O Especialista escrita por leonsk89


Capítulo 20
Avante Vingadores!




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Mar do Mediterrâneo, Ilha Secreta da HYDRA

Rhodes e Wilson foram os primeiros a avistar a ilha com detalhes. Era aparentemente um luxuoso complexo, com prédios que refletiam a luz do sol, grandes pistas de pouso com jatinhos particulares e helicópteros, enormes torres onde se armazenava água, várias casamatas de segurança e um porto, com iates de luxo e um barco maior de cruzeiro. Tinham até palmeiras e outros tipos de vegetação da região. A única coisa que não viram eram armas e armamentos. Isso mudou no momento em que ambos se aproximaram da costa da ilha. Sem nenhum tipo de aviso, pequenas torres de bateria antiaérea saiam de elevadores redondos secretos, escondidos na beira da pista de pouso, mirando e disparando na dupla:

“Caramba! Eles não perderam tempo!” Disse Sam enquanto girava no ar, desviando dos projéteis.

“Strucker está desesperado pra nos receber assim. Azar o dele. Rhodes, Wilson, preciso que vocês acabem com essas armas, ou não vamos conseguir pousar.” Disse Leon, com cautela, mesmo de dentro do Quinjet em modo invisível.

“Beleza!” Respondeu Rhodes, baixando a altitude de voo enquanto um pequeno lança-míssil surgia do ombro de sua armadura, disparando uma série de mini-misséis teleguiados, que acertavam as baterias antiaéreas do lado direito. Do esquerdo, Sam também voava incrivelmente baixo por entre as baterias, deixando cair granadas em cima das armas, destruindo a fileira do seu lado. Em meio as explosões, a dupla já conseguia ver uma série de soldados armados saindo dos prédios e casamatas, além de um veículo blindado de combate.

Sharon pousou o Quinjet perto da praia e os quatro desceram em formação:

“Rhodes, cobre a gente, precisamos correr até algum tipo de proteção!” Disse Leon enquanto o quarteto começava a avançar na direção das árvores e o Máquina de Combate sobrevoava os soldados da HYDRA, disparando a sua metralhadora giratória característica, acoplada no ombro direito da armadura. Leon e Sharon pararam atrás de um dos veículos de luxo, ele de pé, protegido pelo capô enquanto atirava com as suas pistolas nos soldados em frente, ela agachada perto dos pneus, disparando com sua UMP9. Sherry e Jessica se protegiam atrás das árvores, também trocando tiros com os soldados. Foi nesse momento que Jessica observou um ponto vermelho no peito de Sherry enquanto ela saia da proteção pra atirar:

“Cuidado!” A britânica disse enquanto puxava Birkin de volta para trás da arvore, sussurrando: “Merda, snipers nas torres de vigilância!”

“Sam, eles são seus!” Disse Leon enquanto o Falcão ganhava altitude, desviando com destreza das miras lasers dos snipers enquanto chegava em uma das torres, chutando um dos homens enquanto as asas da EXO7 acertavam o outro:

Snipers da torre 1 dormindo.”

Aproveitando a distração do Falcão e do Máquina de Combate, que fizeram os snipers da torre 2 se focarem neles, Jessica Drew correu por entre as árvores e começou a escalar a torre 2, com a ajuda de suas manoplas e botas, de maneira semelhante a uma aranha:

“Queridos...cobertura?” Disse a britânica, enquanto Sherry, Leon e Sharon atiravam nos soldados, evitando que se focassem em Drew. Ao terminar de escalar a torre, a Mulher-Aranha saltou, surpreendendo os dois soldados enquanto ela disparava seus canhões de bioeletricidade, derrubando ambos de uma só vez.

“Torre 2 limpa.” Dizia, mas antes que pudesse comemorar, ela acrescentou em tom preocupado: “Pessoal no chão, eles tem um blindado de guerra!” Os olhos da britânica se focavam em um veículo de combate leve da HYDRA, equipado com uma grande metralhadora no teto, onde um soldado a operava, disparando contra os agentes.

“Nossas armas convencionais não vão perfurar essa blindagem, mas eu posso usar mais mísseis...” Disse Rhodes, mas ouviu a voz de Leon em seu ouvido:

“Negativo James. Economize os mísseis. Ademais, eu quero aquele carro. Você, Sam e Jessica se preocupem em abrir caminho para o prédio principal, é onde precisamos entrar. Sherry, você vem comigo. Carter, aguarda meu sinal.”

Leon e Sherry então correram por entre os carros, atirando nos soldados enquanto atraiam a atenção da metralhadora giratória no topo do veículo, que disparava projéteis que rasgavam os carros, balançando todo o estacionamento.

“Carter, agora!” Sharon percebeu que Leon e Sherry haviam feito o homem na metralhadora se expor quando virou a arma para segui-los, já que a mesma só possuía blindagem frontal. Ela ergueu a UMP9 e disparou um único e certeiro tiro, fazendo o soldado cair.

“Belo tiro!” Disse Sherry enquanto ela e Leon se aproximavam do veículo e abriam as portas laterais, jogando para fora os homens da HYDRA que tentavam dar a ré no veículo. Sherry sentou ao volante e Leon tomou controle da metralhadora no teto.

Mais a frente, Rhodes e Sam avistaram o prédio que parecia ser o principal, mas a entrada dele estava abarrotada de soldados e barricadas improvisadas, enquanto ele era recebido por tiros que faziam barulhos metálicos na blindagem do Máquina de Combate. Ele voou por alguns segundos, atirando enquanto ia em direção à uma das torres de armazenamento de água. Rhodes começou a forçar a estrutura, que rangeu algumas vezes, antes de desabar, enchendo de água um bom pedaço da entrada do prédio e acertando aqueles que não conseguiram correr à tempo.

Percebendo o plano, Jessica disse no rádio: “Sam, me dá uma carona!” A agente então subiu na ponta da torre e pulou, enquanto o Falcão a segurava e dava um rasante na direção do pátio cheio de água. Enquanto Leon e Rhodes distraiam os soldados já desorientados com fogo pesado, Sam passou voando baixo com Jessica que colocou uma de suas manoplas no chão, liberando descargas de bioeletricidade, que foram conduzidas pela água, eletrocutando quase todos os agentes no pátio com um clarão esverdeado.

“Yahoo!!! Cara, nós somos bons!” Disse Rhodes enquanto começavam a abrir caminho pelos soldados que se dispersavam, correndo para dentro do prédio.

“Mantenham o foco pessoal, a defesa pesada deve estar lá dentro, junto com nosso alvo.” Disse Leon, enquanto o veículo abria caminho pelas barricadas.

Da central de comando, Strucker observava a confusão e destruição com olhos arregalados, junto do falatório e correria de seus homens. Pelos monitores, o comandante da HYDRA viu o veículo entrar no prédio principal de pesquisas, fazendo recuar seus soldados com o fogo pesado do blindado e do Máquina de Combate. Ao seu lado, o chefe de segurança da estação R.Giyera observava tudo com um semblante de calma, combinando com seu elegantíssimo e imaculado terno branco. O homem se virou para Strucker e disse:

“Senhor, é melhor começarmos os preparativos para a sua remoção.”

“Quem são eles? Não são os Vingadores...S.H.I.E.L.D então? Bem, tanto faz, não saímos ainda, meu caro Giyera. Isso pode ser uma oportunidade!” Strucker se virou para o homem ao seu lado, dizendo: “Liberem as B.O.W’s. Vamos finalmente testa-las em combate.”

Giyera balançou negativamente a cabeça, mas ficou em silêncio, enquanto observava as grandes gaiolas serem abertas na sala de cultivo. Naquela ilha, a HYDRA estudava dois tipos de B.O.W: Lickers e Hunters. Lickers eram criaturas humanoides, que se arrastavam pelo chão e paredes como lagartos. Sua pele era rosada, da cor de músculos, seu rosto era desfigurado, com dentes enormes e pontiagudos e uma língua longa e poderosa, capaz de quebrar ossos humanos com facilidade. As mãos do Licker eram deformadas, na forma de garras perigosas. Apesar de tudo isso, o Licker não era uma arma perfeita: A mutação fazia com que a caixa craniana se abrisse, expondo o cérebro das criaturas. Hunters, por outro lado, eram humanoides bípedes, com a pele escamosa e esverdeada como de um crocodilo. Andavam curvados e eram capazes de saltos incríveis. As suas mãos também possuíam garras afiadas o bastante para decepar um homem. Graças as experiências com a tecnologia Chitauri, a HYDRA havia conseguido melhorar a força e resistência das criaturas, além de ter desenvolvido uma forma de controle psiônica que os faziam suscetíveis às ordens dos comandantes e evitava que atacassem outros soldados da HYDRA. Strucker ainda gostaria de ter feito mais testes nestes espécimes, mas não tinha outra escolha, se as coisas continuassem nesse ritmo os invasores iriam acabar destruindo sua ilha.

Leon e o time perceberam a ausência de soldados no prédio principal. Por dentro, o espaço era enorme, como um grande laboratório, com tanques de cultivo, maquinário, cilindros dos mais diversos tipos de produtos químicos e várias plataformas de serviço nos andares superiores.

“Tá tudo muito quieto...” Disse Sherry de dentro do blindado e antes que completasse a frase, ouviu a voz de Sam nos ouvidos:

“Mas que MERDA é essa?” O Falcão vira um dos Hunters, que se aproximava pelas plataformas superiores e antes que pudesse atirar, a criatura saltou sobre ele, o derrubando do ar enquanto ambos caiam rolando pelo chão.

“Hunters!...e Lickers...eu não devia estar surpreso.” Leon respondeu, vendo o lugar ser invadido pelas criaturas: “Sherry, acelera, não podemos ficar parados!” Antes que Leon terminasse a frase, a jovem já fazia o veículo se mover, cantando pneus enquanto o agente disparava na direção dos Lickers na parede, derrubando alguns.

No chão, Jessica e Sharon avançavam, com a britânica disparando seus canhões na direção de um dos Lickers e dando um salto acrobático enquanto passava por cima de um Hunter, o acertando na descida com uma rajada bioelétrica. Do lado dela, Sharon rolava pro lado, disparando tiros precisos nos monstros que avançavam contra ela. Um dos Lickers saltou na direção de Carter, derrubando-a no chão e fazendo um corte superficial em seu braço enquanto tentava atacar com suas garras, mas logo foi removido pelo Máquina de Combate, que passou voando e acertando a criatura com um soco que a jogou para longe.

“Sharon, sobe!” Leon estendia a mão para a mulher, que agarrou, subindo no veículo em movimento.

Sam já havia se livrado do Hunter, o acertando com sua submetralhadora assim que caíra no chão com ele, voltando a levantar voo. Do ar, ele e Rhodes tinham vantagem sobre as criaturas e conseguiam observar mais soldados chegando pelas plataformas superiores. Rhodes fez um sinal de cabeça e ele e Sam foram na direção dos soldados, abrindo fogo enquanto protegiam os companheiros no chão. Sherry dirigia o blindado praticamente em círculos no enorme laboratório, derrubando equipamentos, mesas, cadeiras e tudo que estivesse pela frente, inclusive as criaturas. De cima do carro, Leon disse:

“Sharon, assume a metralhadora e cobre a gente. Eu e Jessica vamos pro centro de comando.”

“Entendido!” Sharon respondeu, enquanto tomava o controle da grande metralhadora, acertando um Licker que havia subido pelo capô do veículo.

“Jessica, tá comigo?” Leon falava, enquanto saltava do carro e sacava sua espingarda, derrubando um Hunter que corria em sua direção.

“Com certeza, chefe.” Drew seguiu Leon pelas escadas, cuidando da retaguarda, disparando os canhões contra os Lickers que os seguiam pelas paredes, enquanto resmungava: “Eu também faço isso, e é muito mais sexy.”

De dentro do centro de comando, Giyera observava enquanto o Falcão segurava dois Hunters e os empurrava na direção do Máquina de Combate, que os metralhou, enquanto o veículo blindado continuava jogando fogo pesado sob as B.O.W’s e soldados.

“Senhor, temos que evacuar, agora! As B.O.W’s não vão dete-los.” Falava enquanto Strucker perguntou a um cientista:

“Quanto tempo pra colocarmos o Apollo on-line?”

“Cerca de 15 minutos.” Disse o homem, nervosamente.

“Então ative-o e evacue. Prepare o helicóptero e ajuste o destino para Sokóvia. Merda...eles estão chegando aqui!” Disse Strucker, observando Leon e Jessica já no segundo andar, derrubando a tiros os soldados responsáveis pela proteção do centro de comando: “Sele as portas eletrônicas, vamos sair daqui.”

“Isso não vai adiantar. Vá Comandante Strucker. Eu vou ganhar tempo. Só deixe o helicóptero pronto.” Disse Giyera enquanto observavam todos saírem da sala.

“Tá trancada!” Leon disse enquanto removia o painel lateral da porta e acoplava um pequeno equipamento da S.H.I.E.L.D, programado por Skye, que supostamente conseguiria hackear o sistema eletrônico da porta automaticamente.

“Eles estão fugindo!” Disse Jessica, conseguindo observar a movimentação dentro da sala através dos vidros transparentes. A britânica começou a procurar uma entrada alternativa e seus olhos se focaram nos dutos de ventilação no teto. Era muito alto para Leon saltar, mas ela conseguiria escalar com seu equipamento.

“Eu posso cortar caminho chefe. E você me segue quando puder?” Perguntou a britânica, enquanto corria em direção a parede.

“Vai, mas toma cuidado!” Disse Leon enquanto Drew subia pela parede, dando seu sorriso característico para Leon e uma piscadela de olho enquanto removia a grade da ventilação no teto.

“Toma cuidado mesmo Jessica. O chefe da segurança daqui é um tal de Giyera. Ninguém sabe muito sobre ele, mas fez parte das Forças Especiais do Exército e foi um dos operativos com mais mortes registradas. Como mercenário, dizem que ele nunca perdeu um contrato.” Sharon dizia, enquanto chutava um Hunter de cima da metralhadora, caindo na frente do veículo e sendo atropelado por Sherry.

“Sem pressão amores, sem pressão...” Drew disse, se locomovendo com agilidade por dentre os tubos e chutando a grade pra sair. Jessica foi prontamente recebida com um chute na altura do pescoço, que ela abaixou. Giyera recolheu a perna e ajeitou o terno, se mantendo a curta distância de Drew, na tentativa de evitar que ela mirasse os canhões nele. Jessica sabia que ele iria tentar manter a luta corpo a corpo, evitando a vantagem tecnológica dela. A britânica estudou seu adversário por alguns segundos, enquanto ambos estavam parados em posição de combate. Giyera parecia calmo e compenetrado, com um olhar frio e calculista. Foi ele que iniciou o combate, aplicando um chute lateral na direção da cabeça de Jéssica, que se defendeu com um dos braços e devolveu na mesma moeda, com Giyera bloqueando de maneira similar e dando um passo pra frente e usando a outra perna em um chute giratório, mas Jessica arqueou o corpo para trás, vendo o pé do adversário passar a centímetros de seu rosto.

Jessica resolveu tomar a iniciativa tentando acertar um soco no estômago de Giyera, que bloqueou e tentou segurar um dos braços de Jessica, mas a agente travou o movimento do adversário, o acertando com a mão aberta no queixo, de baixo para cima, fazendo o homem cambalear alguns passos. Giyera sorriu, alisando o queixo e ajeitando o terno enquanto Jessica avançava novamente, mas dessa vez o homem foi mais rápido, bloqueando o chute rasteiro de Drew com a sola do pé e girando com seu punho, acertando o rosto da agente com força o bastante para joga-la no chão. Ele sorriu novamente, soltando as abotoaduras do terno, enquanto Jessica levantava com os dentes trincados de raiva e um pequeno filete de sangue descendo pela ponta dos lábios. A britânica limpou a boca com as costas da mão e avançou novamente, trocando socos bloqueados com Giyera, que desviou de uma das investidas, acertando as costelas de Drew com um chute, jogando a agente para perto de uma das mesas, espalhando papeis, canetas e pastas pelo chão. O chefe da segurança veio na direção de Jessica com a intenção de ataca-la novamente, mas a britânica subiu na mesa com uma cambalhota e acertou um chute no rosto de Giyera, o afastando novamente.

Na parte central do laboratório, Sharon disparava a metralhadora em um pequeno grupo de Lickers, que continuava avançando pelas paredes, tentando cercar o veículo:

“Não, não não!” Carter xingou quando viu que a arma do blindado parara de disparar, travada. Ela então sacou a UMP9 novamente encostando na boca de um Licker que havia subido nas traseira do veículo, disparando e jogando a criatura para fora, antes de sentir uma dor aguda das costas quando a língua de outro monstro a chicoteou, fazendo com que ela perdesse o equilíbrio e batesse com os ombros no chão frio do laboratório. Um Hunter saltou sobre ela, a empurrando na direção da parede, nocauteando a UMP9 de suas mãos e investindo com as garras na direção do rosto de Sharon, que se desviou, vendo as garras da criatura colidirem com a parede. Antes que ele pudesse tentar de novo, a faca de Sherry atravessou a cabeça da criatura e Sharon a jogou pra longe.

“Tudo bem?” Perguntou Birkin, preocupada, enquanto Carter balançava a cabeça positivamente, agradecendo com o olhar enquanto recuperava a UMP9 e ela e Sherry ficavam de costas uma para a outra, atirando nas criaturas que começavam a cerca-las.

Do alto, Rhodes e Sam haviam acabado com a maioria dos soldados da HYDRA. Foi o Falcão que chamou a atenção do companheiro dizendo:

“Elas precisam de uma força lá embaixo!”

O Máquina de Combate se virou, enquanto os sistemas de sua armadura travavam a mira nas criaturas que cercavam Carter e Birkin no chão. O mini lança mísseis apareceu novamente em seu ombro, recarregado. Rhodes disparou, vendo os vários projéteis se espalharem atingindo uma boa parte das criaturas com pequenas explosões, enquanto Sam voava baixo, esticando as pernas e acertando uma série de Hunters de uma só vez e aproveitando que estavam no chão para descarregar suas submetralhadoras, gesto repetido por Sherry e Carter. Os quatro conseguiram um tempo para respirar fundo e recarregar suas armas, percebendo que tinham eliminado grande parte das B.O.W’s e soldados. Se continuassem naquele ritmo, a base seria tomada em mais alguns minutos.

No centro de comando, enquanto Jessica e Giyera defendiam as investidas um do outro, o chefe de segurança da HYDRA ouviu a voz de Strucker no comunicador em seu ouvido:

“8 minutos até Apollo estar pronto para ser liberado. Você não vai querer estar aí quando ele estiver solto.”

Depois de ouvir a mensagem, Giyera se esquivou de um cruzado de Jessica e conseguiu segurar o braço da agente, passando o corpo dela por cima do ombro, a arremessando no chão e acertando o rosto de Jessica com um forte soco, mas antes que ele pudesse repetir a dose, Giyera ouviu o som da porta eletrônica se abrindo e viu Leon entrar na sala com sua pistola em punho. O chefe da segurança deu meia volta e correu na direção do heliporto, deixando a sala de controle enquanto Leon se abaixava ao lado de Jessica, que parecia meio zonza, mas disse:

“Eu to bem chefe, vai atrás desse filho da mãe, vai!”

Leon deu um tapinha de leve no ombro de Jessica e correu em direção ao corredor que dava para o heliporto, enquanto a britânica se levantava devagar, ainda tonta, limpando o pouco sangue que escorria de seu nariz. Quando Leon chegou na área do heliporto, Giyera o atacou de surpresa, chutando a arma das mãos de Leon e tentando uma cotovelada no corpo do agente, que segurou seu braço, aplicando uma joelhada na barriga do chefe da segurança, o empurrando para trás.

Com o canto dos olhos, Leon conseguia ver o grande helicóptero militar de transporte da HYDRA, enquanto vários cientistas da HYDRA embarcavam. Leon imaginava que o próprio Strucker já deveria estar lá dentro. Giyera girou o corpo tentando chutar Leon, que abaixou e contra-atacou com um gancho na direção do queixo do homem, mas foi bloqueado pela mão do adversário, que abaixou o braço de Leon e acertou um soco com as costas da mão no rosto do agente, que respondeu com um chute no joelho de Giyera, fazendo com que se afastasse novamente. Ao olhar para o helicóptero, Leon percebeu que as hélices começavam lentamente a girar e Gyiera ouviu em seu ouvido a voz de Strucker novamente:

“Afaste ele e venha, estamos saindo. Vou te cobrir! 3 minutos para Apollo.”

Leon avançou com um cruzado de direita bloqueado pelo adversário, que conseguiu aplicar um soco na costela e outro no rosto do agente, que contra-atacou com um chute na barriga de Giyera, que segurou seu pé. Leon então usou a perna livre para saltar, girando no ar e acertando o rosto do chefe da segurança com força enquanto ambos caiam no chão. Nesse momento, o helicóptero já começava a deixar o solo, e Strucker colocou metade do corpo para fora, atirando na direção de Leon com sua pistola, enquanto Giyera corria na direção da aeronave. O agente da S.H.I.E.L.D rolou pelo chão, buscando abrigo atrás de uma das torres de rádio do heliporto. Com a aeronave já no ar, Gyiera se agarrou ao trem de pouso, enquanto Strucker o ajudava a subir. Jessica havia chegado ao heliporto naquele momento, correndo junto com Leon para o meio do grande H pintado no chão. Enquanto o agente disparava em direção à aeronave, Jessica substituiu a bateria de bioenergia de sua manopla por algo que parecia ser uma bala 9mm, de cor prateada. A britânica então ergueu a manopla, utilizando o outro braço como apoio para auxiliar sua mira enquanto murmurava:

“Pode fugir, mas não pode se esconder, querido.”

Drew disparou o projétil, que atingiu a aeronave sem causar nenhum dano aparente. Leon continuou a atirar com suas pistolas, mas sabia que não poderia derrubar o helicóptero daquela forma. Enquanto o helicóptero desaparecia no horizonte, Leon abaixou as armas e virou seu rosto para a britânica, perguntando:

“O que era aquilo?”

Ela sorriu de forma charmosa enquanto respondia: “Um rastreador não detectável. Deve estar dentro da fuselagem agora. Pra onde eles forem, vamos saber.”

“Jessica, você é genial!” Leon disse, com um sorriso enquanto colocava as mãos sobre os ombros de Drew.

“Eu me esforço...” A agente respondeu rindo, enquanto Leon colocava a mão em seu ouvido, ajustando a frequência do comunicador enquanto falava:

“Fury, Strucker escapou. Mas conseguimos rastreamento do helicóptero dele. Os dados devem estar chegando na central agora.”

“Bom trabalho. Cuidamos do Strucker depois, estou enviando uma equipe de limpeza, tratem de tomar essa base e...”

Mas a voz de Fury foi sufocada pelo barulho estridente de uma sirene, enquanto luzes vermelhas piscavam nas portas e corredores que davam para o heliporto.

Do helicóptero, um dos cientistas de Strucker disse:

“Projeto Apollo on-line.”

“Ótimo. Podemos ter perdido a base, mas conseguimos dados de combate com as B.O.W’s...e claro...nenhum deles vai poder comemorar por muito tempo. Logo, Apollo vai fazer todos eles em pedaços.” Disse Strucker enquanto se recostava no banco da aeronave.

Leon e Jessica já haviam corrido de volta para a sala de controle e estavam na metade do caminho quando ouviram um barulho alto, como de uma parede desabando, seguido de um urro violento e aterrorizador. A britânica se aproximou da janela da sala de controle iluminada por luzes vermelhas, olhando para baixo enquanto falava:

“Em nome da Rainha...o que é aquilo?”

Leon cerrou os dentes, respondendo enquanto sua mão apertava forte o punho da espingarda:

“Apollo...”


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