A Prometida escrita por Temperana


Capítulo 14
Where no one goes


Notas iniciais do capítulo

Oi, últimas notícias.
Autora da fanfic A Prometida morre após receber recomendação de Lone Wolf Shadow em sua fanfic. Testemunhas dizem que ela enfartou com tanta emoção.
É tipo isso que aconteceu comigo dona Lone Wolf Shadow. Muito obrigada pela recomendação querida, foi maravilhosa. Como pode receber morri, mas estou aqui viva novamente. Vá entender. Mas hoje o capítulo vai para você!
Também agradeço à todos os comentários maravilhosos no capítulo anterior e à raexgar001 por ter favoritado a fanfic. Vocês são demais, sabem disso!
Hoje na parada, Jónsi! Acho que todos vocês conhecem essa música. Sim queridos, inicia-se agora, Como Treinar o Seu Dragão 2.
Até as notas finais...



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Um ano depois...

Está é Berk. O melhor lugar escondido dessa parte do... Enfim, de qualquer parte. Olhando assim você não dá nada, mas essa pilha de rochas molhadas guarda algumas surpresas especiais.

A vida aqui é incrível. Menos para quem tem coração fraco. Porque diferente dos outros que se divertem fazendo entalhes ou tapeçaria, nós em Berk preferimos uma coisinha que gostamos de chamar de Corrida de Dragões.

Os dragões costumavam ser um problema para nós. Mas isso foi há cinco anos. Agora todos se mudaram para cá.

E pensando bem, por que não mudariam? Temos estábulos maravilhosos, comida de graça à vontade, um serviço completo de lavagem de dragão e até um sistema de prevenção de incêndio top de linha se me permite dizer.

É. Berk é praticamente perfeita. Todo o meu trabalho valeu a pena. E isso é uma coisa boa também.

Porque com os vikings montados nos dragões, o mundo ficou muito maior.

Soluço S.S. III

Corrida de Dragões. Um evento sem igual. A Corrida de Dragões virou uma tradição viking que nunca deixaremos de cumprir. Era especial.

Era mais uma corrida anual. Naquele ano, Soluço não apareceu. Não me deixava preocupada mais. Ele sempre estava com o Banguela, como diria Stoico, zanzando por aí.

Eu esperava ganhar, já que ele era o meu adversário mais forte.

O anúncio do nosso noivado, fez com que Melequento definitivamente desistisse de me conquistar assim por dizer.

E acabou que Cabeça Quente tornou-se a única solteira de Berk com a nossa idade. E assim uma competição interna instalou-se entre os pilotos solteiros. Chegava a ser doentio isso. E muito estranho.

Perna de Peixe e Melequento passaram a disputar por ela. E isso refletiu na Corrida. Eles pegavam as ovelhas e davam para os Gêmeos. Eu estava apenas com três ovelhas e eles com seis.

Eu discutia com o Melequento o tempo inteiro, o que não era novidade. Porém eu ainda tinha uma chance naquela corrida.

As ovelhas brancas valiam um ponto. E a negra, na última volta, valia dez pontos. Normalmente quem a pega vence o jogo. E quando a última volta foi anunciada eu me preparei para captura-la.

Porém, na hora em que eu pegaria a ovelha negra, Perna de Peixe e Batatão a pegaram. E deram para os gêmeos. Melequento e ele se envolveram num emaranhado de dragões e os gêmeos discutiam algo sobre glória.

Eu sorri. Não aceitaria perder. Eu era uma Hofferson. Fiquei em pé em Tempestade. Escutei Stoico gritar para que eu a pegasse. Pulei em cima de Bafo e Arroto e roubei a ovelha deles.

Foi até fácil.

Eu sorri vitoriosa e descemos em direção as cestas. Stoico gritou algo sobre eu ser sua futura nora e eu revirei os olhos. Eu coloquei a ovelha negra em minha cesta.

Todos aplaudiram e anunciaram a minha vitória. Eu fiquei em cima de Tempestade e gritei como todos os Hooligans. Passamos perto da arquibancada e eu cumprimentei alguns vikings.

Mais uma vitória.

*****

Enquanto eu retirava a tinta do meu rosto e do de Tempestade, eu pensava em Soluço. E isso não era uma novidade visto que eu pensava nele quase o tempo todo.

Como sempre ele estaria procurando novas ilhas com Banguela. Ele estava fazendo, ou tentando fazer o mapa de todo o mundo. Nada muito ambicioso.

Mas nesse caso, com eles podendo estar em qualquer lugar, o difícil poderia ser encontra-los.

Mas Tempestade estava acostumada a farejá-los, eles sempre sumiam. Eu montei nela e decolamos.

Tempestade avançou para o norte e o frio começou a aumentar gradativamente. Eu coloquei o capuz do meu casaco.

Sorri ao sentir aquela habitual sensação de liberdade. Lembrei-me de tudo o que passou. Eu não faria nada de diferente.

Eu avistei uma Ilha e Tempestade animou-se com ela. Eu imaginei que havíamos achado aqueles dois. Ela contornou um pequeno morro e eu vi os dois na beira de um pequeno precipício, sentados no chão.

Tempestade grunhiu animada anunciando a nossa chegada. Eles olharam e repararam em nós. Eu retirei o meu capuz e desci de Tempestade. Banguela correu até nós duas e recebeu o meu carinho.

–Oi Banguela. Cuidou bem dele não é verdade? – ele assentiu e passou a brincar com Tempestade.

–Boa tarde senhorita Hofferson, por onde andou? – Soluço levantou-se e me perguntou sorridente. Ele aproximou-se de mim e eu andei até ele.

–Ganhando algumas corridas das quais vocês escolheram não participar – eu disse dando de ombros.

–Quer dizer que você ganhou? Só por que não estávamos lá – ele disse e eu revirei os olhos.

Ele pousou suas mãos em minha cintura e me puxou delicadamente para mais perto dele. Eu senti sua respiração em meu rosto e com os meus olhos fechados eu sorri.

Ele tocou carinhosamente meus lábios com os seus. Eu coloquei minhas mãos em seu ombro. Como sempre, aquela sensação inexplicável apoderou-se de mim. Aquela sensação que não me permitia explicar o que eu sentia.

Aquele beijo pareceu durar uma eternidade. O nosso amado infinito. Embora tenha durado provavelmente pouco tempo.

Nós nos separamos e eu sorri para ele.

–Senti sua falta hoje – eu digo e ele sorri. – A pergunta certa é por onde você andou?

–Tive que evitar o meu pai hoje – ele diz. – E por isso viemos voar. E acabamos encontrando essa Ilha.

Olhei para o chão e vi o mapa feito por Soluço com todas as Ilhas que ele encontrou em suas loucas expedições. Peguei o lápis de sua mão e me sentei ao lado do mapa, ajudando-o a terminar o desenho da Ilha.

–Sovaco Cosquento? Sério? Não tinha nome pior? – eu perguntei para ele que riu. – E quando você vai me contar o que o seu pai te disse dessa vez? – eu pergunto. – Você sabe que não pode me esconder nada.

Ele suspirou fundo e se sentou ao meu lado. Encaro os seus olhos. Pareciam cansados e confusos.

–O meu pai disse para mim que precisava conversar seriamente comigo. Sinceramente, o seu dia começa bem e quando você escuta aquela voz poderosa falando que precisa conversar com você, no mínimo você fica receoso – ele diz.

–Com certeza. E você respondeu: “Agora não pai, eu tenho um monte de coisas para fazer.” – eu digo, imitando-o e mexendo os ombros, como ele sempre fazia quando ele estava nervoso.

–Eu não mexo os ombros assim – ele diz indignado e nós dois rimos. – Certo, às vezes. Mas então ele continuou dizendo que sentia muito orgulho de mim. E que não podia pedir sucessor melhor. Ele quer me nomear líder.

Ele diz meio trêmulo. Ficamos alguns minutos nos encarando. Eu sabia muito bem dos seus medos. Dos seus receios. E sinceramente, eu o entendia. Entendia que ele não queria ser como o pai.

–E o que você respondeu? – perguntei.

–Não respondi nada. Quando ele virou as costas eu e Banguela já estávamos longe dele.

–Entendo – eu digo. – Soluço, eu sei que você tem medo de se tornar líder. Sei que tem receio disso. Mas você devia ao menos pensar nessa ideia Soluço. Que Thor não permita, mas se algo acontecer com seu pai, você terá que assumir a liderança de um jeito ou de outro.

–Eu sei, eu nunca deixaria Berk nas mãos do Melequento, já que ele seria o próximo a liderar – eu faço uma careta e ele ri. – Mas eu não sei quem eu sou Astrid. Não sou parecido com o meu pai e nem ao menos conheci minha mãe. Como eu fico? Quem sou eu?

Ficamos em silêncio por um instante. Eu me aproximo mais dele e abraço a sua cintura. Ele beija o topo da minha cabeça e envolve seus braços ao redor do meu corpo.

–Soluço – encaro os seus olhos. – O que você está procurando, não está lá fora. Está aqui, no seu coração – digo, pondo minhas mãos em seu coração. – Talvez ainda não tenha sentido. Talvez ainda não tenha visto a resposta para sua pergunta.

Ele sorri e me dá um selinho.

–Você tem razão – ele olha para o horizonte e estreita os olhos. Ele levanta-se de repente. – Mas talvez tenha alguma coisa lá fora.

Encaro-o em dúvida e então reparo no horizonte. Fumaça. E onde há fumaça, há fogo.

Let the wind carry us

To the clouds, hurry up, alright

We can travel so far

As our eyes can see

We go where no one goes

We slow for no one

Get out of our way

Deixe o vento levarmos

Para as nuvens, apresse-se, tudo bem

Podemos viajar para tão longe

Como os nossos olhos podem ver

Nós vamos aonde ninguém vai

Nós voamos para ninguém

Saia do nosso caminho


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Notas finais do capítulo

Só para confirmar eu não morri.
Viram que eu mudei um pouco esse começo.
1: Tem a parte da Astrid, o que ela fez após a corrida.
2: Mudei os diálogos.
3: Sempre quis um beijo nessa parte, me julguem, mas essa parte merecia um beijo!
Vai ter muita modificação nessa parte da fanfic, mas espero que gostem e aproveitem muito isso. O casamento será depois de HTTYD2.
É isso o que eu tenho a dizer. Obrigada novamente Lone. Vou por o link aqui de Where no one goes, com partes do filme. Nostalgia aqui...
https://www.youtube.com/watch?v=I8wfe-qzGko
Beijos, Temp