There is no "Until later" escrita por Elaine


Capítulo 1
Carta de despedida...


Notas iniciais do capítulo

seja como for, eu pensei nessa one com carinho pra vocês, mesmo que seja triste...



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A batalha contra a Tártaros havia sido complicada, difícil, vários membros da Fairy Tail morreram, uma dessas pessoas havia sido Lucy.

A Guild toda estava de luto por aqueles que haviam perdido suas vidas, quase todos choraram.

Wendy tinha dormido no colo de Erza de tanto chorar pela loira, a Titânia, mesmo com seu jeito durão, chorara por demais pela amiga perdida, Gray chorou apenas no começo, depois foi confortado por Juvia, que mesmo triste ainda tentava animar seu Gray-sama, Levy, a coitada foi levada por Gajeel e Lily pra casa por estar muito desnorteada.

O clima tenso e pesado estava sufocante, Natsu não aguentava mais ficar lá, era certo que ele estava triste, talvez até mais que qualquer um ali, mas não havia chorado, não conseguira derramar lagrima alguma ainda. Ele se levantou da mesa onde estava com seu grupo de missões e saiu do lugar sem dar nenhuma explicação. Precisava de um tempo sozinho, necessitava espairecer o amontoado de sentimentos que o estava corroendo.

Natsu andava sem rumo pelas ruas de Magnólia, esta perdido emocionalmente, ele tinha falhado em proteger sua preciosa amiga, sua parceira, e deixou que ela acabasse se sacrificando para salva-lo, estava se sentindo frustado e triste.

Nickelback - I'd Come For You

Quando se deu conta do caminho que tomava percebeu que já estava na frente do velho apartamento da loira.

Ele riu amargurado, sentia tanto a falta dela que acabou indo à sua casa, logo uns dos únicos lugares que ele não queria ir naquele momento, porque tudo lá apenas o fazia lembrar o que deixo que se perdesse, era ali que estava tantas das suas memorias de Lucy.

Sem pensar muito, ele já entrava pela janela como sem fazia.

[— Já disse para usar a porta, Natsu.]

Se Lucy estivesse ali, com certeza seria o que ela diria.

Mas ela não estava. E nunca mais estaria.

Natsu pulou pra dentro do quanto, rumou até a cama da loira e se deitou virado pra janela.

Ele abraçou o velho edredom rosa dela e respirou fundo o cheiro que tinha.

— O cheiro dela — comentou consigo e suspirou, não era só o edredom, o quarto todo estava impregnado com o aroma dela, tudo.

Ele se virou na cama ficando de frente pro quarto.

Tudo estava bem arrumado, exatamente do jeito que ela havia deixado. Cada detalhe no lugar do jeitinho que ela gostava.

Ele rolou os olhos pelo cômodo e pairou o olhar por sobre a mesinha.

Uma carta.

Ele se levantou e andou até la e observou melhor a folha, a caneta estava do lado e ao que parecia, a carta não estava terminada.

Curioso, ele puxou a cadeira e se sentou, pegou a carta inacabada, a unica carta que ela não poderia completar, e começou a ler:

"XX/XX/XXX" leu a data constatando que era o dia que Tártaros atacou, deu um suspiro e voltou a ler.

"Natsu, hoje eu tive um mal pressentimento, e me deu essa vontade de escrever pra você.

Não tenho muita certeza, mas algo dentro de mim diz que algo vai acontecer, não sei dizer oque é, só sei que estou com um pouco de medo sobre isso, por isso, decidi que devia escrever essa carta pra você.

Eu espero que eu esteja erra, assim eu poderei voltar pra casa e rasgar isso, mas se eu não estiver, se realmente algo vier a acontecer, por favor Natsu, apenas você, eu quero que leia."

Uma dor fininha apertou um pouco o coração do rosado, ela sabia que algo iria acontecer, mas se sabia, por que não o disse nada?! Por que guardaria apenas pra si?!

Talvez ela apenas não quisesse assusta-lo.

Mais uma vez voltou a ler.

"Eu fiquei imaginando o dia todo por que será que tenho me sentido tão incomodada com isso, eu não soube responder. Natsu, eu me perguntou se eu deveria ir embora, ah, bem, sabe, ultimamente tenho me sentido fraca perto de todos, acho que eu deveria ir treinar, será que se eu fosse, você iria comigo? Me acompanharia nessa jornada?"

— É claro que eu iria — respondeu a pergunta dela, mas agora parecia algo desnecessário, afinal, ela nunca iria treinar e ele nunca a ajudaria.

"Neh, Natsu, eu quero logo pegar outra missão e me aventurar por ai de novo com você e o Happy, já faz um bom tempo que a gente não faz mais missões só nós três, será que quando eu te ver de novo, a gente poderia ir? Sabe, estou me sentindo tão bem nesses últimos dias que a gente pode ir até andando se você quiser, pra aproveitar mais o tempo."

— É claro que nós podemos, iriamos de transporte, seria muito divertido — sorriu se lembrando de todas as vezes que fizeram missões juntos, no quão divertido tinha sido, e por algum tempo, ele conseguiu esquecer o que ele não poderia rever.

"Ah, mas também quero uma com o time todo, eu, você, a Erza, o Gray, a Wendy, o Happy e a Charly, todos juntos, vai ser bem divertido também.

Ah, outra coisa que acabei de lembrar, logo eu vou ter todo o dinheiro que eu preciso pra comprar a mansão dos meus pais, a gente podia ir junto comprar né, ai nós faríamos uma grande festa comemorativa com todo mundo."

— Ah, seria muito divertido mesmo, seria a festa mais animada da Fairy Tail — disse para Lucy, mesmo que ela nunca fosse ouvir.

"Ei, Natsu, mudando de assunto, ultimamente tenho me sentido meio estranha quando estou perto de você, não um estranho ruim, mas um estranho bom, é um calor que surge no meu peito e se alastra por todo o meu corpo, um formigamento que começa onde você toca e não para até me deixar inebriada.

Eu tenho que lembrar de te perguntar se você também sente isso."

— Ah, Luce — suspirou, ele se sentia do mesmo jeito e, agora, ele estava tão arrependido por não ter perguntado nada à ela antes, as mesma sensações, os mesmos pensamentos e desejos, o mesmo sentimentos.

"Na verdade, Natsu, eu sei muito bem o que é isso, sei porque sou uma escritora, e é claro que eu saberia, e é algo tão brilhante que chega enche meu peito por dentro.

Eu não vou te contar por meio da carta o que é, então, quando eu te ver amanhã, eu te conto, sim. Acho que você vai se surpreender quando eu disser o que tenho guardado à algum tempo. Posso até imaginar a sua cara de bobo quando ouvir o que eu tenho pra contar.

Hoje, uma coisa estranha aconteceu, sabe, eu fiquei pensando muitas besteiras, uma sobre te perder, e, bem, eu chorei um pouco, eu acho que não conseguiria viver sem você, me sinto até meio boba em perguntar isso, mas... Natsu, será que você pensa o mesmo sobre mim...?!"

O rosado comprimiu um pouco os lábios, seus olhos umedeceram, e ele se segurou pra não chorar.

Ele também nunca se imaginou viver sem ela, viver sem os seus sorrisos, sem os gritos, sem seu calor, sem as brincadeiras, sem... sem ela, e agora, ele estava sendo forçado a viver uma realidade sem a sua loira e o pior, era saber que nunca poderia ouvir o que ela iria dizer, porque ele sabia o que era, só que nunca poderia ouvir da boca dela, ele nunca poderia retribuir àquilo.

E pensar nisso o deixava quebrado, estava caindo aos pedaços.

"Ah, eu tenho tanta coisa pra te contar ainda, que quando eu voltar da Guild, eu termino, até logo..."

E acaba, a carta acaba ali, mas não teria uma próxima vez, acabou, tudo acabou antes mesmo de começar, Lucy tinha morrido, e nunca voltaria, era isso, Natsu a tinha perdido, ele perdeu tudo.

O garoto apertou um pouco a carta nas mãos e pequenas gotículas caíram sobre a folha, molhando-a e manchando um pouco as letras, as ultimas palavras que poderia ter da loira, Natsu se debruçou sobre a mesinha e mordeu a própria mão até começar a sair sangue, fez isso para não gritar.

Dor, muita dor, dor física e emocional.

Ele estava se achando um idiota por não ter dito nada antes. E um imbecil ainda maior por não a ter protegido, sua promessa mais importante e que ele não conseguira manter.

— Idiota, idiota, idiota... merda... — se xingava e chorava ao mesmo tempo — Lucy... por que não me chamou?! Era eu quem deveria ter te protegido, não o contrario. — soluçou — Lucy, por favor... volta... eu preciso de você... — murmurou em meio das lágrimas.

Lucy era a luz de Natsu, e sem ela para iluminar seu caminho, ele não sabia o que fazer, não tinha a força necessária pra continuar, ele nem ao menos queria continuar, porque sua estrelinha, sua pequena e preciosa estrelinha brilhante tinha sido roubada e ele não podia recupera-la, nunca.

De tudo que ele já havia feito, o que ele mais se arrependia era de não ter protegido a loira naquela hora e de nunca ter falado pra ela o quanto a amava, e que o que ele mais queria no mundo, era apenas ela e somente ela.


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Notas finais do capítulo

Bem, como eu não sei que dia a Tartaros atacou, deixei em XX/XX/XXX mesmoComentários me ajudam muito ta ^^



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