Diário escrita por Sr Byron


Capítulo 5
1928 a 1932


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura
 
Vou por dois caps agora... mas quero coments  individuais em cada cap... obrigado.



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Julho, 1928

 

 

Fazia um ano que voltei a dieta vegetariana, faz um ano que não me arrisco no mundo dos humanos, temo não ser mais capaz de me controlar. Mas sinto que não posso mais tardar esse dia, hoje pedi para Carlisle matricular-me em uma faculdade de direito, existia faculdades a noite, o que facilitaria minha vida, ou diria existência, pois não posso sair ao sol.

 

 

            Não pode sair ao sol, é claro, ele é um vampiro, o sol pode matá-lo... como não lembrava disso, está escrito em tudo que é livro que fale sobre vampiro. Tomara que você se saia bem na faculdade Ed. Sabe eu estava ficando maluca, eu já tinha dado um apelido aos diários. Ed, parecia combinar com ele.

 

 

Setembro, 1928

 

 

Entrei na faculdade como um aluno transferido, mesmo na faculdade os pensamentos desses humanos não eram tão diferentes. Dos homens eram sempre sobre mulheres, dinheiro e sexo. Das mulheres, não sei se esse diário teria folhas suficientes para escrever tudo o que elas pensam. Mas em maioria são sobre homens, dinheiro e sexo, sexo muitas vezes vem acompanhado de amor, mas não é sempre.

 

 

            Fiquei brava com Edward, porque ele podia ler os pensamentos  das pessoas ele achava que sabia tudo de mulher. Não teria como escrever no diário? Humpf. Isso só prova que mulheres pensam muito mais do que os homens, que só pensam na mesma coisa sempre. Foi a primeira vez que vi um comentário que considerei machista de Edward.

 

 

Novembro, 1928

 

 

Três meses que freqüento a faculdade, mas já não suporto mais, os universitários parecem não amadurecer, as mulheres ao me verem ainda ficam hipnotizadas, os homens parecem me odiar por atrair tantos olhares, mas acho que há um extinto de sobrevivência que impede que eles queiram se aproximar de mim.

 

 

            Essas vadias, sempre achando que  vão conquistar o MEU Edward. Tomara que o Edward chupe  o sangue dessas descaradas e mate todas. Eu sempre ficava indignada  quando descobria que alguma vadiazinhas de quinta categoria davam em cima do Ed.

 

 

 

Dezembro, 1928

 

 

Minha família foi convidada para passar o natal na casa de um tal de Royce King, um  bancário metido a besta que era dono de metade da cidade de Rochester, ele se quer conhecia minha família, mas como tínhamos dinheiro e éramos bonitos, isso nos da um certo poder, mesmo que não estejamos atrás disso, e para os King, ter a nova família rica, bela e influente da cidade em sua festa de natal era algo importante, Carlisle aceitou o convite, disse que seria bom para manter as aparências, eu aprendi a seguir e não duvidar do que Carlisle falava, então hoje a noite estarei indo para a grande casa dos King.

 

 

 

Dezembro, 1928

 

 

Como era previsto, uma chatice, um monte de homem de negócios, que só falavam sobre negócios, mas só pensavam nas prostitutas que contrataram para acompanhá-los naquela festa odiosa.  Uma surpresa foi ver um dos meus colegas de faculdade naquela festa, Royce King Segundo. Um cara desprezível, se vangloriava para os amigos, que enganara alguma moça.

 

 

 

            Royce King Segundo, não gostei desse nome, talvez tenha sido porque sabia que Edward não gostava dessa pessoa, mas tinha algo mais, parecia que essa pessoa era uma pessoa ruim, eu sei que ele enganava algumas garotas, mas era mais forte do que isso, definitivamente não gostei dessa pessoa.

 

 

Março, 1929

 

 

A universidade de direito, continua a mesma, os mesmos pensamentos, os meus caras idiotas. As vezes penso em desistir, mas já que vou ter que ficar um tempo nessa cidade eu sempre acabo por continuar.  Hoje compus uma nova musica. Tocar piano é meu único passa tempo, e compor meu único prazer.

 

 

            Uma coisa sobre Edward era inegável, ele tocava piano maravilhosamente bem, alguns dias onde não tinha nada escrito, ele colocava uma partitura de alguma composição dele,  procurei na internet sites sobre piano para ver se achava algo interessante foi até que eu encontrei um site que reproduzia as musicas, era só colocar as notas musicais e o próprio site as reproduziria. Todas as musicas eram magníficas, eu acabava por dormir sempre ouvindo algumas das melodias de Edward.

 

 

Julho, 1929

 

 

Dois anos sem sangue humano, ainda é difícil, mas consigo me controlar, às vezes preciso sair rápido e caçar algum animal, mas estando bem alimentado tenho um bom controle.

 

 

Dezembro, 1929

 

 

Carlisle recebeu hoje novamente o convite da festa de natal dos King, mas dessa vez ele recusou, dou graças por isto, um nova noite com todos aqueles seres repugnantes seria um martírio. Sem falar do intragável Royce King Segundo, que pude ver em sua mente tinha sido obrigado a tentar ser meu amigo. Por que afinal famílias influentes devem ser próximas segundo a inegável lógica de Royce King pai.

 

 

 

Novamente o nome desse Royce King Segundo apareceu e me irritou, eu não sou de acreditar nessas coisas de energias e forças místicas, mas definitivamente esse Royce King Segundo tinha uma energia negativa. E eu não queria ele perto de Edward.

 

O ano de 1930, passou sem maiores acontecimentos, depois de 3 anos pareceu que algumas pessoas tentaram se aproximar de Edward, mulheres principalmente, o que aumentou minha ira em duzentos e vinte por cento. Mas graças a deus, Edward era tão simpático quanto uma cascavel. Ele afastava tudo e a todos, eu entendia que ele tinha todo o problema com o desejo por sangue, mas não faria mal ele secar algumas gargantas dessas piranhas  que  se jogavam para cima dele. E eu não me importaria nem um pouco se ele  desse um fim nesse tal de Royce King Segundo que insistia em fazer amizade com Edward.

 

 

 

Março, 1930

 

 

Esme, é sempre muito gentil comigo, me cuida como se eu fosse um verdadeiro filho dela, na verdade me sinto realmente com um filho dela, mas ela tinha o péssimo habito de pensar que sou infeliz porque sou sozinho, para ser sincero, eu não sou feliz, mas não me sinto triste, eu apenas existo, um dia após o outro. Mas o que ela não entende, é que não quero ninguém, não desejo ninguém e talvez, eu não mereça ninguém, afinal eu sou um monstro.

 

 

 

Esse dia, me deixou com um misto de  felicidade e tristeza. Felicidade por saber que Edward não quer ter nenhuma espécie de relacionamento com alguém, o que deixava ele inteirinho parar mim, e triste, porque obviamente ele também não me desejaria, e também porque ele era apenas um livro de ficção, ou quem sabe um louco que achava mesmo que era um vampiro. Apesar de que eu também devia ser, porque por vezes eu achava quem vampiros existiam, pois aquele diário era muito impressionante.

 

 

1º de Janeiro, 1931

 

 

Acabei de chegar do Réveillon dos King, Carlisle não teve como recusar esse convite, ele tinha negado novamente ir na festa de Natal. Esse ano tinha algo de diferente, Rosalie Lillian Hale que era a noiva de Royce King Segundo, que se vangloriava por ter noivado com a mulher mais bonita da cidade, sem duvida Rosalie era bunita para uma humana, pois se fosse comparada a Esme ela não passaria de uma singela mulher. Royce como sempre, com pensamentos abominantes Rosalie era alvo de suas fantasias sórdidas, aquela garota não sabia onde tinha se metido.

 

 

Me senti traída, nem sei o porque, mas me senti traída, Edward não acha que prestou muita atenção nessazinha da Rosalie, ele que pegue essa vagabundinha então, se ele acha ela a guria mais linda da cidade. “Ai que raiva do Edward”.

 

            20 de junho tinha chegado novamente, Edward sempre escrevia a mesma coisa. A cada ano que passava ele fazia  novamente 17 anos. E a convicção dessas palavras me faziam acreditar  que ele realmente era imortal.

 

 

 

20 de Junho, 1932

 

 

Hoje faço 17 anos, mais uma vez, fazem 32 anos que faço 17 anos, as vezes a eternidade me cansa.

 

 

 

Dezembro, 1932

 

Mais um natal odioso com os Kings, Carlisle tinha se tornado o chefe do hospital mais bem conceituado de Rochester, então agora alem de manter as aparências, tinha uma certa obrigação política, já que os Kings eram financiadores do hospital. Esme como a esposa perfeita o acompanhava, e eu com  certeza estaria junto, afinal éramos uma família linda e feliz. Nós realmente éramos uma família feliz, mas fazia parte do disfarce mostrar para os outros isso. Mas esse dia guardava algumas surpresas, Royce King II, tinha exagerado na bebida, envergonhando seu pai que socialmente era um exemplo para todos, o que não fazia jus aos seus pensamentos, mas Royce King II deixou seus pensamentos tão soltos quantos seus atos aquele dia, vi mulheres que sofreram com suas violências gratuitas, via seus desejos sobre infringir as mesmas penas sobre a Rosalie. Mas eu tinha deixado minha vida de justiceiro para trás. O pai de Rosalie que cuidasse de sua cria. E das conseqüência daquele casamento que ele tanto fazia gosto.

 

 

            “Rosalie, Rosalie, Rosalie” Será que ele ta apaixonado por essa garota, que preocupação é essa, ta certo que esse Royce é um canalha, mas precisava tanto falar nessa Rosalie. “Droga Edward você ta acabando com a nossa relação”. Será que eu acho no Google o telefone do hospital psiquiátrico mais próximo de Forks. Eu já estava achando que  Edward tinha uma relação comigo, ou pior que eu namorava com um diário. Edward me fascinava, FATO, eu gostaria de poder conhecer ele, mas sabia que ele já estaria morto, se é que ele existiu de fato e não passava de um personagem de ficção. Mas se ele é vampiro quem sabe eu não o encontre um dia afinal, ele é imortal. Dei risada de mim mesma com esses pensamentos, uma pessoa imortal, alias, um vampiro imortal.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem de mais esse cap.
Sr Byron



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