Pobre Homem escrita por Kika200


Capítulo 1
Capítulo Único




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Quando Jo lhe mostrou aquela fotografia dele á 60 anos atrás, Henry ficou nervoso. Abe disse a Henry “ Diz-lhe “. “Diz-lhe” oquê? Nada fazia sentido para a detetive. Ele olhou-a e puxou-a para dentro da loja de velharias, voltando atrás para rodar a placa de “Fechado”.

-Abe, nós vamos lá para baixo, vê se ninguém entra, ok?

O filho de 60 anos assentiu com a cabeça.

Depois de descerem, o inglês pediu á sua companheira para se sentar num banco ao lado da sua secretária com ratos dissecados.

-Tens noção do quão bizarro é levares o teu trabalho para casa, ainda por cima sendo esse trabalho, não sabes?

-Tudo na minha vida é bizarro…

Jo ,apesar de não saber o porquê, sabia que aquilo era verdade.

-Ok...Jo antes de começar, quero-te pedir que não te assustes.Por favor!

-Henry, estás-me a pôr nervosa.

-Bem...Eu não sou igual a ti nem ás outras pessoas.

Fez uma pausa.

-Henry! Vai direto ao assusto!

-Eu sou imortal.

-Como assim?

Jo não estava a entender nada.

-Quando me matam, não me matam realmente. Eu ressuscito no rio. Eu na verdade tenho ...200 anos.E..bem, Abe é meu filho.Eu e a sua mãe encontramo-lo na II Gerra Mundial e ficamos com ele.Daí aquela minha preocupação toda com o caso da mãe dele.

Jo ficou especada a olhar para Henry. Parecia chocada...ou seria antes surpreendida, talvez horrorizada.Perante o olhar dela, Henry começou a chorar, porque estava com medo de voltar a ir para o manicômio como há 200 anos atrás por ser incompreendido.

-Jo, eu compreendo se tu chamares alguém para me levar para algum lugar, um manicômio ou algo do gênero...eu já lá estive por isto mesmo.

Henry não parava de chorar.Não conseguia controlar o facto de ter medo de voltar a ser rejeitado.

De repente, Jo aproximou-se dele e olhou-lhe nos olhos.

-...Pobre homem!

E nisto deu-lhe um abraço.

O inglês não conteve as lágrimas.Estava-se a repetir tudo o que aconteceu com Abigail, quando esta descobriu á quase 60 anos atrás que Henry era imortal e lhe disse exatamente a mesma coisa que Jo.

Eles ainda se abraçavam. Nenhum deles queria terminar aquele abraço. Ambos se sentiam bem. Jo conseguia sentir as batidas do coração de Henry.Ela sentiu que tinha de dizer o que tentou no dia anterior e não conseguiu devido á interrupção de Abe.

-Henry...ontem ia-te dizer algo antes de ser interrompida.

-Sim, não acabámos a nossa conversa.-dizia tentando limpar as lágrimas que lhe escorriam pela face.

-Eu desisti da viagem para França porque...não era com ele que eu queria ir.

-Tu já disseste isso.

Então tudo na cabeça do Dr. Morgan fez sentido.

-Tu...querias era estar comigo, foi por isso que desististe.

A detetive baixou o olhar por uns momentos e depois acenou com a cabeça que sim.

-Eu amo-te! Não sei desde quando nem como, simplesmente percebo que não consigo viver sem ti.

Ambos olharam um para o outro por momentos. Henry também sentia isso desde que a viu, apesar de na altura estar a cortar um cadáver...que nojo! Jo olhava para a boca de Henry e este, inteligente como era, percebeu que era um pedido para a beijar.Não podia recusar. Os sentimentos eram correspondidos. Beijou-a de uma forma apaixonada, segurando a sua cabeça de forma delicada acariciando o maxilar com os polegares.Os lábios quentes dela contra os macios dele.

Ela começou a tirar o cachecol dele e a abrir a camisa dele.

-Tens a certeza, Jo?

-Sim!

Beijou-o outra vez e disse:

-Não achas que...bem...fazer isto há volta de ratos dissecados é um pouco, sei lá, nojento?

-Tens toda a razão, desculpa.Vamos lá para cima ,para o meu quarto.

Começaram a subir as escadas.Abe olhou para Henry mas ele fez-lhe uma cara do tipo “Deixa estar, vai lá”.Quando chegaram lá a cima, olharam outra vez um para o outro e depois continuaram o que estavam a fazer na cave.

Enquanto se beijavam, Jo desabotoava a camisa do inglês e tentava tirar o casaco para depois tirar a camisa. Henry, quase por instinto, começou a desabotoar a camisa delicadamente, com receio de ouvir um “Pára!” mas isso não se sucedeu. Era a primeira vez que ele a via sem camisa, aliás que viu no mínimo os braço uma vez que nunca usou T-shirts ,mas sim, sempre camisas.Ela tinha um corpo elegante e a sua silhueta era perfeita.Já no caso de Jo, esta já o tinha visto sem camisola, mas acabou por se sentir surpreendida na mesma, pois não havia mais nada que a abstraísse do que via á sua frente.

-Para quem tem 200 anos, até está em forma.

Ambos se riram.

Henry começou a andar devagar até á cama, para depois empurrar a detetive para a cama e se deitar em cima dela. Os dois tiraram as calças que ainda envergavam.

Assim foram aproveitando a noite de amor um para o outro como se mais nenhum problema existisse nas suas vidas.Quando terminaram, Henry olhos nos olhos de Jo deitados na cama virados uma para o outro e disse:

-Pobre mulher!






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