A Verdade Contada por Foxy, II versão escrita por Lucky


Capítulo 1
A


Notas iniciais do capítulo

Hey galera! Voltei! Como prometido, a segunda versão! Dessa vez, vou trazer mais sangue e violência mais tarde, o.k.? Além disso, vou ser mais detalhado. Outra coisa! Eu ainda não acabei todos os capítulos, então, vou pedir um prazo maior, de um capítulo a cada duas semanas, Tudo bem? Boa leitura!



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~ / P.O.V. Narrador ~

Foxy. O velho capitão Foxy. O grande pirata que já enfrentou os sete mares, hoje vive empoeirado, apodrecendo, cercado de insetos repugnantes, tendo seus circuitos enferrujados, sendo considerado um brinquedo quebrado. Roubaram-lhe a vida, agora vive uma dor sem fim. Tudo por causa de uma brincadeira idiota. Ele não tinha culpa, era só uma criança, mas desde aquela época, sua vida já havia começado a se tornar um inferno. “Acho que esse velho marujo está prestes a bater as botas” pensou consigo mesmo. “É possível morrer duas vezes?”.

“Já que não posso fazer nada – pensou consigo mesmo – vou remexer no meu baú de memórias. Memórias... de quando ainda tinha uma vida.”

Vida. Uma coisa que ele não tem há muito tempo. Ele não mais vive, apenas, sobrevive.

Então ele lembrou: Lembrou de quando tinha seis anos, e a promessa que tinha feito com aquela menina... Onde será que ela está agora? O trato foi que: eles se encontrariam de novo, algum dia. "Agora percebo que nosso trato nunca vai se realizar" pensou ele.

~ / P.O.V. Foxy/Jack ~

Era 1950, ano de copa. Naquela época, com seis anos, eu era um garoto sardento e ruivo num tom bem avermelhado. Tinha olhos verdes tão claros que ao sol, quase se tornavam brancos. Por ter essa aparência diferente, sofria bullying na escola, nos restaurantes, e em todo lugar que eu ia:

_Olha! Aí vem o menino com cabelo vermelho! – diziam na escola

Ou, em lugares públicos, ouvia as pessoas sussurrando:

_Nossa! Você viu o cabelo daquele menino? Que horrível!

Mesmo depois de minha mãe reclamar na diretoria, não faziam nada a respeito, pois era uma escola pública das piores, pois éramos pobres e não podíamos pagar transporte para uma escola pública mais decente ou pagar uma particular. E o pior: era em período integral, ou seja: doze horas por dia sendo atormentado por um bando de idiotas.

A única razão de eu não entrar em depressão era a minha mãe: Annie Will. Ela era calma, sempre paciente. Nunca a ouvi levantar a voz com ninguém, nem mesmo comigo. Ela tinha alguns poucos fios grisalhos misturados com os longos cabelos ruivos, mas nunca penso nela como uma pessoa velha*. Eu morava com ela numa casa de apenas três cômodos, simples, porém aconchegante. Meu pai havia desaparecido quando ela estava grávida. Enquanto eu estava na escola, ela trabalhava para nos sustentar. Ela sempre ia me levar e buscar na escola à pé, e no caminho, nós íamos conversando: eu sobre a escola e ela sobre o trabalho.

Numa dessas “caminhadas diárias”, ela vinha me buscar da escola. Era de noite. Íamos atravessar a rua quando eu vi uma luz forte. Não, eram duas. Chamei a minha mãe, que olhou em direção as luzes, que vinham de um caminhão Chevrolet, e me empurrou para fora do caminho dele.

Minha visão ficou turva.

Quando voltei a ficar consciente, vi sangue no chão. Senti uma forte dor na mão direita, e, quando olhei, ela havia sido arrancada. Segurei o grito. Com lágrimas de dor nos olhos, me virei e vi minha mãe, que tinha pegado a maior parte do impacto. As rodas haviam pegado em seu torso, esmagando-o. Sua camisa estava empapada de sangue. Ela estava sem o braço esquerdo, que havia sido arrastado pelo caminhão. Seus olhos ainda estavam abertos, numa expressão de surpresa. Uma lágrima escorria pelo seu olho.

_Mãe!! – gritei. Foi aí que me dei conta que o motorista do caminhão havia parado e ligado 192 em seu telefone tijolo.

Não havia mais o que fazer. Minha mãe estava morta. Então, como ela havia ensinado, rezei pedindo para Deus que cuidasse bem da minha mãe.

No dia seguinte, estava no hospital. Minha mão havia sido amputada. Minha mãe estava morta. O que mais poderia dar errado?

_Hã... Jack Will? – o doutor entrou no meu quarto de hospital – Hã... Garoto, você tem um estrago e tanto no braço, heim? Mas já está melhor. Bem... Sua tia... Grace vai tomar conta de você a partir de agora, certo?

_Tanto faz. – depois disso, o silêncio dominou o quarto por longos três segundos.

Depois, a porta do quarto rangeu e a minha tia havia entrado.

_Oi Jack. – ela sentou do meu lado na cama.

Minha tia Grace era igual minha mãe, só que com umas rugas e mechas grisalhas no cabelo, pelo fato de ser a irmã mais velha. Ela também tinha o cabelo mais curto do que o da minha mãe.

_Eu trouxe chocolate! – disse ela tentando me animar

_Hã... Sra. Grace... Jack tem de ficar de jejum durante três horas pro organismo dele se recuperar melhor.

_Bem... Está bem! Daqui a três horas comemos o chocolate. Ele poderá sair amanhã, certo?

_Sim. Ele receberá auta amanhã as nove. Mas hoje ele precisa de repouso.

_Tudo bem! Volto amanhã fofo!

Passei o dia deprimido, pensando em como seria a minha vida com a tia Grace.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem ae galera!
* Referência a Percy Jackson e o Ladrão de Raios



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