Two Sides of the Moon escrita por Ireth Yávëtil


Capítulo 5
The last seconds Luna


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo novinho em folha pra vocês, espero que gostem!



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"Uma vida só pode ser construída, se houver amor"
- Luna

"Antes que percebesse,meus joelhos estremeceram,fazendo com que me impactasse de uma forma brutal ao chão.Eu estava -agora- completamente á mercer de um ataque inimigo,perdendo absolutamente todo o controle que -á pouco- exercia sobre minhas pernas,parando alguns segundos para sentir o sangue,amigavelmente escorrer pelo canto do meu rosto e aparecer,novamente,pelas feridas das minhas mãos.Reconfortei-me:
"Quando tudo voltar ao normal,prometo levar vocês ao Guinss,lá é ótimo com hidromassagem"
Ri do meu próprio pensamento,me esquecendo de tudo ao redor,e perguntando-me se iria ao Guinss outra vez.
Nunca pensei em como iria morrer,na verdade,nunca pensei que pensaria futuramente em pensar de como minha morte haveria de acontecer,eu não tinha ,mas se tivesse escolha:Morrer de diabete num castalo de chocolate APENAS MEU,rodeada por galantes cavalos Cor-de-rosa;virar uma zumbi,infectar o mundo e depois ser morta,gloriosamente,pela Milla Jovovich ou pelo Brad Pitt;na minha casa,após se mordida por um morcego e comer maionese caseira;...no meu quarto,na mina cama,abraçada com o Sr. Pupy,meu ursinho mais que atencioso.
Fui interrompida dos meus pensamentos por rigorosos passos,há uns 70 metros de distância,inclinei levemente minha cabeça,podendo ver as pessoas -os guardas- ,me procurando nos arbustos próximos a eles.
Abaixei-me de uma forma voraz,assim,batendo minha cabeça ao chão,apenas sussurrei um "droga!",para não chamar a atenção,e certamente,meu plano foi um fracasso.
Tentava me movimentar apenas com meus braços - finos e largos- que me locomoveram 1 centímetros dos guardas.
"Grande ajuda"pensei
-Ali!

Gritou um deles e,antes que pudesse gesticular outro movimento ,eu já estava cercada,eram 1....4....7....9!nove guardasa me cercavam,formando um exato círculo,em minha volta.
Optei por ficar calada,afinal eram só homens,ARMADOS,e ainda havia,em mim,uma gota de esperança,talvez pudessem me achar muito feia e irem embora,talvez eles gostassem de loiras,e queiram preservar,talvez lá no fundo -bem no fundo- eles fossem homens bons,talvez eu não me machucasse,talvez eu devesse para de falar no pretérito imperfeito do subjuntivo.
Eles,se aproximavam passo por passo,lentamente,como se quisessem aproveitar o brilho horrorizado dos meus olhos,tentavam alcançar meu auto-controle e desligar os fios de minha consciência,me deixar completamente louca...foi quando vi,vi suas faces,tomados por sorrisos maliciosos e -ao mesmo tempo- psicóticos, uma mistura aterrorizante aos meus olhos.

-Não!s-se afastem de mim!

Gritei,fazendo quatro deles gargalharem.Um deles -alto,loiro de olhos castanho- estendeu seu braço esquerdo,quase na horizontal,fazendo com que,eles parassem,e direcionassem seus olhares a ele,preocupados aparentemente.
Uma parte de mim,queria gritar ainda mais,chorar,esta parte tinha a certeza que era apenas um jogo,um detestável jogo .Outra parte,a menos,confiava na hipótese de que estava salva,e que iria acordar do pesadelo.Me peguei desprevenida e dividida,como se estivesse dentro de uma cápsula,30% de água , 10% de oxigênio,e 60% de desespero.

-..Senão?- sorriu,fazendo que seus seguidores revirassem os olhos e suspirassem.

Ele apenas segui com seu misterioso e amendrontador processo de "passo a passo".

Continuaria a gritar,mas um deles -o mais próximo a mim- puxou meus braços,amarrando-os em uma corda,velha por sinal,e tampando minha boca com suas,nunca lavadas mãos.
Senti lágrimas rolarem,inocentimente,em minha face,diante da noite fria e cautelosa,das árvores aterrorizantes e monstros camuflados de humanos,apenas as lágrimas pareciam verdadeiras e ,tenho de admitir,surgiram no momento certo,mas não era uma ação desejada nunca por mim.

Não sabia,exatamente o que sentir,mas o sentimento dominava atualmente era de apenas....apenas uma angústia de não ter aproveitado a vida,como ela merecia.
-Tampe a respiração e feche os olhos donzela!

Uma voz,repentina ecoou nos meus ouvidos.Pelo que percebi os meus "companheiros" também ouviram e ,estavam prestes a procurar pelo tal,quando foi disparado um tipo de granada,que agregava uma fumaça,verde, percebi o objetivo da frase,tampei a respiração,percebendo que os guardas perderam-se uns dos outros e não havia mais ninguém me segurando,fechei os olhos.Senti,meu oxigênio se esgotar,e fui abrindo meus olhos com pouca cautela.

-..a senhorita,está bem?

Disse um rapaz,que ia se aproximando devagar a mim,a cada aproximidade,conseguia guardar mais detalhes, até ele se ajoelhar na minha frente,e apenas com uma tentativa,ele rasgou as corda dos meus pulsos,que já incomodava.

-Qual seu nome...?

Ele era ruivo,não tingido,mas aparentemente ele havia nascido assim,sua estrutura era de dar inveja,e seus ombros eram largos,criando uma postura exepcionalmente sexy,seus lábios eram rubros e finos, uma boca desejável e atraente,eu diria,e apesar de de toda sua postura,sua face exercia uma expressão meiga,tranquila, a névoa verde não deixava transparecer totalmente, ele tinha olhos verdes,incrívelmente claros.
Senti minha visão se apagar repentinamente,e logo após a sensação de cair ao chão.

Senti minha nuca arder, uma imensurável dor de cabeça e ,também uma formigação nas pernas.
Abri meus olhos,já estranhando onde adormecera e me acomodava atualmente,Ao longo de abrir os olhos,a visão reservada a mim era de um possível quarto,pequeno,abaixei o olhar e percebi que estava deitada em uma cama,com lençois brancos e felpudos,e também rodeada por travesseiros da mesma cor que exalavam um aroma agradável.A minha direita,se encontrava a gélida parede sem cor,com uma janela fechada,onde podia se ver,que ao lado de fora estava a nevar cativantemente.A esquerda,havia uma pequena cômoda,já gasta sua pintura e com pequenos arranhôes,sobre ela havia duas caixinhas lacradas e um livro -o que se era raro- ,que,de longe o título era alcançado por minha visão: "O pai rico
O filho nobre
O neto pobre"
Acima,havia um quadro,de uma senhora,não era uma fotografia mas sim uma pintura, era grotesco como ela fixava-se em me observar,como se fosse uma estranha...Mas espera...?!
Antes de qualquer ação,senti algo se aproximando do quarto ,me desesperei.Mas antes,pensei,em um travesseiro como defesa,não iria fazer um grande estrago,previa,mas eu conseguiria fazer uma desoxigenação no tal meliante.
Inclinei-me até conseguir sentar-me na cama,senti meus pés descalços torcarem o chão frio,e num movimento rápido peguei o travesseiro mais próximo, concentrada,posicionei-me á uma pequena distância da porta,na qual,foi aberta um segundo depois.Vi o começo do surgimeno do ser,avancei.

-AHHHAHHHH

Meus esforços foram em vão,por que?Quando avancei sobre ele,o mesmo apenas se inclinou para trás,e por zombaria do destido,ou não,o manisfesto deixou o pé,ô maldito pé!Impactei-me de face ao chão causando em mim uma ferida enfadonhamente grande e nada sustentável.Exagerado?Verdade!

-Érr...-pruiu a garganta,um tanto sacástico-....tudo bem..?

–Não,imagina!TÔ ótima!-zombei,desbruscando mais um pouco da dor interminável.

Eu rolava ao chão,gemendo ,e o próprio não entendia a mensagem na qual eu queria lhe passar,era simples,uma coisa do tipo "Eu estou morrendo aqui ,não vai me ajudar?!".Ainda de costas,implorava telepáticamente que me ajudasse, finalmete,ele pareceu entender,pois veio em minha direção,e se ajoelhou ao meu lado, segurou meus braços,levantando-me de uma forma lenta,até ficarmos da mesma altura,eu deduzi .Eu estava fitando o chão no momento,de uma forma que não conseguia fitá-lo livremente.

-Você está bem..agora?-reprimiu o sorriso,que insistia em brotar,tenho certeza.Com clareza,fui levantando o olhar,por que a curiosidade me exaltava,já tinha ouvido aquela voz de alguma lugar.

–Você..?!

-Sirius Brooks Robison,por favor,-era o mesmo ruivo,agora denominado Sirius,que me salvara dos guardas,pois não estaria aqui se...-E qual o seu nome,por acaso?

–Luna,Luna Pierce-disse incerta se deveria ou não confiar,mas surgiu aoutomaticamente-Como você...tipo,os guardas?o que aconteceu?
E...por que me salvou? e como sabia que estava lá?

– Na verdade...-suspirou-..não estava lá por sua causa,queria aqueles guardas-queria aqueles guardas?Vingador?-eu simplesmente encontrei você lá,e salvei-sorriu.

Como se eu quisesse!Tsc.

–Hã,eu estava com tudo sobre controle!

–Tão tá né?!-riu-Eu vi.Também,estava explícito que você já estava acabando com eles,imagina!

–..E...aquela granada?tipo,eles eram nove,e você com todo o respeito-V de Vingança-não parecia que poderia abater todos eles sozinho.

Tô feliz.

–Na verdade,você me ajudou -,se satisfez ao ver minha expressão confusa - Aquela granada,não era nada mais que gás com um líquido verde de tinta...

–Então...

–Isso mesmo,falei para você fechar os olhos e parar de respirar, eles provalvelmente pensaram que isso iria salvá-la.Mas -deu ênfase no A -só serviu com que eles ficassem sem oxigênio, cegos...e agora ,mortos.você também,estava quase morta,mas desmaiou,ai eu lhe trouxe para cá,por algum motivo do além.

Gênio,e prestativo.Realmente,nem em 1 milhão de anos eu pensaria em algo assim,claro por que,eu estaria morta,mas me intriga a dúvida de o Por quê da vingança,contra eles ao acaso?

-Mas,por que da vingança?por que estava atrás deles...Sirius?-seu nome saiu trêmulo da minha garganta,estava incerta,ainda-...se não for incômodo?-acrescentei

Suspirou desajeitado,sua expressão convencida havia se tornado,triste,inigualavelmente triste.

–..foi por causa de um amigo meu,um grande amigo aliás-abaixou o olhar- Tomas Finner.Ele foi morto pelos guardas,quando estava numa caçada,bem na minha frente,aqueles mesmos guardas...

Tomas Finner?O mundo a minha volta parou,ele era amigo desse maldito,um sujo desgraçado.Tomas era um dos destruidores de tudo,um tirano que não conhecia a palavra democracia e não optava por conhecê-la.Com essa informação,testemunhei a grande fúria que exalava meu interior,era explícito que Sirius era um deles,que não foi um acaso a minha grande salvação.
Sirius ainda falava e contorcia sua boca,e eu,não ouvia nada,com exeção do meu grande plano de fuga,por que apesar da grande coragem,força e agilidade que eu tenho né,sou incapaz de matar,seria fácil sair dali,teria apenas de correr para a porta e sair.É...esse era o plano.Intenso?Rigoroso?Impossível?Não para mim.Mas meu oponente,mostrou sua capacidade de identificar meus atos,um tanto,fácil.

-Pierce?...você está bem?

-Ótimamente ótima,Si-ri-us -sorri desafiante.O mesmo apenas ergueu as sobrancelhas,e me fitou,curioso - Que tipo de livro é aquele?Eles são muitíssimos raros,os livros!-montei uma estratégia avassaladora,certa.

-Foi um presente...-levantou-se de onde estávamos,e cautelo foi até lá-Meu pai e e.....

Levantei-me apressada e desajeitada,corri até a porta e a fechei com voracidade.A última coisa que havia visto no quarto era o olhar surpreso de Sirius,que me fez pensar em voltar,mas instintos,sabe como é.Do quarto havia uma pequena cozinha,com uma velha estante e um fogão de lenha,com algumas talheres sobre a pia impecável e alguns pratos exalando o aroma de calda de galinha.Isso também me fez pensar em ficar.Olhei ao lado esquerdo e lá se encontrava uma porta,velha e escura,não pensei duas vezes.Quando abri a porta ,uma intensa camada de vento sobrou contra meu corpo,arrisquei-me a adentrar no inverno penetrante.A cada passo que dava,sentia meu corpo pedir por socorro,dizendo que não queria mais.

Olhei repentinamente sobre meus ombros,mas sabendo que não havia ninguém na porta -á um metro de distância-,ninguém para opinar sobre o incrível ato de burrice que estava prestes a começar,ninguém.
Direcionei meu olhar a extensa massa alva que se encontrava a minha frente,olhei para os lados,e tudo que vi foi a claridade albugínea e delicadas geadas de neve,que tocavam meu corpo;fazendo-me arrepiar dos pés a cabeça.Devagar levantei meus pés descalços,arrependendo-me de não ter pego meus sapatos,e em singelos passos,segui em frente,cada vez me aproximando do nada,é...do nada.O vento não favorecia -aliás,eu estou no meio de uma tempestade,pff -batendo vigorosamente no meu corpo,encaminhando a geada em mim,deixando minha visão turva e meus braços dormentes.Olhei para trás,e não vi a casa,na qual não poderia me arrepender de tê-la deixado,só um pouquinho O.K.?Afinal,havia um bastardo lá,não poderia confiar,mas queria realmente.Havia algo em suas palavras que me deixavam intensamente calma,e agora,completamente perturbada.O que será que ele estaria fazendo agora?Será que está pensando em mim?Ou será que......Pera....por que estou pensando no maldito?!Ele é apenas um tolo,um bastardo,um arrogante,um perfeit...petulante! HAHAHAAHAHA(?).

Não sabia exatamente para onde ir,tudo parecia a mesma coisa,a mesma paisagem,os mesmos flocos de neve,os mesmos troncos já cortados e bagunçados,não sabia o quanto de tempo eu estava perambulando em meio a tempestade,mais era o suficiente para me fazer peder a racionalidade,e me derrubar fisicamente,no caso congelar.A cada instante,a geada ficava mais forte, a pouca luz natural ia se apagando,e minha visão ficando mais embaçada,forçei o olhar e percebi,que,não sabia onde estava.Bravo!Torcia mentalmente para que houvesse,alguém ali comigo para compartilhar minha intensa dor,e despreso por ter sido tão irracional.Como diabos eu sairia viva de uma tempestade,no qual eu não tenho um agasalho?Onde eu estava com a cabeça?No freezer?Entenderam a piada?...freezer...gelo?Não né?Ok,não teve graça .Meus remédios me fazem falta,descoordenada eu?A verdade é que acho que perdi meu direito de apelar,quando sai daquela casa,e agora me sinto desolada,afinal,não tenho a quem culpar a não ser.....o maldito plano,claro.
Andava arrastando meus pés pela neve,querendo intensamente descansar,dormir.Pela primeira doeu,não meu corpo,mas minha alma.Era um peso enorme,que trombava dentro de mim,sendo dele desconhecida a origem.Era insuportável.Tinha certaza.

De modo ríspido,pisei,com o pé esquerdo,no chão que estava coberto pela neve,interminávelmente interminável.Foi incrível,pode sentir calor pela forte trombada.Mas,foi um calor repentino e momentâneo,pois foi ligeiramente trocada pela dor que percorria,meu tornozelo,já vermelho pelo frio .Havia destroncado .Realmente,o mundo havia me favorecido bastante:ganhei,a algumas semenas atrás Bob's,um ursinho gato,do meu tio Will,que morreu dois dias depois,por uma macumba de sua esposa,por que descobriu que ele tinha uma vizinha,na casa de praia,que era sua amante,que foi trocada pelo Noxuely,quando meu tio virou homosexual;achei dez centavos na cama do Kentin,e dois reais em seu travesseiro...no mesmo dia!;Gravei o mesmo cantando Anitta,no banheiro...ah,de porta fechada!
Então,é claro que a maré de quase-sorte,seria afogada pela tsunami de azar previsível,Pelo simples fato de Eu .Estar. Congelando. No. Meio. Do. Nada. Com. O. Tornozelo. Destroncado. Com. A. Merda. Do. Traseiro. Coçando.

Cai.Incrivelmente fraca ao chão.Minha visão ficando turva.Meus pés congelando,junto ao meu corpo na mesma velocidade.Meu rosto vermelho e dolorido.Assim como a neve....estava caindo.E,assim como uma história...chegava ao fim.

Meus joelhos,acho que os próprios agora tinham motivo para parar,é como se estivessem esperando um motivo,uma fraquesa,uma abertura para entregar a dor que reprimiam dentro de si,e finalmente chegar ao chão.No mesmo momento senti meus braços igualarem o mesmo ritmo da dança dolorosa dos joelhos e o tornozelo,sendo apenas trançados pela forte pulsação dos meus pulsos e coração;principalmente o coração.
Escorei minhas mãos na neve,as mesmas quase sumiam na imensidão nívea,logo em seguida empurrar meus joelhos para frente,quase chegando na barriga.Fitei a neve,que de uma forma curiosa parecia alegremente me ver naquele estado "Mais uma vitíma" devia ter pensado ela afinal,direcionei meu olhar as medeixas loiras de meu cabelo agitarem-se no meu rosto perante ao vento passageiro.Se estivesse despreocupada,aquilo me faria dormir,se bem que sonhar é tudo o que posso fazer agora,diante de lábios tremendo,pés e braços congelando,tornozelo quebrado,imensa culpa,pulsos e corações pulsando e batendo rápido...dormir seria até uma boa idéia,mas acho que a dor me faria acordar,ou...nunca mais abrir os olhos.

Não era de se admirar que morresse congelada,afinal-

–"A neve branca brilhando no chão,sem pegadas pra seguir...,

Como dizia antes,afinal a única coisa-

– "...A tempestade vem chegando e já não sei,não consegui conter,bem que eu tenteeeeeeeei,"

Calma,Luna respira,respira.Como eu ia dizendo ou pensando,AFINAL -

– "Livre estou,livre estou!Não posso mais segurar-

–CALA BOCA,ELSA.NÃO TÁ VENDO QUE TEM GENTE QUERENDO MORRER AQUI NÃO,MOÇA?!

Gritei,tirando energia lá do canto mais obscuro do meu coração.

–Não atrapalhe a cena,cara .Agora eu estava indo fazer o castelo super mega power.

–Esta no lugar errado,aqui é outra cena,O.K.

Ela apenas suspirou pesadamente,e virou-se endireitando o vestido meio caidinho.
é sério como as pessoas podem ser tão sem noção,ainda bem que eu não sou assim,hein.
Quanto mais sinto dor,menos o tempo passa.É incrível a habilidade que tenho para coisas ruins,mas,fazer o que né bem?

–Você deu uma bronca na Elsa?Tipo,na do Frozen.Se quer chamar atenção coloque uma melancia com amoras na cabeça!

Virei-me lentamente,até encontrar o par de olhos intensos que me fitavam curiosamente,junto a um sorriso sarcástico.Encantador,mas ainda sim ele é um abusado!

–Pare de me olhar desta maneira,e venha logo,essa montanha abrigam muitos shreks.- Disse Sirius,revirando os olhos e me jogando um cobertor,muito,mas muito feio.

–Tipo,Shrek .Você não se refere a um ogro verde que vive com um burro chamado Burro né?

–São espíritos da montanha,inteligência rara.

–Ei nem vem,minha mãe disse que eu nasci com algum problema.-Apontei com o indicador para o seu rosto desafiador.UOU,rimou.

–Algum?

–Tá,tá.Muitos problemas.

Ele me fitou,e eu torci para não corar.Logo após ele deu uma risada abafada.Ele descobriu o corar imediato.Logo em seguida abaixou-se até meus tornozelos,analizando o machucado.

–Como você conseguiu fazer isso?

–Olha,tem umas coisas sobre mim que ninguém precisa saber,quando digo ninguém,incluo a mim também!-Disse e ele arqueou as sobrancelhas.

Ele me pegou no colo,em um gesto inesperado.Acho que nem ele mesmo esperava por isso,tipo salvar uma garota que tinha acabado de trair sua confiança,pera...ele não confiava em mim antes.Tá eu sei que sou muito boa-pinta,e meio bonitinha também,mas não acho que seja digna de tal ato.Baixando cavaleiros honrosos em minha alma.
Passei meus braços por seu pescoço,tocando sua pele nem tão quente nem tão fria,um meio-termo.Olhei seus olhos na esperança com que me explicassem o por que,mas ele apenas me fitou para logo após passar seus dedos sobre minhas palpebras,fechando-as:

–Durma um pouco,Pierce -Sussurou calmamente perto do meu ouvido.

Ainda de olhos fechados,senti seus músculos começarem a se mover .Mas apenas me mantive do jeito que estava;deitada em suas mãos,de olhos fechados,com imenso medo,afinal ele ainda pode ser um meliante.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo!

PS:Não se esqueçam de comentar!



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