja na garrafa e sorrindo.

Cerveja...Sorrisinhos..

–E você e a Erza? Parece que estão se aproximando de novo.

–Sim sim, e estamos. Ultear deu uma força e tanto falando com ela. Mas e você?

–Eu o que? Disse que foi tudo bem. Lucy adorou.

–Hmm, e ela dormiu aqui de novo...

–Ai pai, quer me matar de vergonha...

Lucy Hearthfilia

Entrei no elevador saltitante, com meus fones de ouvido e bati na porta do apartamento antes de entrar.

– Levy oi-

–Onde você estava?!!

–Ué. – tirei os fones

–Quando acabou o show fiquei esperando você ligar de novo, você sumiu. – ela me arremeçou uma almofada – Liguei pro Natsu até...

–Eu estava com ele. – dei ênfase - Dormi lá.

Ela piscou duas vezes antes de ter um “ataque fan girl” e pular em mim.

–Conta tudo conta tudo!!!!

E eu tive que contar claro.

Até o que eu não queria contar, Levy arrancava de mim sem eu nem perceber o que estava falando.

Natsu Dragnell

Eram cinco horas da tarde, quando desiti de passar na fase do Skyrim e sai pela porta.

–Onde vai?

Droga.

–Ver o Gajeel e os meninos.

–Ok, olha a hora. – ele não tirou os olhos dos papeis ainda bem já que eu segurava o cachecol do Igneel enrolado em umas das mãos.

Sai pela porta.

Decidi ir a pé, não queria mais nenhum carro destruído ainda mais um que não era meu.

Era uma caminhada de quase uma hora. Então peguei um ônibus depois de perguntar ao motorista como ir ao bairro e coloquei os fones. Desci quase no último ponto, eu e mais um cara descemos juntos.

Era um bairro um tanto estranho. As casas eram bem diferentes, nada muito luxuoso. Andei a procura do endereço e cheguei a uma rua sem saída. A última casa. Grande... Nada enfeitada, nem pintada estava. Algumas lascas de tinta caiam da parede.

Toquei a campainha.

Duas, três vezes.

Olhei o cachecol enrolado na minha mão.

–Você não vai aparecer né?

Toquei outra vez e esperei.

Nada.

Enrolei o cachecol no portão e dei as costas. Minutos depois ouvi um “ei” me gritando.

Continuei virado de costas, e então respirei fundo e virei.

–Jellal sabe que está aqui?

–Não. Vim deixar seu cachecol. – menti

–Ah... – ele afagou o mesmo nas mãos – Obrigado... é realmente...importante pra mim.

Que tom de voz manso era aquele?

Olhei duas três vezes, examinando o cara a minha frente, era mesmo o mesmo?Era...

–Era só isso?

Fechei as mãos em punho.

–Se importa de me contar como conheceu minha mãe?

–Ah se me importo. – ele riu alto – Porque esse interesse de repente?

–Só queria sua versão da história.

–Achei que o viad- - mordi o lábio inferior – É...Jellal tivesse falado tudo, ele e sua mãe devem ter contado milhões de –

–Eu disse a sua versão, da sua boca.

Ele me olhou por uns minutos.

–Ta ok. Se é isso que você quer. Entra.

A casa tinha uma única janela na sala.

Cheirava a cigarro e bebida. Tinha poucos móveis e uma TV pequena.

Na hora me perguntei onde estaria todo o dinheiro dos meus pais porque naquela casa não estava.

–Bem... Quer que eu comece por onde?

Pelo começo?

–Gostava mesmo da minha mãe?

Ele arregalou os olhos pra mim. E tossiu acendendo um cigarro.

–Gostava...

–Porque não ficou com ela então?

Ele ficou alguns minutos em silêncio.

–Quando eu tinha sete anos... das poucas vezes que meu pai aparecia em casa,a única vez que ele chegou perto de mim foi pra me queimar com um ponta de cigarro. Eu cresci vendo aquele único exemplo masculino na minha vida. E eu queria mudar,jurei que não faria metade das coisas que ele fez. Mas na prática não é assim. Quando Ultear disse estava grávida, eu só consegui ver eu sendo um pai horrível. Eu não fazia idéia do que era ser pai. Eu não tinha um, não tinha tios, tinha a minha mãe, mas ela já não tinha paciência de lidar comigo depois da vida inteira sendo atormentada pelo pai. E então eu fui embora. Eu não queria um eu na sua vida Natsu. E eu não quero ainda. Acha que eu trato você mal porque eu quero – ele riu – Quero que você me odeie. Não sou bom o suficiente pra você. E é por isso que eu não vou pedir desculpa por nada do que eu fiz.

–Porque... Isso não faz sentido.

–Lógico que faz... – ele riu fungando – Pense bem, foi o destino... O universo quis assim. Pense bem, você nunca teria conhecido o Jellal... Eu seria um beberrão fumante, perdendo a cabeça fácil com os choros de um neném, descontando na Ultear, em você... Você só seria igual a mim...

–Você nem se esforçou pra mudar. Poderia ter dado certo.

–Não, não ia. – seu tom de voz ficou grave

–Você não sabe!

Escutei um murro ser dado na mesa.

–Para de tentar me deixar bonzinho. Eu quero continuar assim ok? Olha aqui Natsu eu não queria você. – me contraí na cadeira - Quer dizer...

–Não precisa concertar.

–Mas...

–Eu sei que é verdade

–Não ,não é!Droga Natsu, não é verdade, eu fiquei feliz. Mas eu fiquei com medo. Eu já disse, não quero um eu na sua vida. – fiquei em silêncio enrolando os dedos no cachecol até que ele se levantou em direção a porta - Acho que já conversamos.

–Tá.

Sai pela porta. Resisti a um impulso de abraçá-lo. E abri o portão quando ele veio atrás.

–Natsu?

–Hm...

–Como seu pai biológico... Ao menos eu tenho direito de saber se você tem alguma mulher a sua vida?

Dei risada.

–Tenho... – ele me olhou curioso como se pedisse pra eu contar mais – Ela é minha melhor amiga, e eu... a amo desde pequeno. Estamos juntos agora.

“Finalmente” pensei

–Isso é realmente bom, Natsu.

Ele respirou fundo e veio até mim enrolando o cachecol no meu pescoço e ficou segurando...

–Me prometa... Qu-Que não vai fazer o que eu fiz. Prometa que vai ser igual ao Jellal, ser corajoso. Cuide da sua amiga, ok?

–Luce... - afirmei

–Luce?- ele riu - Era o nome da minha mãe sabia...

–Sinto muito.

–Só prometa Natsu.

–Prometo...

Ele soltou o cachecol e entrou pela casa batendo as portas.

Eu não conseguia enxergar nada com aquela quantidade de lágrimas inundando meus olhos,e a neblina. Andei até o ponto rápido pra não pegar tanta chuva quando a ultima coisa que escutei foi uma buzina e barulho de freios.

Lucy Heartfilia

Derrubei um copo na beirada da pia me sentindo um pouco tonta.

–Lucy?! – Cana veio até mim – Ei,o que foi?

–Acho... que minha pressão... Natsu...

–Tá grávida! – Levy gritou

Fui até o telefone que por sinal tocou assim que o retirei do gancho.

Era Jellal.

Fomos eu e ele até o hospital do centro da cidade o mais rápido que ele podia dirigir.

–Quem trouxe ele? – perguntei quando chegamos a recepção. Jellal ignorou minha pergunta se dirigindo a recepcionista.

–Natsu Dragnell.

–Ele está no quarto... 531,mas por enquanto nada de visitas.

Uma enfermeira veio até nós e pediu pra conversar com Jellal a sós. O que só me deixou mais nervosa.

Levy chegou minutos depois com Gajeel. Cana e Juvia haviam ido pra casa, Jellal não queria tumulto dentro do hospital, e nem falar nada pra eles que não tivesse certeza.

Até Erza chegou nos cumprimentando e foi ficar ao lado de Jellal na cadeira.

–Contou a Ultear? – a ouvi perguntar

–Não, ele acabou de viajar... Não foi grave eu sei disso.

Meia hora depois uma médica apareceu no corredor chamando Jellal. Ficamos todos apreensivos. Eu já tinha orado de todos os jeitos que sabia até que a voz de Jellal preencheu o corredor.

–Foi só um susto.

O alívio foi tanto que soltei uma lufada de ar chorando timidamente e Erza me abraçou.

–As visitas vão começar daqui a dez minutos, um por um, não mais do que dez minutos,porque ele esta em observação.

Fiquei fixada no relógio.

E quando o ponteiro se moveu marcando 19:30 levantei correndo,antes que Jellal perguntasse quem queria ir primeiro e abri a porta.

Ele estava bocejando,uma faixa envolta da cabeça,uns arranhões no rosto e o braço também enfaixado.

–Luce!

–Idiota! – me aproximei dando um peteleco na testa dele – Desaprendeu a atravessar a rua Natsu!

–Luce...

–Onde você estava com a cabeça?! – o interrompi – Melhor onde estava?! Quase morri de preocupação. – minha voz falhou

–Fui ver o Igneel.

Fiquei quieta e me sentei na maca.

–Ele não te empurrou não né? – quebrei o silêncio, e Natsu riu alto

–Não. Só conversamos,finalmente. Claro que, não foi como nos filmes,abraços,desculpas e tudo mais,e mesmo assim ainda estou feliz por ter falado com ele.

Respirei fundo e encostei a cabeça no ombro dele que afagou meu cabelo.

–Estou realmente feliz por isso Natsu, é só que... você me assustou...- admiti

– Eu imagino que sim amor. – corei com ele me chamando daquele jeito.

Pedi que constasse mais sobre a conversa,mas não durou tanto tempo já que a enfermeira entrou minutos depois dizendo que a visita acabara.

Depois de mim um a um,todos foram entrando pra falar com ele.

No cair da noite quando decidimos que era hora de ir já que não poderíamos fazer mais nada a não ser esperar ele voltar pra casa. Fui até a recepção pegar água quando vi alguém dizer o nome do Natsu.

Um ruivo alto tentava convencer a recepcionista a deixá-lo entrar.

–O senhor é parente ou amigo íntimo? Somente eles podem entrar.

–Sou pai dele...

–Olha,o pai dele já em trou vai ter que inventar algo melhor.

–Não estou inventando sua va-

–Oi! – exclamei indo até ele que se virou as sobrancelhas erguidas e sorriu.

–Oi loira a que devo a honra?

Ri mentalmente e estendi a mão.

–Sou Lucy,namorada do Natsu.

Ele piscou duas vezes, coçando a cabeça sem jeito e pegou mina mão.

–Er... Oi,desculpe.

–Magina. – dei de ombros – Vem acho que posso fazer Jellal fazer o senhor entrar. – virei de costas e ele me acompanhou.

–Senhor não, Igneel está ótimo.

–Ah...Ok. – fiquei envergonhada.

Eu sabia que iria colocar fogo com água,paz e guerra juntos, azul e vermelho, mas...Era um pai precisando ver o filho. Jellal iria entender.

Andamos em silêncio de volta ao corredor quando ele falou.

–É realmente bonita Lucy. – quase engasguei – Quando Natsu me falou de você,acho que minha imaginação não foi tão fértil. – ele riu

–Ah,que nada... – estava igual um pimentão. – Eu também não imaginava que você fosse um puta ruivo gostoso. – Claro que eu não disse isso,mas pensei. Afinal não iria mentir.

Os dois pais mais bonitos que já vira,bem ali no corredor.

–Ah e o Gildarts,não esqueça. - Levy acrescentou quando contei o pensamento pra ela.

Parecia quase um faroeste,os dois indo se encontrar no corredor.

E claro que eu e Levy não pudemos deixar de tirar sarro disso.

–Do lado direito do ring,Igneel Dragneel,1,90,90 kilos de músculos,costaslargas,estilo motoqueiro,punhostatuados,100% gostosura. – Levy narrou baixinho e eu gargalhei,dando um pigarro depois pra fazer a minha narração.

–Do lado esquerdo do ring Jellal Fernandez,1,88,88 kilos, braços explodindo da camisa social,um mega sexy cicatriz no rosto,advogado 200% de gostosura e sedução.

–Puxa saco! – Levy riu

–Claro oras...

–Vocês não prestam. – Erza comentou mais não se segurou em não rir também.

–Do que estão falando? – ouvimos a voz grossa de Gajeel atrás de nós.

–Nada amor! – Levy sorriu e eu gargalhei

–300% gostosura...

–O que Lucy?!

–Nada amiga. – Erza gargalhou.

Jellal Fernandez

– O que faz aqui? – me segurei pra não cerrar os punhos

–O mesmo que você. – Igneel soltou

Bufei.

Ok, eu tinha que entender... Afinal... Ele também era um pai.

–Como soube?

–Meu bairro é pequeno, notícias correm rápido.

Sai andando quase esbarrando o ombro no dele caminhando até a recepção.

–Jellal seu-

–Estou indo liberar sua entrada.

–Ah... Ta. É obri- Ah, não vou agradecer você é sua obrigação.

–Não vou dizer onde você põe seu obrigado Igneel.

Ouvi os três, até Erza no banco darem uma risadinha baixa.

Andei até a recepção e convenci a recepcionista a colocar dois pais na lista depois de resumir a situação.

Ele teve os seus dez minutos com Natsu e fiquei do lado de fora na varanda.

Até que aporta abriu.

–Eai. – pra minha surpresa era ele. Não Lucy... Não Erza.

Acendeu um cigarro.

– O que?

–Sei lá... Vida boa de sempre?

Ok, ele estava puxando assunto, sairíamos na mão daqui a pouco.

–Tirando um estrago no meu carro.

–Ah para aquilo não foi nada.

Respirei fundo.

–E a ruiva?

–Quem?!

–A ruiva... Não mudou nada ela hein, continua gata.

– Hm... – ele estendeu o cigarro pra mim, e pra minha surpresa eu peguei e traguei uma vez. – Quanto tempo não faço isso... – quase tossi

–Ainda bem não. Devíamos sair. Beber um pouco sabe...

–Não está falando sério...

–Na verdade não sei...

Ficamos em silêncio, dividindo um cigarro e dois...

–Essa menina... Lucy, se dão bem?

–Sempre se deram, são amigos de infância.

–Bonita e educada, gostei dela. – ele sorriu e eu também...

– O que vai fazer Igneel? – perguntei depois de mais alguns segundos de silêncio

–O de sempre.

–Sobre o Natsu.

–O de sempre... – ia encerrar o assunto quando ele voltou a falar – Vou aturar você só por ele só.

Ri de leve e abri a varanda.

Erza estava sentada no sofá lendo alguma revista.. .ou fingindo que lia. Sentei do lado dela e vi Igneel passar reto pra saída.

–Vim verificar se nenhum de vocês iria explodir o hospital sabe...

–Imaginei que sim... – dei risada.

–Então, - ela fechou a revista me olhando – Tudo bem...?

–Sim... estou surpreso. Nunca fiquei no mesmo lugar que o Igneel sem acertar o nariz dele,ou ele o meu por mais de cinco minutos... e olha que foram mais de dez agora. – ela riu afagando meus cabelos

–Isso já é um progresso. Vamos tentar um dia quem sabe...

–Milagres não acontecem com tanta freqüência assim.

Lucy Heathfilia

Natsu voltou dois dias depois pra casa,fora alguns arranhões já tinha desenfaixados os braços e estava ótimo. Tão ótimo que...

–Luce...

–Sim? – disse lavando os pratos enquanto ele secava já sabendo o que era aquele “Luce”

–Estamos sozinhos...

–Eu sei.

–Mas...

–Mas você acabou de voltar do hospital. – disse tentando parecer dura.

–Luce... – ele choramingou

–Sem mais “Luce”.

–Droga, mas eu estou bem. Olha!

Me virei chacoalhando as mãos pra sair um pouco da água e cutuquei de leve perto da bacia dele, e ele fez um “ai”. Havia levado quatro pontos ali.

–E se isso abrir? – antes que ele falasse continuei – A médica foi clara, nada. de.esforços.físicos.

–Não conta se você fizer o esforço físico...

Me segurei pra não rir e tentar não ficar vermelha.

–Pode ser pior sabia. Nada feito Natsu.

–Aaah. Tá. – cruzou os braços feito uma criança e eu gargalhei.

Dias depois, fomos todos pra casa da Juvia, jogar conversa fora e comemorar a chegada das férias da faculdade de dezembro.

Os garotos acabaram de voltar do supermercado com cervejas e alguns salgadinhos e doces. Estavam todos na cozinha e nós na borda da piscina.

–Luce. – Cana me chamou segurando uma garrafa de cerveja.

–Hm? – disse terminando de dar um gole da minha também.

Quando percebi as três bobocas me encarravam.

–O que gente? – repeti

–Conta! –Juvia pediu

–Conta o que?

–Você e o Natsu... Namorando... Levy sabe de tudo mas e nós! – Cana fez um beicinho

–Conta vai Luce!Juvia está curiosa! – Quando ela começava a falar na terceira pessoa sabia que estava toda empolgada

–Mas... Contar o que?

–Quando, como, onde .. – Saiam dois corações dos olhos de Juvia.

–Foi bom?!

–Cana! –ri

–Luce deixa de ser boba desembucha.

–Foi depois do show... – me entreguei logo – Pegamos uma chuva, ele disse pra eu tomar banho e aconteceu.

–Cadê a emoção?! – Cana exclamou

–Igual nos seus livros Lucy! Dê detalhes!

–Livros levam tempo...

–Só conta em detalhes mulher! – Levy finalmente falou

–Ai gente, mas vocês!Foi bom caramba, muito bom ta?Se querem saber ele é um dragão mesmo e agora parem de encher! – falei sentindo o rosto corar

–Agooooora sim!- Cana bateu duas palminhas – Podia ter falado mais... Maaas tudo bem.

–Quem é um dragão?

–Ah!! – Nós quatro olhamos pra trás juntas.

Natsu segurava quatro garrafas duas em cada mãos e os meninos vinha matrás com cadeiras,e Gajeel com o violão.

–Que?! – perguntei

–Dragão?Do que estão falando?

–Ah é... – cocei a cabeça.

–Era do... – Cana tossiu

–Aquele negócio lá... – Levy estralou os dedos.

–Anime. – Juvia resolveu

–Aah sim legal, qual deles?

Porque sempre que perguntam isso foge todos os nomes?Ainda mais um que tinha dragões...como era mesmo...

–É... – fechei os olhos tentando lembrar – Eu ... Esqueci.

–Ué. – Natsu estranhou

–Como é Levy? – Perguntei

–Ah...É.. Juvia sabe.

–Eu? – ela se perguntou

–Dragon Tail? – Gray sugeriu se sentando

–Isso!!- quase gritei

Amém.

–Aaah ta, e quem é um dragão?

–Ah isso é spoiler – desmenti já mudando de assunto.

Ficamos até mais ou menos onze horas e depois fomos embora.

Natsu ia me deixar em casa mas no meio do caminho mudei de idéia.

–Minha casa?

–Sim,se passaram dez dias,você tirou os pontos...

–Tá ok minha casa, sim senhora.

Gargalhei encostando no banco enquanto ele dirigia rápido o suficiente pra chegarmos logo.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ! Reforçando pra n dizer que eu não avisei. Mais ou menos.. Três capítulos curtos, meio especial de fim de ano sabe rs E acaba ;-; sentirei saudades de vocês e de Nalu



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