Condutores Renegados escrita por Rafisk


Capítulo 2
Primeira luta


Notas iniciais do capítulo

Bem, está ai o segundo capítulo, um pouquinho de ação e menos drama, fiquem ligados que o próximo capítulo que vou soltar será bem interessante, boa leitura.



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Os dois se posicionavam em cima de uma área demarcada por uma linha de giz, um de frente para o outro com dois metros de distância, Ross então derreteu o colar que estava usando, estava escondido por baixo da camisa, era um colar de metal com o símbolo de uma caveira de águia com asas atrás, tal como havia na sua jaqueta, Ross pegou o metal derretido usando o magnetismo das suas habilidades de condutor de metal e deixou-o sobrevoando sobre a sua mão, como se fosse uma grande gota de água numa garrafa cheia de óleo.

– Olha Ross, é minha primeira luta – o garoto de cabelos dourados falou enquanto se alongava.

– E isso é problema meu? – Ross soltou um olhar intimidante sob o seu adversário, começou a moldar uma adaga em miniatura a partir do metal derretido.

Lucky percebeu aquilo e começou a pensar em como poderia usar aquele metal para derrota-lo, então começou a carregar esferas de eletricidade em suas mãos, ele sabia que a adaga de metal poderia conduzir a eletricidade dele para poder eletrocutar Ross com apenas uma pequena descarga elétrica.

– Não fique tão arrogante, seu merdinha, tu nem sabe do que sou capaz ainda.

– Não sei mesmo, mas vendo essa tua cara de viado, é provavelmente pior do que espero – terminou de moldar sua pequena adaga, que parecia mais um canivete com a funcionalidade de uma faca de manteiga.

– Pronto?

– Quando tu quiser, mariquinha.

Lucky então lançou uma esfera de eletricidade na mão do Ross que estava segurando a adaga, esperou que ele caísse torrado no chão, porém uma gargalhada vinda do mesmo quebrou suas expectativas.

– Eu sabia que tu ia tentar isso.

– Ahn? Como tu está parado de pé ainda?

– Tu dormiu nas aulas de física? Essa adaga é de grafite, um dos metais com a menor condutividade elétrica de todos, eu senti só um pequeno formigamento na mã...

Lucky se aproveitando da distração dele, apontou a mão para ele e começou a disparar raios, Ross foi atingido por alguns, que lhe machucaram consideravelmente, então Ross puxou o seu capuz e mudou de forma, entrou na tal forma vampírica que havia citado, ficou com os dentes afiados, olhos vermelhos e seu braço virou uma grande e assustadora lâmina vermelha, bem afiada por sinal, então com velocidade e força sobrenaturais, foi correndo na direção de Lucky, desviando dos raios que eles disparava, chegou perto do seu adversário que agora tentava se afastar, então Ross jogou a minúscula adaga de grafite na coxa de Lucky, fazendo-o cair no chão.

– CARALHO! – exclamou Lucky caído no chão, com sangue escorrendo de sua coxa, escorrendo por sua calça jeans até chegar ao chão.

Ross não deixou o garoto nem ter chance de tentar levantar, vendo seu adversário caído, foi até ele e lhe acertou um soco em seu nariz, se sentou na barriga do garoto e começou a lhe dar uma sequência de murros na cara, a luta estava interessante, o que fez diversos outros condutores formarem um círculo em volta deles para assistir a briga, Lucky então ficou carregando uma grande carga de eletricidade, deixando seus olhos cada vez mais azuis do que já eram, adquirindo um brilho azul celeste, levantou os braços, tapando seu rosto para se defender dos socos brutais que estava levando, então raios começaram a cercar o corpo do garoto e foram indo para seus braços, então Lucky soltou a descarga elétrica, criando uma explosão de eletricidade em sua volta, arremessando Ross para longe, que acabou caindo por cima da Elisa e sem o capuz que havia caído, ignorou o fato de estar sem o capuz, revelando as cicatrizes que haviam em seu rosto naquela forma.

Ross começou a manipular a adaga com seu magnetismo, começou a fazer ela girar na perna de Lucky, arrancando alguns gemidos do garoto, que agora estava tentando puxar a adaga pra fora de sua coxa, quando conseguiu, arremessou-a em direção ao rosto de Ross, o mesmo conseguiu parar a adaga no ar, diante de seus olhos, Ross pegou-a com a sua mão que não estava transformada em uma lâmina, a mão esquerda, arremessou a adaga na direção da cabeça do Lucky, o mesmo fechou os olhos e se encolheu, então quando abriu os olhos novamente, a faca estava parada diante de seus olhos graças a Ross, que deu um sorriso fora de hora, que chegou até a ser maligno, então derreteu a faca e transformou ela de volta do medalhão de seu colar, pegou o medalhão e colocou no colar, escondido por baixo da camisa.

– Porra véi... Acho que a luta acabou pra mim... – assim derrotado, teve que usar bastante força para conseguir falar, pois ainda sentia a dor de sua coxa, que agora havia deixando uma poça de sangue de baixo de sua perna direita.

– Você foi bem, acho que a luta acabou pra nós dois... – então Ross caiu no chão, voltando a sua forma “normal” que revelava as queimaduras que levou graças aos raios do Lucky.

Duas horas após a luta

Lucky estava acordando, percebeu estar em uma cama, sua visão estava péssima, enxergava apenas as silhuetas e o resto borrado, conseguiu identificar que havia três pessoas na sua frente, então esfregou os olhos e conseguiu ver duas garotas, usando roupas de enfermeiras e do lado delas, sentado ao pé da cama estava o Ross, com um imensa faixa em volta de suas costas e de seu peito, também estava com um curativo no antebraço esquerdo, fora isso, parecia estar muito bem, ver Ross naquela hora não alegrava Lucky nem um pouquinho.

– Garotas, podem nos deixar a sós um pouquinho? – as duas enfermeiras então sem ter como retrucar, apenas saíram e fecharam a porta – Só avisando que a gata da direita é minha, fechou?

– Cara, tu enfiou uma faca na minha perna, porra... Tu não acha que extrapolou um pouco?

– Essas garotas não tem idade pra ser médicas ou enfermeiras, mas elas tem motivos pra estar aqui, elas são condutoras de cura, deve saber que o buraco na sua perna já foi fechado, né?

Lucky puxou os lençóis, puxou sua calça e viu que havia apenas uma pequena marca onde a faca havia lhe ferido, parecia estar bem, pressionou e apenas sentiu o músculo meio dolorido.

– Isso não muda que tu tentou passou dos limites, tu fudeu com a minha perna.

– Pois eu sabia que iam poder cura-la, ao contrário de ti, que me queimou sem ter qualquer conhecimento das gostosas que curam... – então ficou um grande silêncio entre os dois, Ross realmente havia pegado pesado com o principiante, porém Lucky realmente havia tentado derrotar Ross custe o que custasse.

– Então “cachinhos dourados”, já escolheu qual vai querer? Tu tem quantos anos?

– Quinze.

– Tenho quinze também, só avisando que a ruiva é minha, fica com a morena, ela também é gostosa.

– Mano, que porra foi aquela que aconteceu contigo na luta? Tu parecia um demônio.

– Eu te avisei daquelas habilidades, ah, e por falar nisso, a Lisa deve estar meio cagada comigo, ela não tinha me visto naquela forma ainda sem o capuz.

– Ah é, por que aquela forma tinha cicatrizes?

– Todas as cicatrizes que eu ganho naquela forma, ficam naquela forma, cicatrizes de cortes, queimaduras não, se não eu não estaria usando curativos agora – Ross soltou um suspiro – Bom, tu lutou bem pra caralho, pra um principiante.

– Valeu, e por acaso tu e a Elisa namoram?

– Já te falei, ela é areia de mais pro teu caminhão, melhor ficar longe, aliás, ela já é minha.

– Ata... Então pode atender ela?

– Ela tá atrás de mim, não é?

– Ela tá na porta – ouvir isso foi um alívio para Ross, que sabia que a porta não deixava som escapar, Ross levantou e abriu a porta para a Elisa, que abraçou-o, assim tirando qualquer esperança que Lucky tinha de poder ficar com ela.

– Como vocês dois estão? – perguntou ela com uma voz calma e doce, ela vestia uma regata branca com um short de jeans “esfarrapado”.

– Estamos bem, o Lucky só tá com preguiça de levantar, pelo visto.

– Cala a boca.

– Só tô zoando – brincou Ross, que estava tentando mexer com o garoto, Ross então sentou ao pé da cama e puxou Elisa para o seu lado, que se sentou abraçada com ele, Lucky acabou tendo que ver aquela cena.

– Ross, o garoto luta bem...

– Tu não tá pensando em...

– Podemos tentar.

– Nem fudendo, ele é metido a humano.

– Eu sei que ele é novo nessa guerra, ainda pode mudar.

Lucky fica olhando pra eles, se sentindo desprezado por sua presença ali estar sendo ignorada e por estar boiando no assunto que se trata sobre ele, então começa a encarar Ross com uma cara de “que porra é essa?”, Ross solta um suspiro ao receber a resposta da Elisa e olha para Lucky como se ele fosse apenas uma criança insignificante.

– Lucky, toparia fazer a missão “Limpeza de Nova Jersey” conosco? Podemos te treinar...

– Calma, não tô entendo nada, pra que querem me chamar? – Lisa se mete no meio do assunto para responder a pergunta.

– Lucky, acho que é esse seu nome. Tu poderia completar uma missão conosco, iremos para Nova Jersey fazer reconhecimento da área, tentaremos salvar outros condutores que estejam em apuros, e dependendo do seu desempenho, pode se juntar ao nosso grupo.

– Grupo?

– É, condutores daqui costumam formar grupos para receberem missões e completa-las em equipe...

– Preferia quando o meu grupo era somente eu... – resmungou Ross.

– Eu não sei se aceito... – se apoia um pouco pra trás com os braços e fica olhando pro teto, solta um suspiro e para a decepção de Ross, diz – Acho que não tenho nada pra perder com isso, eu topo.


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Notas finais do capítulo

Esse foi meu segundo capítulo, ficou até que pequeno, prometo que o próximo irá ser maior, deixem ai seus comentários pra me ajudar, beleza seus lindos? Até a próxima.