I Don't Love You escrita por bluekryp


Capítulo 1
Lies, betrayals and deaths


Notas iniciais do capítulo

Então, como já disse ali nas notas da fic, os personagens principais são Major Zod e Tess Mercer, os outros são todos secundários.Espero que gostem :)



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Lutessa Lena Luthor. Qual é o seu problema? Você não devia ter sentimentos por Zod. Ele nem é do seu planeta.

Tess estava com a cabeça a mil. Ja era a terceira vez que ela dormira com Zod... na mesma semana. Seu corpo estava todo dolorido e com hematomas por todo lugar, no rosto, nos braços, nas pernas.

Eles se viam como inimigos - o que realmente eram -, mas ela tinha seus métodos de fazer as pazes com Zod depois de toda a briga e pancadaria, o mais funcional era na cama. Ela o odiava por tudo o que ele havia feito desde quando chegara - ou invadira - a sua mansão. Mas também, ela sentia que ele podia tê-la conquistado. Talvez na cama. Parece que em outros planetas eles também conhecem o Kama Sutra.

Ela se virou para Zod e se apoiou no cotovelo para observá-lo. Para um alienígena, até que ele tinha um corpo bem admirável. Ela tocou a corrente com o símbolo da família kryptoniana de Zod e depois olhou seu rosto. Tão desprezível.

Tess se perguntou por que não o havia matado ainda. Ele não tinha poderes, era um mero mortal, assim como ela. Então o que a impedia? Sentimentos? Talvez. Mas ela nunca havia pensando nisso antes. Nunca deixou seus sentimentos atrapalhar em nada. Por que agora? Por que deixar seus sentimentos por um homem que a odeia e a deixa cheia de hematomas atrapalharem alguma coisa? Por que TER sentimentos por esse homem? Tanta confusão.

###

Quando Zod acordou, Tess ja não estava mais na cama. Ele se levantou e se olhou no espelho. Um corte no lado esquerdo do rosto e outro no abdômen e mais algumas marcas roxas pelo corpo. Suas brigas com Tess eram frequentes, mas não era ele quem saia mais machucado, apenas um corte aqui e outro ali, as vezes alguns roxos no rosto. Ele achava Tess uma mulher incrível, porém detestável. A seu ver, todos os humanos eram detestáveis, mas ele não tinha mais os Kandorianos a sua disposição, então só lhe restava Tess.

(...)

– Como passou a noite? – perguntou Zod adentrando a sala de estar da mansão

Tess estava de costas para ele, checando documentos e não se deu o trabalho de responder. Ela se arrepiou ao sentir a barba por fazer de Zod roçar seu pescoço.

– Você não pode me ignorar. Sabe disso.

– Ah não? Então olha só isso – disse e se afastou dele, indo em direção à porta.

Zod segurou seu braço e a virou para ele.

– Por que está fugindo, Tess?

– Não estou fugindo. Ao contrario de você, tenho negócios para resolver.

– Não é o que parece – Ele levou a mão até seu braço esquerdo e foi subindo lentamente até o rosto dela, em seu lábio inferior havia um corte e um leve inchaço, em volta de seu olho esquerdo estava um roxo escuro. – Por que ainda é contra mim e tudo o que quero fazer? É para um mundo melhor.

– Não! É por um mundo onde você possa governar e destruir como fez com Krypton!

– Acha que eu quero isso? - ele usou seu melhor sorriso convincente e se aproximou dela – O que eu quero...

– É que todos se curvem perante General Zod – interrompeu – Já sei.

Ele estava perto o suficiente para que Tess sentisse o perfume caro dele. Ela se sentiu tonta, mas antes que se afastasse, Zod sussurrou algumas palavras que ela não entendeu e a beijou. E lá estava ela; se sentindo segura nos braços daquele que ela mais odiava no mundo. Seus beijos sempre eram longos e quentes. Esse não foi diferente. Quando deu por si, Tess já estava quase nua, deitada na grande mesa de vidro, sobre todos os papéis que estavam lá, em seguida, Zod arrancou o resto de suas roupas.

– Você poderia ser minha mulher. Poderíamos governar a Terra juntos.

– Eu. Te. Odeio.

Ambos sorriram e se entregaram ao prazer.

###

Mesmo com todos os momentos que tinha com Tess, era obvio que Zod não confiava nela. Humanos não lhe passavam muita confiança. Dizer que ele estava tentando ter os poderes de Kal-El não era algo para ser compartilhado com ela.

Depois de meses tentando descobrir um jeito de ter seus poderes, ele finalmente descobriu algo que poderia dar certo. O problema era que ele teria que morrer para que funcionasse. Não era lá boa coisa, mas era a única forma de ter seu exército Kandoriano de volta e com isso, conquistar e governar a Terra.

###

Zod saiu de casa depois de Tess para evitar perguntas e uma provável perseguição.

Seu plano era simples: Zod pagara alguém para sequestrar Lois Lane. Depois disso, ele "seguiria" o tal sequestrador e tentaria salvar Lane, o que resultaria em sua morte. Kal-El se encarregaria do resto. Zod esperava que sim.

Às nove da manhã ele já estava na cafeteria em frente o Planeta Diário. Lois estava na esquina do outro lado da rua, a alguns metros do Jornal quando um homem se aproximou, puxando-a pelo braço para o beco. O plano não era empurrá-la para o beco e sim levá-la para um lugar menos público. Zod se levantou e foi até onde os dois estavam e quando chegou perto o bastante para enxergar direito, viu que o homem estava com o nariz sangrando - ele sabia que Lois era durona e sabia se cuidar, por isso escolhera ela -, quando olhou para Lois, ela estava no chão, com uma poça de sangue a sua volta. Isso não era parte do plano. E então ele percebeu que era um assalto e que era de verdade.

– Ei - Zod gritou e foi na direção do homem - Deixe-a.

O bandido apontou a arma para Lois e olhou para Zod.

– Dê mais um passo e eu atiro.

– Deixe-a - repetiu - Você já tem o que quer.

Zod deu dois passos curtos e se arrependeu. Seu plano nunca fora machucar Lois realmente. Ela era uma boa pessoa, não que ele se importasse. Mas lhe doeu quando viu a bala entrando em seu pescoço e ela caindo na poça de sangue. Zod ficou sem reação. Lois estava morta e era sua culpa. Ele deveria mesmo se sentir culpado? Argh, claro que não... Nem fora culpa dele. Ele deu outro passo e viu a arma ser apontada para ele. Deveria continuar com o plano?

Quando deu outro passo, sentiu algo perfurar seu estômago. Ele levara um tiro e já havia caído no chão quando viu o bandido ser jogado contra a parede. Kal-El

...

– Não, não, não. Lois!

Clark gritava abraçado ao corpo de Lois. Por quê? Por que isso tinha que acontecer com ela? Parecia uma maldição; perder todos que amava, seu pai, Alicia, Lana e agora Lois.

Ainda abraçado ao corpo de Lois, ele ouviu algo. Um coração que batia fraco, quase parando. Não era o de Lois, o dela já havia parado há muito tempo. Era o de Zod. Ele ainda estava vivo, mas por pouco.

Clark não sentia simpatia por Zod, mas não era justo deixar que ele morresse ali por nada.

Ele repousou o corpo mole de Lois no chão com cuidado, como se ela fosse acordar reclamando com ele por ser tão bruto, e foi até o corpo de Zod. Havia cacos de vidro por toda parte, Clark pegou um e fez um pequeno corte em sua própria mão, deixando o sangue pingar sobre a ferida de Zod. Não demorou até a ferida se fechar e seu coração voltar ao normal.

Ele poderia fazer o mesmo com Lois... Se ela fosse Kryptoniana. Não lhe restava muita coisa. Na verdade, não lhe restava mais nada.

...

Zod acordou pouco depois de Clark levar o corpo de Lois embora. Ele não sabia se deveria se sentir mal pela Lois ou bem por estar vivo e... Com seus poderes. Pessoas morrem o tempo todo.

– Agora sei por que Kal-El nunca quis abrir mão de seus poderes para viver como um humano qualquer - murmurou para si mesmo. - Isso é incrível!

Agora que tinha seus poderes, ele só precisava mostrá-los aos Kandorianos para ter seu exército de volta.

###

Tess estava se sentindo completamente desnorteada. Sua cabeça estava uma bagunça. Transar com Zod não estava lhe trazendo o efeito que ela esperava. Relaxar. Era tudo o que ela queria. Sexo era para isso, não era? Mas ela estava quase tendo alucinações. Droga! Ele é realmente muito bom.

– Tess - Clark entrou na sala aos gritos

Ela se levantou

– O que foi?

– Lois...

– Não sei onde ela está. A namorada é sua.

– Ela está morta!

– O que?

– Acho que Zod tem alguma coisa a ver com o que aconteceu. Ela levou um tiro.

– Por favor, me diz que ele também está morto. Dê-me ao menos uma boa notícia.

– Eu o salvei.

– O que? Por quê?

– Não me pareceu certo deixá-lo morrer.

– Por favor, Clark! Era a coisa mais certa que você poderia ter feito em toda a sua vida.

– Tess...

– Como... Como o salvou?

– Meu sangue.

Ela foi atingida por um turbilhão... E se isso causasse algum efeito colateral em Zod? Não. Isso não poderia acontecer. Ele era kryptoniano. Seu corpo era diferente dos humanos...

Essa informação bagunçou ainda mais a cabeça de Tess.

Ela caminhou até Clark e o abraçou.

– Sinto muito pela Lois.

Clark a abraçou também e então começou a chorar. Ela queria dizer alguma coisa para fazê-lo se sentir melhor, mas o que? Tudo o que ele fazia era salvar vidas e era retribuído com mortes daqueles que amava.

– Chloe já sabe? - Tess perguntou após alguns minutos.

Ele assentiu devagar e uma lágrima sua pingou no rosto de Tess. Ela não se preocupou em enxugá-la.

– Ela e Oliver estão... Preparando as coisas... Você sabe...

Agora foi a vez de Tess assentir. Eles se afastaram e Clark sentou-se no sofá, apoiando a cabeça nas mãos, cobrindo os olhos em uma tentativa inútil de parar as lágrimas. Tess afagou seu cabelo.

– O que vamos fazer com Zod? - ela perguntou baixo, mais para si mesma.

– Eu cuido dele.

Tess sabia que por mais durão que Zod fosse, de certa forma ele era vulnerável à ela.

– Não! Deixe que eu cuido dele.

Clark olhou para ela quase que com um olhar de reprovação.

– Não faça nada de estúpido, Tess. Mesmo sem os poderes, você já viu do que ele é capaz.

– Até parece que você não me conhece e não sabe do que eu sou capaz!

###

Quando Zod chegou à mansão, a primeira coisa que fez foi procurar por Tess. Precisava ter certeza de que ela não sabia nem suspeitava de nada. Quando finalmente viu que ela não estava em casa, não soube dizer a si mesmo se era bom ou ruim. Provavelmente ela já soubera da morte de Lois. As notícias voam.

Zod olhou no espelho e viu o quão deplorável estava. Precisava de um banho com urgência. Todo aquele sangue estava lhe dando enjoo... Não que ele sentisse isso, mas ele não era muito fã da cor vermelha.

Assim que pisou no banheiro, ele se despiu e ligou o chuveiro. Um banho de banheira seria ótimo, mas não havia muito tempo... Ele tinha um exército para reunir.

Enquanto sentia a água quente relaxar seus músculos que nunca mais ficariam tensos novamente e sua pele totalmente impenetrável, ouviu alguns passos no quarto e então Tess entrou no banheiro.

– Onde esteve? - perguntou encostada na soleira da porta

– Por ai... Tentando salvar vidas.

– Fiquei sabendo o que houve com a Lois.

– Eu gostava dela - falou Zod enquanto tirava o xampu dos cabelos.

– É. Você quase sente muito, não é mesmo? Clark me disse que você estava no beco também e que levou um tiro.

Ela se aproximou e abriu a cortina que a separava de Zod. Seus olhos percorreram seu peito e abdômen procurando por alguma marca. Não havia nenhuma.

– Não tem marcas - sussurrou mais para si e tocou o lugar onde Clark dissera que ele fora atingido.

– Estranho, não é?

A voz dura de Zod encheu seus ouvidos e pareceu que algo havia se estilhaçado dentro dela.

– Talvez... - olhou nos olhos dele - talvez não.

– Não acreditaria se eu dissesse que foi um milagre de Deus, acreditaria?

– Você nem acredita em Deus, Zod.

– Você nunca vai acreditar em mim, não é Tess?

– Por acaso você já me deu algum motivo para eu fazer isso?

Zod sorriu e Tess se aproximou mais dele, a água do chuveiro agora caindo sobre os dois.

– Eu sei o que aconteceu com você - sussurrou.

###

Tess vigiava Zod todos os dias. Depois de uma semana, suas atitudes começaram a parecer suspeitas; Zod não voltava para casa, andava com os Kandorianos que o odiavam. Algo estava errado.

– O que aconteceu? – Clark perguntou ao entrar no escritório de Tess.

– Zod. Ele está amiguinho dos Kandorianos. Acho que finalmente conseguiu o que queria. Seu sangue deve ter dado poderes a ele.

– Imaginei que isso aconteceria. Esperava que não.

– O que vamos fazer?

– Precisamos de um plano. Vou falar com Chloe e Oliver.

– Me avisem quando decidirem o que fazer.


###

Tess estava sentada no sofá com uma taça de vinho na mão esquerda e uma arma do lado direito quando Zod entrou na sala.

– Por onde esteve?

– Por ai.

– Estava preocupada.

– Não estava. Conheço você, Tess.

– Certo, não estava.

Zod sorriu e se aproximou dela, beijando sua testa. Tess pegou a arma que estava ao seu lado e apontou para ele. Não ficou surpresa com o sorriso sarcástico dele, assim como ele não ficou surpreso por ela estar lhe apontando uma arma.

– Atire – disse sorrindo com os braços abertos.

Tess não hesitou. Assim que puxou o gatilho, tudo pareceu mais lento, e ela viu perfeitamente quando ele segurou a bala em sua mão.

– Eu sabia – sussurrou mais para si.

– Claro que sabia. Você sabia que eu não desistiria.

– A morte da Lois foi planejada, não foi?

– Não exatamente. Eu não queria que ela morresse. Eu até possuía algum tipo de... Afeto por ela.

– Não, você não tinha. Zod só gosta do Zod.

– É a melhor parte.

– Para você, talvez.

– E o que vai fazer agora? Contar ao Clark? Vá. Não a impedirei – disse deixando o caminho livre.

– O que você está tramando?

– Se eu contar perde a graça.

– Eu quero ajudar.

Zod ficou calado.

– Sabe por que eu abri aquele Orbe? Eu ainda tenho esperanças de que vocês possam salvar a humanidade dela mesma. Olha só, Zod. Olha o que as pessoas fazem com este planeta. Já estamos mortos. Todos nós. Se vocês não fizerem o que tem de ser feito, quem irá?

– Deixe-me ver se entendi; você quer que nós, Kandorianos salvemos a terra?

– Nós dois sabemos que se isso não acontecer, este planeta terá o mesmo fim de Krypton. Todos sabem Zod. Até mesmo Clark.

– Dê-me um bom motivo para acreditar que você não está fazendo isso pelo Clark.

– Zod – respirou fundo – Eu apoio a sua causa, certo? O real motivo de você estar fazendo isso, não o fato de você gostar que encham seu ego, e quero ajudar como for possível.

– Certo – Zod concordou, mesmo ainda duvidando de seus motivos para querer ajudá-lo.

###

Clark, Chloe e Oliver estavam na Torre de Vigia quando Tess chegou.

– Já se decidiram? – perguntou sentando no sofá.

– O Livro de Rao.

– Livro de quem?

– Livro de Rao. Jor-El disse que pode ser usado para mandar os Kryptonianos para outra dimensão. Um lar.

– Você quer mandá-los para outra dimensão. Ok. E Zod?

– Eu posso cuidar dele. Uma vez que todos estiverem longe da Terra, poderemos resolver nossos problemas.

– Certo. E onde está esse Livro de Rao?

– Seguro. Não se preocupe com isso.

...

Zod estava sentado na cadeira de Tess em seu escritório quando ela chegou.

– O que você descobriu? – perguntou Zod.

– Clark vai usar o Livro de Rao para mandá-los para outra dimensão.

– Droga. Tinha me esquecido disso.

– Não se preocupe. Eu tenho um plano. Mas... Para isso, você terá que deixar todos os kryptonianos irem com Clark. Tirando Clark do caminho, a Terra será sua. Você será o Deus.

– Sinto-me atraído. Fale.

– Clark tem um plano. Ele juntará todos vocês em algum lugar, ainda vou descobrir onde, para que possa transportá-los para a outra dimensão. Aqui – Tess tirou um anel com uma pedra azul do bolso – É Kryptonita Azul. Tira seus poderes temporariamente. Você vai usá-lo enquanto Clark executa o plano dele. Sem poderes, você se torna um mero mortal, o que fará com que você permaneça na Terra. Assim que eles partirem, você terá o planeta só para você.

###

– Tess – Clark chamou.

Eles estavam na fazenda, todos eles. Repassavam o plano pela terceira vez.

– Aquele anel não pode sair do dedo dele – Clark alertou. – Se sair vai tudo por água abaixo.

– O anel já está com ele, Clark, vai funcionar não se preocupe. – Tess olhou pela janela e voltou a olhar para Clark – Sabe que se conseguir se aliar aos outros terá mais chances, não sabe?

– E se eu não conseguir? Eles são fieis a Zod. Sempre foram. Eles o deixaram por rebeldia, mas nunca o trairiam para valer.

– Tudo bem. Eu tenho que ir, nos falamos mais tarde.

Ela saiu da Fazenda e entrou no carro, dirigindo para longe dali. Ela ajudaria Clark, mas até certo ponto. Sabia que todos queriam ter o prazer de acabar com Zod, mas nesse quesito, seu egoísmo falava mais alto. Ela o mataria.

Tess chegou ao prédio alto pouco tempo depois; entrou e foi direto para o subsolo. Já tinha um plano. Abriu a porta do laboratório. Emil estava a sua espera.

– Do que precisa? – foi direto ao ponto.

– Quero que faça isto – deu-lhe um pedaço de uma pedra. Kryptonita Azul – Ser comestível. E preciso que seja rápido.

– Se importa se eu lhe perguntar o motivo?

– Sim. Ao trabalho. Estarei aqui em duas horas.

...

– O que estamos comemorando? – perguntou Zod pegando a taça de champanhe que Tess lhe oferecera.

– Sua vitória – disse virando-se para colocar a garrafa na mesa.

Zod olhou para o liquido no copo e sorriu. Quando Tess virou-se para ele, seu copo já estava vazio. Ela poderia protestar pelo fato de ele sequer ter esperado que ela se juntasse a ele, mas ela não se importava. Virou o liquido de sua taça também e sentou-se na mesa.

– Amanhã a Terra pertencerá a você.

– Sim. E você irá governá-los ao meu lado – Ele se aproximou dela e tocou seu rosto. – Nunca pensei que confiaria em você... Ou que você confiaria em mim.

– Nem eu.

– Seremos reis deste Planeta, Lutessa. Você e eu.

– Mal posso esperar – disse sorrindo.

Tess só precisaria fingir orgulho por estar ao lado de Zod nisso por mais algumas horas, depois, ele não existiria mais. Emil conseguira transformar a Kryptonita em pó. Era exatamente o que Tess precisava; ela colocara o pó em seu champanhe, assim, mesmo depois que Zod tirasse o anel, ele continuaria humano, mortal. Seria fácil matá-lo. E ela mal podia esperar por esse momento. O momento em que ela o tiraria da vida de todos para sempre.

Na manhã seguinte, foi para a fazenda dos Kent. Sabia que de um jeito ou de outro, Zod a encontraria lá. Enquando estava sentada no sofá, pensava em Zod e Clark, eles provavelmente estariam resolvendo as coisas como duas crianças; brigando. Ficou surpresa quando o viu subir as escadas do celeiro.

– Olá Tess.

– Zod, o que...? Você não...

– Poupe seu tempo, querida.

Tess levantou do sofá enquanto ele se aproximava dela. Ele chegou perto o suficiente para sentir o cano a arma dela em seu abdomem. Claro que ela teria uma arma, sempre estava tomando medidas preventivas. Zod sorriu e tirou o anel de Kryptonita Azul do dedo. Tess sabia que isso não o tornaria imortal outra vez. Zod olhou nos olhos dela enquanto enfiava a faca em seu estômago. Tess caiu de joelhos à sua frente, ainda olhando em seus olhos e sorriu, enquanto puxava o gatilho da arma três vezes em direção ao peito do homem. Ele caiu de joelhos, os olhos ainda fixos nos dela. Silêncio. Tudo o que havia no celeiro. A ruiva caiu no chão enquanto tentava respirar. Enquanto isso, ele a olhava, um sorriso enorme em seu rosto. Levantou-se com a arma de Tess em mãos.

– Sabe, Lutessa, sinto-me envergonhado em lembrar que quase confiei em você. Quase. Eu devia saber que você tentaria algo assim, não é? Não posso acreditar que eu quase me apaixonei por você, isso é tão humano – disse franzindo o cenho e com uma expressão de nojo – Sei o que está se perguntando "o que houve com Clark e todos os outros?". Bom, Clark está preso em uma cela de Kryptonita. Logo estará morto. Seus amiguinhos... bom, por eles eu tive um pouco de misericórdia; não se preocupe, eles não sofreram. Você deve achar que sou burro. Lutessa... Meu planeta estava a anos luz a frente da Terra, querida. Somos muito mais inteligentes do que você imagina. Eu vi o que você colocou naquele champanhe, – Tess balbuciava algumas palavras, mas ele não fazia questão de tentar entendê-las – Quieta, estou falando! – Ele andou até a janela do celeiro e olhou para o céu – É uma pena o que está acontecendo neste lugar, eu tenho que concordar com você, mas não se preocupe, faremos da Terra um planeta melhor. Como Krypton.

Ele voltou a andar pelo celeiro, a barra do sobretudo preto arrastando pelo chão onde passava. Respirou fundo e parou ao lado de Tess, apontando a arma para sua cabeça.

– Humanos são tão... repugnantes, não acha? Só pensam em si mesmos. Enquanto isso não vêem o que acontece do outro lado da porta de suas casas. Guerras, mortes... Fico feliz em saber que logo eles não existirão mais. Isso é bom, não é?

Zod deu uma ultima olhada nos olhos da mulher caida no chão, ela mal conseguia respirar. Por que prolongar mais o sofrimento dela?

– Estou me sentindo generoso hoje, Tess!

Deu-lhe um ultimo sorriso e puxou o gatilho três, quatro... Cinco vezes. E ela estava morta. Zod olhou a arma com desdém, pensando em como os humanos criavam seus brinquedinhos para o ataque, mas sem pensar que elas poderiam ser usadas contra eles. Jogou a arma no chão, deixando o celeiro e o corpo morto de Tess para trás. Estava na hora de ter seu lar de volta.


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Notas finais do capítulo

Eu recomendaria para vocês ouvirem a música "I Don't Love You", mas ela só representa os dois até metade da fic e bem indiretamente, então, não é muito necessário. Agradeço a quem leu e comentem me dizendo o que acharam
* quem leu mas nao tem conta pode me dizer o que achou
pelo twitter @bluekryp ou @hikryptonian. Beijos, até mais.
PS: Tami rainha



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