Bellarke - The Wedding escrita por Commander


Capítulo 7
Two Months and a Hangover.


Notas iniciais do capítulo

(Two Months = Dois meses e uma ressaca :3)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/628531/chapter/7

Clarke

Se Lexa, por algum acaso, tivesse visão de laser, Clarke sentia que seria transformada em cinzas.

Elas nem se encontraram ainda, mas a loira já pensava no que ia falar para explicar. Lexa não fazia o tipo “namorada ciumenta”, não sempre, mas dessa vez ela fez a pior merda que poderia ter feito.

Elas estavam se preparando para aquele jantar e tudo que viria depois disso desde antes da viajem, e, de repente, Clarke larga ela e todos os outros para ir atrás do amigo, numa floresta, em plena noite? Péssima jogada.

Então, o carro de Lexa cruzou a estrada lentamente e parou na frente dela. Clarke entrou no carro e se sentou no banco da frente, desconfortável. A morena acelerou o carro e entrou no retorno da rodovia, que, provavelmente, daria no tal hotel.

A loira estava esperando uma discussão, mas Lexa não disse nada. Ela parecia extremamente calma e mantinha os olhos fixos na estrada.

— Hã... Eu sei que eu não devia ter saído antes do jantar, mas eu precisava explicar ao Bellamy o que estava acontecendo. Se quiser gritar comigo por isso, vá em frente.

— Tudo bem, Clarke. Eu não estou brava. Só que, antes de o jantar começar, Jaha começou a falar de novo sobre nós. – a morena sorriu, fazendo uma curva na outra rua. – Eu queria que você tivesse lá, quando eu tive que mandar seu tio se foder.

Clarke não conteve um sorriso, aliviada. Ela realmente não queria uma discussão com a noiva. Não agora que tudo estava indo consideravelmente bem, com sua mãe, Bellamy, e todos os outros.

Lexa mordeu o lábio inferior:

— Olha, eu tenho uma surpresa.

— Lexa, sabe que eu não gosto de surpresas. – ela riu, começando a pensar no que poderia ser. Clarke odiava o efeito que surpresas causavam nela, ela sempre ficava obsessiva em descobrir o que era. – Mas agora você tem que falar.

Ela esperou um tempo, até as duas pararem no semáforo. Lexa olhou para ela, de repente ficando séria.

— Eu mudei a data do casamento.

Clarke arregalou os olhos:

— Você o quê?! Adiou o casamento, por quê?

Por apenas um minto, Clarke imaginou que aquilo tivesse alguma coisa a ver com Bellamy. Ele e Lexa não se deram muito bem de primeira vista e trocaram algumas farpas, mas nada que fosse tão sério, não fazia sentido.

— Relaxa. Agora, faltam apenas dois meses! Eu pensei muito e quatro meses é muito tempo. E eu não quero esperar, Clarke. Quero fazer isso o mais rápido possível e começar logo minha vida com você. – ela sorriu, depois seu rosto ficou neutro novamente. – A menos que seja um problema para você, é claro.

— Não. – ela balançou a cabeça. – Isso é incrível! É só que... Que me pegou desprevenida, só isso.

.

Octavia

Octavia acordou com a pior dor de cabeça da sua vida. Ou da vida de bêbada, pelo menos.

Ela estava completamente louca ou Lincoln estava deitado no sofá, ao seu lado? O que? A morena abriu e fechou olhos várias vezes, até ter certeza que ele estava ali realmente. E, sim, ele estava. Octavia olhou para si mesma e, assim que percebeu que ambos estavam com roupas, ficou mais aliviada.

Então, finalmente, viu que não estava em casa. Era um quarto muito maior, como um quarto de hotel. As luzes estavam apagadas e as cortinas fechadas, algo que Octavia apreciou.

— Achei que nunca fosse acordar. – Lincoln disse, se endireitando para olhar para ela.

Ela esfregou as têmporas:

— Eu também achei. – ela se sentou, mas isso só a deixou mais tonta. – Só por curiosidade, o que houve ontem? Por que você está na minha casa e o mais importante, no meu sofá? E eu fiz alguma coisa ilegal?

Ele deu de ombros:

— Se você considera ilegal dizer que ama uma vassoura e dançar com ela depois... É, acho que sim.

— Ah, isso não é tão ruim. Podia ser pior, não é? – ela suspirou, rindo. Lincoln parecia querer ver sua reação para alguma coisa, então Octavia perguntou. – Foi realmente só isso ou aconteceu mais alguma coisa?

— Bem, você também tentou me beijar. Mas, relaxa, eu te impedi antes que acontecesse. – ele falou, sorrindo, e Octavia bateu na própria testa. Lincoln se levantou, parecendo achar graça de tudo. – Quando você me beijar, vai ser por que você quer.

Então, ele simplesmente abriu a porta e foi embora, deixando a Blake com um pequeno sorriso no rosto.

.

Raven

Raven tinha que continuar contando do um ao três, enquanto aturava as piores clientes que uma lanchonete poderia ter. Era segunda, e isso já era ruim, ela estava trabalhando, o que era pior, e tinha que aturar garotas chatas e birrentas, sem poder dar um soco na cara delas.

— O que tem no cardápio, sem açúcar e sem gordura? – a loira na frente dela perguntou. Ela tinha tantas plásticas que, se a colocassem numa feira de reciclagem, uma garrafa sairia de lá em seu lugar.

Raven respirou fundo:

— Água. Qual é sua preferência? Temos água da pia e do sanitário.

A loira se afastou, indignada.

Ela realmente não queria ser grossa, nem nada do tipo. Mas nenhuma pessoa consciente vai numa lanchonete de fast-food e pede alguma coisa sem gordura.

Ok, isso era só uma desculpa. Não era só isso que passava pela cabeça da morena naquele momento.

Bellamy cruzou com ela no corredor do apartamento hoje pela manhã e simplesmente passou direito, como se ela tivesse culpa do que houve ontem. Tudo bem que ela o encheu de esperanças, tudo bem que ela disse que Clarke estava solteira quando não estava, mas não era culpa dela.

E Wick? Eles não se viam há um ano e até agora ele não mandou nenhuma mensagem, nenhum sinal de que ainda estava vivo, e isso, de maneira completamente direta, estava deixando-a maluca.

— Raven, está liberada. – um dos gerentes, Garet, apareceu na cozinha e gritou para ela.

Liberdade!

Ela mal podia esperar para voltar para casa e continuar trabalhando no motor da sua moto. Na verdade, a única coisa que ela queria dedicar seu tempo era à mecânica. Ela gostava de fazer coisas, desmontar e montar objetos, fazer alguns funcionarem e cortar cabos de outros... E agora estava trabalhando numa lanchonete.

A morena afastou os pensamentos da cabeça e se dirigiu até a porta de saída.

(X)

Assim que Raven desligou o chuveiro, reparou que havia esquecido a toalha em cima da cama. Claro, porque o dia já estava ótimo mesmo...

— Octavia? – ela gritou, só para depois perceber que Octavia não estava em casa. – Ótimo. Bellamy, você está aí?

A porta se abriu, a toalha foi jogada para dentro, e se fechou novamente. Cada parte do corpo de Raven se arrepiou. Não tinha ninguém ali, Bellamy estava no trabalho. Quem abriu a porta? Ela balançou a cabeça, provavelmente estava ficando maluca e a toalha sempre esteve ali.

Ela enrolou a toalha sobre o corpo e saiu do banheiro, cautelosa.

Assim que chegou ao quarto, arregalou os olhos. Um homem estava de costas para ela, olhando alguns retratos na estante. Ele tinha os cabelos castanhos, mantinha uma postura desleixada, vestia uma camisa azul e jeans. Sabia exatamente quem era.

— Wick.

Ele se virou exatamente, sorrindo:

— Hey, Raven!

Wick pareceu querer abraçá-la, mas percebeu que ela ainda estava de toalha. Raven bufou:

— Você é um idiota! Passou quase um ano sem me dar notícias e sem me ver. E, de repente, chega aqui com um "Hey, Raven!" e uma toalha?! Por que voltou para Sky

— Que belo jeito de se dar boas-vindas para alguém. - ele revirou os olhos. - Eu voltei por que queria ver a mecânica mais incrível da cidade. Desculpa por não ligar, é que eu queria fazer uma surpresa. Da próxima vez você podia ser mais delicada, não é?

Ela o abraçou, forte, tendo certeza que a toalha estava bem presa ao corpo. Eles ficaram abraçados por um longo tempo até ela se afastar, sorrindo:

— Está perdoado, dessa vez. Mas só pelo "mecânica mais incrível".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bellarke - The Wedding" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.