O Amor Permanece! escrita por Tuka


Capítulo 7
Quem é Daniela?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Fico feliz que o número de comentários aumentou, muito obrigada! Espero que continuem assim, nem doeu né? Ah, claro, e além dos comentários, quero agradecer a Bel Lima pela sua recomendação!
Bom, sei que vocês estão esperançosos porque finalmente a Dani está voltando ao jogo e isso é ótimo! Estamos com saudades daquela loirinha sapeca!
Espero que gostem!



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POV VIOLETTA

–Então, vamos lá. –Falei desligando o carro.

Saímos do carro e fomos andando até onde o rastreador nos indicou. Acabamos afinal em um beco sem saída, sujo, molhado, com latas e sacos de lixo enormes e uma parede que impedia a saída daquele beco.

–Não tem como ela estar aqui. –A Fran disse.

–Por que o rastreador nos trouxe pra cá? –O Paulo perguntou. –Ela deveria estar aqui.

–Não. –Falei me abaixando. –Ela pode ter passado por aqui. –Peguei algo brilhante que vi no chão, a corrente da Daniele. –Aqui está o chip rastreador.

–Então não temos como encontra-la agora. –A Fran se entristeceu.

–Infelizmente não. –Guardei a corrente no bolso. –Bom, vamos, perdemos a viagem.

–Pelo menos encontramos o colar dela. –O Paulo falou.

–Pelo menos.

Voltamos para o carro e logo chegamos em casa. A Fran foi em bora um pouco depois que chegamos e o Paulo também, me deixando sozinha.

Sentei no sofá quando os dois foram em bora. Coloquei a mão no bolso e tirei de lá a corrente da Daniele. Olhei-a atenta e logo as lagrimas caíram de meus olhos. Não acreditava que ela estaria morta, eu sentia que ela ainda estava por aí em algum lugar, só não sabia aonde procurar ou onde encontrá-la.

Subi até o quarto dela e abri a porta. Fazia tempo que não abria aquela porta, quando abri um ar de alegria e felicidade me corroeu, parecia que toda a alegria da Dani estivesse presa aquele quarto e ele me fazia melhor, assim como me fazia ficar pior por lembrar que a muito tempo minha menininha não tem estado nele.

Andei até a estante do quarto dela. Em cima da estante tem um pequeno caixinha de música de carrossel que ela ama, ele tem uma gavetinha na parte de baixo, abri-o e coloquei o colar lá dentro, fechei a gavetinha e fiquei olhando o pequeno carrossel. Dei corda nele e logo os cavalinhos começaram a dar voltas no carrossel enquanto brilhava e uma música de piano começava a tocar.

Derramei uma lagrima lembrando do dia em que eu dei a ela, ela ficou tão encantada e feliz que não largava dele por um mês, ela o tocava toda noite fazendo iluminar seu quarto com as pequenas luzes do carrossel.

Estava lá distraída ouvindo a música e observando o carrossel e as fotos da Dani, acabei levando um susto quando a porta se abriu.

–Vilu... –O Leon andou até mim. –Não quero que fique assim. –Ele me abraçou.

–Eu sei. –Limpei meu rosto.

Abri a gavetinha e tirei de lá o colar.

–Ela o perdeu em um beco. – Contei. –Não a encontramos.

–Nós vamos encontra-la. –Ele guardou o colar novamente. –Vamos, vou fazer algo para você se acalmar.

–Obrigada.

Nós fomos até a cozinha, o Leon fez um chocolate quente para cada um, nos sentamos na bancada da cozinha, um de frente para o outro.

–Os meninos dormiram? –Perguntei assoprando o chocolate em seguida.

–Dormiram os dois no carro. –Ele falou bebendo um pouco. –Estavam exaustos.

–Não sei o que a creche fez, mas eles fizeram um milagre para o Pedro dormir. –Falei rindo.

–Até me espantei quando cheguei na creche e me entregaram ele dormindo. –Ele riu.

–Hoje ele está cansado, foi dormindo e voltou dormindo.

–É, nunca o vi assim tão cansado. O que você deu a ele? –Ele riu zoando.

–Faço a mínima ideia, mas sei que pelo menos tenho um descanso e sosse... –Fui interrompida por berros. –Por que fui falar, hein? –Ri ouvindo o Pedro chorar.

–Da próxima vez já sabe. –Ele falou. –Quer que eu o pegue?

–Não tudo bem. –Levantei. –Eu já volto.

Fui até o quarto do Pedro. Ele estava deitado no berço com os braços esticados e chorando desesperadamente.

–O que foi? –Peguei-o. –Sh... Calminha...

Percebi que ele estava quente, não muita coisa mais estava.

–Agora você Pedro?

Coloquei o aparelho auditivo dele e levei-o para baixo, ele não parou de chorar, mas parou de dar berros. Quando cheguei na cozinha logo o Leon perguntou.

–Ele não parou de chorar?

–Ele está com febre. –Falei. –Deve ser por isso que ele estava tão calmo hoje.

–Pode ser, depois dou um remédio para abaixar a febre dele.

–Melhor. –Falei balançando ele levemente para que parasse de chorar.

–Ei filho. –O Leo roubou-o de meus braços. –Não faz muito barulho se não vai acordar o seu irm...

–Mamma? –O Daniel apareceu coçando os olhos, cabelo todo bagunçado e rosto amaçado porque estava dormindo.

–Leon!

–Desculpa. –Ele riu.

–O que foi, querido. –Pequei o Daniel no colo.

–O Pedro me acordo. –Ele falou apoiando a cabeça em meu ombro.

–Ele está doente, por isso está chorando. –Expliquei.

–Eu nun fico chorando quando estou doente. –Ele reclamou.

–Ele é bebê, é assim que chama a mamãe e o papai para cuidar dele. –O Leon falou.

–Entendi. –Ele assentiu bocejando. –Posso ajudar a cuida dele?

–Claro, se você não dormir. –Ri.

–Não vou. –Ele bocejou novamente.

–Ok. –Ri. –Quer chocolate quente?

Logo ele acordou.

–Quero! –Ele falou mais animado.

O Leon riu.

–Eu faço para você. –O Leon falou.

Deixei o Daniel no chão e peguei o Pedro do colo do Leon.

Fui com os dois até o sofá, o Daniel insistiu que queria cuidar do Pedro então deixei que ele pegasse um pouco o Pedro no colo e desse mamadeira para ele, aos meus olhares, claro.

–Ele não para de chorar, mamma. –O Daniel reclamou..

–Deixei eu pega-lo. –Falei pegando-o.

Pequei o Pedro e comecei a amantar ele, ele tomou um pouco de leite e logo se acalmou um pouco parando de chorar me calmando também um pouco e deixando a casa silenciosa.

–Por que você consegue e eu não? –O Daniel falou inconformado.

–Porque eu sou a mãe dele, ele se sente melhor comigo. –Expliquei. –Você e a Dani só paravam de chorar no meu colo também.

–Mas eu sou o irmão dele, também vou cuidar dele. –Ele fez bico.

–Eu sei, Dani. Mas é diferente, ele sabe quando está no meu colo. Quando ele crescer mais um pouco ele vai saber quem é você e vai até brincar com você.

–Vai demora? –Ele perguntou preocupado.

–Um pouco, mas passa rápido. –Falei passando a mão em sua bochecha vermelha.

–Está pronto. –O Leon apareceu na sala.

O Daniel correu até o Leon nós quatro fomos para a cozinha tomar o chocolate quente.

...

A noite chegou, o Daniel estava brincando no quarto, o Pedro estava melhor e já estava sendo ninado pelo Leon que estava com ele no jardim. Nosso jardim tem uma bela vista para o céu estrelado, a noite está tranquila, e a temperatura agradável, com certeza a noite perfeita, seria perfeita se a Dani estivesse aqui.

Eu estava lendo um pouco mas fui interrompida.

–Mamma, o que você acha da gente acampa? –O Daniel perguntou sorridente se sentando ao meu lado.

–Onde? Não tem floresta aqui por perto, querido. –Ri passando a mão em seu cabelo.

–No jardim, o papá disse que a noite está bonita.

–E está mesmo. –Ri. –Mas não sei, tem que falar com seu pai.

–Eu falo! –Ele pulou do sofá e foi até o jardim.

Ri e voltei a ler meu livro. Li mais cinco páginas até o Daniel me interromper novamente com suas risadas e cantorias de felicidade.

–E então? –Perguntei colocando meu livro ao lado.

–Ele deixou! –Ele sorriu feliz.

–Ok. Venha, vamos pegar as barracas no porão. –Peguei em sua mão.

Descemos até o porão e procuramos pelas barracas. Achamos elas em umas caixas, dei uma pequena para o Daniel segurar e eu levei a maior. Subimos e levamos para o jardim.

–E os sacos de dormir? –O Leon perguntou quando chegamos no jardim com as barracas.

–Vai buscar, eu e o Daniel trouxemos as barracas, você pega os sacos de dormir porque não vou dormiu no duro.

–Vou ter que pegar sozinho?

–Sozinho, papá! –O Daniel cruzou os braços sério.

–Tudo bem. –Ele colocou o Pedro no meu colo. –Já volto.

–Te esperamos. –Falei com o Pedro no colo.

O Leon entrou pela porta de vidro e sumiu de nossa visão.

–Quer começar a montar a barraca, filho?

–Quero! –Ele pulou.

–Então tá. –Falei.

Estiquei um pano na grama e coloquei o Pedro lá com alguns brinquedos.

–Espera só um pouco, bebê. Vou ajudar seu irmão. –Falei colocando-o no tapete.

–Vamos montar a minha primeiro! –O Daniel pediu.

–Pode ser. –Assenti olhando-o feliz.

Começamos a montar as barracas, não tínhamos terminado quando o Leon apareceu com os colchões infláveis, ele mal andava com tantas coisas.

Ri junto ao Daniel.

–Deixa eu te ajudar, amor. –Falei indo na direção dele e pegando um dos sacos de dormir.

Começamos a montar e depois de uma hora as duas barracas já estavam montadas, uma menor para o Daniel e logo ao lado uma bem maior para mim, o Leon e o Pedro que vai dormir conosco.

–Está confortável? –Perguntei cobrindo o Daniel.

–Uhum. –Ele assentiu. –Boa noite, mamma.

–Boa noite, querido. Quer que eu feche a barraca?

–Não. –Ele negou.

–Tudo bem. –Levantei. –Durma bem.

Fui até a barraca onde o Leon já estava deitado com o Pedro. Abri a barraca e vi o Leon ajeitando o Pedro que já dormia.

–Oi. –Falei baixinho.

–Oi. –Ele cochichou. –Ele já dormiu.

–Estou vendo. –Falei entrando na barraca.

Me deitei ao seu lado.

–Não gosto de dormir em barracas. –Contei com o meu rosto perto do dele.

–Por quê? Assim ficamos bem juntinhos. –Ele falou abraçando minha cintura.

–Mas você dorme todo dia abraçado a mim, e não podemos fazer nada porque o Pedro está aqui e o Daniel logo lá fora.

–Isso é verdade. –Ele falou. –Mas é só por uma noite.

–Eu sei. Leon, sinceramente acho melhor colocar o Pedro entre nós. –Falei.

–E você queria ficar junto comigo. –Ele reclamou.

–E quero, mas é para a segurança dele Leon.

–Eu sei disso. –Ele riu.

Ele pegou o Pedro e colocou ele entre nós dois.

–Esse menino separa a gente. –O Leon reclamou.

–Logo ele cresce e tudo se resolve.

–Que o tempo passe logo então...

Dormimos com o Pedro entre nós, acabei abraçando-o no meio da noite, ele resmungava e eu o abraçava para ele se acalmar.

...

–MAMMA! PAPÁ! MAMMA! –Foi com esses gritos que acordei está manhã.

–O que foi querido? –Abri meus olhos com dificuldade por causa da luz que vinha diretamente em meu rosto.

–Olha! Olha! –Ele disse entusiasmado.

–O quê? –Perguntei.

–Aqui. –Ela falou mostrando o dente enquanto sorria.

–Seus dentes? –O Leon riu.

–Não! Olha! –Ele mexeu no dente que balançou ao seu toque.

–Que legal filho! Seu primeiro dente mole. –Falei feliz por ele.

–Eh garotão, está crescendo! –O Leon saiu da barraca.

–Mamma, vai due? –Ele perguntou preocupado.

–Não, querido. –Saí da barraca.

–Eu vo fica sem dente pra sempre quando esse caí? –Ele perguntou novamente preocupado.

–Não. –Ri com o Leon.

–Olha filho, nós temos todos os dentes. –O Leon sorriu mostrando os dentes, eu acompanhei.

–O dente de vocês caiu?

–Sim. –Afirmei. –Todos.

–Todos? -Ele pareceu assustado.

–Sim, mas cresce de novo. –O Leon respondeu.

Pequei o Pedro de dentro da barraca.

–Vamos entrar, temos que tomar café. –Chamei-os.

Nós entramos, o Leon foi fazer o café enquanto eu amamentava o Pedro um pouco para ele se acalmar.

Quando Pedro já estava calmo levei-o até seu cadeirão e sentei-o ali deixando-o na altura da mesa para que visse a todos sentados.

...

–Mamma?! –Chamou Daniel me procurando.

–Na sala querido.

Logo ele já estava descendo a escada e se aproximando de mim.

–O que foi? –Perguntei guardando o livro que lia, o mesmo de ontem.

–Mamma, você vai ficar brava comigo?

–Por que ficaria?

–Eu acho que fiz coisa errada. –Ele abaixou o olhar.

–Se você não me contar não vou saber. –Falei levantando seu rosto.

–Você lembra quando você e o papá viajaram? –Ele perguntou.

–Claro.

–Você deixou seu diário com a Dani.

–Sim. –Assenti. –Qual problema.

–Eu pequei ele para ver sem a Dani saber. –Contou-me.

–Isso é errado, mas não vou brigar com você. Mas qual o problema disso?

–Mamma, quem é Daniela?


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Notas finais do capítulo

Vish, essa pergunta do Daniel pegou a Vilu de jeito! O que ela vai fazer? Será que ela vai contar para ele? Ai que emoção...

*Comentar não cai o braço!



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