Nada além do amor escrita por Mony Olivers


Capítulo 24
Drama de Lisa


Notas iniciais do capítulo

Mais um! Espero comentários neste capítulo.



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As coisas mudaram de figura, Lis virou líder de torcida e do coral, ela continuava uma menina exemplar nos estudos, mas suas atitudes mudaram um pouco, eu estava incomodada com isso por diversas vezes eu busquei auxílio de Finn que me dizia ser perfeitamente normal a atitude dela, por mas mudada que esteja ela nunca destratou ninguém ele me garantiu. De certa forma ele me reconfortava.

– Mãe tem festa hoje lá no pier.

– E ?

– Eu vou.

– Você sabe o que eu disse sobre festas dia de semana.

– Mãe qual é? Vai dar um de mamãe exemplar agora?

– Eu sempre fui uma mãe exemplar.

– Tem certeza?

– Lisa Annie Berry quando eu deixei faltar algo pra você?

– Nunca.

– Quando eu deixei de estar presente na sua vida?

– Nunca.

– Quando eu te neguei alguma coisa que você queria?

– Nunca.

Ela baixou a cabeça.

– Eu não estou gostando das suas atividades ultimamente, você não é mas a filha orgulho que eu tenho.

– Não tem mais orgulho de mim?

– Não, dê você eu tenho, mas dessas atividades populares aí não, isso é lá no seu colégio com os seu amigo, comigo não.

– Mãe.

– Mãe nada você sabe que eu tenho razão, eu sempre te disse o que espero de líderes de torcida, você me jurou que não seria uma dessa, mas vejo que esse juramento falhou.

– Mas meu pai apoio.

– Ele apóia eu sei, aliás ele tem sido a amiga que você era.

– Como assim?

– Lisa reflete nos seus últimos atos e vai perceber o porque, e outra quer ir à essa festa, vai, mas saiba que eu não concordo e muito menos Finn.

– Ele não sabe.

– Ah não? Então porque será que ele me ligou e disse que haveria uma festa da Luna no pier.

– Como ele sabia?

– Pergunta pra ele. E saiba que estou decepcionada com você.

– Por que? Por que eu não sou a filha perfeita?

– Ninguém é perfeito neste mundo Lisa.

– A você queria que eu fosse um boba igual você era, uma desconhecida, alguém que o povo usava por briguinhas idiotas , alguém que as pessoas desprezavam, alguém que não tinhas amigo?

– Parabéns Lisa - Disse segurando as lágrimas - Você está bem diferente de mim, esta no caminho certo.

– Mãe, desculpa.

Sai da sala deixando ela lá, mas tarde fui até seu quarto já era noite.

– Vou sair.

– Pra onde?

– Vou dar uma entrevista.

– Tá bom.

Fui pra tal entrevista, no meio dela comecei a me sentir mal.

– Ana ?

– Fala Rachel.

– Não tô bem.

– O que se tá sentindo?

– Tontura.

– Vem sentar aqui.

Me levaram até uma cadeira e me deram um copo de água, senti um forte aperto no meu coração, me desesperei porque a primeira coisa que me veio a cabeça, Lisa. Peguei meu celular imediatamente e liguei pra Santana.

– Relaxa Berry ela deve estar bem.

– Por favor.

– Tudo bem, vou dar um olhada lá e já te ligo.

– Obrigada!

Aqui me tranquilizou, terminei a entrevista e percebi a chamada perdida de Santana retornei.

– Fica calma.

– O que houve?

– Como eu vou dizer isso, a Lisa saiu.

– Ela saiu ou sumiu?

– As duas coisas.

– Era de se esperar.

– Por que ?

– Longa história, obrigada Santana, já estou indo pra casa.

– Não vai se desesperar pelo desaparecimento da Lis?

Santana se mostrava muito nervosa.

– Eu sei onde ela está.

– Como?

– Ela me disse que iria.

– E você deixou?

– E eu mando alguma coisa nessa nova fase dela?

– A Lisa precisa aprender pela gente, porque se ela aprender por eles a coisa vai piorar.

– Posso te dizer uma coisa?

– Fala.

– Acho que ela já aprendeu por eles.

Detestava assumir, mas eu estava com pressentimento ruim e sabia que seria com a Lisa, só não fazia idéia do que.

– Rachel? Se tá chorando?

Nem havia percebido que de meus olhos saiam lágrimas.

– Eu sou uma péssima mãe, eu sei que alguma coisa vai dar errado hoje.

– Rachel para, vai atrás dela é o melhor a se fazer.

– Tem razão.

– E não diga que não é uma boa mãe, você é a melhor que eu já conheci, talvez Lisa não percebeu ainda nesta nova fase dela.

– Obrigada Santie.

– Dinda é pra isso.

Desliguei o telefone, peguei minha bolsa e sai daquela emissora, peguei um taxa e dei o endereço do tal pier.

– Alô.

– Finn?

– Oi Rachel.

– Me encontra nesta festa no pier.

– Aconteceu algo?

– Acho que sim, a Lisa tá lá.

Okay em 20 minutos estava lá, assim que desci do carro encontrei Finn. Fomos em silêncio até as amigas que eu conhecia.

– Emma, Cassi?

– Srt. Berry.

– Tudo bem meninas ?

– Tudo.

Responderam em unison o que eu pergunto.

– Sabem da Lisa?

– Eu havi mas cedo - Diz Emma.

– Ela estava com a Jullye - Diz Cassi.

– Quem é Jullye?

– A nova melhor amiga dela - Diz Emma.

– Vocês viram se ela já saiu?

– Não.

As duas respondem juntas, porém antes mesmo da conversa acabar ouvi gritos vindo de um casinha no centro da festa. Eu e Finn corremos até lá, quando entrei e vi o que acontecia desejei nunca ter voltado pra Lima, desejei nunca ter incentivado Lisa a ser líder de torcida, se o final dessa história fosse semelhante a minha. Finn voou em cima do garoto que tentava fazer algo com a Lisa, minha filha gritava e tremia, naquele momento pude ver a expressão de ódio que Ian levava a face. Corri até Lisa.

– Filha, Shiii mamãe está aqui.

Ela continuava gritando e chorando, quando a apertei em meu abraço ela foi se acalmando. Eu chorava junto com ela, peguei o meu casaco e coloquei por cima dela que a essa altura está sem nada,peguei a sai dela que estava jogada no canto do quartinho e a ajudei a vesti, abracei novamente e pedi incessantemente para Finn para de bater naquele aluno e nos levar pra casa. Coloquei Lisa no banco de trás deitada e fui sentada na frente segurei a sua mão, eu chorava sem parar.

– Rachel...

– Eu me sinto uma péssima pessoa, como pude deixar isso acontecer?

– Rachel não tem como prever essas coisas, infelizmente aconteceu.

– Eu sabia que isso não ia dar certo, eu sabia.

– E alertou a ela, mas ela não ouvia ninguém.

– E agora ? Como ela vai reagir a isso?

– Eu não sei, mas sei que vai precisar de você do lado dela.

– Se ela me quiser né.

Apoiei meu cotovelo na porta e coloquei a mão na minha cabeça.

– Claro que ela quer.

– A gente brigou feio hoje.

– O que ela disse?

– Que queria ser alguém na escola, que não queria ser uma eu da vida.

– Rachel ela disse de cabeça quente, ela te ama muito, só está numa fase de descobertas, não está sabendo lidar com tudo o que senti .

– Espero, não aguentaria perder a Lis.

Finn apertou a minha mão.

– Não vai.

Chegamos em casa, Finn a levou até o banheiro e eu dei um bainho nela, vesti a roupa mas larga que ela tinha, Finn me ajudou a colocar-la na cama e ela dormiu, durante esse processo observei marcas roxas dela, e também que ela havia bebido algo muito forte.

Fui pra sala e lá desabei no colo de Finn, ele era o que eu mas precisava naquele momento, as horas foram se passando, eu fiquei com Lis metade da madrugada, mas Finn quis terminar a noite com ela, fui pro meu quarto e lá desabei chorei até dormi.

****

Minha cabeça doía, uma vontade infeliz de vômito me tomou, quando pensei em levantar meu corpo doía, meu Deus o que está havendo comigo?, quando abri os olhos puder ver meu pai me olhando, seus olhos estavam inchados e vermelhos, ele chegou perto de mim e me deu a lata de lixo, agarrei ela e depositei tudo que estava no meu estômago e um pouco mas ali, ele segurou meu cabelo enquanto eu fazia o trabalho sujo, ao fim ele me deu um pano e eu limpei a minha boca.

– Pai o que houve?

– Você não se lembra?

– Lembrar do que?

Ele tinha lágrimas nos olhos, de repente me veio todas as lembranças do dia anterior, eu fui ficando cada vez mas nervosa, lembrei da briga com a minha mãe, lembrei que fugi de casa pra ir a festa, e me lembrei da festa, aquilo me matou eu chorava compulsivamente nos braços do meu pai, não fazia idéia do que havia acontecido depois ou como vim parar em casa.

– Pai?

– Oi.

– Como eu vim parar aqui?

Minhas lágrimas rolavam pela minha face compulsivamente.

– Sua mãe me ligou, e disse pra eu encontrar com ela lá no pier.

– E como me acharam.

– Você gritou, nos corremos até onde estava.

Eu não queria saber o que aconteceu era muito humilhante.

– Ela tá bem?

– Acredito que não, ela está dormindo.

– Imagino que ela nem quis olhar na minha cara.

– Esta enganada, ela te deu banho, te colocou pra dormir e ficou aqui com você, mas ela precisava dormir então eu fiquei aqui até você acordar e ela foi tentar descansar. Lisa ela está se sentindo culpada por tudo que aconteceu.

– Pai a culpa não foi dela.

– Mas uma mãe que se prese deseja que nada aconteça a seus filho, ela quer a dor pra ela, para só ela sentir aquilo, está noite ela se sentiu importante diante dessa situação.

Eu sabia que tudo que ele falava era verdade.

– O que aconteceu ontem, ou quase, serve de aviso pra você minha filha, ouve o que sua mãe te diz, ela já passou pela mesma situação e não deseja de jeito algum que você passe pelo mesmo.

– Eu sei pai.

– Então vem eu te ajudo a ir pro banheiro e lá você se virá, pode tomar banho na banheira quer ?

– Pode ser.

Eu estava mal por tudo, mas maiormente pela minha mãe, eu disse coisas terríveis a ela, mas foi ela que me salvou ontem.

– Filha não fica assim, ela já te perdoou.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem.!



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