POV Thor

Estávamos agora, mais uma vez, nos encarando. Entretanto, não era só eu e Nick quem compartilhava esta tensão toda na sala do mesmo. Conosco Loki e Natasha. Meu querido e inocente irmão se queixou de doer o rosto dele e Natasha riu. Isso foi o suficiente para que sentisse uma fúria gigantesca dentro de mim e gritasse com eles:

–Se Loki for atacado e desrespeitado aqui dentro, eu saio da mesma forma! – Levantei-me de minha cadeira.

–Acalme-se Thor. – Pediu Fury- Natasha o que aconteceu?

–Ele ia roubar o cetro, - Explicou sínica, como se soubesse de algo- me disse também que sabe quem fez o atentado no Canadá.

Olhamos para Loki que aparentava surpresa. Revirou os olhos e deu as costas:

–Bom, tenho coisas mais interessantes para fazer do que discutir com vocês. – Uma breve pausa e- Enquanto ao cetro, o Canadá e tudo o mais, não se preocupem, tenho certeza que os heróis vão salvar o dia. – Deu ênfase para palavra heróis e se retirou como se nada tivesse acontecido.

Nós três nos olhamos, rapidamente Nick pediu para que eu me acalmasse perante as coisas e o mesmo disse à Natasha. Ele se retirou com a Agente.

Eu sai da Shield e em seguida fui até uma lanchonete onde tudo que pedi foi um petisco. Um sorvete de baunilha, como diria Jane. Mas tudo que eu queria naquele momento era um copo cheio de Gnusma! Saudade de casa.

Por outro lado, eu não conseguia entender-me, estava a agir de forma estranha, protegendo Loki demasiadamente. Sempre que ele se via em risco, algo gigantesco tomava conta de mim e eu acabava fazendo coisas que não gostaria. Isso pode soar um tanto imaturo, mas não é nesse sentido. Eu realmente perdia o controle de mim mesmo.

Caminhei solenemente com aquele sorvete em mãos até a casa de Jane. Devo desculpas para ela:

–Jane, sou eu, Thor. Vamos conversar! – Pedi enquanto batia na porta, mas nada.

Acho que ela deve estar no trabalho, vou dirigir-me até lá.

POV Tony

Sai o mais rápido que consegui. O sorriso no meu rosto era tão grande e minha alegria tão maior ainda, que se eu fosse burro teria ido a pé até a Shield, apenas por estar ansioso. Era como se ir correndo fosse um método mais rápido de chegar até a base da Shield. Eu sabia que não, por isso fui voando, com a armadura.

Por dentro eu estava animadíssimo, pensar que eu poderia ter a resposta para acessar o computador e descobrir onde ir para enfrenta-lo me deixou empolgado. Por outro lado, também me deixou preocupado. Eu temia que aquela fosse a senha, ou melhor, eu queria que aquela fosse a senha, mas eu temia que ela significasse alguma coisa. De certa forma, eu sabia que era uma metáfora. A mulher do Clint foi sequestrada. E agora essa senha. Tenho medo que algo aconteça com a Laura (a esposa do Clint).

Bom, mas para variar um pouco, eu troquei de música (sim, eu já estava começando a sonhar com aquela).

“I need to be myself

I can't be no one else

I'm feeling supersonic

Give me gin and tonic

You can have it all but how much do you want it?”.

E enquanto eu ouvia essas palavras, pousei na Shield. Assim que eu entrei Steve veio até mim:

–Então, ela está bem? – Perguntou como se isso realmente o preocupasse.

–Acho que sim. – Pensei brevemente enquanto adentrávamos a base- Mas tenho uma notícia melhor para dar.

Ele me olhou assustado, ou melhor, curioso. Segui até o quarto de May, que era onde a pirralha e o Doutor Banner ficavam quase o dia todo, olhando para aquele rascunho de senha que o James nos deu. Eu entrei com um sorriso no rosto e já sem o capacete da armadura. Ele olharam-me intrigados.

– Eu já sei. – Joguei o papel em cima da cama. –Estava tão óbvio o tempo todo, Doutor. – Me dirigi ao Banner.

–Sabe o que, Tony? – Questionou um pouco inseguro.

–Código Morse. –Sorri- Traços e bolinhas. E como nós demoramos tanto tempo para ganhar o jogo? Quero dizer, decifrar a senha? – Steve ainda estava com aquele olhar estranho.

Olhei para todos os três triunfantemente. Depois de alguns segundos, fui até a folha e mostrei meus rascunhos. Pelo meu conhecimento em Morse, “ –.-...-...--.-.....” significa “Tarde de mais”.

Pedi para May tentar, apenas com o olhar. Ela foi até o computador, seu DNA era compatível. E sem pressa, escreveu essas letras. Steve sorriu quando leu o visor do computador. Banner disse que chamaria Nick. May se contentou e me parabenizou. Naquela hora, meu coração simplesmente disparou. Meio que imediatamente me lembrei dessa frase de James:

“Acho que da próxima vez não será tão divertido, Tony.”.

Foi para mim exatamente como deve ser para uma criança que tem dúvida de quanto é 2+2-1 e a professora da a resposta. Tudo pareceu claro e eu pareci ingênuo. Essa frase dele nada mais era do que a prova clara de que, no nosso próximo encontro algo ruim aconteceria, ruim para mim. “Primeira” significa claramente que haverá outras. “Tarde de mais”, preciso dizer o que isso significa? Seguindo minha infalível linha de raciocínio, a Pepper já está nas mãos dele. E isso ainda se comprova, tendo em vista que ela jamais sairia para uma reunião no México sem antes me avisar, talvez para o Havaí, mas não paras o México.

POV Hanster

–você continua ingênuo Failure. –Disse seco.

–Como assim irmão? –Ele pareceu assustado com minha reação.

–Acredita mesmo que Loki, aquele idiota, irá conseguir o Tesseract? –Meu tom de voz expressava mais do que desprezo pelo Deus, ódio.

–O que você sugere?

–Eu nunca sugiro anda, Failure, eu ordeno. –Olhar dele era de susto, mas o meu de poder.

–E... Eu sei –gaguejou- acontece que estou dominando a mente do Thor, ele vai ajudar o Loki.

Dei um tapa em Failure, ele seria muito bem um vilão, se não fosse tão inocente, o que lhe faltava mesmo era empenho.

–Vamos pedir ajuda para uns caras... – Sorri.

–Quem? –Ele perguntou com os olhos levemente marejados, devido a força do tapa.

–Você ainda pergunta. –Ri – Quem é que está dando trabalho aos Vingadores?

A questão não era exatamente conseguir o cetro e sim destruir os Vingadores, se existia alguém que podia fazer isso, então iriamos ajuda-lo.