Lendas Renascidas escrita por 2Dobbys


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Peço muita desculpa pelo atraso, mas comecei a trabalhar (felizmente que apenas nas ferias de Verao...), e ando sem tempo livre pra fazer o que quer que seja.
A letra da música que vou pôr em seguida é dos Disturbed, e o seu nome é 'Indestructible'. Para quem quiser, vá, digamos, "sentir" o que se vai passar, aconselho (se quiserem, é claro) a ouvirem a música enquanto lêem a fic… acho que talvez possa ajudar a… "entrar" na história, a "entrar" no clima de extrema tensão, percebendo minimamente o sentimento que vai "sair" do Harry… e do Draco e da Hermione também… Esta música pareceu-me perfeita para esta cena… para quem seguir a minha dica: aquela pausa um pouco maior, apenas instrumental, corresponde à maior pausa que também vou fazer entre a letra da música… Agora, continuem!



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XIV

Nova gargalhada. Gélida. Podre.

Harry estava farto daquilo… sozinho era impossível derrotar o Lord das Trevas. Todo o seu corpo doía pelos incontáveis Cruciatus que já sofrera desde que entrara na floresta.

- Harry, Harry, quando é que desistes? Nada podes contra mim. – sibilou Voldemort com os seus olhos vermelhos a transparecer loucura.

- Quando te vir estendido no chão, sem respirar… - disse o moreno com dificuldade. Só espero que tudo tenha corrido como o planeado…

- HAHAHA! Isso nunca acontecerá, meu rapaz… lamento informar-te de que o acordo sofreu uma pequena alteração… decidi que os meus queridos Inferi estavam a perder a festa e enviei-os mais cedo do que tínhamos combinado…

Harry estava tão acabado que não se conseguiu conter. Começou por surgir um pequeno sorriso na sua cara até se transformar numa gargalhada que o senhor das Trevas nunca pensara ouvir daquela face de adolescente… tão… bem, ele admitia: aquele riso insano estava a deixá-lo arrepiado. O Potter não estava bom da cabeça!

Harry continuava a não conseguir controlar as gargalhadas. Tudo correu como o planeado… Tom, Tom, és tão previsível! Eu sabia que não ias cumprir o acordo… ao menos, pude evitar que te apercebesses da verdadeira natureza da Hermione e do Malfoy, evitei que soubesses neste momento que a guerra está apenas entre mim e ti, já ninguém luta… de certeza que conseguiram ultrapassar a fase de transição necessária… aposto que demonstraram Amor verdadeiro sob qualquer tipo… hahaha, Tom, os teus dias estão contados… eu diria, os teus minutos. Os batimentos desse coração oco estão em contagem decrescente.

oOo

Hermione e Draco decidiram voltar a tomar a antiga forma das suas vestes e camuflar as asas de acordo com o ambiente, já que não sabiam ainda como as recolher… no caso de verem alguém indesejado fora do tempo.

Subitamente, Hermione pára. Estando de mãos dadas com o loiro, este vira-se na sua direcção:

- O que se passa? – perguntou ele com preocupação.

- Draco… acho que o Harry sempre soube que nos iríamos transformar daquela maneira…

- Como é que isso é possível? Nem nós sabíamos!

- Exactamente. Por isso mesmo! – e parecia estar a falar mais consigo mesma do que com Draco - Caramba, como é que não me lembrei logo disso? – e olhando para Draco com os olhos a brilhar passou a explicar – Ele conhece Voldemort melhor do que nós! O Harry tinha perfeita consciência de que ele não iria cumprir o acordo! Sabia que o tinha de o afastar do campo de batalha para não saber de nós, pois ele iria pressentir que algo se passava connosco… enquanto o Harry foi ter com ele para o "distrair", todos os seus aliados se livraram do mal que lhes havia sido incutido por ele, por todos estes anos! Assim, Voldemort não se apercebeu de que está sozinho nesta batalha, nem que temos o poder suficiente para a sua destruição!

- Mas continuo sem perceber como é que o Potter sabia que iríamos acabar a transição.

Ela olhou-o com carinho redobrado – Ele pode ser bastante parvo por vezes… mas não é totalmente cego ao que o rodeia. Acho que ele se apercebeu que nos amávamos verdadeiramente antes de nós nos termos apercebido disso.

- Dumbledore também sabia, mas não tinha como saber o que fazer para que isso viesse "à tona"! – disse Draco continuando a mesma linha de pensamento da morena.

Ela acenou com a cabeça, entusiasmada - O Harry decidiu sair do plano de Dumbledore e não nos contar nada, o que era necessário; conhecendo-nos melhor, sabia que iríamos fazer tudo ao nosso alcance – ainda para mais devido à nossa 'condição' de YinYang – para salvar as almas dos Inferi… sabia que nos meteríamos à frente de qualquer feitiço que se fizesse contra aquelas pobres criaturas… sabia que um de nós iria dar a vida pelo outro. E isso – acrescentou ela aproximando-se ainda mais do loiro de maneira a que os narizes de ambos de tocassem -, era a única maneira de nos fazer agir em conformidade com o que somos, que é o que sentimos nas profundezas do nosso ser.

Draco sorriu, brincalhão – Muito poética…! Pronto, admito: o Potter-Cabeça-de-Vento é capaz ser minimamente inteligente quando quer… é claro que foi o único ponto de brilhantismo em sete anos, mas… creio que foi devido ao facto de te ter ao seu lado todo o tempo: algum fio de inteligência teria que entrar naquela cabeça oca!

Hermione fingiu uma cara de desaprovação – Draco, não digas barbaridades!

Ele deu uma risada grave, que a fez arrepiar de contentamento. Deu-lhe um suave beijo e a voz ficou mais séria – Pelo menos admito que ele tinha razão.

Ela sorriu em resposta.

No silêncio da noite, ouvem-se gritos de dor. Os dois jovens YinYang ficam imediatamente alerta, todos os sentidos recentemente apurados bem atentos a qualquer contra-tempo.

- É o Harry… temos de acabar com isto. – segredou Hermione. Voltando a estar de mãos dadas, continuaram a afundar-se naquela bruma negra que rodeava toda aquela parte da floresta. Estavam a chegar.

oOo

- Aaaaaaahhhhhh! – gritava o moreno, já escorrendo sangue pela boca e por cortes espalhados pelo corpo, sendo que um deles era bastante grave, no peito. Tudo aquilo, toda aquela tortura estava a matá-lo aos poucos. Odeio-te! Odeio-te, odeio-te, odeio-te, ODEIO-TE! Ele não iria conseguir derrotar Voldemort sozinho… disso já tinha a certeza absoluta… onde é que eles estavam?

Voldemort ria loucamente ao ver o jovem. Aquilo estava a diverti-lo imensamente… até sentir algo de diferente na atmosfera que os rodeava. Agora era Harry que ria como um louco, e como um louco falou:

- Agora é que vão ser elas, Voldie!

Voldemort crispou-se de raiva – Cala-te Potter! Quem vai sair daqui vitorioso sou eu! EU! – mas calou-se subitamente, ao sentir-se encurralado por uma bruma negra, uma bruma que não provinha do seu poder… uma bruma gélida e sufocantemente quente ao mesmo tempo… até que os viu:

Duas pessoas dirigiam-se à clareira onde os dois homens se defrontavam… duas pessoas enormes, por sinal. Não demorou muito tempo a reconhecer uma delas.

- Senhor Malfoy! Que prazer em vê-lo de novo!

O outro sorriu de uma forma que era completamente desconhecida para o senhor das trevas – O prazer é todo SEU!

Voldemort achou aquilo tudo muito estranho… até que reconheceu a outra pessoa que o acompanhava. Sorrindo de uma maneira sarcástica, voltou a falar – Com que então, Draco, aprendeste a seguir o exemplo do teu pai, foi? Fizeste bem em trazer um divertimento enquanto eu acabo com o Potter… suponho que te queiras juntar à festa, não? Afinal, os teus pais morreram devido à gente da laia dessa aí… - disse ele acenando na direcção de Hermione, cujo semblante se encontrava demasiado sereno para o Lord das trevas, e também não estava ferida, nem amarrada... Aquela situação estava mesmo estranha… estranha demais para o seu gosto.

- Então, então, Draco… - ao ver que tanto o loiro como a sangue-de-lama sorriam ameaçadoramente para ele, voltou a falar - O que se passa contigo? – logo se calou ao ver as asas sem cor distinta que apareciam nas costas do loiro e da morena. Mas que…?

Potter ria que nem um louco, e tinha dificuldade em se articular – Agora é que estás feito, é melhor arrependeres-te… - ao ver a cara de incompreensão do oponente, uma nova vontade de rir preencheu-o - Não sabes o que eles são, pois não? Nem te apercebeste que já ninguém está a combater, pois não? POIS NÃO, CARA DE COBRA PELADA?

- SILÊNCIO, POTTER! OS MEUS SERVIDORES JAMAIS SE DEIXARIAM VENCER, ELES TÊM O MEU PODER COM ELES! NENHUM PODER CONHECIDO OS PODERÁ VENCER! E ACREDITA, EU SEI MUITO MAIS SOBRE MAGIA DO QUE VOCÊS TODOS JUNTOS!

- Por isso mesmo! Eles não são conhecidos! Existem apenas em lendas! – deu uma pequena gargalhada – E, para variar, nem te deste ao trabalho de tentares saber tudo acerca das criaturas que não estavam subjugadas por ti. És tão previsível…

Voldemort paralisou. Aquilo tinha sido tudo planeado pelo Potter? Ele tinha sido atraído para a sua própria armadilha. Caso para dizer que o feitiço se virou para o feiticeiro. As suas suspeitas foram concretizadas quando Draco voltou a abrir a boca.

- Voldemort, Riddle, esta é a tua última oportunidade de te arrependeres… nós somos os Juízes. Este é o teu Juízo Final! Pondera em todo o mal que fizeste até agora, a todas aquelas pessoas inocentes… engole o teu maldito orgulho!

- CALA-TE! – ele, numa situação normal retrucaria de imediato, faria imediatamente com que ele se arrependesse de ter nascido, por ter aberto a boca para dizer algo do género. O que se passava com ele? Porque é que não conseguia reagir?

Desta vez foi Hermione quem interveio. Voldemort jamais admitiria, mas estava aterrorizado com a sua expressão, que agora demonstrava bem a fraca tenção de esconder o nojo que tinha dele… não parecia humana, nem mesmo Draco. A sua voz era demasiado gélida, suave e, de certa maneira, assustadora ao mesmo tempo. Ele, que nunca tivera medo de nada, estava assustado consigo próprio, com a sua fraqueza perante dois pirralhos.

- Tom Marvolo Riddle. Estamos a dar-te a oportunidade de te arrependeres! Jamais faríamos isso, a quem tanta dor causou neste mundo. Estamos a tentar dar-te uma oportunidade! Não sejas estúpido, vê, recorda, tudo o que de mal fizeste… RECORDA!

Hermione a Draco estavam de braços estendidos para o mais velho, com as palmas das mãos na sua direcção. Estavam com a sua vestimenta natural, a túnica sem cor, viva.

Harry deixara de rir; apercebera-se do se passava: Voldemort estava a relembrar tudo o que fizera de mal, a todas as pessoas; tudo de uma assentada. Será que resultaria? No fundo, queria que ele se arrependesse… mas por outro lado… ele era demasiado mau, demasiado conspurcado pelo seu próprio veneno. Mesmo se Voldemort se arrependesse, jamais confiaria nele. Jamais deixaria de o desejar morto, pelo que fizera aos seus pais. Voldemort até poderia mudar, mas ele, Harry, jamais deixaria de suportar o terrível peso do ódio contido, a raiva por tudo… isso seria impossível de ser mudado. Quem lhe dera que se pudesse livrar de todo esse rancor que o envenenava aos poucos…

- Jamais me arrependeria! Eu sou Lord Voldemort! O senhor supremo das trevas!

Harry não conseguia falar nada. Estava a entrar numa espécie de sonolência inexplicável…

Draco retorquiu, exasperado – E se te deixasses de complexos de Deidade, sim? És apenas um homem!

Voldemort chegou a ficar com uma expressão mais serena, até se voltar a rebelar – Vocês nunca me vencerão!

- Oh Merlin, tão cliché… - comentou Hermione sarcástica.

Aos poucos, o loiro e a morena, com a sua mais recente hiper-sensibilidade, notaram uma mudança no ar… olharam para Harry: o moreno estava com os olhos semi-fechados… não parava de dizer algo como 'Não vou conseguir perdoar…', 'Libertem-me desta raiva e ódio contidos durante 6 anos… desde que soube que os mataste… eu quero perdoar… não consigo!...'

Hermione e Draco entreolharam-se. E souberam instintivamente o que tinham de fazer. Era a única hipótese; Voldemort não cederia.

Concentraram-se; aguardaram até sentirem a magia ancestral percorrer-lhes todos os pedacinhos dos seus corpos… olharam de volta para Harry, desta vez, com os olhos a ganharem uma sombra crescente.

- Harry… - chamaram eles.

O moreno olhou-os, já mais 'acordado'. Eles estavam a contactá-lo telepaticamente? Assustou-se um pouco a observá-los… já nem os reconhecia. Eles estavam a fazer aquilo que estavam destinados a ser e fazer.

- Sim…?

- Harry… deixa-te levar por nós. Agora percebemos que somos a tua verdadeira arma contra esta criatura conspurcada. Não vamos ser nós a derrotá-lo, nem vais ser tu a fazê-lo… vamos ter de trabalhar em conjunto! Tu és realmente o escolhido para o fazer. Tu vais conseguir perdoar… basta que te lembres…

- Eu? Perdoá-lo? Creio que isso não seja possível…

- Harry! Escuta-nos! Tu és mais do que aquilo que supões! Lembra-te da vida miserável que ele levou… lembra-te do que ele sofreu antes de se tornar o que é, apenas isso; nós tratamos do resto… lembra-te…

E Harry lembrou. Foi-se recordando aos poucos de todas aquelas lembranças que Dumbledore lhe tinha mostrado… Tom Riddle era uma pessoa solitária… demais. Ele nunca tinha recebido carinho… nunca tinha sido amado… nunca tivera a capacidade de amar, devido à falta disso mesmo durante a infância infeliz… sempre à margem…

Lentamente, um fio de pena e compreensão surgiu-lhe no espírito. Os dois YinYang agarraram-se a isso, evitando que aquele sentimento se escapasse…

- Agora, Harry… Canta! Canta toda a tua dor, toda a tua revolta… canta! Canta todos aqueles por quem estás aqui, hoje, agora. Canta! CANTA! LIBERTA-TE!

Harry pensou em todas as pessoas por quem ele verdadeiramente estava ali… toda aquela gente que o amava por quem ele verdadeiramente era e não por ser o Menino-Que-Sobreviveu… Ele prometera a si próprio que as iria proteger com a vida, se assim fosse necessário… e sem que ele se apercebesse, uma melodia forte ecoou-lhe na alma, transmitindo a sua essência no momento… ele não se poderia deixar levar naquele momento… haha, ele sentia-se preparado… era indestrutível!

- Canta… - sussurraram mais uma vez os outros dois, vendo que a energia negra de Harry seria finalmente libertada. Escuridão com escuridão se apaga.

O moreno tinha os olhos fechados com força, não se apercebendo que uma energia negra, quase indistinta, quase lhes toldandava a visão do mundo exterior (pois fazia como que uma redoma negra em torno do grupo, ligando os YinYang a Harry). Voldemort estava lívido, sem saber o que fazer. Quando Harry abriu a boca, o senhor das trevas sentia-se a ser corroído de dor.

Harry não controlava mais os seus movimentos, apenas queria exteriorizar a sua essência, o que queria abandonar, começando a cantar com fúria o que sentia…:

Another mission

(Uma outra missão)

The powers have called me away

(os poderes chamaram-me)

Another time

(Uma outra vez)

To carry the colours again

(carregar as cores de novo)

My motivation

(Minha motivação)

An oath I've sworn to defend

(Um juramento que jurei defender)

To win the honour

(Para ganhar a honra)

Of coming back home again

(De voltar para casa outra vez)

No explanation

(Nenhuma explicação)

Will matter after we begin

(Vai importar depois de começarmos)

Another dark destroyer that's buried within

(outro Destruidor das trevas que está enterrado em mim)

My true vocation

(Minha verdadeira vocação)

And know my unfortunate friend

( e tu conheces meu amigo infeliz)

You will discover

(tu vais descobrir)

A war you're unable to win

(uma Guerra que não consegues vencer)

I'll have you know

(Eu vou de te fazer saber)

That I've become

(Que eu me tornei)

Indestructible

(Indestrutível)

Determination that is incorruptible

(Determinação que é incorruptível)

From the other side

(Do outro lado)

A terror to behold

(um terror para contemplar)

Annihilation will be unavoidable

(Aniquilação será inevitável)

Every broken enemy will know

(Todo inimigo quebrado vai saber)

That their opponent had to be invincible

(Que o seu oponente tinha que ser invencível)

Take a last look around while you're alive

(Dá uma última olhada em volta enquanto estás vivo)

I'm an indestructible master of war

(Eu sou um indestrutível mestre da guerra)

Voldemort apercebia-se, com os seus olhos semi-fechados de agonia, que um vendaval negro rodopiava em torno deles. Aquelas criaturas estavam ainda mais assustadoras… as asas tinham-se tornado totalmente negras, dos seus olhos saía uma luz negra, ofuscante… não… os seus olhos… eles eram a luz negra!

Another reason

(Uma outra razão)

Another cause for me to fight

(Uma outra causa para eu lutar)

Another fuse uncovered

(Um outro fusível descoberto)

Now, for me to light

(Agora para eu acender)

My dedication

(A minha dedicação)

To all that I've sworn to protect

(Para tudo o que eu jurei proteger)

I carry out my orders

(Eu obedeci às minhas ordens)

With not a regret

(Sem nenhum arrependimento)

A declaration

(Uma declaração)

Embedded deep under my skin

(Enterrada profundamente na minha pele)

A permanent reminder

(Um lembrete permanente)

Of how we began

(De como nós começámos)

No hesitation

(Nenhuma hesitação)

When I am commanding the strike

(Quanto eu sou comandado a atacar)

You need to know

(Precisas de saber)

That you're in for the fight of your life

(Que estás na luta pela tua vida)

You will be shown

(Ser-te-á mostrado)

How I've become...

(Como eu me tornei…)

Indestructible

(Indestrutível)

Determination that is incorruptible

(Determinação que é incorruptível)

From the other side

(Do outro lado)

A terror to behold

(um terror para contemplar)

Annihilation will be unavoidable

(Aniquilação será inevitável)

Every broken enemy will know

(Todo inimigo quebrado vai saber)

That their opponent had to be invincible

(Que o seu oponente tinha que ser invencível)

Take a last look around while you're alive

(Dá uma última olhada em volta enquanto estás vivo)

I'm an indestructible master of war

(Eu sou um indestrutível mestre da guerra)

Aquelas malditas criaturas que ele não conhecia cantavam a refrão com ele, como se estivessem a entoar uma espécie de mantra… estavam a destruí-lo! A sua magia negra, que durante tantos anos se esforçara por a conseguir, estava a ser-lhe retirada, fazendo com que o redemoinho os despenteasse furiosamente. Parecia que toda a energia que fora dele lhes estava a entrar nos corpos… das criaturas. Sim, mesmo a essência que saía do Potter se dirigia imediatamente para o Lord e de seguida para os outros dois.

O Potter continuava de olhos fechados, parecendo nem notar que aqueles braços de energia negra o ligava aos outros dois e a Voldemort também… parecia apenas querer despejar tudo o que o incomodava, pois recomeçara a cantar novamente, de maneira furiosa e desesperada.

As dores estavam a chegar a um ponto em que eram insuportáveis para Lord Voldemort.

O grito que o jovem deu arrepiou o senhor das Trevas, principalmente a olhar a sua expressão; parecia que estava em sofrimento profundo, pois a cara estava crispada de raiva suprimida. Aquele grito que lhe saiu da boca não era humano, não podia ser… pelo menos, não num jovem como aquele! Potter estava completamente enlouquecido pelo que quer que os outros dois o estivessem a fazer pensar ou recordar…

I'm… Indestructible

(Sou… Indestrutível)

Determination that is incorruptible

(Determinação que é incorruptível)

From the other side

(Do outro lado)

A terror to behold

(um terror para contemplar)

Annihilation will be unavoidable

(Aniquilação será inevitável)

Every broken enemy will know

(Todo inimigo quebrado vai saber)

That their opponent had to be invincible

(Que o seu oponente tinha que ser invencível)

Take a last look around while you're alive

(Dá uma última olhada em volta enquanto estás vivo)

I am indestructible (indestructible)

(Eu sou Indestrutível, Indestrutível)

Indestructible

(Indestrutível)

Determination that is incorruptible

(Determinação que é incorruptível)

From the other side

(Do outro lado)

A terror to behold

(um terror para contemplar)

Annihilation will be unavoidable

(Aniquilação será inevitável)

Every broken enemy will know

(Todo inimigo quebrado vai saber)

That their opponent had to be invincible

(Que o seu oponente tinha que ser invencível)

Take a last look around while you're alive

(Dá uma última olhada em volta enquanto estás vivo)

I'm an indestructible master of war

(Eu sou um indestrutível mestre da guerra)

Voldemort gritava. Já não havia escapatória possível.

O seu corpo começava a desfazer-se, transformando-se num pó tão fino que se misturava naquelas correntes de magia e poder negro, indo entrar, mais uma vez, nos dois corpos enormes dos YinYang.

Um último grito vindo das profundezas do seu ser misturou-se com o de Potter. No último instante, entendera tudo:

A sua essência enegrecida não se iria espalhar pelo mundo, como ele gostaria: tudo o que ele tinha de mau e podre seria absorvido por aquelas criaturas, evitando que outros tivessem a mesma ideia insana, evitando que ele tivesse um seguidor capaz de fazer o que ele havia feito… estava tudo… acabado.

Um último vislumbre fê-lo ter a certeza de outra coisa: o que ele ainda tivera a esperança de fazer permanente era a dor que causara àquele pirralho irritante; mas não. Eles também estavam a tratar disso, já que a essência negra que saía do moreno também adentrava neles. Eram autênticas esponjas de más energias… desejou não ter sido tão ignorante e, num último pensamento coerente antes de desaparecer definitivamente do mapa, admirou-os.

Seria o último sentimento que Lord Voldemort, Tom Marvolo Riddle, teria no que chamara de vida: Admiração por quem o destruíra. Por quem finalmente o vencera.


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Notas finais do capítulo

N.A.: Entao, gostaram???
HAHA, O que eu me diverti nas aulas de Português a imaginar toda esta cena, pá! hahaha, muito mais interessante do que estar a ouvir e a tentar perceber 'Os Lusíadas'... E consegui pôr aqui uma música dos meus queridos Disturbed que me dá muita energia; eu sou completamente viciada no ritmo desta música... *.* e achei que ficou explêndida! (ou não...) pelo menos, como eu a imaginei, creio que ficou muito melhor do que a cena original de quando o Voldie morre... muita conversa e no final um feitiçozito... e puf! Morreu! Achei estúpido... sinceramente. Melhor ainda foi quando a professora olhava pra mim a ponderar se eu estava a sorrir por realmente estar a gostar da matéria ou por outra coisa qualquer... hahaha coitada, se ela soubesse que estava a sorrir porque pensava numa maneira espectacular pra matar uma pessoa... huhuhu, ainda lhe dava um chilique!

bjoooo