Stark V: Código de Segurança escrita por Maria Gabriella


Capítulo 9
Capítulo 8-Primeira


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem jujubas, esse aqui deu trabalho para pensar.



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POV Steve

Acordei logo cedo. O relógio de parede que havia no meu quarto, (e eu acho que em todos os outros também deve haver um), marcava sete horas e trinta e sete minutos no momento.

Assim que levantei agachei e recolhi uma espécie de carta, um papel branco e dobrado. Peguei-o e li. Era algo como um convite ou aviso para a reunião que aconteceria às dez horas da manhã, horário padrão para operações na Shield.

Troquei de roupa e desci para o refeitório onde tome um café da manhã muito desanimadamente, devido ao enterro que teve ontem, os outros Vingadores estavam evitando mostrar uma pitada qualquer de felicidade ou dar sequer uma risada perto de May, como símbolo de respeito. Assim que ela saiu do refeitório, sem dizer nenhuma palavra, mas foi provavelmente verificar como seu irmão menor estava. Acontece que, menos de dois minutos depois que ela saiu, o clima tenso acabou. Natasha e Clint começaram a sussurrar alguma coisa e Banner ficou conversando com um Agente da Shield, Hudson se não me engano.

Hoje seria o dia que Stark sairia da enfermagem. Provavelmente ele sairia a tempo de participar da reunião.

Depois do café, eu tomei banho e me uniformizei. Desci para a Sala de Diversão onde eu e Natasha conversamos sobre May. Logo, Nick pediu para que eu chamasse o Tony enquanto os outros terminavam de se preparar para a reunião.

Caminhei rapidamente até o quarto onde o Homem de Ferro estava e quando entrei, o mesmo já se encontrava de pé:

–Bom dia Stark. – Sorri agradavelmente.

–Capitão. – Retribuiu com um olhar sínico.

–Pronto para a reunião? – Perguntei ainda sorrindo.

Mas a resposta foi algo como hum rum. Fomos caminhando rumo ao elevador que nos levaria até o corredor que seguiríamos para ir até onde aconteceria a assembleia.

Assim que entramos no elevador, porem, um forte choro de criança tomou conta do lugar, e Stark que estava como sempre, ouvindo música (o que será que ele tanto ouve?) me questionou:

–De onde vem isso? – Sua voz era de alguém profundamente incomodado e eu tive medo da reação de Stark quando visse o irmãozinho de May chorando perturbadoramente.

–Olha Tony, é do irmão da May...

–Só podia ser parentesco da pirralha que atirou em mim. – Afirmou com desprezo.

–É... Mas tente ser, paciente com eles ok? Acabaram de perder os pais.

Ele assentiu contrariado e isso não me deu confiança. Chegamos ao corredor e caminhamos lentamente até encontrarmos os outros, na porta da sala. O menino que era irmão da May chorava e na hora que o vi reconheci:

–Parece aquele garoto que você salvou. – Comentei baixo.

–Parece não: é. – Corrigiu Stark.

E o que acontece a seguir é surpreendentemente incrível. Juro que isso aconteceu. Stark caminhou até o garoto, abaixou-se na altura do menino que chorava muito ainda, retirou os fones de ouvido, pôs suas mãos sobre os ombros dele e perguntou com essas palavras:

–Tudo bem campeão? – Juro que isso aconteceu.

O garoto assentiu assustado.

–Que bom garotão. – O sorriso de Stark era fraterno- Agora preste atenção: Sabe quem eu sou não sabe? – O menino olhou confusamente- Homem de Ferro, conhece? – O garoto sorriu assentindo – Que ótimo. Eu vou te dar a coleção inteirinha de brinquedos do Homem de Ferro, o que acha? Ãhn?

–Quero! – Avisou o tal de Jabel.

–Quer né? É claro que você quer. – Ele fez cafuné no garoto- Mas agora pare de chorar, está bem?

O menino confirmou sorrindo. Logo, Tony levantou já com o olhar esnobe de sempre recuperado, olhou para nós e questionou, enquanto guardava os fones de ouvido no bolso:

–Que foi? Não posso ser gentil?

Todos nós, inclusive May estávamos olhando pasmos para ele. Entramos apressadamente na sala e um homem da Shield recolheu Jabel, levando-o até algum lugar.

Já dentro da saleta eu perguntei para o Stark:

–O que foi aquilo?

–Hum? Ah. – Me olhou com deboche- Pelo menos o garoto vai parar de chorar, quando ele perceber que foi enganado eu já vou estar em casa.

–Tony... - Olhei negativamente.

Quando Nick chegou, a reunião começou. Conversamos e repassamos estratégias, não podíamos ficar nas mãos daqueles bandidos igual aconteceu em San Jose. Tony disse que iria comigo interrogar o James. Pediu para que enquanto isso May e Banner tentassem desbloquear o computador, descobrir uma senha. Natasha avisou que iria para San Jose tentar descobrir algo, claro que não iria como Viúva Negra, ela é uma espiã. Clint não sabia bem o que fazer, mas Fury pediu para que ele tentasse descobrir o que aconteceu no Canadá, até então a nossa suspeita era a de que foi a mesma facção criminosa a responsável por tudo, entretanto, isso era difícil, principalmente se James fosse um dos líderes deles.

Foi quando a reunião já estava praticamente acabado que Thor disse um absurdo!

–Eu preciso lhes pedir uma coisa. – Começou ele com a voz baixa.

–O que é? – Perguntou Natasha.

–Eu soltei o Loki. – Revelava com firmeza - E preciso que ele fique aqui, na Shield. Pode ser no meu quarto, tanto faz. É que a Jane não está muito feliz com isso.

–Claro que não! – Reprovou Fury - Você ficou louco Thor?

–Ele mudou! – Afirmou o Deus.

–O Loki tentou destruir a Terra! – Gritou Clint.

–Mas pediu desculpas! Arrependeu-se! – Continuou o Trovão.

–Se você quer que ele fique na Terra arranje outro lugar, não vamos abrigar um criminoso na Shield. – Respondeu Fury – E se o encontrarmos iremos prendê-lo.

–Eu preciso que vocês me ajudem... – Pediu Thor.

–Vai ficar precisando. – Respondeu Clint, irritado.

Thor olhou negativamente para cada um de nós e saiu bravo.

Logo Nick disse que conversaria com ele. Nós saímos aos poucos e Tony disse:

–Vamos? –Ele recolheu o fone e colocou nos ouvidos.

–Ok. – Confirmei preocupadamente.

POV Tony

–Vamos? – Perguntei colocando os fones de ouvido.

–Ok. – Ele respondeu um pouco preocupado, com Thor eu aposto.

Is he alive or dead?

Has he thoughts within his head?

We'll just pass him there

Why should we even care?.

Essa música combina muito comigo. Valeu Black Sabbath.

Eu vesti minha armadura e fomos até meu carro. Eu podia ir voando, ao contrário do Capitão.

Chegamos à casa do James, onde eu desliguei o celular e a música e combinei:

–Se algo estranho acontecer eu te chamo.

Ele assentiu. Caminhei com a cabeça de fora da armadura e o capacete da mesma nas mãos.

Bati na porta da casa do Rhodes, um pouco tenso. Eu não queria que ele fosse um vilão, porque tipo, ele é meu amigo. E ele não é um amigo, ele é meu amigo, mesmo.

–Tony! –Fui atendido com um sorriso agradável – Que surpresa!

Retribui o sorriso e pedi para entrar ele eixou:

–Aconteceu algo? – perguntou o suspeito.

–Não sei... Aconteceu? – Questionei sarcasticamente.

–Na verdade sim... – Ele me olhou de cabeça baixa.

Caminhei até sala onde fique em pé perto da janela aberta. De lá era possível ver o carro onde estava o Steve.

–O que aconteceu? –Olhei acusadoramente.

E para minha surpresa e susto, ele me apontou uma arma! Mas, rapidamente olhou para a janela e depois para mim e avisou:

–Olha essa belezinha que eu ganhei! – Sorri assustado.

–Legal...

Nós olhamos até que ele guardou a arma. Era uma pistola de choque silenciosa. As pistolas de choque silenciosas funcionam assim: Você atira, e quando a bala chega ao material/corpo, desfere uma quantidade enorme de energia elétrica, ou seja, choque. Eu que inventei isso, na época que as Empresas Stark ainda produziam armas... Era proibida em todo o país, exceto ser você fosse do exercito, ou vivesse do Mercado Negro, mas acho que o Mercado Negro é proibido, não conta.

–Quem te deu? – Questionei.

–Como assim? – Ele riu – Se esqueceu de quem eu sou Tony? Sou um militar!

–Sabia que ontem, no Canadá, morreram trinta pessoas, militares? – Fui de uma só vez.

–É eu fiquei sabendo. – Ele olhou para baixo, mas não parecia realmente triste.

–Onde você estava?

–Eu... Aqui. Não fui convocado para a Expedição Cratera Gélida. – Me olhou assustado e logo retribuiu a voz acusativa – E você, Homem de Ferro?

–De cama. Levei um tiro.

–San Jose? – Ele riu – Fiquei sabendo daquele vexame. O que deu em você hein?

–Alguém controlou minha armadura. – Olhei para ele mortalmente- Isso me lembra do motivo da minha visitinha. Por que desligar o JARVIS? Ãhn? Você se expôs muito, sabia?

–Como assim Tony? – Gargalhou brevemente, achando que era uma piada, mas eu estava sério.

–Onde está o seu Stark V, James?

Após alguns segundos quietos, o suspeito foi até a cozinha e trouxe um notebook preto, era o Stark V que eu havia lhe dado.

–Liga. – Pedi.

–Que liberdade toda é essa agora, Tony? – Franziu a testa – Então você acha que pode entrar na minha casa sem hora marcada, questionar minha reputação e me fazer ligar meu computador para você xeretar? Vai sonhando!

Encaramo-nos por algum tempo. Depois eu ri. Ele forçou uma risada também.

–Você é hilário! – Disse em meio às risadas.

–Você também é. – Assentiu.

Olhamo-nos por mais alguns segundos e continuei:

–Então, qual é a senha?

Ele me encarou feio e disse:

–Sério isso? A senha é –.-...-...-...--.-...... –Ele desenhou essas bolinhas e traços em um papel. – Hífen ponto hífen, etc. Tentei complicar para não ser hackeado.

–Nossa... – Fiquei vislumbrado.

–Pensa se um hacker consegue as informações do exercito.

Olhei para ele, recolhi o papel e agradeci.

–É sempre um prazer conversar com você. – Já estava na sápida da casa.

–Acho que da próxima vez não será tão divertido, Tony. – Ele me olhou sério, como uma ameaça.

–Tem planos para hoje à noite? – Ri.

–Você vai ter.

–Como assim?

–Nada não. Até a próxima então. – Dei tchau com a mão.

Não sei, ele não me pareceu normal. Vou chegar à Shield e pedir para a May tentar desbloquear com essa senha, vamos ver no que vai dar. Tenho quase certeza que ele viu o Steve Rogres no carro, caso não, teria atirado em mim.

Cheguei no carro:

–Como foi à conversa?

–Acho que ele não é confiável. Mas consegui arrancar uma possível senha. Vamos ver.

–Qual?

Entreguei o papel. E fomos rumo à Shield.

POV Thor

Não sei o motivo deles não quererem me ajudar. Tá, o Loki já foi um vilão, mas ele precisa de outra chance!

Agora estou aqui, na sala do Nick. O mesmo está de costas, pronto par aflar algo, não importa o que ele diga: o Loki não volta para a cadeia.

–Thor... – Ele se virou para mim e sentou-se na cadeira – O que te faz pensar que o Loki mudou? Se você me der um bom motivo, me convencer, eu o deixo ficar aqui com você.

–Todo mundo merece uma segunda chance.

–Por que ele não fica em Asgard? – Franziu a testa.

–Odin não confia.

–Se nem o pai dele confia por que eu deveria?

–Vou ser sincero – olhei no olho dele, pois já havia decidido – se vocês não deixarem meu irmão entrar, eu saio.

–O quê?

–É isso mesmo, então deixa ou não deixa?

POV May

Depois da reunião eu e Banner conversamos um pouco. E com o computador dele, eu consegui desbloquear o primeiro passo da segurança do computador de meu pai:

DNA COMPATÍVEL-INSERIR A SENHA: ____

Pude ver um sorriso no rosto dele ao ler isso no visor do computador.

–Muito bom May. – Ele sorriu.

–Não fui eu que escolhi meu DNA. – Rimos brevemente.

–E agora qual pode ser a senha?

–Não sei... O Tony disse que ia tentar descobrir, não disse? – Olhei nos olhos dele que rapidamente desviou o olhar.

–É... Ele disse sim, eu acho. Mas se você fosse ser uma criminosa qual senha colocaria? – Olhei confusa – Eu usaria nasci para isso.

–Eu usaria algo que ninguém fosse pensar como: Geladeira003.

Rimos da sugestão e conversamos mais um pouco sobre a Natasha, acho que o Banner sente algo por ela. Conversamos sobre o Jabel e o presente do Stark, será que ele vai dar mesmo?

Logo, Steve e Tony chegaram. Stark me entrgou um papelo escrito isto: : –.-...-...-...--.-......

–O que acham? – Ele perguntou – James disse que essa é a senha dele.

–E tinha o Stark V? – Perguntou Banner.

–Sim, mas não quis ligar. Não sei se o sistema de segurança foi feito com o DNA dele. Talvez só tenha pegado para garantir que não íamos descobri-lo.

Eu digitei essa senha estranha -.-...-...--.-...... E apareceu:

SENHA ERRADA TENTAR NOVAMENTE.

Ficamos decepcionados, mas antes que qualquer um de nós tomasse uma atitude ouvimo Clint gritando:

–Gente! Ela foi sequestrada! Eles a pegaram! – Em suas mãos um papel branco, papel cartolina.

–Como assim? – Perguntou Tony.

–A minha mulher – Parecia pálido- ela oi sequestrada junto com as crianças!

No papel dobrado estava escrito:

Primeira.

POV Failure

Olhei vislumbrado. A imagem mais linda que já vi na minha vida. Realmente incrível. A neve gelada nos meus pés descalços já não mais me fazia tremer de frio. O calor agora viha de dentro para fora e não ao contrário.

Do Quartso eu já não esperava mais nada, ele já não existia mais. Quem sabe de mim, fora eu? Só Hanster.

Meu nome é Failure Howns. Tenho o equivalente à quinze anos aqui na Terra, ou se preferirem algo como quatro centos e trinta e cinco em Saturno.

Minha mãe é Saturnianse, meu pai ex-astronauta dos Estados Unidos. Eu e meu irmão somos uma mistura dos dois. Não foi de proposito que nos nascemos. Meu pai foi concertar uma espécie de sonda que havia voltado quebradiça de uma viagem e material genético gosmático da minha mãe caiu nele, algo assim. Eu e meu irmão surgimos três dias depois, bebes humanos na sonda. Meu pai nos adotou e depois de algumas pesquisas chegou a essa conclusão. Ele não declarou isso publicamente, mas pediu demissão e foi morar com a gente no subúrbio de Las Vegas. Histórias vão, histórias vem. Eu e meu irmão criamos e adaptamos nossos poderes sobre-humanos, viramos ladrõezinhos. É bacana viver da ação e do perigo, principalmente para quem não é totalmente terráqueo. Acontece que meu pai sempre continuou a observar Satruno e fazer diversas pesquisas sobre pedras que vinham de lá (inclusive o Quartso).

Quando meu irmão morreu, eu não pensei outra vez. Eu precisava do Quartso para trazê-lo de volta. Acontece que hoje, quero mais que isso. Quero vingar-me do maldito criador daquela arma, ou melhor, dessa arma de choque silenciosa que custou a vida do meu irmão Hanster.

Cá estou eu agora. Olhando o céu que brilha incansavelmente, enquanto o Quartso faz o trabalho de trazer meu irmão de volta à vida. As luzes da vida são amarelo, vermelho, rosa, azul e verde. Tem um pouco de laranja também. Mas anda que se pareça com preto ou branco.

Um corpo esboçado cai na neve, eu corro até ele:

–Irmão? – Sorrio emocionado.

–Failure. – É ele.


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Notas finais do capítulo

Estou cada vez mais apaixonada pelo vilãozinho, Failure



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