Meu Anjo da Guarda. escrita por Mari Salvatore


Capítulo 9
Alergia?


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente 💕💕 mto obrigada as duas meninas que comentaram! Bom, o cap ta pequeno, mas o proximo eu tenho certeza que vcs vão gostar!



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"Não Elena, você não está exagerada" -repetia consigo mesmo. A ideia de ser atraente sem ser vulgar não a agradava nada. Elena sempre foi do tipo de pessoa que defini um modelo para atraente. E no caso deveria ser ela como ela própria gosta de se vestir. Não queria ficar parecendo uma pata desengonçada de vestido de casamento.
Mas a ideia de usar aquela blusa e aquele top croped mais colado no corpo que super-bonder entre duas coisas a deixava envergonhada.
E se Damon pensasse que ela estava fazendo isso por que gostava dele e queria atrai-lo para ela? O que na segunda parte era verdade, mas quando a primeira...
Olhou-se novamente no espelho. O Top era preto com decote V e realmente não permitia nem que ela respirasse direito por seu de couro. "Pra quem quer peitos turbinados". -ironizou. Para não ficar parecendo a mulher gato, colocou um shorts claro desfiado, também curto, mas nada menos do que super colado nele. Talvez a parte da cintura para baixo não deixasse Damon tão atônito. Mas a parte de cima o enlouqueceria. Calçou uma rasteirinha e apertou um pouco mais seus cachos antes de se dirigir para as escadas novamente.
Damon estava colocando taças na mesa, afinal não havia desistido de beber, então? Olhou de relance para a escada que fazia barulho enquanto Elena descia e voltou a fazer o que estava fazendo. Após perceber o que viu, arregalou os olhos e olhou para Elena novamente.
–Feche a boca,Damon. Seu veneno vai escorrer logo logo.
–Quando eu disse pra trocar de roupa eu... Quis dizer pra colocar roupa garota. -Damon se apoiou na mesa. -Até por que meu lado homem me diz que é um perigo ficar aqui com você vestida assim.
–Você tem um lado homem? Desculpa eu não sabia. -Elena zombou internamente da cara de bobo alegre que ele nem sabia que exibia. -Mas se é tão perigoso assim você podia vazar daqui. Ai eu coloco roupa.
–Eu sei o que você esta tentando fazer usando essas roupas, Gilbert. E não vai conseguir, apesar de ser bastante tentador. -falou Damon mais para si do que para Elena, que terminou de descer as escadas e se jogou no sofá.
–Que filme vamos ver?
–Como viajar com o mala do seu pai. -Elena sorriu ironicamente.
–Tá brincando né? -Damon olhou incrédulo para ela, que ligou a TV em resposta.
–O que? É um ótimo filme. -disse Elena voltando a atenção para o rapaz.
–Eu achei que poderíamos ver um romance. -a ideia de ver comédia não agradava Elena, mas a de ver romance era ainda pior.
–Damon... -Elena fitou-o com os olhos semi abertos. -Você é idiota assim mesmo ou fez cursinho? Não é possível que você ache que com toda a simpatia que eu tenho por você, vou tolerar assistir filme de romance. -Elena ironizou a parte da simpatia por que sabia que qualquer palavra errada a deixaria contra a parede, obrigada a aceitar que Damon ficaria ali. Quanto mais educada, melhor.
–Vai se ferrar. Um filme não custa e a programação quem escolhe sou eu. -Damon abriu a estante de Elena. -Eu trouxe alguns, mas sua mãe parece ter gênero de filmes melhores que aqueles idiotas que usam a televisão em casa.
–Você me mandou escolher o filme, Damon Salvatore. -Elena disse já irritada. "Droga" - pensou. Por que ele não colaborava?
–Porque achei que você sabia escolher filmes, Gilbert. -que intimidade ele tinha para citar meu sobrenome? -foi a primeira coisa que veio na mente de Elena.
–E eu sei. Mas o que? Você vem na minha casa, pra usar minha televisão, e eu tenho que acatar as suas ideias? Nunca. -Elena levantou-se do sofá, caminhando até Damon e ficando de frente para ele.
–Ninguém mandou você armar aquela papelada ontem, sua chatinha. -Elena rolou os olhos, enquanto Damon dava meia volta e voltava para a cozinha. -Vou terminar o jantar. Romance, Eleninha.
–Eleninha o caramba. -gritou Elena, jogando uma almofada que infelizmente não acertou a cabeça de Damon.
...
–Talvez seja melhor pedir uma pizza. -observou Elena da porta da cozinha. -Estou morrendo de fome e não confio em você.
–Para de me apressar garota. Não é todo dia que um homem gatão como eu cozinha pra gente chata igual você. -estavam se provocando desde que o garoto chegara, e era a vigésima vez que Elena verificava o relógio. Onde seus pais haviam se metido?
–E o que é que tem pra comer? Se é que você não envenenou a comida, Salvatore. -observou Elena, ainda na porta.
–Não. Ainda tenho uma semana pra te irritar. -"quase uma semana"- completou Elena mentalmente.
–Ah, e quanto ao tal da gente chata, mister lindão da culinária. Você está aqui por que quer. Não foi nem convidado. -entrou na cozinha e abriu a geladeira ao canto, retirando de lá uma garrafa de vinho.
–Vai beber?
–Não, vou jogar fora. -ironizou. -Obvio, Damon. Não posso ficar intediada a noite toda.
–Então vamos durar a noite toda? -provocou Damon.
–Depende dos seus assuntos. -Elena provocou de volta, ainda convencida de que daria um jeito de manda-lo embora. Alem do mais sabia que Damon se agarraria a qualquer brecha parecida com realidade que ela desse. -Mas eu duvido que você fale algo que preste, no fim das contas.
–Você vai se surpreender então, gatinha. -Damon mandou-lhe um beijo no ar e abriu o forno, retirando de la uma travessa com a provável comida da noite.
–Até que o cheiro está bom. -disse Elena se aproximando de Damon, que colocou a travessa em cima da bancada, tomando cuidado para não se queimar. -Bacalhau ao molho branco?
Tinha que admitir que aquilo havia a surpreendido e a deixado ao mesmo tempo com saudades do tempo em que sua mãe cozinhava e que almoçavam sempre reunidos no domingo. Na maioria das vezes com Caroline a mesa também, já que a mãe dela estava sempre trabalhando. Afastou rapidamente esse pensamento antes que se deixasse levar pela comida e pelo bom comportamento que não era característico seu, e teve uma ideia.
–Espero que você goste. Por que... Bom, foda-se o por que. -Damon revirou os olhos e se dirigiu até a porta. -Vou terminar de arrumar a mesa. Cuidado pra não se apaixonar pela comida.
–É mais fácil do que se apaixonar por você, idiota. -Elena sentiu vontade de jogar uma faca na cabeça dele, mas guardou sua vontade para que ele saísse logo dali.
Damon mandou dois beijos para Elena no ar, o que já estava a irritando, e deu as costas, deixando a garota sozinha na cozinha, com uma travessa de bacalhau aparentemente muito gostoso em cima da bancada. Talvez ele soubesse cozinhar. Mas esse era o problema. Ele. E ele era Damon, e como Elena odiava Damon desde sempre, não podia evitar ter ótimas ideias para acabar com toda a onda que ele estava tirando com a cara dela.
Abriu um dos armários da cozinha, observando que tudo estava no seu devido lugar. Se Damon usou os temperos da casa dela, havia deixado tudo organizado. Avistou um frasco de pimenta no fundo da segunda prateleira. "Obrigada pai, por gostar tanto de comida mexicana." Sua mãe e seu irmão sempre tiveram problemas com pimenta, mas seu pai sempre gostou, então comemorou quando achou o vidro ainda pela metade. Como Damon saberia que ela não era alérgica caso ela fingisse ser?
Pegou o frasco e abriu, sentindo o nariz pinicar. Aquilo acabaria com qualquer festinha. "Que dó da comida." - pensou enquanto derramava o conteúdo do frasco em cima do bacalhau.
–O que você tá fazendo Elena? -Damon chegou de repente na cozinha, fazendo Elena se assustar. Colocou o frasco de pimenta próximo a algumas outras bebidas que estavam de enfeite no balcão e virou-se para Damon, buscando demostrar cara de inocente.
–Eu estava observando sua mais nova feitoria, Salvatore. Talvez você me surpreenda com o jantar da noite. -Damon rolou os olhos sentindo a ironia não proposital na voz da garota. Era tão irônica com ele, que mesmo quando tentava soar verdadeira, parecia falsa e mal educada.
–Estava pensando em assistir um filme antes. Toda essa sua demora me deixou sem...
–NÃO! -Elena quase gritou, recebendo um olhar questionador vindo da parte de Damon. Tratou logo de se recompor e voltar a falar normalmente. -Quero dizer que estou com fome Damon! Poxa. Você me deixa aqui com o focinho na comida e agora não quer me deixar comer? -deu meia volta seguindo em direção a sala e se jogou desapontada no sofá. Verdadeiramente e ao mesmo tempo fazendo drama para Damon. Assistir um filme antes faria com que nada valesse a pena. Quinze minutos de jantar não faria diferença. Ainda teria que aguenta-lo durante o filme todo.
–Ta com tanta fome assim ou quer se livrar de mim? -Damon arqueou as sobrancelhas.
–Tanto faz. Vai dar no mesmo. -O idiota pareceu considerar o que Elena estava falando e pegou a travessa do bacalhau ala pimenta.
Colocou em cima da mesa e puxou a cadeira, a fazendo sentar. Ele havia pegado a garrafa de vinho e colocado metade para ela. Não pouco, mas não o bastante para que Elena ficasse bêbada. Para ele, suco de maracujá. Dava pra saber por que tinha um cheiro fortíssimo.
–Não confia em você mesmo pra não beber? -Elena tirou sarro enquanto ele sentava.
–Não confio em você Elena. Porque você trapaceia e joga sujo comigo. -Elena semicerrou os olhos e o fitou, esperando que ele desse partida e pegasse a comida. Queria ser a primeira a pegar, pra ter uma crise de alergia e vazar dali, já que a ideia da roupa não tinha funcionado.
–Coloca pra mim? -pediu.
–É... Claro. -Damon pegou uma das colheres e colocou um pouco de bacalhau no prato de Elena, que por sinal havia começado a se arrepender por estragar a comida, já que estava começando a ficar com fome.
"Hora de agir." -pensou Elena sorrindo internamente.
Pegou a talher e esperou que Damon se servisse. Então deu a primeira garfada no bacalhau e arregalou os olhos. Damon também arregalou os olhos, mas de susto. Okay. Além de arregalar os olhos, estava se abanando. Com certeza fizera de propósito, mas sua reação ao colocar a comida na boca foi totalmente verdadeira, nada falsa. Levantou-se rapidamente, indo até a cozinha beber agua, a tempo de ver Damon captar que havia algo errado e provar a comida, ficando vermelho, mas se compondo adequadamente. Olhou no vidro da cozinha e viu que estava vermelha. Mas nada de sinal da alergia que seu irmão e sua mãe apresentavam. "Ótimo"- pensou apesar de tudo. Bebeu agua, e continuou se abanando quando viu que Damon estava vindo, desta vez forçando a reação. Ele tinha que pensar que ela tinha alergia e que estava passando mal.
–Elena? Tá tudo bem? -Damon se aproximou dela, que estava apoiada na pia lavando a rosto.
–Não. -sua vontade era rir da cara de bobo do Damon. Mas se preocupou mais em fazer sua cara de "estou bem mal".
–Elena?- a garota pendurou-se no rapaz.
–Eu tenho... Alergia a pimenta, Damon... -falou devagar. Damon arregalou novamente os olhos e a segurou pela cintura, passando os braços ao redor do ombro de Elena.
–Respira, Elena. Vou te levar pra sala e chamar um medico.
–Não. -de novo, Elena falou mais alto do que deveria. -Não chama um medico... Me leva logo pra sala e me coloca no sofá, eu fico bem.
Damon caiu como um patinho, e depois de cinco minutos respirando falsamente devagar, Elena se pronunciou, pronta para manda-lo embora, mas dando parabéns a si mesma por ter conseguido se passar assim tão bem por alérgica a pimenta.
–Damon... Pode ir. Eu vou ficar bem.
–Não, Elena. Vou chamar um medico, esperar sua mãe chegar em casa, qualquer coisa. Não vou embora. -O rapaz parecia impassível. "Some logo droga"- implorou mentalmente Elena.
–Para, Damon. Eu sinto falta de ar mais no máximo em dez minutos passa. Não sou assim tão fraca a pimenta. -Elena disse de olhos fechados. Queria levantar dali logo e pedir uma pizza.
–Tem certeza? - perguntou Damon, e Elena assentiu. -Sabe, eu não me lembro de ter colocado pimenta no bacalhau.
–Não vou cair nessa, Damon. -Elena ironizou, dando sua melhor carta do dia. -Você sabia que eu tinha alergia e fez por querer.
–Não, Elena, eu segui a receita, trouxe tudo e...
–Cala a boca, Damon. Não me faz ficar mais estressada. Eu vou melhorar. Some da minha casa por favor.
O rapaz tentou falar no mínimo umas dez vezes, sendo interrompido por Elena todas as vezes.
Por ultimo mostrou o dedo do meio pra menina deitada no sofá, e sem desconfiar de nada, abriu a porta e saiu, batendo-a violentamente.
Elena comemorou.


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Notas finais do capítulo

Se quiserem o proximo, por favor comentem !



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