Long Live escrita por Uma FicWriter, Lari_Stewart


Capítulo 1
Prólogo




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Prólogo

Setembro de 2011

A mulher loira e de corpo curvilíneo terminava de fechar a última mala. Trajava um sobretudo, pois o clima já começava a mudar em Nova York, o Outono se fazia presente e logo mais o inverno surgiria. Christine nunca gostou de lugares frios, mas com Tony ela não poderia esperar outra coisa. E pensar que ela se casou por que estava grávida e somente isso. Nunca amou o bilionário. Claro, era magnífico ter uma vida de rainha, mas não se sentia feliz, não gostava da vida que levava, não tinha instinto maternal, além do mais seu filho não gostava dela. Tudo seria tão mais fácil se Damien fosse menina...

Enquanto Tony Stark era um pai devoto e presente, ela era uma mãe descuidada e ausente. Suspirou. Pôs sua mala no chão as suíte máster e rumou para o elevador do andar. Morar na Torre Stark devia ser o sonho de qualquer mulher e ela teve isso, porém agora nada mais importava, ela queria liberdade e somente isso. Há um mês tinha pedido o divórcio e há uma semana não carregava mais o Stark no nome.

Ela não pediu nada para Tony. Não precisava. Só queria liberdade.

A mulher não quis o filho e nem se despediu dele, por isso estava sozinha agora no apartamento imenso. Tinha pedido a uma das empregadas que levasse o pequeno para passear para que ela pudesse sair. Ainda que o filho não fosse apegado à ela, talvez choraria e ela não queria ver isso.

Foi em busca da liberdade que pegou outro elevador a fim de sair da Torre.

Foi em busca de liberdade que se separou de Tony Stark.

Foi em busca de liberdade que ela pegou aquele avião.

Agora, ela estava liberta, pra sempre, deste mundo.

***

Fevereiro de 2012

O mês mais curto do ano parecia ser tão longo como os outros, ou até mais.

O homem tinha o cabelo loiro escuro todo bagunçado, os olhos claros com bolsas abaixo e a barba que ele não cultivava, começava a crescer. Não era pra menos. Ele estava sendo pai. E isso incluía ficar acordado, - por que ele não conseguia pregar os olhos e deixar Lizzie sozinha -, incluía andar feito um mulambo pra sair de casa, mas sua princesinha tinha que estar impecável, incluía tudo o que um pai e uma mãe tinham que fazer, porém ele fazia sozinho.

Clint não gostava em de pensar o nome da mulher. Como ele pode se apaixonar um dia por um ser tão cruel? Quem abandona uma criança recém nascida e foge do Hospital sem nem dar explicações?

Fora isso mesmo que aconteceu! Num minuto ele tinha saído pra pegar um café e quando voltara somente sua filha estava no quarto. Ele procurou por todo o local, como era delegado, chamou seus homens para que o fizessem também, até encontrar um bilhete no berço da filha...

Ela tinha ido embora.

“... eu nunca te amei verdadeiramente e nunca vou amar essa criança...”

Lembrando disso Clint se permitiu chorar. Sentado no sofá com sua pequena florzinha no colo ele chorou como ela o fazia quando estava com fome. Abafava os soluços em sua própria camisa com medo de acordar a filha e enxugava as lágrimas também.

Nunca fora um cara benevolente, temendo a ira dos céus, mas se existisse um Deus, por que ele era tão injusto?

Mesmo tendo tudo que o dinheiro poderia comprar, ele se sentia com nada... mas, quando ouviu a filha reclamar em seu colo, ele percebeu que tudo o que importava estava bem ali em seus braços.

***

Janeiro de 2015

O hospital estava vazio. Também pudera, era bem cedo. Madrugada, na verdade. Além do mais, era o terceiro dia do ano, a maioria das pessoas ainda comemorava o Reveillon.

De certa forma ele também comemorava. Seu filho tinha nascido. O pequeno James era uma cópia fiel sua, a cor da pele, os cabelos loiros... era uma pena ele ter que ficar na incubadora algum tempo, havia nascido prematuro.

Isso o fazia lembrar-se que sua namorada estava na sala de parto ainda. Lutando pela vida. No quarto mês Natasha havia desenvolvido pré-eclampsia e com isso teve que tomar alguns cuidados, mas teimosa como era... Steve não gostava nem de lembrar como a tinha encontrado no banheiro e com sangue pelas pernas...

Passou as mãos pelos cabelos e respirou fundo. O cheiro de éter mais a angustia estavam dando-lhe ânsia de vômito. Fechou os olhos, mas não por muito tempo, logo ouviu o barulho da porta do centro cirúrgico. Levantou-se e encarou o médico.

Não foi preciso palavras.

A expressão do senhor dizia tudo...

“Não foi possível salvá-la Sr... Fizemos tudo... sinto muito por sua perda...”

Mas, de que adiantava sentir? Não importava mais, por que ele nunca mais iria tela em seus braços...


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Notas finais do capítulo

Hey Judeeeee (8) okay povos e povas, e ai o que acharam? Comentem!