─ Agora eu que te pergunto aonde vamos? ─ pergunto olhando para os lados

─ Você não quer se divertir? ─ Paulo pergunta e eu concordo ─ Então... Tô te levando para se divertir, só que do meu jeito... Vamos naquela loja ─ diz ele apontando para uma loja de acessórios, tipo bonés, óculos e jaquetas, e eu assenti.

─ O que nos estamos fazendo aqui? ─ eu pergunto já dentro da loja e ele coloca sua mão na minha boca como sinal de silencio e me abaixa para perto de umas roupas.

─ Fala mais baixo. ─ diz ele se abaixando também ─ Olha eu já fui expulso dessa loja e o dono disse que não quer me ver nunca mais ─ diz ele cochichando.

─ Mas, o que você fez? ─ eu pergunto cochichando.

─ Ah, brincadeira de criança. ─ diz ele dando de ombros ─ Mas eu vim aqui te mostrar essa loja.

─ Ok ─ eu concordo

─ Vai... Experimenta esse boné ─ diz ele me entregando um boné preto com aba em couro preto, escrito “Dark Wolf” em dourado, eu pego o boné e coloco em minha cabeça ─ Ficou gata ─ ele fala e eu dou um tapa de leve em seu ombro e o mesmo ri.

─ Ah, valeu... ─ eu digo olhando para o espelho apreciando o boné e vejo que Paulo me olhava fixamente. ─ Você não vai experimentar nenhum?

─ Pode ser ─ diz ele pegando outro boné, só que cinza com um nome escrito “Fixa” em 3D preto com detalhes de pregos, e colocando em sua cabeça, ele ficava realmente lindo com aquele boné, mas mesmo sem continuava lindo. ─ Como fiquei?

─ Ficou lindo ─ eu falo, mas ao mesmo tempo envergonhada e ele dá um sorriso.

─ Valeu, eu posso tirar uma foto nossa? ─ ele pergunta e eu assenti. Ele pega o celular, coloca na câmera, se posiciona na frente do espelho e fala para eu fazer uma careta e eu assenti. Depois ele coloca o braço em volta da minha cintura e tira outra foto, mas agora sem careta. De repente ouço uma pessoa gritando o nome de Paulo e vejo o mesmo se assustar, me cutucar e gritar ─ CORRE ALLY!!! ─ Paulo diz e começa a correr e eu sem pensar duas vezes começo a segui-lo, ainda com o boné na cabeça e ele também. Paulo corria desesperadamente, por enquanto que aquela pessoa que gritou o nome dele nos seguia correndo, e ouço alarmes tocando por estarmos saindo da loja com os bonés sem pagar e vários guardas correndo atrás da gente. Depois de um tempo correndo, percebo que estávamos em um lugar um pouco afastado do shopping, mas ainda dentro, olho para trás e não vejo mais ninguém e começo a me acalmar e vejo que Paulo também, me aproximo dele e falo.

─ Quem era aquela pessoa? ─ pergunto tentando achar fôlego e ainda assustada

─ Era o dono da loja, como eu disse, ele não quer me ver naquela loja nunca mais. ─ disse ele também tentando achar folego. Até que depois de um tempo nossas respirações já estavam normais. ─ Mas vamos admitir que foi engraçado né?! ─ diz ele rindo

─ Foi mesmo ─ digo eu rindo. E Paulo começa a rir mais alto ainda.

─ Do que você tá rindo en?! ─ pergunto curiosa

─ To me lembrado de você correndo, era muito engraçado. ─ ele começa a rir

─ Ei... ─ eu digo dando um soco leve em seu braço ─ Tá, eu admito que eu não saiba correr, mas corro mais rápido que você ─ eu digo e o mesmo me olha seriamente.

─ Serio mesmo?! ─ ele diz se aproximando de mim

─ É... ─ eu digo

─ É o que vamos ver ─ ele diz começando a correr atrás de mim. Eu tento correr mais ele é mais rápido, e me alcança. ─ Duvido que me alcance ─ Ele trisca em mim e eu começo a correr atrás dele, parecíamos duas criancinhas brincando de pega-pega. Ele continua correndo mais rápido do que eu, até que ele tropeça e me puxa junto me fazendo cair em cima dele. Nossas respirações estavam se misturando e nossas bocas a milímetros de distancia. Depois de alguns segundos naquela posição, ele resolve quebrar o silencio.

─ Tem certeza que você é mais rápida? ─ ele diz e começamos a rir. Ele se levanta, me estendi à mão, eu seguro e me levanto. ─ Ei, eu conheço um lugar muito legal e eu sei que você vai gostar, vamos lá. ─ ele fala e eu assenti.

Subimos a escada até o ultimo andar do shopping e ele me leva até um lugar com a vista para toda a cidade e era realmente lindo.

─ Eu sempre venho aqui quando quero relaxar, fico olhando as estrelas ─ diz ele vindo para perto de mim, e segurando no corrimão da grade de proteção, e olhando para a cidade.

─ Aqui é realmente muito lindo ─ eu digo e o mesmo se aproxima de mim.

─ Não tão lindo quanto seus olhos ─ ele diz olhando no fundo dos meus olhos, fico paralisada e não consigo falar nada, até que depois de uns segundos consigo pelo menos abrir a boca pra falar alguma coisa.

─ O-obrigada ─ eu digo envergonhada e gaguejando, e o mesmo dá um sorriso encantador para mim e eu retribuo e voltamos a olhar para a linda vista da grande cidade. Paulo começa a colocar seus braços em volta de mim, me abraçando e eu encosto minha cabeça em seu ombro. Começo a sentir pequenas gotas de agua caindo sobre minha cabeça, depois de um tempo já estávamos completamente encharcados pela chuva. Eu estava com frio, mas não queria que aquele momento acabasse, era tão bom sentir seu abraço, seus braços musculosos e quentes, literalmente, ao redor do meu corpo. Mas eu sentia que era melhor irmos embora, os meninos já deviam estar preocupados, pois já eram 20:16. Fiquei impressionada de quão tarde era, pois havíamos chegado aqui as 16:00 e depois só ficamos rodando o shopping. ─ Eu acho melhor nós irmos procurar os meninos, eles já devem estar preocupados. ─ eu digo me afastando de seus braços quentes e acolhedores.

─ É verdade... Vamos ─ Paulo fala e estende a mão para mim e eu entrelaço meus dedos aos dele e saímos à procura dos outros.