When Friends Fall in Love escrita por Johnlocked


Capítulo 5
Capitulo Cinco


Notas iniciais do capítulo

Olá lindezas. Capitulo novinho para vocês.



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Brooklyn, 8 Outubro de 1935.

O sinal tocou indicando o final das aulas. As pessoas andavam pelos corredores da escola entusiasmadas por faltar pouco mais de um mês para a formatura. Quase todos os alunos da escola já tinham um par, o comitê estava a mil com os preparativos do baile, e os professores estavam entrando em clima de despedida com os alunos do último ano. Peggy naquele dia me chamou para almoçar com ela, mas eu acabei recusando dizendo que tinha coisas para fazer em casa naquele dia. Mas na verdade eu não estava muito no clima, fazia dias que não conseguia tirar a conversa que tive com Bucky aquele dia que ajudamos o garoto no beco. Dos últimos dois dias para cá comecei a analisar se seria certo eu me abrir com Bucky sobre meus sentimentos, porém sempre que me convencia de que talvez fosse a coisa certa a se fazer, eu acabava voltando atrás com medo de perde a amizade de Bucky por causa disso.

No caminho de casa, acabei passado em frente um parque aonde tinha várias crianças de uns 7, 8 anos de idade brincando, dentre elas, duas me chamaram atenção, uma garotinha loira e um garotinho moreno um pouco maior que ela. Os dois estavam brincando juntos quando o garotinho pegou a garotinha por uma das mãos e deu um beijo nela, que ficou um pouco envergonhada, mas abraçou ele e o puxou para voltarem a brincar. Aquela cena me fez lembrar do dia do meu aniversario de 13 anos, quando eu dei meu primeiro beijo. No Bucky.

Flashback on

''Julho de 1931, Bucky estava na cozinha ajudando Sarah a terminar de fazer o bolo para Steve. Ele estava completando 13 anos naquele dia, e Bucky tinha dito que o garoto merecia um bolo para comemorar. Steve estava deitado no tapete da sala ouvindo uma música qualquer no rádio, não estava ligando muito por ser seu aniversário naquele dia, pois os anos passavam e as coisas quase nunca mudavam para ele, ainda era taxado como esquisito, zoado pelos meninos maiores, e era o único garoto da sala que nunca havia beijado. Bucky já tinha lhe falado para não dar atenção para os garotos, mas para Steve era difícil levando em consideração que esse era o principal motivo de ser zoado.

Sarah chamou Steve até a cozinha, aonde eles cantaram parabéns para o garoto e entregaram os presentes. Uma hora depois, Sarah deixou os dois meninos no quarto, e foi para o seu próprio descansar. Steve se jogou em sua cama mostrando total desanimo, Bucky percebendo isso, peguntou logo depois que se sentou na cama do amigo.

–Hey punk, porque esse desanimo, hoje é seu dia!

–Eu sei, mas não é nada.

–Steven, eu te conheço, não adianta me dizer que não é nada porque eu sei que não é verdade. Me conta, o que foi?

–Ah Bucky, acabei de completar 13 anos, ainda não tive meu primeiro beijo, todos da minha sala já tiveram, eu já estou cansado de ser zoado pelos outros garotos.

–Steve, é só você não dar atenção, eles são uns babacas.

–Você sempre me diz isso Bucky, mas não é fácil, eles sempre tiram onda comigo por causa disso, todo santo dia, não tem um dia em que '‘Steve nunca beijou ninguém’' não vira assunto na classe, eu só queria não ter que lidar mais com isso.

Bucky ficou olhando o amigo por um tempo. Já não aguentava mais ver o amigo triste por causa das zoações que ele sofria com os colegas de sala. Achava o amigo tão bonito quando sorria. Steve tinha um sorriso que contagiava a todos, e o que deixava ele ainda mais bonito, juntamente aos olhos azuis. Ele queria poder fazer alguma coisa, mas nunca sabia o que. Até que ele teve uma ideia.

–Hey, tive uma ideia, vem cá.

–Que? Que ideia?

–Uma para resolver seu problema, vem cá logo, senta aqui perto.

–O que você vai fazer, James?

–Eu vou dar seu primeiro beijo.

–O QUE? Bucky, você ficou louco? Não podemos fazer isso.

–Steven, relaxa, ninguém precisa ficar sabendo que foi eu quem te beijei. Só confia em mim, okay?

–O-Okay!

Steve então se sentou próximo ao amigo, mas não o suficiente. Então Bucky teve que se sentar mais perto, de modo que Steve ficou sentado no meio de suas pernas. Bucky sorria na intenção de não deixar o amigo nervoso, que a essa altura estava pensando o quanto isso era loucura, mas que queria muito ser beijado pelo amigo.

–Agora Steve, fecha os olhos!

Bucky falou com a voz suave, coisa que acabou tirando um pouco do nervosismo de Steve, que fechou os olhos conforme o amigo havia pedido. Bucky passou uma das mãos pelo rosto delicado do amigo, e o viu estremecer um pouco com o contato. Steve tentava a todo custo controlar a respiração, mas isso ficava cada vez mais impossível com Bucky próximo daquele jeito. Era a primeira vez que os dois haviam ficado próximo de uma forma tão intima assim, e estava sendo deliciosamente assustador e novo para ambos. Bucky deslizou a mão do rosto para nuca do amigo, aonde brincou com os curtos fios loiros que tinha ali. Ele então começou a forçar o rosto de Steve suavemente em direção ao seu, deixando eles cada vez mais próximos. Ele só parou quando sua boca estava a poucos centímetros da boca do amigo.

–Steve, relaxa, se quiser, pode imaginar que eu sou alguma garota.

–N-Não, eu não vou beijar uma garota, eu vou beijar você, não quero imaginar ninguém!

Bucky soltou uma breve risada e finalmente beijou Steve. Steve acabou tomando um susto quando viu que sua boca estava colada na do amigo, mas foi cedendo aos poucos com o jeito carinhoso do amigo. O beijo era para ser uma coisa simples, bem como é um primeiro beijo, mas Bucky resolveu ariscar pois estava gostando da sensação de beijar Steve. Então ele passou a língua pelo lábio inferior do amigo, querendo aprofundar o beijo e Steve mesmo nervoso com a situação, deu permissão a Bucky.

Bucky deslizou a língua para dentro da boca do amigo e Steve tentou ao máximo imitar os movimentos que a língua de Bucky fazia. Em pouco tempo as duas bocas se mexiam com perfeita sincronia, num perfeito primeiro beijo. Bucky foi parando o beijo aos poucos e terminou dando um rápido selinho nos lábios do amigo. Steve ficou meio embasbacado depois do beijo, e não conseguiu tirar o sorriso do rosto quando se deu conta de que seu primeiro beijo havia sido com Bucky.''

Flashback off

No dia seguinte, acabei aceitando o convite de Peggy para almoçar, mesmo ainda estando meio aéreo por causa do Bucky, e ela acabou percebendo isso enquanto tentava pacientemente me contar que os preparativos para o baile estava a mil e que a temática do baile já estava decidida

–Steve? STEVE!

–Ah, sim Peggy?

–Você está meio aéreo, quase não prestou atenção no que eu estava dizendo.

–Ah Peggy, me desculpe, estou meio aéreo mesmo.

–E eu posso saber o que está te deixando assim?

–Acho que sim!

–Então me fala.

–Sabe aquele dia que você me perguntou porque alguém não poderia me acompanhar no baile e eu lhe disse que era uma história complicada?

–Sim.

–Você ainda quer ouvi-la?

–Ora Steve, você ainda pergunta. É claro que eu quero ouvir, ainda mais por desconfiar que se trata da pessoa que você gosta.

–De fato sim, bom eu vou te contar, mas não garanto que a história vai te agradar.

Eu então comecei a contar a história desde o começo, de quando eu conheci Bucky, quando eu comecei a desconfiar que tinha uma paixão por ele, até os dias atuais. Contei algumas coisas que havíamos passado juntos, que crescemos juntos, que moramos na mesma casa desde meus 11 anos, contei do nosso beijo, das minhas tentativas fracassadas com garotas, e do fato de que Bucky sequer desconfiava que eu gostava dele. Ela ouviu cada detalhe sem fazer nenhum comentário, interrupção ou pergunta, mantendo o semblante impassível até eu finalizar.

–Olha, você pode me julgar ou qualquer coisa do gênero, eu realmente não ligo.

–Steve, sabe a melhor amiga que as vezes comento dela para você?

–Sim.

–Então, eu conheço ela a anos e vocês tem coisas em comum. Ela também gosta da melhor amiga dela e também não liga para o que os outros pensam. Ela me contou isso logo que teve certeza e eu sempre apoiei ela, eu e o irmão mais velho dela. Hoje em dia, ela namora com essa garota, escondido por causa dos pais dela, mas ela diz ser feliz assim. Mesmo depois disso, ela continuou sendo minha melhor amiga, nunca a julguei, e Steve, eu não vou julgar você, porque eu não vejo nenhum mal em você gostar do Bucky, eu não vejo mal nenhum em amar, com tanto que você seja feliz, não importa se é homem ou mulher, só importa se isso vai te fazer feliz, se fazer, vá em frente.

Eu fiquei um pouco emocionado com as palavras de Peggy, e acabei abraçando ela por ser tão compreensiva com um assunto tão delicado que eu pensava nunca teria coragem de comentar com ninguém. Nós ainda conversamos por um tempo sobre esse assunto, Peggy me perguntou se eu achava que Bucky poderia sentir o mesmo por mim, e eu disse que sinceramente não sabia, ela então se propôs a ajudar fingindo que namoraria comigo, que caso Bucky sentisse o mesmo, ele ficaria incomodado com essa história, mas ela disse para não comentar nada disso com ele, que ele teria que ficar sabendo disso sozinho quando fosse a hora certa.


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Notas finais do capítulo

Tá ai. Espero que tenham gostado, e não deixem de comentar. A fic já está na reta final *chora*, Até a próxima.