Entre três, escolho sempre o pior. escrita por Elaine


Capítulo 1
Nunca pergunte se pode piorar, porque sempre piora


Notas iniciais do capítulo

Sei lá o que colocar aqui, mas leiam ai...



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Eu nunca mudei de escola, ou cidade, estado, país ou o escambau que for, eu sempre estive aqui, e provavelmente vou morrer aqui.

Bom, voltando, eu nunca mudei de escola, certo, esse é finalmente o meu último ano aqui, e desde que eu me lembro, nunca falei com ninguém aqui que não seja os professores. Ah, sabe aquele ser no fim da sala, excluindo que quando você olha, parece que ta arquitetando um plano maquiavélico, então esse ser é o que posso chamar de... eu.

Ah, eu sei, eu sei, deve ter algum ser pensando "Lá vem aquela mesma historia da menina solitária que teve algum trauma na infância, que agora é depressiva, se corta e blá blá blá...", cara, nada haver, essa não sou eu, eu sou uma menina sem trauma nenhum, não me corto e nem tenho problemas de depressão, eu só sou excluída mesmo.

Ta, mas isso não importa, ninguém deve estar ligando pra isso mesmo, nem eu ligo, então, eu me chamou Lucy Heartfilia, tenho 17 anos e essa é a historia de como eu passei de mal a pior...

Tudo começou numa sexta-feria normal, um dia qualquer de escola.

Foi normal, um dia como qualquer outro, claro, não falei com ninguém — como sempre —, apesar de ser o começo do ano, e o primeiro dia de aula, não tinha nada de diferente, acho até que são as mesma pessoas do ano passado, e elas estão no mesmo lugar se não me engano, vamos ver.

Na frente estão o mesmos estudiosos de sempre, Levy e os dois garotos — que pra falar a verdade parecem dois cachorros atras dela — e mais uns ai que eu não lembro o nome.

O povinho dos bagunceiros aqui no fundo do meu lado, ah, se não me engano é o grupinho do Natsu, eles são até engraçados, mas nunca falei com eles.

E do lado da porta tem o grupinho das mau-comidas, a Lisanna e as 'migas dela, não que eu não goste delas — nunca nem olhei elas nos olhos — é só que elas parecem gatas no cio, pelo amor, elas dão pra qualquer um.

Tinha até um aluno novo que sentava no meio, de longe já percebi que ele se encaixava nos bagunceiros, então provavelmente ele sequer falaria comigo também.

E não, isso não é a historia do novato popular que vira amigo da nerd da sala e eles se apaixonam, a coisa é bem mais complexas, e bem pior.

O novato, o tal de Sting se não me engano é um brigão maldito que olha para os outros como se ele fosse superior, e eu já disse que tem algumas pessoas bem esquentadas metidas a bestas na minha sala?! Não?! Então to falando agora, tem alguns esquentadinhos na minha sala, como o Gray, um do grupinho da bagunça, esse bem do meu lado.

Cara, não quero nem lembrar da briga que aconteceu quando o novato esbarrou nele, que briga mais sem sentido, foi tão estupida que me causaria ataques de rissos, mas isso se, observe o 'se', se eles não tivessem caído em cima de mim, BEM EM CIMA DE MIM.

Acho que quase morri sufocada, só não morri porque o Natsu apartou a briga e os tirou de cima de mim.

Ele olhou pra mim e juntou as sobrancelhas, acho que ele ta tentado lembrar do meu nome... ou não.

— Er... você 'ta bem? — acho que foi a primeira vez que alguém dessa sala falo comigo.

Eu queria ter respondido bem isso: "Não, otário, eu quase morri agora sem ar, e você ainda pergunta se eu to bem?! Aahahaha Você é idiota por acaso?!"

Mas o que saiu foi:

— T-to bem — eu nem olhei ele, e ainda gaguejei, que ridicula "ahhhhh como eu me odeio" pensei.

Ele continuou a me olhar um pouco intrigado e de repente deu de ombros, resmungou um "então ta" e saiu atras do Gray levando ele pra beeeem longe do Sting.

Cara, eu juro que achei que ele ia perguntar o meu nome, e se ele fizesse isso, eu dava um tapa nesse infeliz, eu to a tipo uns três anos na mesma sala que ele e ele sequer sabe meu nome?! É muita humilhação pra uma pessoa só.

O dia até que foi normal depois disso, e isso foi numa sexta, o problema mesmo vinha era no domingo, eu nem sei exatamente o que me deu pra sair naquele dia atarde, quase noite, acho que eu tinha bebido umas nesse dia.

Estava eu lá, linda e glamourosa, cheia de graça, andando na rua como se estivesse desfilando na passarela — ain, que comparação ridícula, muita mentira isso, porque eu tava andando de boa na sombra quase arrastando os pés — quando de repente o céu que estava um inferno de tão quente começou a mudar de quente pra frio de congelar, não me perguntem o que raios aconteceu, não sou uma especialista no tempo, mas deve ser aquele bagaço de aquecimento global, mas isso não importa.

Então, como eu vi que ia chover, logo pensei em correr pra casa, mas bem, minha casa fica a uns bons metros da onde eu estava, e eu sou muito preguiçosa pra correr, então descartei essa possibilidade.

Pensei em me enfiar em alguma loja pra me proteger da chover, mas veja bem, hoje é DOMINGO e esta ficando tarde, não há uma loja aberta, então, sabe o que me sobrou?! Foi a pior ideia que eu já tive.

Eu vi um banco de praça logo a frente em que um cara estava sentado e bem, se eu corresse até em casa, eu ia me molhar e ainda me cansaria, não tinha a merda de nenhuma loja aberta, então eu dei um dane-se pro mundo, e fui me sentar do lado do homem.

Sabe o que eu pensei quando sentei?! Pensei em quem tava do meu lado, dei uma olhada de canto de olho nele, mas o cara tava encapuzado olhando no celular, e tipo, sabe quando você faz algo, depois reflete e vê que fez merda, então, eu acho que fiz merda.

Eu to numa praça quase deserta, ta quase chovendo, ninguém ta olhando pra cá e eu to sentada do lado de um cara encapuzado muito suspeito.

E sabe de uma coisa, acho que prefiro correr pra casa do que ficar aqui.

Quando eu me levantei, meu coração quase saiu pela boca, o ser encapuzado segurou o meu ombro e me puxou pra sentar de novo, nessa hora eu já tava rezando todas as orações que eu conhecia e me despedi da minha querida mamãezinha em meus pensamentos, porque eu ia morrer ali, o cara ia me estuprar, ia me matar, me esquartejar, esparralharia meus pedacinhos e ninguém iria me achar eu viraria um espirito vagando pelo mundo...

Acho que não tinha como piorar, lá vai eu errando de novo.

— Eu te conheço! Você é da mim sala — ele disse cortando todos os meus pensamentos.

Não, calma ai, eu aconheço essa voz... não pode ser! Acho que se ele fosse um psicopata a minha situação seria melhor.

— Natsu?! — quando olhei pra ele quase surtei.

Não acredito que quase tive um infarte por causa dele, espera ai cara, vo ali me suicidar e já volto.

— Como sabe o meu nome?! — perguntou todo confuso.

Ai.meu.Deus. dei mancada.

— A-ah... bem, você é da minha sala, é normal eu saber — respondi meio embaraçada, eu já disse que odeio esse lado meu, pois é, eu odeio.

— Eu não sei o seu nome — disse na maior sinceridade, lembra que eu disse que eu bateria nele caso ele não soubesse meu nome, cara, depois dessa sinceridade, perdi toda a vontade de chutar ele — Como se chama?!

Sabe, se eu fosse inteligente naquela época eu mentiria o meu nome e nunca mais olharia na cara dele, mas eu estupida demais pra seguir o meu instinto, então eu fiz a maior idiotice da minha vida.

As vezes eu pensava que nunca erraria na vida... pois é, errei, e errei feio ainda.

— Lucy... Lucy Heartfilia.

Eu disse o meu nome e foi nesse momento que a minha vidinha medíocre e calma, virou de cabeça pra baixo.


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Notas finais do capítulo

É isso, nem sei se a historia vai muito longe, mas sei lá, acho que vai ficar legal.

Se gostou, comenta.

Se não gostou, faça o que quiser u.u



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