Insane escrita por Amanda Ribeiro
É tarde. Os carros correm na pista. Léa observa tudo na cobertura. É tudo tão lindo visto dali. O céu parece mais próximo, o vento que parece dançar e teimam em bagunçar os negros cabelos da jovem. Seu cabelo era tão escuro quanto os corvos. Gostava de corvos. Eles criavam laços duradouros, se preocupavam com ente querido e ficavam de luto após sua morte. Eram gratos. Uma qualidade que Lea sempre admirou. Seus pensamentos retornam quando percebe o olhar de Nick, ele a encara, parece hipnotizado.
''Então, Nick. O que achou do meu lugar favorito?'' - pergunta ela, apoiando a cabeça na mão esquerda. Seu cotovelo está apoiado no muro. Ela tem um sorriso nos lábios, o que a deixa ainda mais bonita.
''Bom. Digo, é bem bonito'' - ele volta o seu olhar para a rua logo abaixo. - ''Mas, não entendo... porque aqui?''
''Não sei, apenas vinha aqui... quando mais nova'' - esclarece ela.
''Você sempre...'' - ele procurava a palavra certa à usar, sem ofendê-la, é claro.
Ela riu. O que o aliviou um pouco.
''Tira essa ruga da testa. Sim, eu sempre frequentei aqui. E não, nem sempre me prostituindo''
Ela passa as mãos abaixo da mini saia, tirando a calcinha de renda. Nick sente um tesão quase incontrolável e não consegue tirar os olhos da calcinha na mão dela.
''Faz um pedido!'' - exclama ela. Fecha uns olhos por um instante e joga a calcinha em direção a calcinha. Nick ri.
''Você é completamente doidinha'' - ele precisa falar alto, pois aumentaram a música da boate.
''O que você pediu?''
''Não pode.. sabe, se não corro o risco de não ter''
''Me dizz''
''Eu pedi você''
Eles se encaram um instante. Um vento frio retoma a atenção dos dois, Lea treme um pouco. E num impulso Nick a abraça, suas mãos acariciam as costas nuas da moça. Ela continua arrepiada. Nick sabe que é errado, mas gosta da sensação de suas mãos ásperas na pele macia dela. E continua se aproximando, só para ao sentir a respiração de Lea próxima ao seu pescoço. Ela roça o pequeno nariz em seu ouvido e desse devagar distribuindo beijos por seu pescoço. Nick solta um gemido quase inaudível, enquanto suas mãos descem desesperadamente até a fina cintura, ele aperta em si. Ela entende o recado. Então a boca dela encontra a dele e nada parece mais importante. É como se ambos encontrassem-se, um no outro. A boca dela era tão doce, as mãos tão quentes, o cheiro tão bom. Ele não tentou relutar enquanto ela desabotoava sua camisa social. As mãos de Lea aperta o peitoral e os braços dele, Nick a puxa para uma parede próxima. As pernas dela se encaixavam na cintura dele, as respirações ofegantes se misturam, as mãos passeiam pelo decote dela. Sua mão esquerda abaixa a alça da lingerie dela, ele distribui beijos por todo seu ombro. Desce uma das mãos até sua buceta e começa a se masturbar ali, com os lábios encostados no ouvido dele. Nick fica louco de tesão ao ouvir aqueles gritinhos. Mas algo interrompe a excitação dos dois, dois homens sobem as escadas que chega a cobertura. Não veriam Nick e Lea, pois estavam encostados em um lado mais escuro, quase ninguém conseguiria vê-los dali. Nick coloca a mão na boca de Léa, o olhar de ambos se encontram.
''Não é bem assim, Doutor..'' - uma voz masculina diz. Nick parece saber de quem é.
''Ora, Vargas. Eu não sei ao certo, mas tudo se resolve com dinheiro. E, meu amigo, dinheiro para mim é o que não falta.'' - afirma a outra voz. E, sem dúvidas, Nick a reconhece. É o Doutor Boulevart, seu vizinho. O maior milionário do país.
''Nem tudo, seu Doutor'' - o som da boate continua alto, mas ainda assim é possível ouvir-se os tiros. São quatro.
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