A Loba e o Dragão escrita por Neko


Capítulo 10
Amor de verdade,finalmente.


Notas iniciais do capítulo

Um enorme e sem revisar então sorry os erros. Infelizmente amoures, eu não teria mas tanto tempo de postar,por isso postei hoje. Começo a ETEC segunda,então vai ficar complicado mesmo terminada a fic no PC.



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Narradora Cana Alberona

–E desde quando você gosta de trabalhar? – perguntei incrédula a Lisanna.

Eu nunca imaginaria aquela mimadinha com um avental e dando duro no café. Lisanna podia ser minha amiga, mas não deixava de ser mimada e egocêntrica.

–Não preciso gostar.

–É porque o que você quer é infernizar a coitada da menina! – me referi a Lucy – Ou você acha que o Natsu tem uma queda estranha por garçonetes?

–Qual é hein Cana?Vai virar amiguinha dela agora?

–Olha se ela é minha amiga ou não,isso não é o caso. Nós nos falamos no máximo duas vezes. Só que isso não é certo Lisanna!

–Eu não to nem ai se é certo,eu nem sei do que você ta falando porque o que eu fiz foi pedir um emprego pra minha mãe. Vai querer juntar ela com o Natsu também?Você devia me ajudar.

–Que culpa eu tenho se ele gosta dela?Se os dois estão solteiros...

–Solteiros? Você sabe que a Lucy namora.

–Namora? – levantei uma sobrancelha

Eu não sabia mesmo. Pra ser sincera eu nunca vira a Lucy, nem houvera falar dela que não fosse pela Lisanna. A vi a primeira vez no estúdio. Ela não usava uma aliança nem nada. E eu não fazia faculdade pra ter algum contato com alguém dali a não ser Lisanna de algumas festas.

–Quanto tempo? – perguntei

–Sabe Cana,essas coisas você devia falar com a Lucy. – Lisanna riu de um jeito como se estivesse feito algo errado

–Porque?

–Porque eu não sei sobre muita coisa... Só sei que... Ela namora um carinha ai, que não é do centro da cidade... Ela vai te responder melhor que eu Caninha.

Porque eu tinha a sensação que aquilo tinha a ver comigo?

Narradora Lucy Heartfilia

No dia seguinte, eu estava saindo da faculdade com Levy voltando pra casa. Eu ia no banco pagar a conta atrasada com meu pagamento,e fazer compras. Assim que pisei pra fora da faculdade. Ela estava conversando com Sting encostada no carro. Quando me viu veio até mim.

–Lucy. – eu parei. Senti Levy abrir a boca pra falar, mas eu a virei pra que ela não falasse nada

–Oi.

–Eu espero que não esteja pensando que fui eu que-

–Não to não.

– É porque pareceu. - bufei e dei um passo na direção dela.

–Que diferença faz pra você? Desde quando se importa com que eu penso de você? – eu ria

–Com certeza você deve estar achando que fui eu pra me tratar assim, mas tudo bem. – ela deu de ombros - Porque eu não ligo, você já tem vários problemas né... Contas, agora que está sem emprego. – me virei pra ir embora. Eu não queria escutar mais nada do que aquela coisa estava falando – Porque não pede pro Natsu te acolher?Ou o seu namoradinho?Ou você ainda namora, mesmo ficando com o Natsu?

–O que?! – gritei pra ela – Eu não to fican-

–Ah não? – ela riu alto – Hm... Achei que depois de mim você seria a amiguinha colorida dele. Espero que esteja aproveitando porque ele vai te chutar depois!

–Vai se ferrar! Sua vadia. – dei as costas de novo pegando Levy pela mão

–Vadia? Não sou eu que durmo com dois caras querida. – ela riu

Me virei pra lhe acertar um tapa,mas Levy me agarrava pela cintura me puxando.

–Lucy, não a gente está na escola!!

Lisanna estava de braços cruzados e disse alguma coisa do tipo “Pode soltar”. Aquilo me enfureceu de uma maneira...

Tirei as mãos de Levy da minha cintura com força e sem pensar duas vezes fechei a mão em punho e acertei Lisanna antes que as mãos dela agarrassem meu cabelo me levando junto.

Ah qual é queridinha eu não brigo de puxar cabelo... Sorri, me segurando pra não cair no chão. Dei uma joelhada no costela dela,e então caímos. Ela por cima de mim.

Vi Cana por trás dela, puxar Lisanna de mim uma das suas unhas pegando no meu tórax, e Juvia entrou na frente de nós duas. Lisanna gritava vários palavarões pra mim,porém ver o sangue saindo do nariz dela me fez sentir tão bem que eu não ligava mais de ser xingada.

–Lucy! Não pode brigar aqui!

–Ela me provocou!! – me defendi - Como ela sabia... – comecei a pensar quando vi Sting saindo pelo portão.

Marchei em direção a ele que arregalou os olhos quando me viu descabelada e enfurecida na sua direção. Empurrei ele contra o capô no carro.

–Você falou o que pra ela?! – gritei

–Eu?!! Não falei nada demais!

–Só diz o que você falou!

–Disse que deixei você no seu amigo aquela noite.

Respirei fundo ele não tinha culpa. Sai na direção das meninas remoendo tudo que Lisanna falava enquanto entravamos no carro de Juvia que resolveu nos dar uma carona.

–Ela está certa. – disse passando a mão no arranhão não ficara tão ruim. As duas me olharam confusa.

–Certa?!Certa de quê? – Juvia perguntou

–Eu devo ser, melhor eu sou uma vadia mesmo.

–Porque? Por ter pedido um tempo pro seu namorado imbecil que trata feito uma coisa que ele comprou e ter beijado o cara que você realmente gosta? – Levy se virou no banco da frente gritando pra mim - Ou ter feito o que qualquer amiga do Natsu faria que foi cuidar dele?

–Eu dor-

–Foda-se se você dormiu na mesma cama que ele. Você não deve nada pra ninguém Lucy, você não está, N-Ã-O está namorando o Loke atualmente.

–Foi errado.

–Então eu também sou uma vadia. –Juvia riu dirigindo – Eu não teria feito diferente. Para de se preocupar com que a Lisanna pensa. O que você acha?

–Que... Que... Eu devia ter terminado com o Loke antes disso tudo.

–Só acho que você já estão terminados há décadas, o problema é ele aceitar.

Nós três ficamos em silêncio de novo.

–Olha se quiser se achar uma vadia, normal, todas as boazinhas tem que ser um dia. – Juvia explicou e eu sorri – Você está na sua vez, aproveita e faz tudo de uma vez.

Naquela tarde, eu fui até a biblioteca ver se não precisavam de ninguém pra trabalhar. O bibliotecário José um senhor de cabelos pretos e alto, disse que a garota que cuidava do balcão ainda estava a dar uma resposta pra ele.

Um dia depois pro meu azar ela ficou com o trabalho.

Ele me indicou um casal de vizinhos que precisava de uma babá pra a menininha deles a tarde. Podia ser uma boa...

Peguei um ônibus pra ir até o endereço que ele me dera. No ônibus Natsu me mandara uma mensagem.

Só pra avisar fim de semana passado você não fez meu bolo.

Eu ri. Fim de semana passado fora o incidente com o elevador, eu estava totalmente no pique. Com certeza...

Ah é? Achei que tinha pagado a aposta cuidando de você sabe...

Ok. verdade, afinal esse fim de semana você que precisa de um bolo afinal.

♥ ;)

Quase morri vendo aquele outro coração em resposta. E guardei o celular na bolsa descendo no ponto. Eu ainda não acreditava que meu eu interior tinha aceitado que eu amava o Natsu, mas do que eu já gostava na infância. Acho que o termo correto seria, eu não estou acreditando que estou correspondendo ele e ele a mim.

Mesmo com Loke...Oh Céus.

Não era tão longe assim a casa do casal, mas era uma boa caminhada. Depois do ponto entrei na tal rua.

Era uma casa bem grande, espaçosa e chique. Eles deviam ser ricos...

Toquei a campainha.

Uma moça de cabelos verdes, sim verdes bem verdes, e com um corpão saiu pela porta. Ok. Ela não parecia ter tido um filho cara.

–Oi? Posso ajudar? – ela perguntou confusa saindo pelo portão

–Ah eu... – peguei o cartão que José me dera vendo os nomes – É Bisca?

–Sim, sou eu. – me espantei, realmente não parecia.

–É seu vizinho José disse que precisavam de uma babá.

–Aaaaaa nossa você é a garota? Entra aqui. – ela sorriu

Ela me serviu chá com uns biscotinhos caseiros e começou a explicar que estudava a tarde e precisava de alguém pra ficar com a menininha. Ela era linda, estava brincando de boneca na sala e se chamava Asuka.

–Ainda bem que ele encontrou você, preciso urgente porque a menina que cuidava dela começou a trabalhar numa empresa e tudo mais. E né, as aulas não param. Quando começa?

–Jura?! – quase gritei – Vai-vai mesmo me contratar?

–Sim, gostei de você Lucy, e José me falou muito bem de você.

Eu gostava de crianças, mesmo que não pudesse parecer. Nunca tinha cuidado de uma que não fosse os meus priminhos e priminhas. Mas, quem sabe.

–Eu... Posso começar quando quiser.

–Ótimo! Amanhã então? – fiz que sim – Bem vai ter alguns dia que eu vá precisar que você fique com ela...

–Bem – cocei a cabeça. Eu precisava do trabalho então... – Pode ser, sem problemas.

Nós acertamos um salário, ela me mostrou a casa,os horários de Asuka,coisa que ela podia comer e etc, e mais tarde fui embora.

Com certeza ia ajudar. Era mais do que no café pelo menos.

Cheguei pulando em casa.

Levy estava fazendo alguma coisa da faculdade.

–Ishe. – olhou pra mim – Toda felizinha, viu o Natsu né?

–Cala a boca. – eu ri – Consegui um emprego.

–O que!!Jura?!

–Babá. – sorri

–Não importa ajuda. Que horas, onde,pra quem.

Expliquei tudinho enquanto secava a louça pra começar a fazer janta.

–Ai que ótimo! – Levy sorriu – Ah é Lucy, que vai quer fazer no seu aniversário?

–Hm não tinha pensado em nada ainda.

–Trate de pensar.

A gente não pode gastar dinheiro, e eu não gosto de festa...

–Uma... festa do pijama? Sexta a noite pras meninas e a gente vira a madrugada, no sábado vemos com os meninos... filme...boliche! -exclamei

–Ok, só nós três? – ela se referia a nós duas e Juvia

–Cana também.

–Amiga da cobra na nossa casa de novo?!

–Ela é legal poxa, eu gosto da Cana não importa com ela ande e eu quase nunca tive chance de conversar com ela.

–Hm, ok vai, vou avisar ela.

–E Erza também... Chamaria até a Áries, mas ela deve estar ocupada com o casamento.

–Falando nisso... – Levy coçou a cabeça digitando no celular – Você ainda vai?

–Sei lá... Se eu terminar com o Loke... – suspirei – Não sei, Áries gosta muito de mim, mas se eu terminasse com ele e aparecesse lá, ia ficar ruim.

–É... Lucy! – Levy gritou de repente – você chegou falando que eu quase esqueci. – ela tinha ficado radiante de repente

–Fala!

–Eu... Calma, vou explicar. – ela respirou

Narradora Levy McGarden

Um dia atrás

Eu estava falando por mensagens com Gajeel no celular escondido de Macao. Gajeel estava todo feliz porque conseguira o emprego que ele queria numa empresa perto de onde nós morávamos agora. Ele teria de arranjar outro cômodo pra ficar perto,mas por enquanto ele ia ficar acordando cedo e vindo no fretado da empresa,e as vezes dormindo no Natsu os no pai dele que morava duas ruas atrás da faculdade.

Eu já tinha terminado tudo o que Macao me pedira, mas ele odiava celular no trabalho.

Passo ai então?

Aham,espero você. ((:

–Levy!

–Oi! – coloquei as mãos pra trás escondendo o celular.

– O que tem ai atrás?

–Nada, fala logo que foi?

–Olha sua mal criada...

–Vaaamos, Macao fala que depois que acaba meu horário... – comecei a bater o pé e ele bufou

–Tá, ta, procura aquela pasta de matrículas infantis, a recepcionista marco errado de novo.

–Tá.

Guardei o celular no sutiã e comecei a procurar. Talvez eu sugerisse pra Macao contratar Lucy no lugar daquela menina, diversas vezes eu tinha que refazer tudo.

Depois que deu minha hora, sai correndo esperando Gajeel na calçada. Ele estava de moto que era dele antes de ir pra faculdade.

–Oi... – sorri sem graça.

Ai Meu Deus eu adorava andar de moto mesmo que eu morresse de medo.

–Oi, você trabalha assim? – ele sorriu olhando minha roupa

–Sim.

–Fica muito bonita.

–Ah para. – fiquei vermelha – Vamos?

–Quero te levar num lugar antes... Eu... Ia comprar um livro pra você, mas eu não sei um titulo que você quer... – ele começou a ficar todo confuso e eu sorri

–Não precisava.

–Mais eu quero, vem vamos lá naquela biblioteca que a gente ia antes.

Eu sorri mais ainda. Adorava aquele lugar... Ir lá com Gajeel era uma nostalgia.

Saudades dos tempos que a gente se escondia lá dos meus pais.

Depois que fui chegamos desci da moto quase beijando o chão como sempre e ele gargalhou.

–Não vai se acostumar nunca né?

–Tenho medo. – fiquei olhando pro veículo.

–Vem. – ele pegou na minha mão.

Fui abraçada no braço dele e comecei a passar pelos corredores da parte que vendia livros. Eu sabia que o único livro na minha mente agora era A Cabana, mas eu fingi estar indecisa só pra passar mais tempo ali.

–Ah vocês dois...

A voz de José, o bibliotecário apareceu no corredor. Fiquei vermelha na hora e Gajeel riu.

Minha nossa, quantas vezes José não nos flagrou se pegando pelos corredores dali.
E quantas vezes já não me escondeu do meu pai, e secou minhas lágrimas junto com Natsu e Lucy quando Gajeel tinha que fugir dele.

–Oi. – sorri e Gajeel deu oi também.

–Que bonito ainda juntos. – ele sorriu

–É... – coloquei um cabelo atrás da orelha sem graça

–Seu pai melhorou Levy?

–Ele... – eu olhei pra Gajeel que ficou sério na hora.

Meu pai nunca ia melhorar daquilo.

– Ele... Não sabe ainda. Acredita? – tentei disfarçar rindo deu certo.

–Mas que velho rabugento. – José riu

–É... – Gajeel se sentou no chão do meu lado

José saiu do corredor e eu finalmente peguei A cabana da estante e mostrei pra Gajeel.

–Esse aqui.

–Tá. – ele estava sério ainda.

Falar do meu pai o deixava daquele jeito mesmo...

–Gajeel? – encostei a cabeça nele

–Hm?

–Ele não pode mais impedir a gente sabia? – ele fez que sim.

Eu achei que ele não tinha percebido que eu disse aquilo na verdade querendo dizer “Olha vamos voltar porque eu te amo” Mas ele percebeu e se virou pra mim.

–Levy...

–Quer... Quer vol- eu ia terminar a frase gaguejando que só quando ele me beijou.

Beijo mesmo.

Como a quatro anos atrás.

No mesmo lugar.

Eu o abracei puxando pra mais perto e retribuindo o beijo.

Não sei quanto tempo se passou, mas valeu por todo os dois anos longe dele.

Ele encostou a testa na minha.

– A gente o convence então... – eu sorri – Porque eu não vou mais soltar você Levy, nem se ele quiser...

–Eu também não. – fiz carinho no seu cabelo e ele me abraçou me puxando pra se levantar.

–Vou pagar o livro. – ele pegou na minha mão olhando pra ele – Acho que ele deu sorte. – ele se virou lendo a sinopse atrás – É com certeza deu.

Então eu ri.

–Com certeza.

Narradora Lucy Heathfilia

–Aaaaaaaaaaa! O que?!!!! – gritei correndo pra me jogar nela. Assim que caímos na cama a enchi de cócegas e abraços. Só depois percebi que ela chorava de emoção e eu também. – Nós somos mesmo choronas...

–Sim... – ela riu me abraçando

–Aquele momento que o ship da certo!!!! – a imitei devolvendo o abraço e ela caiu na risada.

A puxei da cama ainda pulando.

–Natsu já sabe?

–Claro! – ela riu – Ele surtou mas ... – ela parou como se tivesse escondendo algo

–Mas...

–Nada.

–Levy!

–Ele ficou muito feliz, mesmo demais, mas fico amuado por que... – ela respirou – Ele disse que queria ter a coragem do Gajeel, ou a minha no caso.

–Ah... – fiquei olhando pra faca de cortar carne perdida nos mil pensamentos que passaram na minha cabeça.

–Lucy?

–Hm.

–Por que... Porque não fica com ele?

–Não... Não enquanto eu não encerrar de uma vez essa história do Loke.

–Então você ficaria mesmo?!Não pera, eu ouvi bem!!

Então eu sorri voltando a fazer a comida.

–Sim... Afinal, é ele que eu amo de verdade... – admiti e ouvi ela gritar dessa vez correndo até mim.

Depois que cheguei da casa da Bisca fui tomar banho enquanto Levy e as meninas não chegavam.

Fora tudo tranqüilo. Asuka era bem quietinha,quando chegava da escola eu ajudava ela com algumas lições,limpava um pouco da casa, depois eu lia Chave Para os Céus Estrelados pra ela que por sinal, eu não entendia muito bem o livro ,mas ela gostava até. Depois de tomar banho ela dormia feito pedra até Bisca chegar por volta das 18:40. O ônibus vinha lotado, mas não dava nem meia hora até em casa.

Me enrolei na toalha quando meu celular tocou. Atendi sem nem ver quem era com a mão molhada.

–Alô?

–Lucy.

Era a voz de Loke.

–Oi...

–É, feliz aniversário.

–Ah obrigada Loke. – sorri

–Eu... Bem, queria ir te ver... Dar um abraço pelo menos.

Deus devia se comunicar com Levy por telepatia porque naquele mesmo instante ela apareceu na sala jogando as bolsas, tirando o salto e praticamente tudo. Fiquei olhando espantada pra ela.

–Que calor... Loke não vem aqui não né?

–Então... – disse pra ambos – Um minutos Loke. – coloquei no mudo

–Naaaaaaaao! Ele não vai vir, me da isso! – ela tentou pegar meu celular

–Não sai! – corri quase deixando a toalha cair até a sala – Ele só quer conversar,um abraço!

–Abraço é uma porra! Não vai vir não!

–Ele não vai atrapalhar ta? Dois minutos. – tirei do mudo vendo ela marchar até o banheiro tirando o resto da roupa – Tudo bem Loke...

–Ok, chego ai então umas... - olhei o relógio eram 20:15 – Umas dez.

–Ok. – sorri e me despedi

–Ele não vai subir! – ela gritou do banheiro

–Deixa isso comigo Levy!

–Coitada de mim que tenho que agüentar ele enchendo seu saco, ele enche tanto que passa pra mim quando não cabe mais em você.

Gargalhei mandando mensagens pra meninas dizendo se ela já estavam vindo. Juvia ia buscar Cana já que ela ia trazer umas ices porque sabia que eu gostava.

–Cana vai trazer Ice!! - cantarolei

–É por isso que gosto dela. – Levy apareceu com a toalha na cabeça e vestida com um vestido laranja.

–Agora gosta?

–Eu gosto, não gosto da Lisanna.

Levy comprou dois sacos um de bolinha de queijo e coxinha pronta pra gente fritar. Eu que era a gorda por doces, só não fiz bolo porque Levy disse que era melhor amanha, então fiz brigadeiros com bolinhas.

Quando as duas subiram morri de vergonha. Agora entendia porque Levy não queria que eu fizesse bolo. Juvia havia passado no Maria Cereja e comprado um bolo médio de morango.

–Não acredito. – sorri sem graça

–Os meninos vão perder tudo isso, mas a gente faz mais gordiçe amanhã! – Cana me abraçou e Juvia também depois de por o bolo na mesa.

–Acho que esse óleo já ta bom. – eu dizia olhando pra panela com óleo

–É. – Levy olhava a distância

–Joga um ai pra ver. – Juvia sugeriu protegendo o rosto com uma tampa enorme.

–Eu não! – Cana deu o saco de bolinhas pra mim

–Ah... Tá eu jogo...

Assim que a bolinha entrou em contato com o óleo, começou a voar óleo pra todo canto e explodir. Juvia soltou um grito se protegendo com a tampa e Levy se escondeu atrás da geladeira.

Eu ria jogando mais algumas de longe, até que o óleo acalmou.

–Arremesso de bolinha de queijo! –Cana pegou umas do saco e de longe fomos jogando na panela.

Ficamos deitadas no tapete com as pernas no sofá com um balde de bolinhas e coxinhas e a caixa de ice do lado.

–Então comecem a contar as novidades. – Juvia pediu esticando o queijo da bolinha

–Voltei com o Gajeel. – Levy falou bebendo.

Um coro de “aaa” foi produzido por Cana e Juvia juntas.

–Minha nossa. – eu ri

–Que lindos, eu sabia! – Juvia exclamou emocionada.

–Amém porque se não a Cana pegava. – brinquei e a gente gargalhou da cara dela vermelha

–Que isso gente me-me respeita ok? Ele é bonito, maas...

–Bonito?! – Juvia falou - Lindo!

–Demais. – completei

–Vamos da uma segurada ai?! – Levy brigou e rimos de novo – Vou começar a falar dos seus namoradinhos vocês vão ver ok?

–Não temos namoradinhos. – falei

–Ah não né, verdade posso falar então o quanto o Natsu é lindo, e tem um tanquinho maravilhoso.

–Ai minha nossa!! –Cana ajudou

–Ok ok ok – me levantei – Suas... Nada. Continua quem disse que eu ligo... - menti

–Fico bravinha ui!

–Natsuuuuuuuuu lindo!!! – Juvia exclamou

–Me pegue no elevador Natsu!!!! –Cana gritou e Levy caiu na gargalhada.

–Caladas!! –fiquei vermelha de vergonha – Eu nunca mais conto nada pra vocês!

–Cana nunca fala de ninguém pra nós, desembucha ai Cana. – Juvia pediu

Fiquei aliviada que elas tinham esquecido sobre o elevador e peguei o celular. Natsu me mandara uma mensagem enorme de aniversário. E o final me fez sorrir sem graça mais do que eu já estava por todas as coisas que ele escrevera.

“Quero dar parabéns pessoalmente depois ai no seu elevador, ops sua casa ;) ”

Gajeel também mandara, sorri pegando o celular e mostrando pra Levy.

–Ganhei um coraçãozinho do Gajeeeel – cantarolei

–Bruxa.

Gargalhei.

–Vai Cana!!! – Juvia pedia

–Gente já disse que não tem ninguém sério... Nem homem nem mulher. – ela pareceu séria

–Cana jura? – perguntei

Nós quatro encaramos ela. Até que ela suspirou.

–Tá. Tem duas pessoas... Uma é o Fried porque sei lá, achei super...fofo. E lindo. – nós fizemos um coro de oww e ela ficou toda vermelha – E tem um cara... Que bem, ele não é importante. Nós somos amigos de festa sabe, quase um ano atrás eu dormi com ele uma vez... E outra...há um tempinho ai... Não sei quando, foi antes de você irem lá fazer a tatuagem sabe? Mas nada demais.

– E como ele é? –Levy perguntou

–Hm, loiro meio castanho...usa óculos de vez em quando... alto mais não tanto...

–Nomes? – pedi. Cana segurava uma garrafa entre os dedos. Qual é ela estava nervosa?

–Loke.

Travei.

Levy se contraiu do meu lado e sorriu sem graça.

–Que coincidência... Ele namora?

–Claro que não, não iria ficar com ele se namorasse.

O interfone tocou, eu ainda estava em choque e não consegui levantar pra atender.

–Cana... – Juvia falou me olhou – Estranho...

–Namorado da Lucy se chama Loke...

–Ué, mas seu namorado não é o Natsu? – Cana me perguntou

Fui até o quarto e voltei com um a foto do Loke e minha.

–Esse Loke?

Os olhos dela se entristeceram. Juvia piscou duas vezes e se levantou do sofá pra pegar o interfone que ainda tocava. Ela não sabia, eu nunca tinha contado mesmo que namorava. Ela não tinha culpa alguma.

–Um ano? – perguntei – Um ano, eu namorava com ele já... Que festa foi essa?

–Lucy eu...

–Me diz a festa!

–Foi... Acho... Um aniversário...

–Aniversário da Áries? – perguntei

–Foi.

Acho que eu tive um colapso de memória naquela hora.

No dia do aniversario da Áries, eu não pude ir com Loke porque precisava ficar com a minha mãe. Na mesma noite, ela me ligou dizendo o quanto Loke era ruim pra mim que eu não devia ter aceitado namorar com ele, nem ter feito nada com ele. Mas eu achava que ela estava bêbada.

Segunda vez... No shopping Loke dizendo estar em casa e não estava? Será.

Conheci Cana outro dia na tatuagem, ele não quis passar perto do lugar. Eu não colocava esse tipo de coisa em rede social, até porque eu nem tinha nada que não fosse tumblr.

Loke nunca quis aliança... Mesmo quando eu pedi.

–Segunda vez pedi?

–Festa da Juvia... – ela abaixou a cabeça – Ele,ele nem quis me deixar aqui,olha Lue

–Mas como Lisanna não contou? – ouvi Levy gritar pra ela me fazendo voltar ao presente.

–Ela disse que ele não namorava com ninguém, Levy eu juro. – Cana estava chorando

–Não briga com ela. – disse – Se ela disse que Lisanna não contou é porque é verdade... Ele... Ele...

–Ele nunca falou nada também Lucy, olha por favor acredita em mim, se você tivesse me falado eu tinha contado na hora... Por favor...

–Cana. – peguei no ombro dela – Está tudo bem.

–Lucy... – ouvi Juvia chamar baixinho – Esse Loke... Ele está na portaria.

–Não deixa subir! – Levy pediu

–Deixa sim.

–O que?! Lógico que não-

–Deixa sim, se não eu desço! –gritei – Vem cá.

Peguei Cana pela mão e abri a porta saindo pro corredor. Ficamos as duas paradas na frente do elevador, ela tremia e chorava.

–Não é sua culpa – disse

–Lucy a gente está de pijama...

–Não importa.

O elevador abriu.

A expressão de Loke foi uma coisa que eu queria que meus olhos tirassem fotos.

Ele realmente travara no elevador, tanto que eu tive que esticar a mão quando a porta quis fechar de novo.

–Ele? – perguntei e Cana fez que sim – Vai sair daí ou eu vou ter que te arrancar daí Loke?

–Lucy eu-

–Eu não quero ouvir – eu ri –Quero que você volte pra sua casa agora!E nunca mais olhe na minha cara!

– Eu não trai você!

–Ah não?! – eu gargalhei – Cana quanto tempo você dormiu com ele?

–Lucy-

–Fala Cana!

–Um ano atrás... E umas semanas ai.

–Um ano atrás Loke?!! Você me traiu e nem ficou se quer com um peso na consciência!!

–Mas faz um ano!

–Porra Loke!Eu não quero saber o que importa é que você fez e acabo!Acabo mesmo!

–Acabou?!Eu estou há dois anos com você, devia me perdoar!

–Perdoar!! – eu achava que não podia gritar mais – Perdoar você por uma traição que você escondeu por um ano!Me diz porque você fazia tanta questão de namorar comigo?Me traia, me fazia de...de lixo!Porque Loke?Porque não me largou e ficou com ela? – apontei pra Cana – Acha mesmo que eu ia chorar, e implorar pra você ficar?

–Você me ama Lucy não nega isso, você não iria aceitar se eu terminasse.

–Eu ia ficar feliz! – ri alto – Eu amei você, e você estrago tudo!Aos poucos você estragou a merda toda!

Ele ficou quieto e eu também. Peguei Cana e a empurrei pra dentro já que ela não conseguia parar de chorar. Juvia e Levy escutavam tudo sentadas no chão da sala. Entrei correndo pegando todas as fotos que eu tinha com ele e sai de novo.

–Eu. Estou. Terminando. Com. Você. De uma vez por todas! – disse pausadamente picando as fotos no tapete do corredor – Vai embora!

–Lucy escuta.

–Eu não vou escutar!

–Você acha que é a única certa aqui?Você saiu com o Sting-

–Quem te disse?

–Me falaram, viram você no café.

–Sai mesmo! Eu pedi mil vezes pra terminar e você nunca quis, eu precisava de um tempo pra minha cabeça e você não deu. Eu já nem lembrava que estava com você. – dei de ombros e lembrei da voz de Juvia na minha cabeça “aproveita e faz tudo de uma vez” – Eu sai mesmo!Mas sabe o que aconteceu, enquanto eu namorava com você eu nunca dei um beijo, nunca sai, nunca fui pra cama que não fosse com ninguém a não ser você ta?! – eu comecei a chorar

–E no nosso tempo você sai com outro!

–A gente nem namorava. Pra mim tempo as pessoas não namoram...

–Tá. Okay, eu digo mesmo trai você ta.

–Ótimo eu não vou te perdoar agora vai embora.

–Você não devia ter contado. – ele gritou pra Cana

–Devia sim, devia porque ela é minha... amiga!Se ela soubesse da gente há mais tempo já teria dito.

–Vagabunda... – ele soltou baixinho

–Vai logo embora!

–Você devia me amar a ponto de me perdoar!

–Porque amar tanto?Amar porque você foi meu primeiro namorado?Eu podia ter ficado com outro, mas eu fui burra e fiquei com você!

–Outro? – ele perguntou vindo na minha direção – Outro?Porque não fala logo Natsu,Lucy.

–Devia mesmo! – solucei esfregando as lágrimas – Devia ter ficado com ele não com você! Feito tudo que eu fiz com ele, eu amava ele e não você!

Eu nem vi o que aconteceu naquela hora. Um borrão preto apareceu no meu rosto e senti meu corpo todo indo pro lado. Depois uma dor no canto da boca. Cai com tudo no chão batendo o rosto contra o tapete de linha. Abri os olhos e tentei me levantar quando algo acertou em cheio minha costela me fazendo rolar.

–Lucy!! – Cana gritou querendo sair, mas vi Juvia a empurrar dizendo “ele vai te bater também” e Levy correr até onde eu estava...

Todas falando em horas diferentes, mas parecia ter sido mais, as vozes ecoavam na minha cabeça.

–Seu filho da Puta! – Levy gritou

As portas dos apartamentos começaram a se abrir de repente, e várias pessoas saíram pro corredor. Senti as mãos pequenininhas de Levy me pegar pelo ombro me sentando.

–Juvia consegue ir até a faculdade? – ela fez que sim – Vai numa casa verde diz que a Levy ta com problemas.

–Mas eu chamo quem?!

–Só diz isso!!Lucy... – ela chorava – Tá tudo bem vou chamar alguém calma...

Chamar alguém...

Anos atrás.

Levy vamos por uma faixa aqui!! – eu pedia pra ela

–No telhado? Como a gente vai subir? Aquela escada ta ruim.

–Vamos eu vou vai pegar outra.

Era uma grande faixa vermelha pro Natal, íamos colocar não exatamente no telhado, mas na cobertura do refeitório. Peguei uma cadeira pra tentar subir e mesmo assim não alcançava. Levy foi buscar uma escada, mas eu estava tão empolgada que não quis esperar. Peguei a quebrada e subi, no quinto degrau escutei ele quebrar, a batata da minha perna rasgou até o começo da coxa, e fui pra trás e bati as costas no chão sem conseguir respirar.

–Lucy – Levy chorava – Calma, - eu tentava respirar – Vou chamar alguém.

Senti meu pulmão arder até que o ar saiu e eu chamei chorando sentindo dor em todas as partes do corpo.

–Natsu... chama o Natsu... por favor.

–Natsu. – comecei a soluçar

–O que? – ela me perguntou com o celular na mão falando com a policia.

–Chama o Natsu, por favor...

Narradora Juvia Lockster

Acho que eu nunca tinha corrido tanto.

Corrido de verdade.

Mesmo descalça e de pijama eu não estava nem ai. Fiquei com medo de pegar o carro nervosa do jeito que eu estava e acabar batendo.

Mas a adrenalina era tão forte que corri e podia chutar que levei uns seis minutos o que levaria quinze.

Toquei a campainha varias vezes seguidas pedindo ajuda. Eu nem sabia quem morava ali, quem Levy mandara chamar, mas entendi quando a porta se abriu.

Gajeel saiu espantado pela porta de moletom e jeans.

–Que merda é essa Juvia campainha não é –

–Levy ta com problemas... – disse segurando um soluço.

Nós voltamos correndo o máximo que podia, ele chegou mais rápido que eu que já não agüentava mais correr.

Narrador Gajeel Redfox

Na portaria eu apertei o interfone e Makarov abriu na hora.

–Vou na Lucy! Avisei.

–Não sei o que aconteceu Gajeel – o velhinho saiu da portaria – A policia está chegando, os vizinhos estão desesperados.

Procurei as escadas e subi até o quarto andar de dois em dois degraus.

“Por favor Levy esteja bem” pensei antes de abrir a porta e aparecer no corredor.

Levy segurava Lucy falando no celular passando o endereço pra alguém. Cana chorava e um cara estava xingando ela e uns vizinhos pedindo pra ele se acalmar. Olhei pra Lucy chorando no chão, a boca e a sobrancelha dela estavam cortadas. Olhei de novo e vi que o cara era o tal ex dela.

Dei dois passos rápidos já entendendo a situação.

Lhe acertei em cheio no nariz. Ele caiu no chão colocando a mão e segurando o rosto. Sangrava. Um silêncio foi feito no corredor. Os vizinhos me olharam arregalados e Cana se sentou no tapete relaxando. Juvia surgiu minutos depois ofegante, até que o elevador abriu.

Um policial tentou me segurar pelo braço, mas eu desviei.

–Não, não, não – Levy surgiu chorando entre mim e o policial – Não foi ele , foi ele. – ela apontou pra Loke.

Os dois policiais começaram a dete-lo e perguntar todo o ocorrido pra ele e todas aquelas coisas que eu não fiquei prestando atenção já que tinha três mulheres pra acalmar,uma machucada e vizinhos curiosos.

–Ta não tem nada aqui pra vocês. – disse e alguns começaram a entrar

Levy ainda estava no telefone quando consegui entender o que ela estava falando.

–Natsu... Trás o Jellal junto.

Fui até onde Lucy estava.

–Lucy?Está doendo?

–Um pouco – ela disse chorando, mas parecia ser mentira

–Droga. Onde? – a deitei no chão e ela se remexeu de dor – Calma

–Minha costela.

Levantei a blusa dela e vi um roxo enorme perto do sutiã.

Xinguei Loke de tudo que podia em mente. E abaixei a blusa. Juvia que estudava enfermagem veio ver o quanto ruim estava. Ela tateou de leve e suspirou aliviada.

–Ao que parece não quebrou, mas eu não sou formada ainda então... Melhor ir no médico e tirar raio x.

Suspirei levantando Lucy de novo.

–Jellal leva a gente. – Levy disse

–Mocinha, - um policial chamou – Nós vamos levar ele pra assinar o b.o. , preciso saber se quer dar queixa.

–É claro que ela quer ! – falei

–Não Gajeel...

– O que?!

–Lucy – Levy chamou

–Não... não quero.

O elevador se abriu e vi Natsu entrar ofegante com Jellal atrás, e olhar diretamente pra Loke algemado.

Seus olhos se arregalaram quando viram Natsu ir até ele um policial já vinha segurar mas pelo menos um golpe ele acertou. Ele estava com aquela botinha dele... Fechei os olhos por impulso quando ele acertou um chute nele... . Deve ter doído. ... Ela foi certeira no maxilar do Loke , e depois no estomago ate que o policial o tirou dali jogando o no chão. Avisando que mais algum movimento,todos iriam presos.

Jellal lhe puxou pelo braço mandando ele se acalmar.

–Lucy? – Jellal chamou – Precisamos ir no médico não?

Ela fez que sim. Sai de perto e Natsu se ajoelhou do lado dela passando um dedo em um dos machucados dela. Dava pra ver o quanto aquilo doía nele, ver ela daquele jeito.

Narrador Natsu Dragnell

Eu não tinha idéia do que fazer.

Os policiais começaram a descer com o Loke dizendo que o levaria até a delegacia e depois ela decidia sobre a queixa ou não.

As garotas estavam todas falando ao mesmo tempo e até Gajeel perguntava alguma coisa pra Cana sobre o que aconteceu.

–Acho que a gente tem coisas pras se preocupar – meu pai começou a falar – Do que o que aconteceu...

–Lucy – sussurrei perto dela – Eu... Sinto muito pelo...

–Não... Não fala. – ela sorriu – Você... Não tem que falar nada...

– O que... Porque ele fez isso?Disse que ia terminar com ele?

–Também... Eu-

–Natsu temos que levar ela pro hospital. – meu pai atrapalhou – Lucy pega seus documentos e a carteirinha do hospital do seu pai.

–Não, não ele ... Ele não pode me ver assim.

–Anda. – meu pai ordenou- E me diz uma coisa, eu não estou entendendo porque vocês estão sem roupa. – brincou ele e Cana e Juvia riram

–Era pra ser uma festa do pijama... – Levy falou um tanto desanimada.

Eu peguei ela no colo e levei pro quarto delas. Levy ia vestir uma roupa nela por cima do pijama e pegar os documentos.

–Gajeel – ouvi meu pai chamar do quarto – Leva as duas pra casa não sai enquanto elas não estiverem dentro de casa. – ele fez que sim – E volta pra ficar com a Levy aqui.

–Eu não preciso! – Levy gritou – Vou com você no médico.

–Não, você vai ficar aqui, caso os pais da Lucy liguem, a policia ou etc. eu e Natsu levamos ela.

–Mas... – ela bufou e voltou pro quarto.

Acho que eu estava começando a ter um ataque nervos desde a hora que cheguei. Mas acho que eu explodi quando Levy foi vestir um agasalho na Lucy e ela gritou.

–Que foi que foi? – Levy parou – Fala Lucy!

–Minha costela... Eu... Ai Levy não mexe!!

–Tá ta foi mal

–Porque ele veio aqui?! – perguntei

–Meu aniversário-

–Você, você não devia ter o deixado subir Lucy! Porque não foi lá embaixo ou sei lá, não deixasse ele vir!Olha o que ele fez!

–Como eu ia saber Natsu!

–Que merda – chutei a cômoda – Não sei o que você ainda tinha que pedir pra ele vir aqui.

–Eu não pedi!

–Tá!Para, vocês! Não é hora pra isso! – Levy interviu – Vamos Jellal está esperando vocês no carro.

A gente entrou no elevador. Gajeel já tinha ido no carro da Juvia as deixar em casa e voltaria pra ficar com a Levy.

Fiquei de cara fechada com os braços cruzados e Lucy encostada na parede do elevador uma das mãos apertando a costela.

–Porque fala como se fosse minha culpa? – ela perguntou

–Não disse que é sua culpa. – disse seco e o elevador abriu.

Abri o portão da portaria depois o carro e nós entramos.

Não demorava tanto pra chegar ao hospital, mesmo ele sendo longe meu pai foi o mais rápido que podia.

Lá esperamos na recepção até que o pai da Lucy, Jude Hearthfilia chegou. Ele era cardiologista do hospital.

–Filha o que houve? – ele falou preocupado. Levantei da cadeira e fiquei do lado de fora esperando até a sala de raio x chamar a Lucy.

–Natsu. – meu pai chegou do meu lado – Pega leve. A ultima coisa que a Lucy quer agora é brigar com você.

–Só estou tentando entender o que ela falou de tão ruim pra ele... – parei de falar voltando a ficar com raiva – Ele é homem pra bater nela,porque não vem falar comigo se o problema sou eu!

–Sei que está com raiva mas não é culpa dela.

–Ela nem quer prestar queixa!Ela está com dó do cara que surro ela que merda!Não vou ficar calmo pai.

–Não tem que descontar nela ok? Nem em ninguém. Quando ela caiu da escada a culpa era dela e mesmo assim você ficou la, não ficou.

Fiz que sim me lembrando daquele dia.

–Então... Não é hora pra culpar ela.

–Eu só... Não consigo ficar calmo. – falei e a senha apareceu no painel.

Lucy ficou por uns 15 minutos na sala e depois saiu com um envelope que devia ser o raios-X e uma receita na mão.

–Relaxante muscular... – meu pai leu – Não foi nada então?

–Não, não quebrou nem nada, só dói por causa... – ela olhou pra mim - Do impacto. – eu ri de raiva só de escutar aquilo.

No carro eu sentei no banco de trás e Lucy com a cabeça no meu colo.

–Ainda ta bravo? – ela sussurrou

–Tô.

O carro parou e ela se levantou. Avisei meu pai que ia deixar ela lá em cima e já voltava.

–Por que... Porque está bravo comigo? – ela fez uma vozinha de choro

–Porque não quer prestar queixa?

–Vai prejudicar ele... Vão ver que ele tem passagem e eu não queria isso...

–Ele não pensou em não te prejudicar quando bateu em você.

–Eu... Eu sei.

O elevador abriu.

Eu respirei fundo encostando perto da porta.

–E você ainda queria que ele fosse seu príncipe.

–Para com isso, a culpa não é minha ta Natsu, do mesmo jeito que a culpa não é da Cana.Eu na-não sabia que ele ia reagir assim.

–Você só terminou? – perguntei olhando pra ela. O rosto dela ficou um pouco vermelho, e começou a procurar as chaves na bolsa – Lucy, o que você falou de tão ruim pra ele?

Ela ficou em silêncio segurando a chaves.

–Eu... Disse-disse que amava você e não ele.

Senti que minha perna ia cair naquela hora.

Eu não devia ter escutado bem... Mas ela continuou falando e gaguejando.

–Eu disse que... Amava você e-e é verdade Natsu. Eu sei disso desde quando éramos crianças... Eu não sei por que não disse. Ou sei, mas eu estava confusa... ai você foi embora,e voltou e aconteceu tudo aquilo...Eu disse que você era meu amigo mas depois eu não achava mais,ai você me beijou e-e- e eu gostei e briguei com a Lisanna...

–Lucy, Lucy, eu, eu não to entendendo nada... – disse por que eu estava realmente confuso. – Você brigou com a Lisanna?!

–Acho que eu não consigo falar disso agora...

–É. Acho que não...

Ela gostava de mim!Eu não conseguia raciocinar mais ouvir aquelas palavras mesmo bagunçadas me fez perceber que eu devia ter falado com ela...

Mas hoje não era um bom dia. Lá vai Natsu covarde adiar as coisas mais um pouco.

–Eu... Não posso falar disso hoje. – ela disse

–Eu entendo é muita coisa... E eu to com fome. – então ela riu.

Aquele sorriso...

Me desencostei da porta pra dar um beijo nela quando a mesma se abriu.

Eu segurava o rosto da Lucy quase, quase... beijando quando Levy apareceu.

–Aa foi mal, é que o Ga- Gajeel já estava de saída ... Ele-ele pode esperar. – ela começou a se desculpar

–Mas é...

–Entra Gajeel! – ela o empurrava.

Olhei pra Lucy e sorri.

–Eu espero... O quanto for necessário.

Soltei ela e apertei o botão do elevador. Gajeel saia pra ir junto quando se virou pra dar um beijo em Levy... Fiquei segurando a porta do elevador e ela se aproximou um pouco.

–Obrigada por ter vindo... Aqui.

–Sabe que eu viria. – ela me olhou sem graça.

Eu queria falar aquilo há décadas, literalmente.

Mesmo que não fosse agora, mesmo que fosse um dia ruim... Eu ia dizer... Depois de dez anos achando um jeito de dizer, de tentar esquecer...

Respirei fundo e olhei nos olhos dela.

–Eu... amo seus olhos... Eu a amo.

Ela arregalou os olhos e eles começaram a se encher de lágrimas. Eu sorri e Gajeel entrou no elevador.

–Boa noite... – disse e soltei a porta.

Assim que ela se fechou eu cai sentado no elevador com a cabeça encostada na parede.

–Falou pra ela né?

–Falei... – sorri de orelha a orelha.

Lucy Hearthfilia

Primeira vez que eu tinha rido depois do que aconteceu. Senti meus lábios racharem ao fazer isso.

Eu olhava pra baixo quando senti as mãos do Natsu em meu rosto e ele vindo pra me beijar quando Levy abriu a porta.

–Aa foi mal, é que o Ga- Gajeel já estava de saída ... Ele-ele pode esperar. – ela começou a se desculpar

–Mas é ...

–Entra Gajeel! – ela o empurrou.

Olhei pro Natsu ao mesmo tempo que ele olhou pra mime sorri.

–Eu espero... O quanto for necessário.

Ele me soltou e apertou o botão pra chamar o elevador. Gajeel saia pra ir junto quando se virou pra dar um beijo em Levy... Ele ficou segurando a porta do elevador e eu me aproximei pra agradecer.

–Obrigada por ter vindo... Aqui.

–Sabe que eu viria. –

Jurei a mim mesma ali e agora que eu treinaria no espelho... Com meus ursinhos de pelúcia ou com a Levy, mas falaria tudo que tinha pra falar pra ele. Gajeel já estava chegando quando ouvi ele dizer alto e claro.

–Eu... amo seus olhos... Eu a amo.

Arregalei os olhos e senti eles se encher de lágrimas. Eu sorri. O que eu ia falar?! Eu estava totalmente... Sem defesa... Eu ouvira em alto e bom som...

Gajeel entrou no elevador.

–Boa noite... – ele disse e soltou a porta antes que eu pudesse responder.

Assim que ela se fechou eu me virei sorrindo pra Levy e tentando não chorar.

Eu quis a vida inteira um amor igual ao dela... Mas eu sabia que isso não ia acontecer... Amores são únicos. Cada um ama a sua maneira, eu encontrara minha maneira de amar o Natsu e ele de amar a mim... Mas eu podia falar agora, que eu realmente amava alguém de verdade...


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Notas finais do capítulo

Ta ai ! Espero de verdade que tem gostado. Não me matem por não ter tido um beijo,vou encher de beijos os próximos ok kkkkk Até algum dia que eu tenha tempo de postar :s Beijokas !



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