Amor é Um Jogo de Azar escrita por Christine


Capítulo 2
Chantagem




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Alguns meses antes

Sentado no sofá da sala de estar de Malfoy Manor, Draco chegou à conclusão que odiava Harry Potter. Não importava que ele era o Não-Mais-Tão-Garoto-Que-Sobreviveu, recentemente promovido à Aquele-Cara-Que-Destruiu-Você-Sabe-Quem. Não importava também que ele o salvara da morte certa nas mãos de um bocado de Comensais. E importava muito menos que ele era bom de cama.

Draco odiava Harry Potter com todas as suas forças. Ponto final.

No início daquilo tudo, quando ele estava machucado até a alma escondido em Grimmauld Place, ele começou a acreditar que aquele desgraçado, de fato, não era tão ruim assim para cuidar dele. Depois de algum tempo, no auge da sua fraqueza emocional, ele começou a gostar dele pelo que estava fazendo, sentimento que chegou ao auge quando ele acordou de um cochilo com Potter dormindo sentado, a cabeça deitada no seu colchão e a mão esquerda roçando no rosto dele. Depois de algum tempo meio estupefato, ele retirou a mão dele de perto do seu rosto e observou-o dormir por mais algum tempo antes que ele acordasse. Assim que percebeu o que fazia, Potter se endireitou correndo, com os óculos pendendo de uma orelha. Talvez tenha sido ali, aquela atitude atrapalhada tão própria dele e seu ar embaraçado quase ridículo, que Draco começou a ser empurrado abismo abaixo.

Foi quando ele, pela primeira vez desde que chegara naquele lugar, agradeceu ao infeliz pelo salvamento e pelos cuidados. Potter ficou só olhando meio espantado para ele por um tempo, antes de dizer algo que soou muito como "não é nada" antes de sair apressado pela porta com um ar culposo, deixando um Draco sem entender nada para trás.

Mais tarde, quando ele se recuperou dos ferimentos o suficiente para andar, começou a achar que entendia o que estava acontecendo, por mais bizarro que fosse. A Weasley fêmea o fulminava com o olhar toda vez que ele passava por ela, reação diretamente contrária a de Granger que, apesar do evidente desconforto do seu namorado sardento, teimava em ser gentil. Por outro lado, Potter parecia querer fugir toda vez que se encontravam, e mais de uma vez Draco o surpreendeu com uma expressão muita estranha no rosto quando ele julgava que não estava sendo observado, expressão que Draco não ousou reconhecer por algum tempo. À medida que os meses foram passando, quando Weasley fêmea se tornou cada vez mais intolerante a sua presença, Granger começou a tentar descaradamente empurrá-lo para cima de um Potter totalmente introvertido e até o namorado sardento começou a tratá-lo com alguma consideração, Draco teve certeza que estava interpretando todos os sinais óbvios corretamente.

E ficou apavorado. Porque, afinal de contas, era Potter, adversário de escola por anos consecutivos e que agora parecia ter desenvolvido uma paixonite repentina por ele. E se havia algo que o apavorava mais do que isso, era sem dúvida a noção que estava acontecendo a mesma coisa com ele. Potter agora parecia um pensamento onipresente e obsessivo, coisa que só piorou quando, depois de voltar de uma missão quase fatal que Draco desconhecia totalmente o objetivo, Potter pareceu tomar coragem e, depois de arrastá-lo para um quarto deserto, o beijou como se sua vida dependesse disso.

Daí por diante, eles se beijaram muitas vezes, principalmente depois da derrota de Voldemort na guerra e da subseqüente absolvição de Draco. Tornou-se freqüente que ele, apesar de ter recuperado Malfoy Manor das garras do Ministério após a morte de seus pais, passasse bons períodos na casa do Black, tendo uma vida relativamente feliz e despreocupada até que tudo começou a desandar.

Desde o início daquele relacionamento deles, Potter sempre fora um tolo romântico, mas sabia se controlar. De certa forma, Draco gostava da saber que Potter era apaixonado por ele e cego e surdo à todo o resto – até porque, do jeito dele, ele também era. Mas o que eles tinham não era de forma alguma um compromisso oficial reconhecido, já que Draco sabia que um dia ele teria que se casar para continuar a linhagem puro-sangue de sua família, coisa que não poderia fazer com Potter. Mesmo sabendo disso, ele adiou por tanto tempo uma decisão definitiva que Harry acabou fazendo isso por ele, quando, perto do Natal, disse que estava na hora de eles assumirem o que tinham. Para todos. Tal pensamento causou tamanha surpresa – e horror – em Draco que ele respondeu não sem nem parar para pensar nem argumentar direito, o que foi um erro, já que Potter se ofendeu, eles discutiram, berraram um com o outro e ofenderam as respectivas famílias até que Harry explodiu e atirou um Draco semi-despido para fora da casa, jogando suas roupas porta afora logo depois.

Eles não se falaram por uma semana inteira depois disso, e provavelmente seria muito mais tempo se Granger não tivesse intercedido ao convidar Draco para uma festa extra-oficial de Natal, deixando escapar por acidente que Harry estaria lá. Draco foi, claro, só para descobrir que a festinha extra-oficial era, na verdade, uma desculpa para que os jovens sobreviventes da guerra beberem e caírem na cama com alguém, comemorando assim o fato de estarem vivos, conforme lhe explicou um risonho Fred Weasley totalmente bêbado. E foi o que Draco fez. Já havia tomado cinco doses de uísque de fogo antes de finalmente achar Harry, que estava escondido num canto isolado bebendo.

E isso era a última coisa que ele lembrava antes de acordar na manhã seguinte encolhido numa cama, as roupas jogadas no chão e com sinais corporais muito claros que indicavam que ele havia transado com alguém. Só que não havia ninguém do outro lado da cama. Desnorteado, ele saiu do quarto para procurar Harry e não encontrou ninguém, com exceção de um Ron Weasley desmaiado no corredor e meia dúzia de desconhecidos em coma alcoólico na sala.

Depois disso, Draco simplesmente não ouviu falar mais de Harry Potter. Parecia que o amante havia desaparecido da face da Terra sem deixar vestígios. Draco considerou várias hipóteses – seqüestro, vingança de Comensais foragidos, loucura temporária -, até que foi forçado a acreditar na amarga hipótese que ele o abandonara e decidira ir embora do país. Depois de algumas semanas, muitas garrafas de bebida e uma crise de raiva, Draco começou a aceitar aquilo e pensar na hipótese de seguir em frente, pensando que, afinal, não dava para mais nada dar errado, idéia que, pouco tempo depois, provou-se ser equivocada.

Começou com os enjôos matinais e as náuseas insuportáveis. Depois, a pressão dele caiu para a altura do pé e algumas vezes ele teve que sentar no meio da escada para evitar de rolar abaixo pelos degraus. Depois, isso melhorou, ao mesmo tempo que ele começava a ter desejos estranhos que o faziam acabar com potes grandes de doce às três horas da manhã. Talvez ele soubesse o que estava acontecendo e somente se recusava a acreditar, na sua crença de que não dava para descer mais no abismo. Talvez. A única coisa que ele sabia era que a certeza aterradora no que estava acontecendo chegou no final de abril, numa manhã de sábado. Ele estava no banheiro, procurando fios brancos precoces no espelho e pensando como ia evitar ser expulso de Malfoy Manor pelo Ministério, já que não havia mais Harry Potter para interceder, quando sentiu. Não foi fraco nem gradual – na verdade, a sensação foi parecida como um soco fraco e repentino na barriga, com o pequeno detalhe que o impacto foi dentro dele. Ele caiu de joelhos no chão, surpreso e assustado, e pôs as mãos na barriga já inchada, rezando para que aquilo fosse somente uma alucinação provocada pela falta de sono. Mas quando ele sentiu outro chute, mais fraco que o primeiro, mas ainda com força respeitável, ele se viu diante da verdade incontestável e assustadora. A primeira coisa que ele pensou depois não foi um pensamento de medo quanto à idéia de ser pai, nem preocupação de como criaria essa criança. Não. A primeira coisa que Draco pensou quando percebeu que ia ter um filho foi, sem dúvida, que odiava o outro pai daquela criança, o desgraçado que fizera aquilo e depois sumira sem deixar vestígios, sentimento que crescera nos dias seguintes à descoberta e que estava no auge naquele dia e hora específicos, quando ele estava prestes a ser expulso de Malfoy Manor, sem herança e sem nenhum lugar para ficar.

Suspirou e levantou-se do sofá, consultando o relógio que ficava acima do grande espelho da sala. Seis e quarenta da tarde. O maldito Ministério lhe dera até as sete horas para desocupar a casa. E ele ainda não tinha onde ficar. Aproximou-se do espelho e observou seu rosto pálido, com olheiras negras e expressão aborrecida.

Ele sequer pensara em se refugiar na casa dos Black. Fora o primeiro lugar que ele procurara Potter e, ao fazer isso, descobrira que, após o sumiço do dono, a casa se lacrara magicamente – ou pelo menos, pensara Draco, amargurado, ela não queria abrir para ele especificamente. Então, ele considerou Granger. Desde que ele mudara de lado, ela o havia ajudado algumas vezes, e certamente teria piedade de um ex-Comensal falido, sem casa e prestes a ser pai. Mas, infelizmente, nas poucas vezes que encontrara Granger nos meses posteriores ao desaparecimento de Potter, ela sempre fechara a cara e desviara o caminho para não precisar falar com ele. Essa súbita irritação não era algo que Draco tinha tempo ou paciência para entender. E havia Weasley, claro, mas o inferno congelaria antes que Draco pedisse abrigo para ele.

Olhou para o relógio de novo, sentindo um começo de histeria. Seis e quarenta e sete.

Repassou as suas opções. Casa dos Black, selada magicamente. Granger, hostil demais para dar abrigo. Demais amiguinhos de Potter, totalmente indiferentes a ele ou então querendo jogá-lo em Azkaban. Sobrava Weasley. Draco sabia que ele morava sozinho em algum lugar provavelmente degradante, mas era um lugar para ficar. Respirou fundo e fechou os olhos diante do espelho, a compreensão que teria que implorar algo para Weasley penetrando gota a gota na sua mente.

Reabriu os olhos e ajeitou o cabelo, suspirando, e começou a pensar num plano apressado de chantagem emocional para usar contra Weasley. Depois, pegou as malas e olhou para a árvore genealógica dos Malfoy na parede oposta, tendo certeza que, onde quer que estivessem, seus antepassados deviam estar virando pó de tanto desgosto. Dando um último e pesado suspiro, entrou na lareira e desapareceu entre as chamas verdes no instante que o relógio em cima do espelho batia sete horas.

~~*~~

Ronald Weasley queria morrer de tanto beber. Sacudiu a garrafa algumas vezes antes de notar que ela estava vazia até a última gota. Deprimido, deixou-a cair no chão e ficou observando-a rolar pelo tapete até parar perto da lareira. Sentindo um começo de dor de cabeça, se virou no sofá e fechou os olhos, desejando do fundo do seu coração que fosse fulminado por um raio naquele exato instante, já que pelo visto era inepto até mesmo para entrar em um coma alcoólico.

Abriu os olhos e encarou o teto, achando certa graça no seu pensamento. Ele era sim capaz de entrar em coma alcoólico, e já o fizera mais de uma vez. A primeira fora quando ele tinha quinze anos, durante as férias de verão, sendo mais uma tentativa de se provar frente aos gêmeos do que outra coisa, mas que acabou colocando-o em grandes problemas com sua mãe. Quase sorriu com a lembrança.

A segunda fora na festa extra-oficial de Natal dos gêmeos. Eles novamente. Ron se encolheu mais um pouco no sofá e fechou de novo os olhos, sentindo a dor de cabeça aumentar. Nessa vez, ele acordara quase sem roupa no meio de um corredor, tivera a pior ressaca de sua vida e, de quebra, Hermione terminara com ele, tudo na mesma manhã.

Essa não era uma lembrança feliz, de maneira alguma. Ele podia lidar com uma ressaca, mas não com um fora totalmente inesperado. Um dia antes, o relacionamento do dois estava perfeito, mas bastava uma noite e Hermione estava mais furiosa do que ele jamais a vira e eles brigaram feio, sem que Ron sequer soubesse o motivo de tanta raiva. Apesar do grau de gravidade da discussão, ele ainda acreditava que ela faria as pazes com ele, como em todas as vezes que eles haviam brigado. Essa crença acabara no dia que ela entrara no apartamento deles, colocara suas coisas em malas e saíra, tudo sem um sinal que percebera sua presença.

Daquele dia em diante, a vida de Ron virou um verdadeiro inferno astral. Ele começou a ter problemas no treinamento de aurores e no seu estágio no Ministério, havia muitas contas para pagar e pouco dinheiro, o apartamento alugado parecia uma zona de guerra com a falta de limpeza, com o proprietário sempre cobrando o aluguel atrasado. Sem contar que a pessoa que mais poderia ajudá-lo naquela situação havia desaparecido. Harry. Ron começou a pensar pela milésima vez aonde ele estaria, mas desistiu logo. Não levava a nada e não valia a pena.

Respirou fundo, abençoando o sono que pouco a pouco o dominava. Afinal, pensou ele, se consolando, tinha uma hora que não dava mais para as coisas darem errado.

Menos de dois minutos depois, quando Draco Malfoy entrou tropeçando e xingando pela lareira, Ron percebeu que sim, elas podiam.

~~*~~

A primeira coisa que Draco percebeu ao entrar na casa de Weasley foi uma dor aguda no pé esquerdo, que o fez largar as malas no chão e quase cair ao se equilibrar em um pé só. Aparentemente, um babaca deixara uma garrafa perto da lareira, que se quebrara sob a pressão do seu pé e perfurara seu sapato. Depois de alguns xingamentos, ele percebeu a segunda coisa, que era que a casa estava um total caos, com revistas, livros velhos, louça suja, e capas misturados em cima na mesa e roupas jogadas no chão. A terceira coisa foi que o dono daquele perdigueiro estava jogado no sofá, dormindo. E a quarta coisa que ele percebeu, na verdade, foi uma correção da terceira, quando ele notou que Weasley não estava dormindo, mas sim acordado e totalmente bêbado.

Weasley sentou-se com dificuldade no sofá, piscando repetidas vezes na direção de Draco, como se quisesse ter certeza que ele era real.

"Malfoy?"

"O próprio."

Weasley pareceu ficar ainda mais confuso com essa resposta, se é que isso era possível. Draco também estava confuso, mas por razões totalmente diferentes, que incluíam sua total ignorância de como tratar um bêbado e a dúvida se o estado de Weasley era bom ou ruim para o que queria obter.

"Não parece você."

"O quê?"

"Você está enorme" – comentou Weasley, fazendo uma figura ilustrativa de alguém gordo com os braços abertos – "E você era... magro como uma garotinha."

Draco quis acertar a mão naquela cara insolente pela dupla ofensa, mas se controlou. Weasley estava bêbado e não sabia o que falava. Ele, gordo? Francamente. Respirou fundo, impediu a cara feia que ameaçou surgir e resolveu abordar o assunto a queima-roupa.

"Foi por culpa do seu amiguinho que eu fiquei assim, como você disse, enorme."

"Ahn?"

Draco respirou fundo, enquanto pensava numa boa forma de transmitir uma noticia delas para um Weasley bêbado e descobria, surpreso, que não era tão difícil assim.

"Digamos que ele me deixou um presentinho biológico antes de sumir."

Weasley continuou olhando para ele de cima a baixo com a habitual cara de idiota. Draco ficou olhando para ele de volta e esperando impaciente por cerca de dois minutos.

"Não" – disse Weasley em voz baixa, perdendo subitamente parte do ar ébrio e olhando para Draco como se ele tivesse criado antenas – "Digo, você não, você não pode...

"Não é incomum" – comentou Draco, assistindo às tentativas vãs de Weasley de se levantar do sofá – "Não sei porque você está agindo como um retardado."

Depois de quase tropeçar no chão, Weasley conseguiu ficar em pé. Ainda olhava espantado para Draco.

"Talvez" – disse ele, confuso – "mas há muito tempo eu..."

E esticou a mão para tocar a barriga já aparente, mas Draco, instintivamente, recuou para trás. Weasley recolheu a mão para junto do corpo e ficou encarando-o desconfiado.

"Se isso for mesmo verdade, porque diabos você está aqui?"

Draco hesitou. Aquela era a hora de colocar em prática seu plano bolado às pressas, que pareceu de repente muito falho e infantil. Por outro lado, Weasley estava bêbado e três vezes mais estúpido do que seu usual.

"Eu" – começou ele, com a voz mais digna que conseguiu – "fui expulso de Malfoy Manor e..." – fez uma pausa antes de continuar, sentindo um gosto azedo na garganta pela lembrança – "... minha herança foi confiscada. Eu estou nesse estado e Potter evaporou do país. Então eu..."

"... quer ficar aqui."

Weasley completara a frase. Cruzara os braços na frente do corpo, tinha a testa franzida e parecia cada vez mais sóbrio. Draco teve um mau pressentimento.

"Eu..."

"Nem pensar! Sua... coisa é com Harry, não comigo. Você e suas malas não vão ficar aqui."

O queixo de Draco caiu antes que ele pudesse se conter. Ele achava que Weasley cederia diante da chantagem emocional, mas ele o chutara para fora antes de ele sequer chegar à metade. Ou ele não entendia mesmo grifinórios ou então Weasley só virava um idiota insensível quando se enchia de bebida.

Ele respirou fundo antes de cruzar os braços e mandar o seu melhor olhar intimidador para Weasley. Teria que tentar o plano reserva. Encarou Weasley, rezando para que ele fosse imbecil o suficiente para cair naquela.

"Excelente" – disse ele em voz baixa, sibilante – ", mas é bom que você saiba que, no momento que eu sair daqui com as minhas malas, eu vou direto na Seção de Controle Social do Ministério e contar uma comovente história de como eu e você tivemos um lindo caso de amor e como você fugiu para não assumir suas responsabilidades como pai." – fez uma pausa calculada para saborear a expressão chocada de Weasley – "E acho que você sabe o que eles fazem com pais fujões."

Weasley ficara totalmente pálido. Olhou furioso para Draco, mas ele conseguiu entrever um pânico crescente nele. Pela primeira vez desde que pisara naquele lugar, ele conseguira a vantagem. Weasley estava cedendo.

"Você não pode! Nós nunca nem... nunca tivemos uma merda de caso. Eles não podem me obrigar a casar com você, isso é..."

A frase morreu sem conclusão. Weasley olhava raivoso para Draco, como se somente seu olhar pudesse fazê-lo se pulverizar. Draco se aproximou dele, dando um dos daqueles sorrisos que ele sabia que fazia as pessoas recuarem apavoradas. Weasley tinha razão. O tempo que a Seção tinha o poder de fazer pais relutantes se casarem se fora. Se Draco tentasse pedir ajuda ali, o máximo que ganharia seria uma risadinha desdenhosa, principalmente agora que seu sobrenome era um dos menos populares da Inglaterra bruxa. A ameaça do casamento apavorara Weasley demais para que ele raciocinasse com lógica. Não que ele estivesse lógico naquele estado, pensou ele, tão próximo de Weasley agora que conseguia ouvir sua respiração.

"Arrisque, então" – disse ele em voz baixa.

Weasley continuou encarando-o por alguns segundos, toda a contrariedade que sentia na respiração pesada e no olhar raivoso, até que se deixou cair no sofá, irritado. Draco pensou ter ouvido um "só até o Harry voltar" dito em voz baixa.

"Então" – começou Draco, satisfeito, pegando as malas do chão – "onde é o meu quarto?"

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