Estou melhor sem você. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 12
Um casal normal.




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P.O.V. Bree.

Devo confessar que já vi casais de vários tipos, mas nenhum deles se compara á Hermione e Chase.

Eles são tão esquisitos! 

Apesar dos dois serem nerds, super inteligentes e terem sentidos super aguçados, mas são totalmente diferentes.

A Hermione é agitada, espevitada, alegre e saltitante. O meu irmão no entanto, é centrado, calmo e certinho.

E o meu irmão faz todas as vontades dela, todas mesmo. Ela adora sentar no colo dele e ele adora que ela faça isso. Eles já foram parar na sala da diretora mais vezes do que eu consigo contar e mesmo assim eles se safam!

—Como é que vocês se safam toda vez?

—É fácil. Eu apago a memória dela e saímos numa boa.

—Apaga a memória das pessoas?

—E geralmente coloco novas no lugar. Pra preencher o vazio e não deixar pistas.

—Irado!

—Vantagens de se ser meio vampira e de pertencer ás duas raças.

—Duas raças?

—A raça dos originais e a nova e super evoluída raça dos meus avós maternos. Os originais e minha mãe podem controlar mentes e meus avós são imunes á estacas e não queimam ao sol.

—Vampiros realmente queimam ao sol?

—Sim. E geralmente eles morrem á menos que seja um original.

—Um original não queima no sol?

—Sem o anel queima, mas não morre. Nada mata um original, a menos que seja uma estaca de carvalho branco bem aqui.

Ela apontou para o próprio coração.

—E você fala isso numa boa?

—Só a minha mãe tem estacas de carvalho branco. E ela as esconde, as mantém num lugar que só ela consegue entrar, ela lota o lugar com feitiços de proteção, câmeras de vigilância, lazer, etc. Ela gastou zilhões de dólares na segurança daquele lugar que ninguém além dela sabe onde fica. Mas, eu já vi uma das estacas uma vez.

—E como é?

—A madeira é esbranquiçada e afiada. Altamente letal.

Esqueci de mencionar que o meu irmão é pervertido e tem mania de cheirar o cabelo dela.

—Chase, isso é nojento.

—É tão amável. E faz cócegas!

—Você tá é com inveja porque eu tenho uma namorada linda e você tá segurando vela.

—Gente, amanhã vamos á uma festa.

—Oba! Já sei até o que vou vestir.

—Deixa eu ver.

—Como assim?

—Se eu tocar a sua mão por mais de 10 segundos e meio posso ler todos os seus pensamentos ou você pode só pensar na roupa.

—Legal.

—Não. Você não vai usar essa roupa cafona na festa e se for fazer isso, finge que não me conhece.

—Mas, eu não sei o que usar. Hoje vamos fazer a limpa no seu armário.

—Legal.

—Eu vou comprar uma tesoura nova que a minha tá meio cega.

—Tesoura?

—Vamos picotar as roupas horríveis como essa e depois vou tocar gasolina, incendiar e jogar pela janela! Eba!

—Você arrumou uma namorada psicótica. Louca.

—Eu não sou louca. Sou levemente desequilibrada é diferente. Vou fazer meu cabelo ficar azul!

—Você tem mesmo memória de peixe.

—Eu sei! Mas, ai depende do assunto.

—Sei.

Quando o sinal do final das aulas bateu, ela e o Chase se despediram ou melhor se engoliram e cada um foi para a sua casa.

Pensei que ela tinha se esquecido da ideia de picotar e incendiar minhas roupas, mas me enganei.

A campainha toca.

—Eu atendo!

—Oi Hermione.

—Oi Adam! Cada dia mais bonito.

—Obrigado.

—Disponha.

Ela estava carregando um galão de gasolina e uma tesoura.

—Bree! Cheguei!

A Tasha ficou apavorada quando a viu.

—Quem é essa louca?

—Eu não sou louca! Sou levemente desequilibrada e sou Hermione a namorada do seu filho.

—Ai Adam, que bonitinho!

—Sou namorada do Chase e amiga da Bree e do Adam.

—E o Léo?

—Também.

—O seu cabelo tá ficando azul!

—Eu sei. To fazendo de propósito.

—Você faz seu cabelo mudar de cor?!

—É. Parece chocada.

—Porque estou!

—Querida o que está... Nossa! Uma menina de cabelo azul!

—É. Sou Hermione. Namorada do Chase e você deve ser o pai dele certo? 

—Sim. Sou eu.

—Donald, você sabia que o seu filho tem uma namorada?

—Não. Mas, agora eu sei.

—Então, cadê a Bree?

—Hermione? O seu cabelo tá azul!

—Eu sei. Onde fica o seu quarto?

—Por ali.  Espera, isso ai é gasolina?

Quando cheguei no quarto ela já estava picotando meu vestido preferido.

—O que?! Se afasta do meu guarda roupa!

—Querida, to te fazendo um favor.

Depois ela jogou pela janela. Ela picotou todas as minhas roupas! Revirou as minhas gavetas, olhou a minha lingerie.

—Experimenta.

—Sério?

—Super. Vai.

Eu tive que ficar de calcinha e sutiã na frente dela.

—Credo! Recoloca as roupas e pega o cartão do seu pai. Temos muito trabalho pela frente.

P.O.V. Chase.

Estava passando e vi a minha irmã sendo arrastada por um ser pequenino e saltitante que tinha cabelo azul.

—Agora, vamos explodir as suas roupas!

Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar.

—Hermione...

—Phasmathos Incendea! Um pouquinho de gasolina não faz mal.

E a enorme pilha de roupas explodiu.

—Oba! Explodiu!

—Hermione, porque o seu cabelo tá azul?

—É pra festa de amanhã. É azul sereia. Não ficou lindo?

—Ficou lindo.

—Tá mentindo! Não mente pra mim!

—Ficou esquisito.

—Melhorou. Obrigado.

—Seja sempre brutalmente honesto comigo, mas sem ser cruel. Se não, eu te corto.

Disse ela mostrando um canivete.

—Tá bem.

—Agora, o cartão do seu pai. Vai buscar.

Ela me beijou ferozmente e quando a Bree voltou me soltou.

—Vamos ao shopping. Na festa de amanhã vê se coloca uma roupa legal, já pensou numa jaqueta jeans ou de couro?

—Não!

—E vê se não me aparece de terno. Te amo. Beijinhos açucarados.

As duas entraram no carro e foram embora.

—Querido, essa sua namorada é...

—Demais. Eu sei.

—Eu ia dizer pirada, mas também serve. Só tenha cuidado, ela pode ser uma maníaca homicida.

P.O.V. Hermione.

Dar um trato nessa menina vai ser um desafio e tanto, mas eu consigo. Por favor, não me entendam mal a Bree é uma garota incrível só que ela é mal cuidada e mal vestida. Nada que um banho de loja, uma manicure chinesa e um cabeleireiro de primeira não resolvam.

P.O.V. Bree.

Eu devo ter passado umas dez horas e meia em provadores de lojas. Fiquei recebendo consultoria sobre tamanho certo de sutiã e lições de moda e maquiagem. Foi demais!

—Uau! O tamanho certo de sutiã realmente faz muita diferença.

—Eu não falei? Assistir Project Runway não é perda de tempo.

—E agora?

—Vamos para a loja de departamentos caçar uns acessórios, depois vamos cuidar da maquiagem e pra terminar cabelo e unhas.

Foi uma verdadeira maratona, mas deu tudo certo e eu me senti tão... menina. Pela primeira vez na minha vida eu me vi como uma garota.

—Você está divina amiga! Desse jeito vai arrumar um namorado rapidinho.

—Você acha?

—Com certeza. Agora, a gente merece um mimo.

—Que mimo?

—Chocolate.

—Oba! Eu adoro chocolate.

Comemos os chocolates, lavamos as mãos e voltamos pra casa.

—Foi muito divertido! Podemos fazer de novo amanhã?

—Melhor não, ou o seu pai vai me esganar. E vou ser forçada a revidar.

—É.

—Mas, amanhã vamos arrasar na festa.

—Obrigado. Você tinha razão sobre uma coisa.

—O que?

—Eu sou muito grata por você ter picotado e queimado minhas roupas.

—Eu sei! No início é um pouco frustrante, chocante e te deixa com raiva, mas no fim vale a pena.

—Total. Entra ai.

—Com licença.

—Ela está bem? Nossa! Cadê a Bree?

—Eu sou a Bree!

—Meu Deus você... parece uma menina.

—Eu sou uma menina seu sem noção.

—Crianças... nossa! Você está linda Bree.

—Obrigado Senhor Davenport.

—Chama seu pai de senhor Davenport?

—Ele não é bem o nosso pai, ele só criou a gente e implantou microchips nos nossos cérebros que nos dão poderes incríveis.

—Então ele é o seu pai. E se a minha dinâmica familiar fosse como a sua eu estaria muito grata.

—Porque?

—Os meus pais e tios estão sempre discordando e se apunhalando literalmente. Minha tia Rebekah está com uma adaga no peito dormindo num caixão agora. Meu tio Klaus que enfiou a adaga com as cinzas do carvalho branco nela.

—Espera, seu tio matou sua tia?!

—Ela não está morta gênio! Ela é uma original, os originais não morrem eles só dormem até que a adaga seja retirada.

—Você é doida sabia?

Vish! Ferrou.

—Tu me chamou de que?!

—Doida.

—Você vai ver só quem é doida aqui!

—Segura os meus brincos Bree.

—Seja boazinha com ele é o nosso pai pra todos os efeitos.

—Prometo que deixo ele viver.

P.O.V. Donald Davenport.

Essa menina não é louca ela é biônica!

—Pede desculpas e retire o que disse!

—Desculpe. Eu retiro o que disse.

Ela me soltou.

—Pronto.

—Quem criou você?

—Meus pais.

—Que tipo de tecnologia eles usaram em você.

—Ela não é biônica pai. Ela é uma vampira.

—Sou uma híbrida. Metade vampira metade bruxa como a minha mãe.

—É brincadeira certo?

—Não!

Eu vi o rosto dela mudar e o cabelo também. Ficou vermelho flamejante.

—Não acredito! Que descoberta fantástica!

—Você vai ficar de bico fechado. Como se sentiria se algum imbecil delatasse os seus filhos e mostrasse ao mundo o que eles são capazes de fazer?

—Mas, o povo da escola sabe!

—E daí? São adolescentes. Ninguém acredita neles e mesmo que acreditem nunca feri ninguém. Eu não me alimento de coisas vivas só de bolsas de sangue.

—E...

—Sim, somos imortais. E sim temos super velocidade, super força etc.

—Como se mata um vampiro?

—Nunca vai saber.

—Você sabe Bree?

—Sei, mas não posso contar. Ela me compeliu a não falar pra ninguém.

—Compeliu?

—Ela controla mentes. Ela e os parentes dela. Eles tem dons, são a evolução senhor Davenport.

—Incrível! Como foi que aconteceu?

—Nossa história começa em dois mil antes de Cristo, foi neste ano que surgiram os protótipos dos vampiros, os primeiros imortais Silas e Amara. Dois amantes membros de um povo chamado Viajantes que são um tipo super específico de bruxo que nem eu e a minha amiga. Somos capazes de mudar de corpo e possuir uma pessoa sem que ela saiba.

Ela contou a fascinante história de seus ancestrais imortais para então chegar finalmente á história de seu pai e tios. Uma mãe que amava tanto seus filhos que para protegê-los os transformou em vampiros.

—Legal.

—Vocês não parecem surpresos.

—A gente já sabia.

—Não podem contar isso á ninguém. Jamais. Se contarem terão que pagar o preço. Todo mundo tem que pagar.

Ela metia medo, mas era interessante.


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