O Olimpo estava lotado.

Todos os agora 13 olimpianos reunidos em um só lugar.

Mas ainda assim Ares foi o único que notou.

O tópico do dia era a inclusão dos deuses menores no resto do Olimpo.

Ele se sentava na ponta, longe de seus irmãos, como um parente esquecido que chegou de última hora no jantar em família.

Seu trono era negro, assim como tudo em torno do deus. Era tão magnifico quanto o do próprio Zeus, ambos pareciam duas forças opostas. Só havia um nível de separação antes que essas forças colidissem.

E Poseidon estava fazendo um trabalho medíocre.

Ares pode ouvir seus tios e irmãos usarem Hades como exemplo.

Ninguém mais notou. Como notariam? A comodidade em relação a personalidade do deus dos Mortos já havia atingido o Olimpo a muito tempo.

Ele foi o único viu a máscara de mármore que o deus orgulhosamente usava no dia. Pena que tal máscara não cobria seus olhos. Pelo menos não completamente.

Seu tio era o senhor supremo das vestes negras por cima das emoções. O deus sempre aparentava frieza e rancor, nunca ninguém poderia imaginar, olhando-o, que talvez, íons atrás, Hades teria dado um resquício de sorriso.

Estavam todos errados.

Hades sorria, Perséfone o fazia sorrir. Não é porque quase ninguém o vê, que signifique que algo não exista.

Ares sempre teve seu tio favorito, isso nunca foi segredo para ninguém. Tudo porque ambos sempre foram muito parecidos.

Não eram admirados, não eram invejados, amados ou incompreendidos.

Eram simplesmente odiados.

Afinal, quem amaria a guerra, sendo que ela trazia a morte?

Quem amaria a morte, sabendo que ela era uma consequência devastadora da guerra?

Durante todo o tempo que passou no inferno, buscando refúgio da família olimpiana, Ares aprendeu muitas coisas com o Rei do Submundo.

Talvez a principal delas seja que a raiva mascara sentimentos tão bem quanto a frieza.