A Prometida escrita por Temperana


Capítulo 10
93 Milion Miles


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos!
Não, isso não é uma visão, é sim um capítulo novo!!
Esse capítulo é em homenagem a linda da Jana, que não me disse que estava fazendo aniversário hoje! Então eu vou postar um capítulo para ela. Jana, muito obrigada por tudo que você fez por mim, por estar desde o início comigo. FELIZ ANIVERSÁRIO! Merece um capítulo amore!
Leiam e depois nas notas finais explico tudo...



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Soluço fez, na frente daqueles que haviam sido treinados para matar os dragões, o que ele não havia conseguido fazer no seu teste final.

Ele treinou o Pesadelo Monstruoso, que demonstrou total confiança nele.

Ele confiou o Pesadelo ao Melequento. Não concordei com aquela dupla, mas devido ao momento desesperador, certas medidas também desesperadoras deviam ser tomadas.

Afinal, o Melequento com um dragão tão poderoso como aquele dava medo.

Os gêmeos ficaram com o Zíper Arrepiante, já que eles possuíam duas cabeças e precisavam de dois cavaleiros.

O Perna de Peixe ficou com o Gronckle. Ficamos na dúvida se era macho ou fêmea e deixamos para descobrir isso depois, já que aquele não era o momento mais indicado.

Soluço me apresentou aquele Nader Mortal que eu havia machucado uma vez. A propósito era uma fêmea. Ela pareceu gostar de mim e Soluço confirmou isso. Segundo ele, os Naders eram mais do que leais.

Soluço pegou uma carona comigo, já que Banguela havia sido levado pelos vikings. Após alguns problemas para adaptá-los ao voo, nós partimos em direção ao Ninho dos Dragões.

–Espero que isso dê certo – Soluço diz. – O plano é o seguinte: eu preciso pegar o Banguela, pois temos mais experiências de voo e manobras para derrotar o dragão do que vocês, se me permitem dizer. Vocês tem o papel de distrair o dragão. De qualquer maneira. Acho que podemos fazer isso.

–É claro que vai dar tudo certo. Podemos fazer isso – eu o encorajo.

Os dragões sabiam o caminho até o Ninho, de modo que chegamos rápido até lá. Avistamos o grande dragão fora da Montanha. Os vikings inutilmente tentavam lutar contra ele.

–Atire – Soluço gritou, dando dois tapinhas no lado daquela que chamei de Tempestade. Ela atirou e os Hooligans lá embaixo nos notaram. – Vamos lá pessoal. Evitem a cauda grossa e com espinhos, assim como a cabeça. Elas são feitas para golpear e não quero ver ninguém caindo desses dragões. Façam bastante barulho e tudo o que puderem para distraí-lo – os outros foram em direção ao dragão. Soluço procurou pelo Banguela e o avistou em um dos barcos. – Lá!

Nós descemos e ele pulou no barco, correndo até Banguela.

–Vai lá e ajuda os outros. Eu já estou indo – ele me diz.

–Toma cuidado Soluço – eu digo preocupada.

Ele tenta soltar Banguela e eu saio para ajudar os outros sem saber se ele obteve sucesso. O dragão atira fogo nos barcos e meu coração dispara.

Comecei a ficar desesperada, pensando no que havia acontecido com Soluço e Banguela. Mas me acalmei, o máximo que consegui. Tinha que me concentrar no dragão.

Vejo Melequento em cima da cabeça do dragão, golpeando os seus seis olhos. Pelo menos ele fazia algo útil.

–Vamos lá pessoal! – eu digo.

Vejo Perna de Peixe cair, mas ele disse que estava bem. A cauda do dragão vira-se de repente e derruba os barcos incendiados.

Penso em Soluço no barco com Banguela e me recusava a pensar que algo havia acontecido com eles. Com ele.

Continuamos a despistar o dragão. Eu escuto então o barulho de um Fúria da Noite. Do Fúria da Noite. O Banguela. Eles estavam vindo. Eles estavam bem.

–Ele está vindo! Tirem o Melequento de lá! – eu grito.

Vejo os gêmeos tirarem o Melequento de cima do dragão. Eu comecei a descer, porém, com a boca aberta, o Morte Rubra (nome dado pelo Perna de Peixe) nos sugava para dentro dela.

Eu gritei e escutei o Banguela acelerar. Ele atirou no lado do dragão e eu caí da Tempestade, em queda livre. Vi ela sair da boca do dragão e sinto garras me pegarem. Banguela.

–Você pegou ela amigão? – Soluço pergunta.

Banguela olha para mim de cabeça para baixo e mostra o seu sorriso sem dentes. Banguela. Eu sorri de volta. Ele me vira e me deixa no chão.

–Boa sorte – eu murmurei.

Vejo Stoico chegar ao meu lado e pôr a mão em meu ombro. Ele estava preocupado e eu sorri. Embora ele tivesse aquele jeito viking, ele amava o seu filho.

–Ele vai ficar bem. Enquanto ele estiver com o Banguela ele estará bem – eu o tranquilizo.

–É isso que eu espero – ele diz.

Observo Soluço atrair a atenção do dragão que o seguiu até um labirinto de pedras. Banguela era muito mais rápido que o Morte Rubra, que era muito grande para ser veloz.

Ele subiu até o céu e sumiu nas nuvens. Ele estava com um Fúria da Noite que podia muito bem se camuflar. O Morte Rubra o seguiu, mas parecia não encontra-lo nas nuvens.

E então aconteceu. Escutávamos o barulho do Fúria da Noite e os tiros de Banguela. Mas como o dragão, nós não conseguíamos ver o Banguela.

O dragão atirou fogo para todos os lados e acho que eu parei de respirar. O leme do Banguela poderia queimar e eles cairiam.

Vejo um ponto negro descendo rapidamente do céu, seguido pelo dragão. Não podíamos ver o que acontecia com precisão.

Lembrei-me do que Soluço havia me dito sobre os dragões não serem a prova de fogo por dentro. E ele usou isso ao seu favor, atirando dentro dele.

O dragão começou a explodir de dentro para fora. Porém eu não conseguia mais ver Soluço e Banguela.

Só via fogo e mais fogo, parecendo um mar. O dragão atingiu o solo e fumaça tampou nossa visão. E nem sinal de Soluço ou de Banguela.

Eu saí correndo em direção a fumaça. Stoico corria mais rápido, pois as lágrimas invadiam a minha visão e me atrapalhavam.

Vimos Banguela no chão. Ele parecia desmaiado. O leme quebrado e todo o equipamento também. As lágrimas rolaram em grande quantidade pelo meu rosto.

Não sei em que momento caí, mas me vi ajoelhada no chão. Eu não podia viver sem o Soluço. Eu não podia.

Naquele momento eu vi que não éramos só amigos. Erámos algo maior. Eu amava Soluço. Eu o amava para sempre. E a dor da possibilidade de perdê-lo era grande demais para que eu pudesse suportar.

Stoico se ajoelhou em frente a Banguela que abriu os seus olhos. Ele parecia cansado, parecia sentir dor.

Senti pena daquele dragão guerreiro. E Stoico colocou a sua mão na cabeça do dócil Fúria da Noite.

–Me desculpa – ele disse.

Ele pedia desculpa por ter o prendido e o obrigado a ir até ali. Stoico, o Imenso pedia desculpas a um dragão. Banguela desenrolou as suas asas. Envolto em suas patas, estava um Soluço desmaiado.

–Filho! – Stoico pegou Soluço em seus braços e tirou o seu elmo para escutar o seu coração. Prendi minha respiração. – Ele está vivo! Você trouxe ele vivo!

Eu sorri e as lágrimas que rolavam passaram a ser de alegria. Ele estava vivo. Eu sabia que se ele estivesse com Banguela ele daria um jeito de salvá-lo.

–Obrigado por ter salvado a vida do meu filho – Stoico diz emocionado a Banguela.

Todos os vikings gritam em comemoração. Eu corri em direção ao Stoico e me ajoelhei ao seu lado. Ele me abraçou, como um pai.

Olhei para Soluço adormecido. Ele era um herói. O nosso herói.

*****

Passou-se vários dias depois da luta contra o Morte Rubra. Soluço convenceu todos os vikings que podíamos conviver com os dragões.

E com a ajuda daqueles que montaram dragões na luta, Berk mudou o seu jeito de ser naqueles dias.

Os vikings mostraram que podíamos conviver pacificamente com os dragões. Os dragões nos ajudavam em várias tarefas a partir daquele momento. E parecia estar acontecendo uma grande revolução na Tribo Hooligan.

Soluço ficou desacordado durante todas essas mudanças. Mudanças feitas por ele. Pois ele era para todos o nosso maior herói.

Soluço infelizmente teve que amputar a sua perna esquerda. Banguela não teve culpa é claro, afinal o salvou do fogo. Mas comparado à vida, aquela era uma perda pequena.

Agora, Soluço não tinha a perna esquerda e Banguela não possuía o leme esquerdo. Talvez aquilo intensificasse a ligação daqueles dois.

Quando Soluço acordou, ficou impressionado e acima de tudo muito feliz com as mudanças. Eu corri até a frente da sua casa ao vê-lo bem.

Eu possuía um sorriso enorme no rosto e quando ele me viu também abriu um lindo sorriso. Eu o abracei com força. E ficamos abraçados por um longo tempo.

–Você nunca mais faça isso comigo. Nunca mais me assuste desse jeito – eu digo para ele, ainda o abraçando.

–Eu vou tentar ficar longe de dragões gigantes ou do fogo – ele diz. Eu rio e encaro os seus olhos.

–Não brinca comigo – eu aponto meu dedo para ele. – Você sabe do que sou capaz senhor Strondus.

–Com certeza senhorita Hofferson – ele diz.

Eu sorrio e beijo sua bochecha, voltando a abraçar Soluço.

–Fúria da Noite! Abaixem-se – um viking gritou.

O Banguela apareceu com seus olhos dilatados. Ele não saiu nem um minuto de perto do Soluço. Ele pulou em cima de alguns vikings e eu e o Soluço rimos.

–Vai lá Soluço – Bocão diz e lhe entrega o novo equipamento de voo do Banguela.

Os outros, agora pilotos de dragões, chegam também com os seus dragões. Dente de Anzol, o Pesadelo do Melequento, Batatão, o Gronckle do Perna de Peixe (que a propósito não sabíamos se era macho ou fêmea) e Bafo e Arroto, o Zíper Arrepiante dos gêmeos.

–Uma pequena corrida? – eu pergunto a Soluço. E monto em Tempestade.

–Por que não? Sei que você gosta de perder – ele diz.

Sorrio desafiadoramente. Ele não conseguiria me irritar. Não com ele bem ao meu lado.

Está é Berk.

Neva nove meses no ano e nos outros três caí granizo. Tudo que é cultivado aqui é duro, sem sabor. E o povo que vive aqui é mais ainda.

A única coisa boa são os nossos animais de estimação. Sabe, em outros lugares as pessoas têm pôneis, papagaios. Mas nós temos dragões.

Soluço S.S. III

Every road is a slippery slope

But there is always a hand that you can hold on to

Looking deeper through the telescope

You can see that your home's inside of you

Toda estrada que é uma subida escorregadia

Mas sempre há uma mão na qual você pode se segurar

Olhando profundamente pelo telescópio

Você pode perceber que seu lar está dentro de você


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Notas finais do capítulo

Ah, pois é. Assim acaba.
FINALMENTE A ASTRID SABE QUE ELA AMA O SOLUÇO! ALELUIA! DEMOROU, MAS AGORA ELA SABE!
Enfim, eles não começaram a namorar nem nada do tipo. Mas, o próximo é de longe o meu capítulo favorito. Porque... Não há palavras para descrevê-lo. Tenho certeza que irão gostar. Só para adiantar um pouco... Passagem de três anos... FAÇAM SUAS APOSTAS!!
Muito obrigada por tudo. Vocês são demais!
Link da música do Jason Mraz: https://www.youtube.com/watch?v=u5WiqJFq2-o&spfreload=10
Até o próximo, Temp