O Especialista escrita por leonsk89


Capítulo 12
Pai e Filhos


Notas iniciais do capítulo

Ok...demorou, mas saiu. Pode ser que isso se repita, mas eu vou tentar diminuir o tempo entre um e outro. Mas de qualquer jeito, a história continua! Espero que gostem!
Cheers!



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Quando a Lola finalmente pousou, em uma estrada quase deserta, Leon e Skye já não conseguiam ver nem o Ônibus, nem os jatos da HYDRA. Ambos tentavam desesperadamente se comunicar com May e os outros, mas não conseguiam nenhuma resposta pelo rádio:


“Não ouvimos nenhuma explosão até agora...isso é um bom sinal, né?” perguntou Skye, com aflição na voz.


“É sim, May sabe o que faz.” Apesar da situação, a voz de Leon ainda era segura. Ele devia manter o controle. Por ele mesmo e por Skye.


Como que para contrariar Leon, os dois agentes puderam ver no céu uma grande explosão. Skye cobriu o rosto com as mãos, mas nada disse, como se estivesse em choque. Leon saiu do carro, olhando para o céu e estranhando o fato de não ver nada além da explosão. O Ônibus era grande demais para não deixar rastros e destroços. O agente então voltou ao carro, colocando as duas mãos nos ombros de Skye, que ainda estava estática:


“Skye! Skye! Não tem destroços! Não tem nada. Eu não sei o que atingiram, mas não foi o Ônibus!” Assim que Leon terminou de falar, a dupla ouviu uma música vindo do porta-luvas da Lola. O agente achou lá dentro um velho celular, e ao atender, respirou aliviado ao ouvir a voz que falava com ele:


“Kennedy, é a May. Ajuste seu curso para as coordenadas que vou lhe mandar, para apanharmos vocês. Depois vamos a San Juan acabar com isso.” Como usual, não havia muita emoção na voz de May, mas Leon pode detectar que até ela parecia aliviada com o fato de estarem todos vivos.


“Copiado, May. Encontramos vocês lá.” Leon sorriu, sendo surpreendido pelo abraço de Skye, que apoiou a cabeça em seu ombro enquanto dizia:


“Meu Deus..eu achei que eles tivessem morrido!”


“Eu disse...a May sempre tem um plano.” Skye permaneceu abraçada com Leon por alguns segundos, até que ambos se ajustaram no banco e rumaram em direção as coordenadas enviadas por May. Viajaram em silêncio por alguns minutos até Skye dizer:


“Hey, eu não disse ainda mas...você me salvou duas vezes hoje.”


Leon sorriu, balançando levemente a cabeça enquanto dizia:


“Nunca vou deixar você na mão, pode apostar. E eu sei que vai fazer o mesmo por mim quando chegar a hora.”


Skye concordou com a cabeça e um sorriso. Leon confiava nela, e ela iria fazer por merecer essa confiança. Quando chegasse a hora de acabar com a HYDRA, acabar com Ward, ela não hesitaria, nem por um segundo.


Uma hora depois, a dupla embarcou novamente no Ônibus e o time rumou para San Juan. O encontro com o time de Coulson foi do lado de fora da cidade. Leon, Skye e May explicaram tudo o que acontecera no Canadá, e depois foi a vez de Coulson contar o que havia acontecido até então, e pela expressão do diretor, Leon já estava preparado para ouvir más notícias:


“Nós conseguimos descobrir uma entrada subterrânea que deve nos levar até o templo, na cidade. Infelizmente nenhum dos nossos equipamentos de vigilância funcionaram lá dentro. Então enviamos Mack pra baixo...mas quando trouxemos ele de volta...” Coulson parou alguns segundos, respirando fundo e depois continuando: “Parecia que ele estava possuído ou infectado por alguma coisa. Muito mais forte e violento que o normal. Se não fosse por Bobbi, ele teria matado todos nós.”


“O que aconteceu com ele, Phil?” Perguntou Leon, embora tivesse certeza de que não gostaria da resposta.


“Ele caiu de volta no buraco. Foi uma queda de 30 metros, mas levando em conta a força sobre-humana que tomou conta dele naquela hora, não sabemos se ele sobreviveu ou não. Tivemos de fechar a passagem. Mas assim que Fitz-Simmons determinarem uma rota segura, nós vamos voltar. Toda a comoção no Ônibus também serviu para a HYDRA hackear os nossos sistemas. Eles sabem que a cidade é aqui, e estão vindo. Temos de nos preparar. Leon, eu preciso que você e Bobbi achem um dos nossos contatos na cidade, Diego. A HYDRA está cheia de ex-agentes da S.H.I.E.L.D, e todos eles vão vir atrás das informações que ele sabe. Precisamos impedir que ele conte sobre a entrada secreta.” Terminou Coulson, se afastando junto com May e fazendo sinal para que Skye os seguissem. Antes de ir, a jovem segurou uma das mãos de Leon enquanto falava:


“Cuidado lá fora,ok...parceiro?”


Leon sorriu novamente, de maneira confiante enquanto apertava a mão de Skye, para afirmar o que dizia:


“Eu vou. Cuide de tudo aqui, parceira. Nos vemos logo.”


Após se despedirem, Leon encontrou Bobbi na garagem onde Mack e Fitz trabalhavam. Ao chegar, o agente viu Bobbi abaixada, revirando o lugar, que se encontrava totalmente bagunçado, graças às manobras de May para salvar o avião de ser derrubado pela HYDRA. Leon notou Bobbi pegar um pendrive e guarda-lo no bolso de sua jaqueta, e então perguntou:


“Tudo bem aí?”


Bobbi pareceu assustada com a presença de Leon, mas logo se recompôs, diminuindo a distância entre os dois até estarem abraçados, respondendo enquanto descansava a cabeça no ombro de Leon:


“Só uns projetos que o Mack estava trabalhando. Vou passar eles pro Fitz depois. Deus...Mack iria odiar ver a garagem dele assim...”


“Coulson me disse o que aconteceu com Mack. Eu sinto muito, de verdade.” Disse Leon, alisando os cabelos de Bobbi, que respondeu com um tom pesado na voz:


“Então sabe que foi minha culpa...”


“Não foi. Você salvou todo mundo. Não foi o Mack que saiu daquele buraco. Eu já passei por isso. Quando alguém é infectado por um vírus, quando vira um zumbi...é a mesma coisa. Você fez o que tinha de ser feito.”


Bobbi ficou em silêncio, de olhos fechados. Queria acreditar em Leon. De fato, a parte racional do seu cérebro sabia que ela tinha feito o certo. Aquela coisa com superforça e cheia de raiva, que tentou matar os próprios companheiros não era o Mack. Mas uma parte de sua consciência não conseguia deixar a culpa de lado.


“Ele pode não estar morto...você sabe disso.” Leon disse suavemente.


“Entre o que o infectou, o eletrochoque e a queda de trinta metros, eu não acho que ele esteja vivo. Quando tudo isso acabar, eu acho que vou chorar por uma semana.” Respondeu Bobbi, com a voz ainda mais carregada.


“Não sabemos o que o infectou. Se deu a ele superforça...vai saber o que mais deu. Se houver uma chance, 1% de chance de recuperarmos o Mack, nós não vamos desistir.” Leon falava de uma maneira firme e confiante. De fato, já vira muita coisa acontecer, e um cara infectado sobreviver a uma queda de trinta metros não parecia tão absurdo quanto deveria.


Bobbi sorriu, pela primeira vez desde que Leon entrara na garagem. O agente então beijou carinhosamente sua testa e disse:


“Coulson precisa que a gente ache o Diego. A HYDRA com certeza vai ir atrás dele. Precisamos chegar lá primeiro.”


Cidade de San Juan – 20 minutos depois


Leon e Bobbi caminhavam a passos rápidos pelas estreitas ruas de San Juan. Seu objetivo era uma praça no centro da cidade, onde Diego havia pedido que se encontrassem. Os dois agentes estavam cerca de dez minutos adiantados, então pararam em um Café, e depois de fazer seu pedido, Leon comentou casualmente:


“Esse lugar é bem bonito. Ruas históricas, praias. Eu não me importaria de ficarmos uns dias a mais, quando tudo isso acabar.”


Bobbi sorriu, entrelaçando seus dedos com os de Leon, respondendo:


“Eu tenho alguns dias de folga pra descontar. Acho que uma tarde inteira na praia faria muito bem pra nós dois...”


Leon estava prestes a responder quando foi interrompido por Bobbi, que fez uma expressão desconfiada antes de falar:


“Isso é mal...Diego chegou cedo, e está de terno.”


“E isso é ruim...porque?” Perguntou Leon, levantando da mesa junto de Bobbi.


“Ele nunca chega cedo, e nunca usa terno....ah...Salve HYDRA.” Respondeu Bobbi, enquanto a dupla via Diego cumprimentar dois bem vestidos que provavelmente eram agentes da HYDRA.


“Ele está nos traindo...ou traindo a HYDRA?” Leon perguntou, mais para si mesmo do que para Bobbi. Os dois agentes esperaram escondidos por alguns minutos até que os homens da HYDRA tivessem ido embora. Depois disso, Diego simplesmente foi na direção deles e de maneira sorrateira deixou um papel no bolso de Leon, se afastando sem dizer uma palavra.


Leon tirou o papel do bolso e logo depois o celular, discando o número de Coulson, que atendeu no primeiro toque:


“Phil, a HYDRA está se escondendo num teatro abandonado, chamado Ponce de Léon.”


Leon e Bobbi esperaram na linha enquanto Coulson falava com alguém ao seu lado, até conseguirem ouvir a resposta do diretor:


“Esse teatro fica praticamente em cima da câmara central do templo. Eles provavelmente vão tentar abrir caminho com uma broca de plasma. Nós temos que entrar lá.”


“Não vai ser fácil. Tem muitos soldados do lado de dentro, vamos precisar de apoio.” Respondeu Bobbi.


“Eu, May e Skye estamos a caminho. Simmons tem uma teoria de como entrar no buraco. Se Mack estiver lá, vamos ajuda-lo também. Estaremos aí logo.”


Poucos minutos depois, Leon e Bobbi haviam se juntado a Coulson, May e Skye em um Quinjet, perto do teatro. Todo o time já estava armado e com seus equipamentos táticos preparados.


“Dois objetivos: Parar a broca e determos Whitehall e Ward.” Coulson disse, num tom de voz decidido, enquanto carregava sua arma.


Os agentes se dividiram, com Leon e Skye entrando pelo lado Oeste, Bobbi e May pelo Leste e Coulson pela parte de trás do teatro.


“Ok Skye, não tem jeito fácil de fazermos isso. Vamos entrar e atirar, balas vão voar e isso vai ficar uma loucura bem rápido. Tudo que você aprendeu até hoje, tudo vai te servir agora. Tá pronta?” Perguntou Leon, encostado em uma parede com suas duas pistolas em punho.


“Mais pronta do que nunca.” Foi a resposta de Skye, e com isso Leon balançou positivamente a cabeça e saiu da parede onde estava encostado e chutou uma das portas, acertando dois agentes da HYDRA. Ao longe, a dupla conseguia ouvir mais tiros, o que queria dizer que seus companheiros estavam em movimento.


Leon e Skye avançavam pelos corredores estreitos, utilizando pilastras, móveis e qualquer coisa que pudessem como cobertura. Ao chegarem no final de um corredor que dava para uma grande sala, Leon viu um homem com uma metralhadora, e teve cerca de um segundo para agarrar Skye e se jogar no chão junto com ela, desviando da rajada da metralhadora e procurando abrigo dentro de uma das salas laterais.


Leon e Skye se olharam, tentando elaborar um plano de como passar pelo homem da metralhadora, que tinha uma visão praticamente clara do corredor que teriam de atravessar. Antes que pudessem dizer qualquer coisa, ambos ouviram um barulho alto, seguido de gritos de terror e tiros vindo da sala, e depois disso apenas silêncio.


“Eu vou checar...você me cobre, pronta?” Disse Leon, que logo depois se esgueirou pelo corredor, que agora estava vazio, com Skye alguns metros atrás. Ao entrar na sala onde o homem da metralhadora estava, Leon avistou primeiramente uma grande poça de sangue no chão, seguido de um rastro que levava ao fundo da sala, onde haviam caixas empilhadas. Antes que Leon pudesse seguir, o agente foi surpreendido por um homem aparecendo em sua frente e imediatamente aplicando um soco em seu peito.


Os olhos de Skye se arregalaram ao ver que o soco fez Leon voar por vários metros, atingindo uma coluna de pedra no canto da sala e caindo no chão, aparentemente inconsciente. O homem continuou avançando em direção ao agente, até ouvir a voz de Skye, falando com a arma apontada:


“Afasta-se dele, AGORA!”


O homem se virou em direção a ela e Skye pode ver melhor suas feições. Usava um terno amarrotado e tinha uma expressão de fúria, com suas veias pulsando forte na testa encharcada de suor. Porém ao encontrar o olhar de Skye, a expressão do homem se acalmou e ele sorriu, enquanto dizia:


“Daisy! Daisy, você está aqui!”


“Se afaste dele agora, eu não vou repetir!” Disse Skye, ignorando o que o homem dizia, embora no fundo ela tivesse alguma ideia de quem ele era.


“Ele..? É seu amigo? Eu pensei que fosse HYDRA. Eu...eu sinto muito Daisy. Essa não é uma hora boa, não é.” O homem disse, se afastando de Leon enquanto Skye se agachava perto do parceiro, que aos poucos recobrava os sentidos.


“Quem é você? E porque me chama assim?” Perguntou Skye, ainda com a arma apontada para o homem.


“Oras...esse é o seu nome. Me desculpe, me desculpe...eu estou tão, tão nervoso! Mas veja...é que é uma hora péssima. Eu sou Cal. Sou seu pai, mas você já sabe disso. Eu não sei o que te disseram sobre mim mas...” Cal foi interrompido por Skye, que disse com um tom de desgosto na voz:


“Você é um monstro. Um assassino que deixa um rastro de corpos por onde passa. Um homem sem escrúpulos que se alia a pessoas como Daniel Whitehall e a HYDRA!”


Cal abaixou a cabeça, com uma expressão decepcionada, mas concordou com um aceno:


“Isso é tudo verdade. Mas eu não era assim...e eu não me aliei a Whitehall, nem a HYDRA! Eu só estava usando eles, e agora...agora tudo está como deveria ser. Fique aqui Daisy, eu tenho contas a acertar com Whitehall, mas eu volto pra te buscar, e aí vamos cumprir o seu destino!” Cal disse, entusiasmado, enquanto tirava pequeno livro velho do bolso, deixando numa mesa perto da saída, enquanto dizia:


“Proteja-se até eu voltar, Daisy. Tudo o que eu tinha para lhe dizer está nesse livro, caso...caso aconteça alguma coisa. Eu sinto muito pelo seu amigo, mas eu acho que não quebrei nada, ele vai estar bem logo. Fiquem aqui dentro, eu volto logo Daisy!” E então Cal disparou pelo corredor. Skye sabia que deveria ir atrás dele, mas Leon ainda não estava totalmente recuperado, e ela não podia usar os comunicadores para se comunicar com Coulson e os outros, graças aos interceptadores de frequência da HYDRA.


“Seu pai não deve ser um bom médico, porque eu tenho quase certeza que ele quebrou alguma coisa aqui dentro.” Disse Leon, com um sorriso fraco, aceitando a ajuda de Skye para ficar de pé. Aos poucos o agente ia recuperando suas forças, embora suas costelas, já machucadas com a queda no Canadá, doessem como o inferno.


Como se aquele dia não pudesse ficar ainda pior, Leon e Skye foram surpreendidos por mais alguns homens da HYDRA, vindo pelo corredor. Mas antes que pudessem atirar, os três homens caíram mortos, atingidos pelas costas por Grant Ward que adentrou a grande sala apontando sua arma para Leon, enquanto dizia:


“Skye, seu pai me mandou aqui pra te proteger até ele voltar. Eu sei que você me odeia, e você tem todo o direito de me odiar, mas eu vou cumprir a promessa que fiz pra você e pra ele. Vou reunir vocês, e você vai cumprir seu destino grandioso!”


Leon ainda se apoiava em Skye, que usava uma das mãos para segurar o parceiro e a outra para apontar sua arma para Ward. O trio conseguia ouvir passos, tiros e gritaria vindo de todo o teatro. Vendo a arma apontada para si, Ward apenas retrucou, despreocupado:


“Olha, vocês são inteligentes. Nós estamos em menos número, e eles estão atrás de mim também, ganhamos muito mais se ficarmos juntos. Tenho certeza que o agente Kennedy concorda comigo.” Ao dizer isso, Ward começou a procurar pela sala uma maneira de fazer uma barreira para segurar as portas da sala.


Skye olhou para Leon, procurando confirmação, que simplesmente respondeu, se soltando delicadamente do apoio de Skye:


“Sabe o que eu acho, Ward? Eu acho que você devia ir pro inferno.”


Ao ouvir as palavras de Leon, Ward se virou com a arma apontada para o agente mas foi surpreendido ao ser atingido três vezes, pelos disparos da pistola de Skye. Ward caiu no chão, soltando sua arma e colocando uma das mãos na barriga, respirando com muita dificuldade. Leon recolheu suas armas do chão e ambos passaram por Ward, que ainda estava vivo. Antes que saíssem da sala, Skye pegou o livro deixado por seu pai e disse sem olhar para trás:


“Nunca dê as costas ao inimigo. Foi você que me ensinou isso.”


Leon e Skye seguiram os novos corredores do teatro até um grande Hall central, ladeado por uma série de escadarias, que iam do primeiro ao segundo andar, onde os dois agentes estavam. Haviam buracos de bala, corpos e destruição por todo o lugar. Ao longe, Leon e Skye conseguiram ver Whitehall dando ordens a agente 33 e segundos depois a chegada de Cal. Antes que um embate pudesse se iniciar, a dupla assistiu a entrada de Coulson, que derrubou Whitehall com dois tiros certeiros no peito, e logo correu para se proteger dos disparos da agente 33. Da posição que estavam, Leon e Skye dispararam contra 33, cobrindo Coulson e fazendo a ex-agente da S.H.I.E.L.D se afastar, fugindo na direção oposta para se proteger.


Ainda do segundo andar, os agentes foram pegos de surpresa pela reação de Cal, que se encontrava agachado perto do corpo sem vida de Whitehall:


“O que você fez??? Você...você o matou!!!!” A fúria crescente na voz de Cal já era fácil de se notar, e só aumentava:


“ELE ERA MEU! E VOCÊ O MATOU!!!” A essa altura, Leon e Skye já corriam pelo segundo andar, atravessando o Hall para poderem descer, temendo que Coulson fosse atacado.


“E eu vou fazer o mesmo com você se não se mexer! Não vou deixar que leve Skye até aqueles tuneis, não importa que destino você acha que ela tenha lá embaixo!” Respondeu Coulson, com a arma apontada para o homem, que ao invés de responder, saltou em direção ao diretor com uma fúria animal.


Coulson conseguia bloquear alguns dos ataques violentos de Cal, mas a força sobre-humana do pai de Skye era grande demais para ele, que foi levado ao chão enquanto seu adversário gritava:


“Você não tem o direito de tirar isso de mim! Tirou minha vingança, e agora que tirar de mim a minha Daisy! VOCÊ NÃO É PAI DELA! EU SOU!!”


Cal já havia conseguido quebrar a defesa de Coulson ao joga-lo no chão, e a cada soco de Cal, Coulson respondia e se defendia cada vez menos. Leon sabia que deveria atirar, mas ele não queria matar o pai de Skye ali, na frente dela. Então ele correu até a metade da sala e saltou do segundo andar, caindo em cima de Cal e rolando com ele pelo chão. Ao se levantarem, Cal saltou para cima de Leon, que conseguiu segurar suas mãos, se chocando contra a parede.


Enquanto Leon tentava segurar os braços de Cal, para que ele não o estrangulasse, Skye descia as escadas correndo como nunca havia corrido em sua vida. Sabia que Leon não conseguiria segurar Cal por muito tempo, e ao chegar no primeiro andar, a jovem gritou:


“Pare! Pare ou eu atiro!!” Mas Cal não parecia disposto a parar, e a expressão de Leon denunciava que não só os seus braços estavam sofrendo grande pressão, mas provavelmente suas costelas estariam bem perto de se quebrarem, então Skye gritou ainda mais alto:


“PAI! Pare!!”


Ao ouvir a palavra “pai”, Cal afrouxou as mãos e Leon se soltou delas, aplicando um chute no peito do homem que o fez cair sentado no chão.


“Você precisa terminar o que começamos Daisy!” Disse Cal, se levantando enquanto Leon ia até Coulson.


“Não. Eu não vou descer até lá. Não vou mudar, ou me transformar ou seja lá o que diabos você ache que vá acontecer comigo.” Respondeu Skye, com raiva em sua voz.


“Porque você não consegue ver que isso é uma coisa boa, minha querida??” Cal disse, num tom calmo. Leon notou que o homem conseguia passar de calmo para furioso em questão de segundos...como Jekyll e Hyde.


“Talvez seja o rastro de corpos que isso deixou pelo caminho. Eu vou impedir o Obelisco de chegar a cidade, e nós vamos enterrar a HYDRA aqui, nesse teatro velho, de uma vez por todas!” Havia tristeza e fúria na voz de Skye, que ainda de arma em punho, também se abaixou perto de Coulson, que estava muito machucado, mas ainda consciente.


“Mas Daisy...” Continuou Cal, num tom de súplica.


“Vá embora daqui...vá embora ou eu juro por Deus que eu enfio uma bala na sua cabeça!!!” Gritou Skye, com lágrimas começando a descer pelo seu rosto. Leon se preocupou que Cal fosse ficar violento novamente, e já estava com a mão em seu coldre. Não hesitaria em atirar nele dessa vez. Mas para a surpresa do agente, o homem simplesmente deu dois passos para trás, enquanto dizia:


“Está bem. Eu vou. Mas estarei esperando por você, porque depois da mudança, ninguém mais vai entender você. Eles vão ter medo de você. Mas eu sou seu pai, e eu sempre te amarei, Daisy.” E com isso, Cal simplesmente deu as costas e foi embora da sala.


No momento em que Skye pôde realmente ver o estado que Coulson estava, a jovem finalmente cedeu ao choro, largando a sua arma e segurando uma das mãos do diretor enquanto a outra segurava firme a de Leon:


“Eu sinto muito, sinto muito! Eu não consegui matá-lo! Eu queria...eu tentei, mas eu não consegui! Me desculpa!” Mesmo fraco e machucado, Coulson colocou sua mão no rosto de Skye, enquanto Leon falou ao seu lado:


“Não se desculpe. Ninguém deveria passar por isso. Ninguém deveria ser obrigado a ter de tomar uma decisão como essa.”


“Mas vocês estão feridos, e a culpa é minha. Mas eu vou consertar isso, por vocês, eu vou! Vou achar o Obelisco e parar a broca. Leon, você tá machucado. Fica aqui com o DC. Eu vou consertar tudo isso!” Quando terminou de falar, Skye soltou a mão dos dois, pegou a arma no chão e saiu sem olhar para trás.


“Leon...você tem que impedir ela, Leon. Não pode deixar ela entrar lá..não deixe...” Murmurou Coulson. Leon sabia que não deveria deixar Skye ir sozinha, mas se preocupava em deixar o diretor indefeso aos homens da HYDRA que ainda estivessem no prédio. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Leon ouviu a voz de Bobbi pelo comunicador:


“Leon? Leon! Nós conseguimos reativar as comunicações!”


“Bobbi! Eu preciso que mande alguém pra minha posição. O diretor está ferido!” Disse Leon, com urgência na voz.


“May está perto de você, ela vai chegar onde está logo. Agora que as comunicações estão on-line, eu vou descer e me juntar a ela. Fitz-Simmons e Tripp estão colocando os explosivos nos túneis agora. Fique aí e espere por nós duas.” Respondeu Bobbi.


“Não posso. Skye foi sozinha atrás do Obelisco. Eu tenho que ir atrás dela. Phil está ok por enquanto, mas venham rápido, por favor.” Ao terminar de falar, Leon se voltou para Coulson, que conseguira sentar com dificuldade.


“Eu vou trazer ela de volta Phil, eu prometo. Não morra aqui, tudo bem?” Leon disse enquanto entregava uma de suas pistolas gêmeas a Coulson, que respondeu:


“Vou ficar bem Leon. Agora vai, você não tem mais tempo a perder.”


Ao ouvir as palavras de Coulson, Leon levantou e foi correndo na direção que Skye seguira antes. Apesar da dor em suas costelas, o agente corria o mais rápido que podia. De alguma forma, não conseguia afastar da cabeça a sensação de que aquele dia ainda iria ficar muito pior, como se algo muito ruim ainda fosse acontecer.


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