Pov Milena Moon 

 O choro ecoa pelo quarto. Abri os olhos e não o reconheci. Edythe não chorava, ela apenas me acordava. Então eu vi o berço lá montado e uma linda ruivinha em pé chorando.  

—Mamãe,  quem é ela?- perguntou minha loirinha. 

—Não sei meu amor, eu não sei.   

Levantei e fui até o berço. 

—Oi bebê.- disse Edythe . 

 Olhei para trás e a loirinha levantava da cama e vinha atrás de mim.  

—Ei não chora. 

 Peguei a criança no colo e comecei a alisar seu cabelo. Edythe sentou ao meu lado e olhou com curiosidade.  

—Quelo minha mamãe.- disse a ruivinha. 

—Tudo bem, você vai ver sua mamãe de novo. Qual o seu nome?  

—Lucy.- discando piscando afastando as lágrimas.  

—Oi Lucy, eu sou Milena e essa é minha filha Edythe. 

—Quelo meu papai.  

—Eu sei meu bem.  

 Ouvi a porta sendo aberta, Edythe ao meu lado encolhe e abraça meu braço. Lucy apenas olha para Abe e chora novamente.  

 -Arg, faça essa criança estúpida parar de chorar- disse tapando os ouvidos.  

 -Abe quem é ela?- perguntei. 

—Sou Lucy, já disse- disse Lucy com inocência.  

—Eu sei meu anjinho.- Beijei sua testa e encostei seu a cabecinha em meu ombro.- responda Abe.  

—Ela é filha da Ally. 

—Quem é Ally?- perguntei confusa. 

—Namoradinha do seu filho.  

—Espera ela é filha do Austin?- ele apenas assentiu- Você é doente? Eu juro que não suporto mais você. Já não bastava deixar Edythe e eu trancadas e você resolveu trazer minha neta agora.  

— A mamãe dela mexeu com a pessoa errada.- ele tirou  vista de mim e olhou para edythe.- Oi coisinha insuportável. 

 Edythe me apertou mais e mostrou a língua. 

Pov Austin 

— Austin,  o que vamos fazer? Ele não é um sequestrador qualquer, ele não pede resgate. Ele mata ou esconde bem. Eu quero minha filha de volta. 

Eu não falava nada, não tinha condição. Apenas observava todos a minha volta. Faziam exatamente sete dias que minha filha havia sumido. Meu desespero do primeiro dia tinha sido enorme, então eu fui perdendo as esperanças a cada dia.  

—Austin?- Chamou Ally e eu olhei para ela. Com os olhos fundos e olheiras escuras demais. Seus cabelos estavam presos em um coquetel frouxo e sua pele estava pálida.- Eu quero minha filha.  

 Não respondi, eu também queria minha filha e minha mãe. Sem falar nada apenas abracei Ally e beijei o topo da sua cabeça.  

... 

Acordei na madrugada desejando e tudo fosse apenas um sonho, faziam dez dias do desaparecimento de Lucy, eu queria minha menininha mais do que minha própria vida agora.  

 Olhei para o lado e Ally dormiam enroscada no meu braços com traços de lágrimas em seu rosto. Não havia uma só noite que Ally não chorasse, ela aparentava está mais magra. Nunca havia visto minha Ally tão derrotada como agora.   

 A chuva lá fora ficava cada vez mais forte. Um relâmpago iluminou o quarto, logo depois se ouviu um trovão forte. Em seu sono Ally tremeu e me apertou mais. Eu avisei suas costas e beijei sua testa.  

 Meu celular vibrou na mesinha ao lado da cama. Me estiquei e o alcancei. La tinha uma mensagem. O número era desconhecido. Eu tremi.  

 “Quer sua mãe e sua filha de volta? Me encontre em meia hora no parque próximo a sua antiga casa. Sem polícia.”  

 Li a mensagem mais de uma vez, aquilo era uma armadilha, mas eu queria pegar minha filha no colo outra vez. Isso significava ficar longe da Ally.  

 Olhei para Ally do lado e abracei seu corpo, beijei seus lábios e seu pescoço. Ally apenas se mexeu mais não acordou.  

 Tirei meu braço com cuidado e levantei. Peguei uma calça e meu tênis, coloquei a camiseta e um casaco jeans escuro. Olhei para Ally mais uma vez enrolada e todos aqueles se lençóis, desejei voltar a vê-la em alguns dias. 

 Na mesinha ao lado da cama peguei um papel na gaveta e rasgue um pedaço. Tirei uma caneta de lá e escrevi uma recado. 

 Te amo. Desculpa. 

 Deixei meu celular em cima da mesa e fui embora.  

Não demorei a chegar ao parque, por sorte minha casa era bem perto do parque. Se passou vinte meninos até um carro preto encostar onde eu estava. 

—Abe mandou pegar você.- disse um homem.  

Engoli seco e caminhei até o carro. De repente ouço a voz dela.  

—Austin, não. Por favor, não.  Eu não posso te perder também.   

Olhei para o lado e lá estava ela, ainda de pijama e com os cabelos pingando por causa da chuva.  

—Desculpa.- gritei antes de fechar o guarda-chuva e entrar no carro. 

—Austin, por favor. – gritou soluçando. 

—Vamos embora rápido.- disse ao homem que deu partida. 

 Então eu me viro olhando para trás e olhando Ally ajoelhada, chorando, ficando cada vez mais longe. Bom, eu também estava chorando de coração apertado.  

 Chegamos ao aeroporto e o jatinho particular de Abe já me esperava. Entrei e logo estava sobrevoando Miami. Quando chegamos ao nos os destino me obrigaram a tomar um remédio que logo me fez apagar. 

                ~

Gente quero pedir um grande favor a vocês, leiam minha fic nova. Já que essa está na reta final resolvi começar uma nova, e prometo não abandona-lá como outras fics minha, mas esse eu to cheia de espiração. A fic se chama "Enquanto eu vive" a fic é insperada no livro "Vida e morte" da Stephenie Meyer. Leiam, por favor: Enquanto eu Viver