Pvo da Irene

Eu havia desmaiado de novo!

O que significa que Dice e Eunomia haviam brigado, de novo!

Como eu odeio quando elas brigam!

Bem eu acho que já é ora de levantar, até porque, eu não faço ideia de quanto tempo faz desde que eu usei minha magia para separar Dice e Eunomia.

Assim que eu abri meus olhos me deparei com um lindo par de olhos vermelhos me observando em quanto dormia.

Ares.

– AH! – gritei com a surpresa

O que fez com que ele recuasse e caísse do banquinho em que estava sentado.

O que me fez rir, muito.

– Você acha isso engraçado? – ele perguntou com uma sobrancelha arqueada.

Ergui meu corpo para poder olhar em seus olhos e só então percebi que eu estava usando só uma camisola de seda branca, por isso eu puxei rapidamente o meu lençol até meus ombros.

Felizmente Ares não percebeu isso, bem felizmente.

– Bem o fato de você estar me observando, não é nem um pouco engraçado. – falei – Mas o fato de você ter caído por ter se espantado com o meu grito, isso sim é muito engraçado. E por falar em observar, por que você me observava em quanto eu dormia? Eu falei bastante a palavra observar, não foi?

Ele deu um sorrisinho de lado que com toda certeza combinava com seu estilo.

– Primeiro: eu não estava simplesmente te olhando em quanto dormia, eu estava te vigiando, para o caso de você piorar. – ele começou – E segundo: é, você falou muitas vezes a palavra observar.

Eu dei uma risadinha meio sem graça.

– E quando eu vou poder sair da cama, doutor? – perguntei de brincadeira e com ênfase em “doutor”

– Bem, eu não sou doutor, Apolo é que é, e ele disse que mais alguns dias e você estará completamente curada. – disse ele

– Hum – disse desanimada – Eu odeio ficar doente, pois quando isso acontece eu nunca posso sair do meu templo.

– Mas isso na significa que você não possa fazer outras coisas, como, por exemplo: uma seção de cinema em casa aqui no seu templo mesmo. – ele disse com um sorriso – Sem ter que sair.

– É isso seria bem legal... – disse – O que tem em mente, Ares?

– Bem eu vou até o meu templo para pegar alguns filmes e muita pipoca, e em quanto isso você se troca.

– Tudo bem, e eu adorei a ideia!

Assim que ele saiu eu fui direto para o banheiro para tomar um banho e fazer minha higiene.

Depois do banho eu vesti um pijama azul qualquer, afinal, eu na ia sair do meu quarto mesmo, penteei meu cabelo e calcei um par de pantufas, também azuis.

Depois que fiz tudo isso eu arrumei o sofá da sala, peguei travesseiros e lençóis e deixei tudo bem organizado.

Pouco tempo depois Ares chegou.

– Oi, qual o filme você trouxe? – perguntei assim que ele entrou

– Star Wars! – ele exclamou com satisfação – Já assistiu?

– Não nunca, é novo? –perguntei

– Como assim? Você nunca ouviu nem sequer falar em Star Wars?

Neguei e Ares quase teve um ataque.

– Bem mais o importante é que hoje eu vou assistir, não é mesmo?

– É e ainda por cima comigo. Tem companhia melhor? – ele se gabou

– Você não tem jeito mesmo, não é, Ares? –perguntei, embora tenha parecido mais uma afirmação do que uma pergunta - Vem, vamos logo ver esse filme.

Sentamos no sofá e começamos a ver o filme.

No começo eu fiquei meio perdida, no meio eu comecei a entender um pouquinho, mas no final eu estava completamente perdida, de novo, e sem saber o por que de cada coisa.

Aquele filme não tinha nexo!

Pelo menos não para mim!

Eu tentei entender perguntando a Ares, mas toda vez que eu fazia alguma pergunta a respeito do filme ele olhava para mim, com um pouco de raiva, e dizia: “Assista o filme e você vai entender”.

Quando o primeiro filme acabou eu fiquei revoltada porque terminou o filme e eu não entendi bulhufas!

Ai Ares me disse que não era só um filme, mas cinco!

CINCO!!!

Eu certamente não irei sobreviver!!!!

Entre o segundo e o terceiro filme eu acabei pegando no sono e fui acordada pelo som daquelas espadinhas se luz se chocando umas nas outras.

A cena que estava passando era um carinha todo de preto lutando com um outro carinha de roupa branca.

Ai o carinha de roupa branca caiu e ficou pendurado só por uma mão e o carinha de preto disse: “Eu sou seu pai”, e como eu já estava perdida fiquei mais ainda.

E no final o carinha de preto não era mal e sim bom.

– E ai? O que achou do filme? – perguntou Ares

– Bem eu não entendi nada e, pra falar a verdade, fiquei bem perdida o filme todo. – falei

– Nossa!!!! – ele riu – Vejo que você adorou o filme!

Ele assumiu uma posição de quem simplesmente não estava acreditando no que ouvia.

Corpo ereto, braços cruzados, sobrancelhas arqueadas, sorrisinho de lado, para completar, seu corpo atlético e forte, além é claro, de todo o seu estilo bad-boy de ser.

Uma combinação perfeita, na minha humilde opinião.

– Tá, mas você entendeu alguma coisa sobre o filme? Se sim, o que?- ele perguntou

– Bem o que eu sei é que o velhinho verde que fala invertido e o urso que usa armas são do bem. E que o urso é muito fofo!!! – falei tentando controlar o riso.

O que se tornou impossível quando Ares soltou uma gargalhada muito, mas muito engraçada.

– Você te falando do Yoda e do Chubaka! – ele disse assim que conseguiu para de rir – E serio que você acha o Chubaka fofo?

– Ah, eu acho ele mega fofo! – falei abraçando o meu travesseiro imaginando ser o meu ursinho Chubaka.

– Bem, acho que já esta na hora de ir – disse ele olhando para o meu relógio de parede – Éeu já vou!

Ele estava quase na porta quando eu grite:

– Ares!

– Sim? – ele respondeu

Eu corri até ele, me joguei e seu pescoço e o abracei.

– Muito obrigada, Ares, por ter passado esse dia comigo. – falei – foi muito gentil da sua parte

E para mostrar o quanto eu estava agradecida eu beijei sua bochecha.

– Não foi nada. – ele disse e então saiu