Aluga-se um Homem escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 6
Adorável raiva




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Dois dias. Longos dois dias que não o vejo.

Meus dedos tamborilam nervosamente na mesa do café. Eu sei que estou aparentando nervosismo, mas não consigo evitar.

Sinto os olhares de alguns dos trabalhadores da Stark em mim. Ignoro o máximo que consigo ate que percebo a aproximação de alguém.

―Romanoff, como está? – ergo o rosto e encaro Loki, o secretário do terceiro andar. O homem mais fofoqueiro que já vi em minha vida – Todos estão preocupados – sinto a sua falsa simpatia.

―Loki, é sempre um desprazer vê-lo.

―Sempre acida – escuto ele resmungar. – mas algum problema no paraiso?

―Paraíso? – repito confusa. Do que ele está falando?

―Seu amor, Bruce Banner.

Sorrio ao me levantar. Minha altura é quase a mesma dele. O encaro fixamente apreciando a cor de seus olhos, e juro que tentei o máximo demonstrar o meu olhar assassino.

―Está agindo como um viado fofoqueiro, Loki. Você já foi muito mais competente – pisco ao dar as costas a ele.

Bela forma de começar o dia.

Envio o homem mais confiável para fazer as rondas ate o quarto andar e eu opto pelo andar aonde Bruce trabalha. Fui totalmente profissional. Não havia nada de errado em minha escolha.

Isso foi o que eu disse para mim mesma antes de apertar o botão do elevador e sorrir. A porta do elevador abriu e me atirei em direção a sala do Banner. Ao andar pelo corredor percebi que havia sido uma péssima ideia.

Todos do andar me encaram.

Maravilha, Natasha.

Sigo com a cabeça erguida com a ronda ate parar ao reconhecer Bruce. Ele se encontra de costas para mim. Seus cabelos rebeldes, suas costas largas e sua altura já são comuns para mim. Continuou parada apenas o observando.

Qual o meu maldito problema?

Sou uma Stalker agora?

Estou prestes a ir embora quando ele se vira. Meus olhos estão arregalados, eu sei e não tem como negar. O fofo possuí um olho roxo e o nariz machucado.

―Que merda é essa? – me pergunto ao ir em direção a ele. Toco o seu rosto, e antes que ele possa reclamar, abro um sorriso, e falo – Quem fez isso? O que aconteceu?

―Não foi nada – ele fala ao tocar em minha mão. Qual o problema com ele?

―Como não foi nada? – minha voz começa a soar assustadora. Eu sei como isso vai acabar. Respiro fundo ao encará-lo – Você apanhou e quero o saber quem fez isso e o motivo.

Banner sorri como se não fosse nada.

―Qual o seu, maldito, problema? – grito. Já perdi a minha paciência.

O sorriso dele some e vejo que cometi um erro. Ele afasta a minha mão de seu rosto, e se afasta de mim.

―Pare – seu tom de voz alto e raivoso, me faz dar um passo para atrás – Isso é a minha vida particular e não lhe interessa.

O encaro. Vejo seus olhos. Ele não é a mesma pessoa mais.

―Como quiser, Banner – digo ao dar as costas a ele e me afastar o mais rápido que consigo.

***
Passo o dia fazendo o trabalho burocrático e tento não pensar no Banner. Fofo... como pensei que ele seria fofo? Ele é um grosso que não sabe lidar com as pessoas. Esse é o motivo por estar sozinho.

A cada cinco minutos meus olhos seguem para o relógio na parede. Não quero vê-lo. E a única forma de não me encontrar com ele, o que duvido que aconteça de qualquer forma, é sair no horário exato. Banner é conhecido por fazer hora extra.

As horas se arrastam ate que vejo o relógio marcar 17h. a única coisa sensata que uma pessoa em minha situação poderia fazer é correr. Correr o mais rápido possível.

Pego a minha bolsa e sigo o mais rápido que consigo para a portaria. Quanto mais rápido passar por ela, mais rápido poderei ir embora. Meu plano não tinha como fracassar, é claro. Se não fosse pela Lei de Murphy.

Banner esta parado na portaria olhando para mim.

O ignoro ao passar por ele. Ergo a minha cabeça e sigo em frente. Não vou olhar para atrás e muito menos ser compreensiva com ele. Passo por ele com a minha frieza costumeira, mas não demoro em escutar a sua voz. Ele chama o meu nome, mas continuou ignorando até sentir a sua mão segurar-me.

―O que quer, Banner? – pergunto fria. Não estou com paciência para lidar com isso agora.

―Podemos conversar civilizadamente? – a sua continua a mesma de antes. De antes de ver o seu outro lado.

―Você queria espaço. Estou lhe dando. Pode soltar o meu braço?

O olhar de Bruce parece hesitar. Ele larga o meu braço e ao me virar, sinto ele me abraçar. Seu corpo está colado ao meu. Seu rosto próximo ao meu pescoço. Suas mãos se entrelaçam em minha barriga.

A minha respiração fica alterada.

Isso é muito mal.

―Não fique assim, Natasha. Me desculpe.

―Não adianta pedir desculpas quando já fez o que queria – Não tem como perdoar alguém tão facilmente. Ele foi o único errado.

―Eu sei disso – a sua voz me deixa momentaneamente perplexa – Apenas....tem coisas que não posso falar com você. Coisas que não acho certo você saber.

―Porque não sou nada em sua vida, certo? Eu sei disso, Banner. Assim como você me ajudou, eu queria te ajudar.

―E é por isso que eu vim pedir desculpas. – a sua voz doce esta me amolecendo.

Droga!

―Não sei se devo lhe perdoar, Banner.

―Bruce – ele me corrigi e tenho certeza que está sorrindo – Afinal somos namorados, certo?

―Falsos namorados.

―Sim, é verdade.

Ficamos em silencio e ele ainda me abraça afetuosamente. Estou dividida entre me afastar e continuar sentindo o seu corpo.

―Algum dia me contará?

―Sim, algum dia eu contarei a você.

Sinto que é mentira, mas por algum motivo me basta.

Estou me transformando em uma péssima pessoa. Eu sei disso.

Separo as suas mãos, saio de seu abraço e me viro para encará-lo.

―Isso é uma promessa, não é?

E então ele sorri, enquanto confirma. Não tem como negar o quanto o seu sorriso me fascina.

―Natasha – a voz de Banner soa baixa, quase intima – Barton precisa se arrepender de tê-la deixado, certo? – confirmo com um aceno de cabeça – Então isso irá ajudar – ele fala antes de tocar em meu rosto gentilmente. Seus olhos fixam-se nos meus. Sinto a sua respiração a medida que se aproxima de mim, e enfim ele me beija. Um beijo ardente e cálido.

Suas mãos envolvem o meu corpo de forma inebriante. A cada momento em que o beijo se aprofunda, o aperto mais contra mim.

Nossas respirações estão ofegantes quando ele se afasta ainda com o rosto próximo ao meu.

―Barton está atrás de você. A poucos metros.

Permaneço parada. Ligeiramente perplexa hesitante no que deveria fazer.

Ele me beijou apenas pelo Clint.

Saber disso não me deixa feliz. Me sinto frustrada e perdedora.

―Ah! Claro – é a única coisa que consigo dizer antes de me virar e encarar Clint – É a primeira vez que lhe vejo no trabalho a essa hora.

―Eu tinha algo a fazer – a sua voz contem um tom de vergonha.

―Bom trabalho – seguro na mão de Banner e o levo para longe.

Sinto o calor de sua mão contra a minha pele.

Como seria acordar ao seu lado?

Droga! Preciso parar de pensar nisso.


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Notas finais do capítulo

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