Hopeless escrita por Só Lice


Capítulo 5
Capítulo 5: Maldição.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii gente, tudo bem? Tenho certeza que esse capítulo vai deixar vocês chocados! Ansiosos? Sem problemas, matem a curiosidade lendo! Beijuuuus
—Alice



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Hope

–-Você só pode estar brincando! Nunca foi mesmo a uma festa Davina? –eu não conseguia acreditar que ela nunca havia comparecido a uma festa.

–-Não... Eu estava ocupada demais tentando não me destruir com tanto poder. E tentando não ser morta.

–-Faremos assim, você me ensina tudo sobre meu novo mundo, e eu te ensino tudo sobre o mundo dos humanos, que tal? Por exemplo, as festas!

–-Eu assino embaixo –informou Joshua.

Sorri ao perceber que eram ótimos amigos. Aqueles que levamos para a vida toda.

–-Espero não estar atrapalhando a reunião dos adolescentes –assustou-me meu pai.

–-Você sempre atrapalha mesmo –retrucou Davina.

–-Não seja incompreensiva bruxinha.

Meu pai e Davina viviam trocando respostas, e provocando um ao outro.

–-Pai, você nos recomendaria alguma balada aqui em Nova Orleans?

–-Balada? Para quê?

O espanto em seu rosto foi muito engraçado.

–-Davina nunca compareceu a uma festa, então eu e Joshua a levaremos.

–-Não pode ir a uma balada.

–-Claro que pode! –disse Rebekah, aparecendo de surpresa e assustando-me. Ainda não havia me acostumado com a ideia de que em um momento você está sozinha, e em outro momento tem alguém ao seu lado, ou seja, com a velocidade deles –Eu e Kol ficaríamos lisonjeados em leva-la para uma festa! Assim Kol e Davina podem passar um tempo juntos.

Davina sorriu com a hipótese.

–-Eu apoio essa ideia! –informou Kol, também aparecendo do nada.

–-Hope não sairá do complexo sem segurança –avisou meu tio, Elijah, também aparecendo das cinzas.

–-Parem! Qual é o problema de ir a uma festa com os meus pais? Eu já fui a várias na minha antiga casa.

–-É verdade... Hope sempre foi festeira.

–-E eu nunca trouxe problemas, né tia Caroline?

–-É...

–-Mas eu como mãe não permito.

–-E eu como pai permito Hayley.

Meu pai e minha mãe pareciam se odiar. Pouco me importa. Sinceramente, não estava nem um pouco chateada com isso. Preferia as coisas como estavam. Meu pai com Caroline, e minha mãe com o marido lobo dela.

–-Então está combinado! E qualquer coisa, posso dar um jeitinho –exclamou Davina, levantando as mãos e sorrindo.

Todos se retiraram do quarto, ficando apenas eu e Davina.

–-Como está seu namoro com o meu tio? Que por sinal é o maior gato...

–-Um minuto.

Ela levantou-se e retirou uma erva da bolsa. Disse algumas palavras que não entendi, e colocou-a em um pote. Sabia que aquilo era um feitiço para bloquear os sons omitidos no quarto. Em uma casa repleta de vampiros, nunca conte seus segredos.

–-Agora podemos conversar. Está tudo maravilhoso.

–-Davina, quando teremos mais aulas?

Ela vinha ensinando-me alguns feitiços, testando meu lado bruxa.

–-Quando quiser, mas precisamos conversar sobre a festa agora.

Contei a ela todas as insanidades que eu já havia cometido em festas.

Depois de nos vestirmos adequadamente para a festa, papai nos levou de carro até um salão agitado. Era bonito por fora, e existia uma enorme fila para entrar. Mas é claro que eu não iria esperar nela. Meu pai hipnotizou o segurança, que logo permitiu nossa entrada.

–-Isso é uma festa? –perguntou Davina, praticamente gritando.

–-Sim! Já pode ir papai, vou ficar bem.

Com uma cara feia, ele beijou minha testa e saiu.

–-O que fazemos agora?

–-Dançamos!!!

Corri para a pista e dancei como nunca havia dançado. Agora eu tinha uma vida perfeita, apesar de tudo. Eu tinha meus pais, uma família enorme, poder e tudo o que eu quisesse. Um rapaz fitava-me com seus olhos. Eram verdes pelo visto. Parecia ser bonito. Não consegui ver direito por falta de iluminação. Mas ele aproximou-se.

–-Está sozinha?

–-Agora não mais...

Ele pegou minha mão e guiou-me até os fundos da festa.

–-Aqui é mais reservado.

–-Tem nome?

–-Tenho, e você?

–-Também tenho.

–-Roland.

–-Hopeless.

Ele agarrou-me, e me beijou. Era bonito, mas tinha um jeito estranho.

–-Quer ir para um lugar mais privado?

–-Não... Alias, preciso entrar, meus amigos devem estar procurando-me.

–-Mas já Hopeless?

Senti um arrepio no corpo. Medo.

–-Sim.

–-Ah não, você não pode ir agora. Acabou de chegar...

–-Não, eu realmente preciso ir.

Mas ele não estava disposto a deixar-me. Ele agarrou-me mais forte, e me prensou contra a parede. Eu me debati, e ele continuava a beijar meu pescoço. Foi quando eu o chutei, e o empurrei que me dei conta do que havia acontecido. A cabeça dele havia batido com força em um pedaço de vidro. Havia sangue. Precisava dos meus amigos.

–-Joshua, Kol, Rebekah... –chamei, esperando que eles escutassem.

Não demorou um minuto, até que eles se materializassem na minha frente, junto com Davina.

–-Hope!

–-O que? Eu juro que não foi intencional...

–-Dane-se o garoto, o problema é outro.

–-Qual?

–-Seus olhos. Estão amarelos, e selvagens...

Não soube o que dizer.

–-Precisa alimentar-se.

–-O que? Eu acabei de comer um lanche enorme!

–-Não Hope, alimentar-se de sangue. Lembra o que eu lhe disse sobre a maldição? Você acabou de libera-la. É um hibrido agora. Precisa de sangue.

Eu realmente senti um seco horrível na garganta, e uma tontura inexplicável. Davina entregou seu pulso para mim, e eu o mordi. Bebi o sangue que corria nas veias dela, e senti um prazer enorme fazendo aquilo.

–-Sabe que estamos ferrados né? Niklaus e Hayley vão surtar quando descobrir que Hope é imortal.

–-De qualquer jeito, eles sabiam que ela acabaria escolhendo a vida imortal que a da magia, Kol.

–-Preciso de mais –surpreendi todos.

–-Não Hopeless. Não. Agora você precisa aprender muitas coisas. Como se controlar, quando pode ou não alimentar-se, hipnotizar, andar no sol...

–-Para quê tudo isso? Só quero mais.

–-Precisamos ir embora agora.

Chegando ao complexo, gritaram o nome de meu pai.

Ele apareceu rapidamente, e ao ver minha boca suja de sangue, perdeu a expressão.

–-Hopeless liberou a maldição hibrida –jogou na roda Joshua.

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