Things So Complicated escrita por C0nfused queen


Capítulo 5
I Keep Bleeding Love


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu quero dizer que esse capítulo é todo dedicado a Maryle, por ter recomendado a história, eu realmente espero muito que você goste princesa, muito obrigada mesmo, te amo viu?S2
Depois eu queria pedir desculpas por nào ter respondio a todos os comentários, mas eu tava tendo aula, muito ocupada mesmo, por isso demorei a postar, desculpa por isso tambémkkkkk, mas prometo que vou reponder porque estou de férias, é, eu só tenho uma semana, mas prometo que vou dedicar meu tempo a vocês e reponder todo mundo, quem quiser recomendar também pode viu? Até porque isso me deixou super feliz e me motivou a escrever, de vdd, sigam o exemplo dessa princesa linda, então, sem mais enrolacoes, espero que gostem.



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Não sabia ao certo como definir os sentimentos de Bucky, seus traços perfeitos deformavam-se em um misto de confusão e alivio, o que apenas aumentou minha magoa, por não ser capaz de identificar nada relacionado a culpa ou arrependimento, não sabia ao certo como definir os sentimentos de Steve, sua face angelical, agora estava dura como mármore, como se ele fosse uma das lindas esculturas gregas que inspiravam os poetas que eu estudava na aula do senhor Hudson, só que ele não demonstrava serenidade como elas e sim magoa, como se tivesse sido traído da maneira mais vil de todas, e ele havia sido, eu não sabia ao certo nem como definir meus próprios sentimentos, que se alternavam entre medo e raiva, sim, eu tinha raiva de Bucky por ter me traído, tinha raiva por estar nesta situação e tinha raiva de mim, por ainda nutrir sentimentos fortes por ele, mas principalmente medo, medo de que ele quisesse participar da vida do meu filho.
Pela primeira vez em toda minha vida me senti sem chão, como se nada naquele momento me segurasse, tinha certeza de que se não estivesse deitada naquela cama de hospital, eu estaria no chão, meu coração bateu rápido e minhas mãos tornaram-se suadas, sinais claros de nervosismo, por que eu estava nervosa? O que tanto me abalava? Ele era o traidor, ele havia mentido, ele quebrou todas as suas promessas, juntamente com a confiança do irmão, ele era o vilão, ele machucara a todos.
Lancei a Steve um olhar preocupado, ele estava de pé ao lado da minha cama, interrompendo o nosso momento, de organizar um plano de fuga de tudo aquilo, Bucky permanecia parado a porta, ele encostou a cabeça no vão da porta e ficou me fitando, lagrimas presas em seus olhos castanhos, assim como nos meus, a diferença entre nós dois é que eu não iria externá-las, eu não iria chorar mais, eu seria forte, precisava ser, Steve não poderia cuidar de mim e do bebê.
Aquela calmaria, o silencio constrangedor instalado, aquilo começava a me tirar do sério, eu queria sair correndo, voltar para meu apartamento, fechar a porta e chorar, ouvindo músicas tristes e me entupindo de sorvete. Até que alguém resolve se manifestar:
–Nat... O que houve? – Bucky perguntou se aproximando, aquele ato me assustou, mas ninguém o impediu de continuar, naquele momento era apenas eu, ele e Steve.
–Natasha. – eu o cortei fria.
–O que? – ele me perguntou, com um sorriso torto brotando em seus lábios, demonstrando levemente sua confusão.
–É Natasha. – falei novamente, minha voz afiada como uma navalha.
–Por que está agindo assim? – ele perguntou.
–Assim como? – falei desviando o olhar, Steve permanecia parado, calculando a aproximação do irmão.
–Fria, indiferente, essa não é você.
–E o que eu sou Bucky? – falei. – A americana sonhadora que seu o azar de entrar naquela maldita cafeteria e te conhecer, a garota romântica demais, ou a idiota que você usou e descartou pela primeira que apareceu na sua frente?
–Você... Nat você tá bem?
–Eu já disse, é Natasha! – eu praticamente gritei, agora o encarando de frente, com meu olhar assassino dominando meu rosto, eu estava cansada de fugir, iria enfrentá-lo agora.
–Qual é o seu problema? – ele me perguntou agora também alterado.
–O meu problema? – perguntei. – É... Eu devo ter algum mesmo, pra ser descartada dessa forma, o que foi Bucky? Eu fui tão ruim assim na cama pra você precisar de outra?
–Outra? – ele perguntou. – Meu Deus você pode ser clara?
–Ah, com todo prazer. – falei sarcástica. – Eu vi você, você e aquela vadia. – falei, olhei para Steve, ele permanecia parado, seus olhos fechados, como se a cena o machucasse, como se ao mesmo tempo ele desejasse não estar ali, como se quisesse nos dar privacidade ou como se estivesse internamente se controlando para não matar o irmão adotivo.
–Nat... Natasha, eu não sei do que você está falando. – ele falou simplesmente, o que apenas aumentou a minha raiva e fez Steve comprimir ainda mais os olhos, as veias em seu pescoço dilatadas, ele transbordava ódio.
–Não sabe? – eu gritei. – Claro que não sabe como poderia não é mesmo? – perguntei.
Ele se afastou um pouco de mim e pôs as mãos na cabeça, puxando seus cabelos curtos castanhos, fechou os olhos e respirou fundo.
–Olha... Foi tudo um mal entendido, ela me agarrou, eu não a quero, eu te amo. – ele veio em minha direção, parecia querer me dar um abraço, só a simples ideia de estar em seus braços embrulhou meu estomago, todo meu corpo se contraiu como se tentasse fugir e o nojo tomou conta de mim.
–Não. – os braços fortes de Steve o impediram de chegar mais perto e nem eu mesma sabia o quanto queria agradecê-lo por isso.
–Como é que é? – Bucky perguntou.
–Não chegue perto dela, ela não merece isso Bucky. – ele falou perdendo aos poucos seu controle.
–Ela é minha namorada.
–Eu era! – gritei mais uma vez. – Eu era sua namorada.
Ele bufou de ódio.
–e você Steve? – ele perguntou, libertando-se dos braços fortes do irmão. – O que faz aqui?
Ele ia responder perder sua calma e por mais que eu quisesse que ele acabasse com o rosto de Bucky, sabia que ele se sentiria péssimo depois, afinal era seu irmão, então contive toda a minha tentação e o detive.
–Ele estava me ajudando! Ajudando a sua namorada a não perder seu filho. – falei dando bastante aspas na palavra namorada com os dedos.
–Filho? – ele me olhou incrédulo. – do que você tá falando?
–Eu estou grávida, estava indo te contar, mas não quis atrapalhar seu momento com a sua cunhada.
–Filho... – Ele murmurou mais uma vez, parecia surpreso e ao mesmo tempo feliz, muito feliz.
–É! – eu falei alterada. – Filho!
–E como ele está? – ele perguntou. – Como meu filho está?
–Meu filho! – eu disse. –Meu! – falei quase pulando da cama e eu realmente o teria feito se Steve não tivesse me envolvido com seus braços fortes e me contido na cama.
–Nat não, pense no bebê. – ele falou sua voz doce, mas cheia de mágoa, o que me fazia questionar como Bucky e Sharon puderam magoá-lo daquela maneira.
–Desculpa Steve, eu...
–Ah claro! – Bucky exclamou, fazendo com que ambos o fitassem, apertei o braço de Steve, temendo qualquer coisa naquele momento. – Você já está tomando as dores dela não é mesmo irmãozinho? – ele falou sarcástico. – Como posso saber se esse filho é mesmo meu? – ele falou rindo, aumentando meu ódio e o de Steve, senti seus músculos ficarem tensos e fechei meus olhos temendo o que viria a seguir, sentia pena de Bucky. – É mesmo, você não daria conta, não daria conta de Natasha, assim como não deu conta da vadia da sua namorada, Sharon...
Aquilo fora longe demais, em um momento Steve me amparava, no outro, voava em direção ao irmão o socando em todos os lugares possíveis e mesmo Bucky sendo forte, Steve o venceria facilmente. Eu gritei desesperada por ajuda, não sabia o que fazer, o que iria acontecer, apenas botei as mãos em meus ouvidos, tentando fazer o possível para não ouvir a briga e fechei meus olhos, enterrando minha cabeça em meus joelhos.
Steve batia fortemente no irmão, o socando, o chutando, Bucky revidava também, aquilo era algo horrível de se presenciar.
–Parem! Parem! – os gritos terríveis da senhora Barnes cortaram o ambiente, tentando chamar a atenção dos filhos, logo um grupo de pessoas separava os dois irmãos, ambos sangravam, um filete de sangue escorria dos lábios rosados de Steve, assim como do canto de sua testa e seu olho provavelmente ficaria roxo, mas o estado de Bucky era pior, era deplorável.
–O que deu em vocês? Querem se controlar, estamos em um hospital – a voz da senhora Barnes se fez audível, os dois pararam de se debater e se fitaram com ódio, ela tinha lágrimas nos olhos, mas não deixou transparecer, atravessou o quarto e me abraçou, eu continuava em meu estado de choque e agradeci mentalmente por seu abraço.
Os dois tentaram se aproximar de mim, mas ela os deteve ordenou para nos deixarem as sós e tratarem de seus machucados, continuei com meu rosto encostado em seu peito, chorando, colocando para fora todo medo que sentia. Depois que já estava mais calma, expliquei para ela o que havia acontecido, desde o inicio, mesmo que cortada pelos soluços e vi um lindo sorriso iluminar seu rosto quando soube da gravidez.
–Avó... – ela falou sorrindo, o que trouxe um pouco de animo para mim, mas logo ela voltou a sua pose. – Ele realmente fez isso? – balancei a cabeça positivamente. – Isso explica a atitude do meu Steve. – ela falou, podia sentir todo o amor que ela nutria pelo adotivo, o que só mostrava o quão maravilhoso seu filho era.
Ouvimos batidas na porta, ela se levantou, temi por um momento que fosse Bucky, ela seguiu em direção a mesma e a abriu, conversou com alguém e logo voltou a fechá-la, parou a meu lado e disse:
–Eles estão lá fora...
–Não o deixe entrar. – a cortei, ela colocou a mão em meu rosto e disse:
–Não vou, sabe que não poderá adiar essa conversa para sempre, não é mesmo? – ela disse e balancei a cabeça. – Mas todos estão nervosos, vou pedir para Steve ficar aqui com voe, ele vai lhe ajudar e eu e James teremos uma conversa bem séria, fique bem querida. – ela me abraçou e saiu do quarto, pegando sua bolsa no caminho, fechou a porta e segundos depois Steve adentrou, ele tinha alguns curativos no rosto e estava parado a porta, encostado na mesma, seus braços cruzados sob o peito e um sorriso no rosto.
–Sinto muito. – disse.
–Não sinta. – ele disse. – Valeu a pena, ele realmente estava merecendo.
Sorri minimamente e logo as lágrimas voltavam a me envolver, ele veio a meu encontro e sentou ao meu lado na cama, encostei minha cabeça em seu peito e permaneci chorando, com seus braços a meu redor, calmos, tranquilos, deixando a tristeza me envolver enquanto ouvia seu coração batendo, até ser tomada pela inconsciência e o cansaço de um dia tão estressante.


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Notas finais do capítulo

Então????????????