Two Sides of the Moon escrita por Ireth Yávëtil


Capítulo 4
Practice in Plano


Notas iniciais do capítulo

Novamente me desculpem pela demora,mais eu estou sem computador e fica bem difícil eu postar,então eu vou tentar postar com mais frequência ,então sem mais delongas eu lhes deixo um capítulo novinho em folha .Aproveitem!



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"A loucura não é uma doença,é um dom ,que apenas os fortes podem ter"

– Morgana

"Era para haver luz ,mas só há escuridão.
O Sol está com medo,por isso se esconde.Seus raios de luz não nos aquecem mais,e isso,certamente,faz falta.As estrelas,fecharam seu teatro que iluminada o grande manto azul da noite.As flores,não dançam mais e,estão as mais agonizantes possíveis.Em meio ao caos,a única que nos acolheu foi a Lua,que tenta se manter de olhos abertos,mas...eu sinto,que logo eles irão se fechar."


Mais uma carta descrevendo a imensa tristeza afundada no caos,fala sério!.Há um mês atrás eu - gentilmente - constatei aos meus empregados que,colocassem uma urna no meio da cidade,para saber como vai a alegria dos escravos...quer dizer,do povo.
E de trezenquadrilhões de pessoas,responderam-me apenas 9!Além das cartas serem escritas no papel higiênico usado,a caligrafia tá horrível!Tipo,misturaram latim com coreano e depois puxaram para o grego-romano.Enfim...uma coisa de louco,as cartas são todas deprimentes,o que não era para ser assim.
Eu vivo alegrando este lugar,ontem,por exemplo, dei uma festa,para mim mesma,mas foi uma festa incrível,sabe.Festa,meios incríveis de se relacionar com o próximo.
As ruas não poderiam ser melhores.O céu fica mudando de cor,do preto para o cinza,e do cinza para o avermelhado - por causa da poluição,mas é segredo.O pessoal se fosse criativo,iriam fazer um boate á luz do céu.Depois iam fazer aqueles assovios que sai catarro para tudo quanto é lado,assim sairia algum som bacana.Mas as pessoas iriam ter que dançar de guarda-chuva.E quando tem chuva,ai situação fica maravilhosa.São uns correndo para um lado,outro correndo para o outro...daria um belo Jogo Pan americano

–Senhora?


Entrou o moreno na sala,sem modos,...não espera,senhora?

–Sabia que eu sou mais nova que sua mãe,pneu furado atolado na lama?!

Ele apontou o dedo indicador até uma pequena cômoda de madeira -Um quase presente- ignorando-me completamente.Estava apontando para os deprimentes rolos de papel higiênico acima dela,com o cenho franzido,consequentemente dando mais destaque ao par de olhos azuis claros .Reencostei - me na grande cadeira acinzentada e fria,aproximando os dedos até a borda do braço da própria.
O moreno foi se aproximando da cômoda ao lado esquerdo da sala,sentindo certo nojo ao dar cada passo.Até que parou a uma certa distância.

–Adivinha!-Disse prevendo a pergunta do ser.
–Humm,cantadas?
–Estou falando sério,pneu furado atolado na lama.
–Não cogitou a hipótese de ser elogiada por sua esplêndida magnitude apenas uma vez?

Quanta rebeldia desses seres,quem deu permissão para saírem da casinha?Não mata,Morgana,não mata agora.

–Uau...quem é o líder da rebelião? - disse,e a sala silênciou-se -Okay PFANL vamos ao que ente-

–O quê?PMRLE?-ele me interrompeu,tentando pronunciar a palavra distorcendo os lábios de uma forma ridícula em uma dança com a língua,mandíbula e bochechas.

–PFANL -disse
–PFENJ-repetiu de forma errada.
–PFAAA-NL-repeti com a esperança de não matar.
–PGEE-TL.

NÃO MATA,MORGANA,NÃO MATA AGORA!

–P - disse mais calmamente possível,ou seja, quase gritando.
–P - repetiu ele.Talvez dê certo
–F
–F
–A
–A
–N
–N
–L
–L
–PFANL!
–PFENJ!!!

Quase caí da cadeira.Este verme não pode cooperar? hã,é pedir muito God?Assuntos importantes estão por vir..calma lá.
–Então...-coçou a garganta firmemente - Outro problema...
–Continue - gesticulei a mão em um movimento horizontal.
– Luna de novo,não sei,mas está conseguindo a confiança de alguns camponeses - fala como se fosse um nobre,né querido?!- e parece que não vai desistir de confrontar o reino.Ela esta mais forte a cada dia e... não sei se as pessoas tanto nobres quanto camponeses se juntarem a ela...v-você,o r-reino n-nós...
–Informações,é isso que preciso,conte-me qual será seu próximo passo?
–Minerva Kozlovsky.Bruxa.Feiticeira.Maga.É ela que a Luna quer,segundo boatos.Talvez ela seja de ajuda para Luna,em alguma coisa.Ela mora na Floresta Morta.
– Você acredita nisso? - Cerrei os punhos com força,erguendo a sobrancelhas-Acredita na tal maga,e que ela pode ajuda-la?
– Luna acredita e é isso que importa.

Acreditar em simples magos.Luna.Pentelha ingênua.Vou ter que dar uma passada na Floresta Morte,não será ruim,afinal a palavra morte me contagia.

–Então?O que vamos fazer, My Lady?

–Ei -chamei-o num sussurro-Você gosta da morte?

–Não - respondeu seco.

–Ótimo.Maravilhoso,afinal.

"O silêncio não pode ser calado,pode apenas ser sentido."

– Minerva

Floresta Morta.Companhia,apenas os sons de pássaros e o canto silencioso das árvores dançantes ao vento forte.Ao luar, a terrível Floresta Morta se tornava o grande abrigo do Quarto Minguante,que encantava os olhos de qualquer ser que presenciasse tal espetáculo propriamente.Era incrível a intensidade da floresta e, grotesca a forma das pessoas acusarem-na.A verdade é que ela passaram muito tempo da vida delas lendo contos de fadas,que por ironia ou não,aconteciam apenas em lugares lindos e com nomes encantadores,príncipes e princesas adoráveis,errados eram aqueles que pensavam na beleza.O que contagia é a magia.Mas não de princesas que perdem sapatinhos de cristal dados por uma fada-madrinha,ou maçãs envenenadas que lhe farão dormir eternamente até o beijo de príncipe que nunca viu antes.Estou falando de sentir o vento passar pelo seu rosto,sentir o toque do amor,ver cores nunca vistas,sonhar e fazer de tudo para alcançar seus sonhos.O núcleo da verdade escrita e oral,esse é o verdadeiro sentido,é a verdadeira história.Que nunca poderá ser mudada,e todos ,absolutamente todos podem escrever a sua.

Cachos de cabelos loiros acabam com minha visão,além de serem atrapalhados,vivem dançando sobre meu rosto.
Há quase um mês e três dias que venho morar na Floresta Morta,e até hoje só conheço o quintal da velha cabana onde moro,e a própria.Mas fui tola ao sair de minha residência ás 18:00,para ir ao outro lado da floresta e voltar alegremente.Mas é claro,com qualquer dia normal,tinha que escurecer e a Lua tomar seu lugar perante aos olhos cansados da luz solar.Poucos os que suportam durante um dia cansativo de trabalho quase-escravo (ouviu Morgana ,Quase-escravo!),muitos os que preferem permanecer em suas casas tomando cerveja.
Meu objetivo era sair da cabana e procurar algumas ervas medicinais para vender as ruas ou nas fronteiras com Reino Belascvok,sei que é ilegal,mas a tempos não visitam a floresta,pelo o menos,desde que me aventurei nela.
Perguntam-me o por quê,sem antes de ouvir a resposta dizem que não é plausível,para os demais que entendam,sou uma maga,bruxa e feiticeira,conhecida assim,apesar de serem bem semelhantes.Também sou conhecidas em vários livros para criancinhas,como A Bruxa Que Faz Mingau Na Floresta e como o Monstro Do Lago Ness,mesmo sem haver lago na região.E também...

...
–Ora,ora,ora...que noite linda, não é,Minerva?

A voz rouca e amedrontadora ecoou pelos quatro cantos do largo porém curto corredor de pedras e solo rasteiro.
A loira estava escorada em uma árvore olhando fixamente ao brotar de Lua.Movimentando o polegar e indicador como se quisesse criar faíscas e ver seu próprio punho fumegar.O que ao ver seu olhar de psicopata não parecia uma ideia impossível.

Qualquer fosse o perigo,teria de esconder meu medo.Apenas pergunto-me se consigo.
Em um vulto negro,ela apareceu atrás de mim.Podia ouvir sua respiração bater em meu ombro esquerdo me observando como se fosse um soldado do exército.

–Q-Quem é v-você?

Gaguejei praguejando ter feito tal humilhação,e temendo que ela percebesse minhas pernas bambas, minhas mãos trêmulas.Temendo que ela percebesse meu medo.
A mesma apenas gargalhou,uma gargalhada satisfatória aliás,o que quer dizer que ela já descobriu.
A noite tremeluziu,informando-me automaticamente,que estava sem minhas poções.Havia descarregado tudo para dar mais espaço as ervas..péssima idéia,eu sei.

–Muitos me chamam de como mesmo?...aé - ouvi um estalou de dedos,como se tentasse se lembrar de algo,no caso,de como as pessoas a chamam-,de Rainha Das Trevas,Imperadora Do Mal,Imperatriz Sombria...-Quem é essa louca?nunca havia ouvido falar nestes nomes antes,assim franzi o cenho -Aff,desenformados!eu mereço -resmungou ela.Eu até poderia rir se seu olhar não estivesse cravado em minha mente - Mas você pode me chamar de ...Morgana...

Ela sussurro seu nome.Mas foi como me dizer minha morte.Não,não pode ser,tão maldosa Morgana.Níveis de poder elevados do que todos os seres.Intensa maldade.Era ela desde o princípio.Tudo de acordo com os livros.Olhar.Face.Tudo.
Embora não fosse minha intensão,lágrimas escorreram em meus rosto,limpando a sujeira e caindo nos cabelos loiros,mas além de tudo elas me mostraram o quão não preparada estava para os perigos da vida,o que eu sempre achei o contrário.
Não temia a fome,sede,morte...

–É sério? Você vai chorar?

Ela perguntou afastando-se de mim,logo dando um contorno e parando na minha frente.Ela estava diferente,com um olhar confuso,perdido.Bipolaridade do caramba.

–O que você quer de mim?

–Não é nada tão grande assim, - ela sentou-se no solo rasteiro, com,como posso dizer "perninha de índio",oferecendo-me,com a mão,um lugar ao seu lado.Sentei-me. - Eu estava andando por aí,de boa,ai pensei,"Nossa,existe uma maga,bruxa e feiticeira aqui na floresta,por que não visita-la,e pedir o corpo dela emprestado?",ai eu encontrei você aqui perdida,toda suja que nem um porco.

Ela me olhou de cima a baixo,com nojo,só por que estava um pouco...sujinha?

–Mas,não, por que eu confiaria em você! - Gritei,perdendo a noção do perigo - Você matou várias pessoas,abandonou este reino para as trevas,sujeira para a pobreza.Você não merece nada!Você é a repugnante desta história você-

Ela se levantou,já estalando seus dedos.O que me fez calar.Ela limpou o vestido longo,estalando o dedo mais um vez,o que fez-me segar.
Tentei empurra-la mas não sabia onde a mesma se encontrava.Parei e fiquei percebendo o silêncio do noite não vista.

–Durma...

Assim dito,assim feito.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado! E não se esqueçam de comentar
Até o próximo capítulo!



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