Are We Ou Of The Woods? escrita por Imagine Haylor


Capítulo 1
You were looking at me


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. Sou a Alih. Faço parte do grupo que vai escrever imagine Haylor. Nós amamos shippá-los, e para nós esse casal ainda tem muito pra acontecer.

Espero que gostem da minha história e nos acompanhem.
Comentem e nos digam o que acharam, okay?

O capítulo é único.

OBS: Eu não sei se eles já se encontraram numa floresta, muito menos não sei como foi o término deles. Mas não custa nada imaginar. HUASHUAHUAHASUHSA. Um beijo ♥

OBS²: AS PARTE DO TEXTO EM ITÁLICO SÃO OS FLASHBACKS, OKAY?



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You were looking at me...”

Deitada em seu sofá, depois de uma reunião com seus amigos e seu novo namorado, ela pôde fechar os olhos e soltar um longo suspiro. Ela deveria estar feliz, não é? Deveria estar grata por encontrar um cara legal. Mas por quê aquela sensação de que está faltando algo ainda insistia em ficar ali, rodeando-a?

Impossibilitada de continuar com o martírio, Taylor se levantou do sofá e seguiu até a cozinha, onde retirou uma jarra de suco. Enquanto levava o copo à boca, os pensamentos de Taylor seguiram até seu quarto, numa parte escondida de seu closet. No lugar onde suas lembranças eram mantidas dentro de uma caixa. As lembranças do seu tempo com ele. Comprimindo a boca, ela jogou o resto do líquido na pia se apoiou na mesma. Respirando fundo ela fechou os olhos.

É passado. Você precisa esquecer. Você precisa esquecê-lo.

O silêncio da casa começava a ficar sufocante. As lembranças voltaram como flashes e logo Taylor se viu caminhando pelo corredor até seu quarto. Ela sabia que era tortura remexer no seu passado, mas ela precisava da sua dose diária de sofrimento. Ela precisava fazer sua cicatriz sangrar um pouco pra lembrá-la do que ela não teria de volta. Sem se permitir pensar direito, ela adentrou o closet e seguiu até um espaço no canto da parede. Abrindo a pequena porta, ela puxou a caixa que permanecia intocada. Seus dedos deslizaram sobre a superfície da tampa, e antes de tirá-la, ela respirou fundo.

As polaroides estavam todas organizadas, com as datas escritas e alguma frase. Taylor mordeu o lábio inferior, sentindo seus olhos embaçarem com futuras lágrimas.

Eles foram felizes. Por um momento, eles foram felizes.

Sem conseguir ficar de pé. Ela se sentou no chão e começou a retirar os objetos. A primeira coisa que ela segurou foi o cordão. O pingente em formato de avião de papel reluzia diante da luz do closet lhe empurrando um milhão de sentimentos. Sem perceber, um delicado sorriso enfeitou seu rosto ao lembrar-se da ocasião em que ele lhe deu o cordão. Então seus olhos se voltaram para uma polaroide em especial. Nela, ele estava com seu nariz e seus lábios encostados na bochecha da Taylor, enquanto ela encarava a lente da câmera e sorria.

Com os olhos atentos, ela observou cada detalhe daquela foto enquanto sentia um leve arrepio eriçar seus pelos. Ela podia sentir o clima daquele dia, o vento gélido, o céu cinza, o ar aconchegante que a casa mantinha, a maciez do sofá, o calor do corpo dele no seu, os dedos dele lhe fazendo um lento cafuné enquanto seu hálito adentrava suas narinas conforme ele falava, seus olhos afetuosos a encarando com um carinho inexplicável, e a sombra de um sorriso que ele insistia em manter enquanto ela falava.

Seus dedos apertaram a foto e então ela levou a imagem até seu peito, perto do coração. Não importava o quanto ela tentasse, o quanto ela procurasse em outros. Taylor jamais o esqueceria. Se alguém fosse perguntar o motivo, ela não saberia explicar. Talvez a essência dele fosse tão parecida com a dela, talvez a alma dos dois fossem tão parecidas que resolveram se fundir e agora a alma dela suplicava pela proximidade. Suplicava pela ligação tão intensa e gostosa que só podia ser sentida quando os dois estavam juntos.

E por dar ouvidos a súplica da sua alma, Taylor resolveu visitar o lugar que eles consideravam especial. Demorou um pouco para chegar até lá devido ao lugar onde ela morava, porém ao sentir o ar gélido de novo, ela se sentiu em casa. Foi difícil convencer sua equipe a deixá-la ir sozinha, porém no final de tudo ela conseguiu ter seu pedido atendido.

A estrada de terra não foi empecilho para ela começar a andar em direção à trilha tão conhecia tanto na vida real, como em seus sonhos. As árvores, a neblina, e a leve escuridão da floresta lhe acolheram com carinho, com saudades. O sentimento de nostalgia estava em cada parte do seu corpo, lhe lembrando do quanto foi bom. Enquanto ela caminhava em direção ao lugar tão especial, as lembranças continuaram a surgir como fotografias. Lembrou-se de como foi bom o réveillon em Nova York, lembrou-se do KCA onde ele a viu dançar, lembrou da after party onde eles conversaram. Lembrou-se de dançar com ele. Lembrou-se do dia em que ele se machucou e teve que levar vinte pontos. Se lembrou do dia em que se entregou a ele de corpo e alma, e de como foi recíproco.

Conforme se aproximava do local especial, Taylor se lembrou dos planos para viajar, do quanto eles estavam ansiosos. Lágrimas começaram a embaçar a sua visão, enquanto as lembranças foram ficando mais fortes.

Ela se lembrou de quando viu a notícia de que ele estava saindo com outra. Lembrou quando ele disse que não conseguia parar de pensar nela. Se lembrou de quando eles, finalmente, chegaram a ilha. Se lembrou de como se divertiram e desejaram que aquilo fosse para sempre.

Finalmente Taylor chegou ao lugar especial. Esse lugar era um penhasco onde podia se ver o mar. O vento estava forte e bagunçou seus cabelos. Ela respirou fundo e prendeu um soluço que vinha do fundo de sua alma. Todo seu corpo ansiava ter tudo de volta. Mesmo com todos a odiando, a ofendendo, ela queria de volta. Queria o Harry de volta, e isso doía. Era uma dor transcendental. Uma dor que corroía aos poucos.

– Eu preciso de você. – Ela sussurrou contra o vento, desejando que essas palavras chegassem ao ouvido dele.

As lembranças foram acabando, até somente uma ficar.

Harry encarava o nada com bastante interesse. Seu maxilar travado e seus lábios comprimidos indicavam a sensação de desconforto. Taylor estava na sua frente, de braços cruzados e testa franzida. Durante todo o relacionamento, a resposta para a pergunta que ela fizera era sempre fácil de responder. Porém, ali, não era fácil. Na verdade estava tudo confuso para a cabeça do rapaz.

Ele sabia da fama dela. Sabia que seriam julgados. Porém não imaginava se ver odiado pelas suas próprias fãs. Ele sabia que Taylor sofria todo dias com séries de xingamentos, desejos de morte. Talvez ele tenha ficado tão atraído por seu anjo dos olhos azuis que se esqueceu de toda a turbulência que o seu relacionamento causaria. Ele achou que tendo ela ao seu lado, seria capaz de aguentar qualquer coisa. Porém, o assédio da mídia, a cobrança dos fãs, os conflitos em sua própria banda eram demais. Eram até mais fortes que seu sentimento por ela.

Você ainda quer continuar comigo?

Ele fechou os olhos e suspirou. Mesmo a pergunta tendo sido feita há dois minutos, ela ainda ecoava em sua cabeça, acordando seus demônios. Ele queria poder encará-la e dizer que sim, dizer que nada iria separá-lo dela. Porém, seria mentira. Seu coração batia forte, prevendo o que viria a seguir. Ele sabia a resposta que daria, só não poderia dá-la enquanto estivesse olhando aqueles olhos azuis do seu precioso e frágil anjo.

– Eu não sei.

O coração de Taylor parou uma batida antes de começar a pulsar descontroladamente. Ela sabia que era arriscado fazer esse tipo de pergunta logo após uma briga, mas ela precisava. Há tempos ela vinha sentindo a mudança dele. Harry já não era o mesmo e ela sabia o porquê. Ela sabia, pois já tinha passado por isso muitas vezes. Mas mesmo assim, como um romântico clichê, ela tinha esperanças de que ele afirmasse seus sentimentos por ela e em seguida a beijasse como se precisasse daquilo para viver. Mas no fundo do seu coração, ela sabia que não era assim. Sabia que a resposta dele, na verdade era um não. Sabia que a ausência dos olhos deles nos seus significavam algo.

Taylor Swift já sofreu vários términos e todos eles doeram de certa forma. Mas ela não sabia que uma resposta incerta poderia doer tanto. Poderia esmagar seu frágil coração de forma tão imensa que talvez ele não tivesse chances de se recuperar.

Incapaz de dizer algo, ela apenas o encarou por alguns segundos e então se virou, começando a caminhar para longe dele. Para longe do seu aconchego, para longe do seu abrigo. Sua alma gritava para ela dar meia volta e convencê-lo, mas a sua mente a mandava seguir em frente. Mas antes de fazer isso, ela precisava lhe dizer algo. Precisava tranquilizá-lo. Precisava avisá-lo de quê, aquele peso que ela lhe afligia, já não existia mais. Ela fez o que qualquer pessoa que realmente ama alguém faz. Ela o deixou ir.

– Eu estou te libertando.

Harry arregalou os olhos diante daquelas palavras e então encarou as costas do seu anjo. Ela caminhava para longe. Para longe dele. O seu coração já não estava batendo rápido e a sensação de estar segurando um peso muito maior surgiu. A sensação de perder o amor de sua vida.

Ele sabia que deveria correr atrás dela e segurá-la em seus braços. Porém ele queria que ela fosse feliz, fosse livre de julgamentos. E para isso acontecer, eles teriam que se separar, mesmo que isso lhe custasse à felicidade.

– Não meu amor. Eu estou te libertando.

As lágrimas desciam sem pudor pelo rosto de Taylor. Todo dia ela se via na cena do término e acabava chorando que nem uma criança. Ela poderia acreditar que ele não a amava. Poderia acreditar que ele nunca ligou para ela. Porém ela o viu. Ela viu que ele a observava de longe, enquanto o barco se afastava da ilha.

– Você estava me olhando. Eu sei que estava. – Ela sussurrou de novo e fechou os olhos com força, tentando enfiar aquilo dentro de sua mente. Tentando acreditar que não foi fruto de sua imaginação magoada.

– Eu estava te olhando.

O coração de Taylor parou. Seu corpo todo se arrepiou e ela se negou a olhar para trás. Mesmo a voz dele parecendo real, ela tinha medo de ver que tudo não passava de uma brincadeira da sua mente. Mas ela sabia que era impossível não sentir a sua presença. A sua ligação. Ela pôde senti-lo se aproximar e pôde sentir o toque da mão dele em seu braço.

Três anos. Há três anos ela ansiava poder sentir o toque da sua mão. E agora, finalmente, ele estava ali. Mas por que era tão difícil se entregar?

Parecia que o destino resolveu levá-los ao mesmo lugar, ao mesmo tempo. O destino deu uma segunda chance depois de tantos olhares, tantas palavras não ditas em todos os eventos em que eles foram. Taylor viu ali, a sua chance de se livrar dos fantasmas do passado.

– Você me olhou, mas não me impediu de ir.

Harry pôde sentir toda a mágoa na voz de seu anjo. Pode sentir o braço dela repudiar o seu toque. Também pode sentir seu coração rachar depois da atitude dela.

Harry necessitava ir até o lugar que eles achavam especial. Já não aguentava mais fingir. Não aguentava mais transparecer calma quando seu interior estava em prantos, sentindo falta do seu anjo de olhos azuis.

Sentia falta do seu cheiro, dos seus cabelos, dos seus lábios, seu corpo. E quando a viu nos braços de outro, sua cabeça girou com a revelação esmagadora de que a perdeu pra sempre. Ele sabia que Taylor era orgulhosa e não voltava atrás. Principalmente depois da resposta covarde que ele lhe deu, permitindo que ela fosse embora sozinha e desamparada em seguida. Ele era novo e idiota. Precisou de três anos para se dar conta disso. Se dar conta do que tinha em mãos e perdeu. Mas graças à providência divina, lá estava o seu anjo, com os cabelos ao vento e um olhar distante. Lá estava a sua segunda chance.

– Eu era um idiota. Um moleque de 18 anos que tinha medo.

– Eu estava ali com você, Harry. Por você. – Ela riu com amargura.

Harry que estava fitando suas costas deu alguns passos e então cobriu a visão dela, entrando em sua frente. A proximidade dos dois lhe deixaram sem ar por alguns segundos e Harry se viu olhando os lábios rosados e levemente inchados dela.

– Eu não sei como explicar o que eu sentia naquela época. Só sei que eu preciso do seu perdão. Preciso... Droga Taylor. – Ele passou a mão no cabelo e encarou o céu cinzento, procurando coragem e palavras para lhe convencer. – Eu preciso de você.

Taylor encarou o rosto do homem que é dono dos seus pensamentos e então sugou aquele pedido. Sentiu a súplica em sua voz e pôde sentir sua alma gritar que precisava dele também.

Sem pensar ela o puxou, e seus lábios se chocaram com os dele. Um gemido sôfrego escapou da garganta de Harry enquanto ele a envolvia com seus braços. O gosto da boca dela era o mesmo e sua língua explorava todo o local, matando a saudades. Ele pôde sentir seu corpo relaxar e se unir aos poucos com o dela. Sentiu o vento acariciar sua pele, lhe dizendo que aquilo era coisa certa a se fazer. Finalmente seu anjo de olhos azuis estava ali. E quando o ar já lhe faltava, ambos se separaram e encostaram suas testas, buscando ar.

– Volte para mim, anjo. – Pediu ele, ofegante. – Seja minha de novo e eu prometo nunca mais deixá-la ir. Eu prometo Taylor, eu prometo.

Taylor buscava o ar com necessidade, ao mesmo tempo em que sentia vontade beijá-lo de novo. Os braços dele em volta da sua cintura, e seu hálito quente batendo em seu rosto eram uma sensação muito bem vinda. Por mais que Calvin fosse bom no que fazia, Harry sempre seria o seu porto seguro.

Ela sabia que a mídia os atacaria de novo. Sabia que seria odiada de novo. Sabia que seria julgada. Mas se ele a estivesse segurando com força, tudo estaria bem no final das contas.

– Será que ficaremos seguros de novo? – Indagou ela, com um pouco de aflição.

– Não. – Ele riu fraco, beijando-lhe a testa. – Mas nós temos um ao outro de qualquer maneira.

Um casto beijo foi iniciado e logo em seguida os dois se abraçaram de novo. Prometendo coisas.

– É como você diz na sua música. – Ele a olhou com divertimento, ao notar a expressão confusa que seu anjo fazia. – Nós nunca sairemos de moda. – Piscou maroto.

Taylor jogou sua cabeça para trás e gargalhou, sentindo se coração se encher de amor e alívio. Ela sabia que dessa vez não se arrependeria. Ela sabia que sua alma gêmea, o cara certo estava bem ali. Ela sabia que ainda não estava tudo resolvido, e sabia que não estariam seguros. Mas ali, naquele lugar especial, ela sabia que eles estariam em segurança, um no amor do outro.

FIM.


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