Violin escrita por Soft Ella


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Uma simples oneshot, não tenho muito o que falar
Peço desculpa por ser sem Lemon, mas eu sinceramente tenho problema para escrever um sozinha e por isso sempre irei preferir no máximo uma insinuação.
Boa leitura.



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O vento batia contra o corpo do ruivo, esvoaçando os cabelos rubros, que dançavam em sua testa, o olhar estava distante, parecia olhar para a janela. esta que estava aberta a sua frente, o vento frio arrepiava o corpo e a alma de Akashi juntamente a própria melodia que produzia.

Estava com o corpo ereto e busto para frente, enquanto as pernas ficavam um pouco abertas para estabilizar o equilíbrio, o movimento do arco foi rápido, mas o braço direito teve facilidade para executar as notas, o peso do corpo ficou apoiado nas duas pernas, enquanto ao produzir passagens mais aceleradas, jogou-se o peso só no pé esquerdo.

Sons agudos e afinados escapavam do varra ao deslizar pelas cordas do violino rasgando o silencio ensurdecedor que era aquela casa. Ao toque do violino Akashi se distraía cada vez mais perdido em pensamentos e memórias, as quais ele desejava se esquecer de uma vez, em busca de cessar o sofrimento que a muito se mantinha calado.

Sua bochecha se apertava contra a madeira, seu ombro se incomodava por conta do longo tempo em que estava sendo usado para apoiar o instrumento pequeno, seu braço já perdia a conta de quantas vezes fizera o mesmo movimento de vai e vem, entretanto ele não conseguia parar de arrancar o som brilhante e estridente do doce violino.

A porta estava entre-aberta e por esta greta havia um observador que chegara a pouco tempo, olhava para seu capitão com os olhos brilhante, as íris de cor purpura cintilavam a cada novo som que o pequeno arrancava do instrumento de madeira, reparava em cada detalhe, desde os cabelos avermelhados balançando juntamente ao vento à cada pequena diferença de sua expressão que parecia ficar cada vez mais triste e distante.

Os pés de Seijuro se moveram para trás e para frente, fechou os olhos alheio a presença de seu colega de time, passou a cantarolar uma musica que sua mãe sempre cantava para colocá-lo para dormir quando criança e jamais a esquecera, aquela letra de alguma maneira era o seu único conforto diante de sua vida e daquela casa. A voz levemente rouca ecoava pelo quarto em harmonia com o violino que escorregava pela mão que começava a soar.

O violino estava colocado em cima da clavícula esquerda e apoiado de leve no ombro de mesma direção, o braço esquerdo estava na mesma linha do pé canhoto. Seijuro Inclinou o violino para o lado direito puxando a queixeira e encostou no queixo, para manter o violino horizontalmente. Não levantava nem baixava o ombro esquerdo, deixando-o solto.

Segurava o violino em uma posição natural, Akashi sentia naquele momento como se o violino fosse uma parte do seu corpo, cantarolar não o atrapalhava por está acostumado a sempre tocar inúmeras horas por dia, não mais o fazia como uma obrigação e sim como um prazer, o que de certa forma facilitava os sons escaparem de forma tão delicada e ritmada.

Atsushi nunca fora um apreciador da música clássica, mas de certa forma ver o pequeno Aka-chin tocando daquela forma... Vê finalmente algum sentimento verdadeiro do mesmo era algo épico ao qual ele não conseguia parar de apreciar. Akashi naquele momento era tão diferente... Era tão ele mesmo que não parecia ser de fato real, talvez Murasakibara estivesse apenas sonhando, de toda forma ele não conseguia interromper o menor.

As lágrimas bolavam pela face do violinista que por um curto momento apertou o arco com mais força que o necessário, um soluço escapou juntamente a letra da bela música de ninar, as lágrimas aumentaram, pareciam não ter mais fim, escorria pelo pescoço e molhava a camisa acinzentada. Murasakibara que vira aquela cena estático, moveu um passo para frente segurando a maçaneta, agira no rompente dos sentimentos, ver o Akashi chorando era demais para si, ele não conseguia, se sentia completamente agoniado com aquela cena.

Ao abrir mais a porta, viu o ruivo com as iris vermelhas o encarando e parando de tocar em choque, fizera barulho demais, o despertara de seus pensamentos e agora estava cara a cara com o espantado capitão que se sentia de certa forma vulnerável por ser pego em uma cena tão comprometedora. Abaixou o violino aos poucos andando até a mesa de seu quarto colocando o objeto a cima, tentando agir de forma neutra e comum em busca de disfarçar... Tão preocupado em esconder aquele momento que se esquecera que ainda estava chorando de saudades da única pessoa que o amara.

– A...Aka-chin - Andou para frente.

– Murasakibara-kun - Congelou onde estava o olhando avaliativo - O que faz aqui? Porque a empregada não veio me avisar que teria visita? - Usou seu tom calmo de sempre.

– Não chora mais - fora tudo que respondeu deixando o ruivo confuso e fazendo-o notar que as lágrimas continuavam a bolar por seu delicado e pequeno rosto.

Murasakibara se abaixou, os braços grandes circularam o pequeno e o apertou contra seu enorme corpo tentando de alguma forma proteger aquele Akashi que acabara de conhecer, cheio de sentimentos e dor, aquele Akashi que parecia sofrer calado todo o tipo de abandono, Atsushi apenas queria proteger o Aka-chin por quem tinha se apaixonado, pelo doce e sensível Aka-chin que nunca de fato pensou que existira.

– Você não me respondeu a pergunta - Não correspondeu ao gesto, ficando imóvel e estático com tudo aquilo.

O coração batia forte, as bochechas se aqueciam, era o seu primeiro abraço depois do de sua mãe, era o primeiro afeto que recebia depois de muito tempo, e ele não sabia como se portar, como reagir, estava assustado e tonto, mas ao mesmo tempo feliz, era bom, o abraço do maior era quente e cheirava a doce. Seu rosto estava contra a barriga e o peitoral de Atsushi por conta da diferença das altura, mas naquele momento nada disto importava.

– E você não fez o que eu pedi - Retrucou mimado, levantando rosto de Akashi, segurando seu queixo entre os dedos, enquanto com a outra mão limpava as lágrimas com o polegar. - O que foi, porque está chorando, Aka-chin? - Deslizou a mão do queixo para o pescoço. Do pescoço para o ombro e do ombro para a cintura a apertando levemente.

– Apenas me deixei levar pela música - Soltou a respiração pelo nariz, deixando um leve sorriso lhe escapar em face, a linha reta de seus lábios se curvaram para cima de forma natural, verdadeira pela primeira vez em muito tempo.

– Tão lindo... - Murmurou hipnotizado, desde o brilho das íris avermelhadas ao curvar singelo dos lábios rosados.

– O que é lindo? - Questionou confuso, sentindo ser empurrado para trás, fazendo suas costas baterem contra a parede fria.

– Você, mas principalmente o seu sorriso, Aka-chin - O ergueu no ar, mantendo seu leve peso com apenas um braço, colando seu corpo ao do Seijuro, que para se segurar levou as mãos pequenas aos ombros do maior.

– Está me deixando confuso, Murasakibara-kun - Advertiu sentindo o nariz roçar ao seu enquanto as respirações se misturavam ficando cada vez mais densa uma com a outra.

O mais alto nada disse, colou seus lábios com o do mais novo, precisava fazer aquilo desde o momento em que conhecera o Akashi que ele escondia. As bochechas do ruivo se aqueceram, avermelhando-se ainda mais, ficando na cor dos próprios cabelos, o coração batia freneticamente não esperando por aquilo.

As mãos grandes passeavam pelo corpo magro o apertando contra si, as pernas de Akashi circulou a cintura de Murasakibara tentando se manter daquela forma constrangedora enquanto tinha uma língua bem maior que a sua vasculhando cada cantinho de sua boca o que deixava o ar escaço.

As palmas levianas de Atsushi desceram apertando as nádegas fartas com força, escutando um resmungo do ruivo em meio ao beijo que se apertara ainda mais contra o arroxeado, suas pernas praticamente cruzaram, as bochechas estavam em um completo brasão, não entendia o que estava acontecendo, estava em uma mistura de sentimentos e sensações naquele momento o que permitia a Murasakibara que fizesse o que bem entendesse com o menor.

Os dentes do mais velhos encravaram no lábio inferior de Akashi o sugando formando um estalo. As íris purpuras conectadas com as rubras de forma intensa, apenas se era possível escutar a respiração pesada e o coração acelerado de ambos.

– Murasakibara-kun? - Questiona confuso.

– Quietinho, Aka-chin - Pediu assoprando a franja do mais novo beijando seu pequeno e empinado nariz em seguida.

O violinista então foi carregado em direção a cama pelo Murasakibara, que o deitou ficando por cima de si, apoiando seu peso nos braços que estavam um em cada lado de sua cabeça sem nunca quebrar o contato visual.

Deslizou uma de suas mãos pelo peitoral do menor desabotoando sua camisa de forma rápida, com ansiedade de ver todo o pequeno corpo ao qual mais do que nunca atiçava a sua curiosidade. O rosto do maior desceu para que ele pudesse marcar a pele alva, desenhou com a língua os mamilos róseos dando leves mordidinha escutando suspiros deleitosos de Akashi que nunca antes tinha sentido tais arrepios e correntes elétricas que percorriam por todo o seu corpo.

– Você é tão gostoso, Aka-chin...Uhnn cereja - apertou a cintura do outro.

– Cereja? - questionou completamente rubro.

– Seu cheiro... Seu gosto - Tentou explicar, mas não conseguia, era algo tão único, cereja não seria a palavra correta, Akashi não era enjoativa como uma cereja, mas não sabia com o que exatamente seu cheiro e gosto lhe representava.

– Eu não sou doce - respondeu, seus olhos buscava uma resposta, mas ao encarar as íris purpuras seu coração disparou, estava carente, estava necessitado de carinho e se agarraria a sua primeira oportunidade.

– Eu sei... Você é melhor do que isso - Tomou os lábios do ruivo mais uma vez, sentindo o halito fresco com cheiro e sabor de menta lhe tomar mais uma vez os sentidos.

Seijuro não era doce e nem amargo, ele não era bom e nem mal, uma mistura de tudo, que se enquadrava a perfeição e ao mesmo tempo a imperfeição, uma antítese bem estruturada e complexa, que não precisava ser entendida e sim aceitada e sentida. Murasakibara o aceitava assim, como ele era, sem tirar nem por e apenas queria o senti, saber como realmente Akashi era sem nenhum tipo de defesa, sem máscara, sem medo.

Os toques ganhavam mais intensidades e Akashi já sem forças para resistir a todas aquelas novas sensações começava a corresponder as caricias, fechou os olhos se deixando levar, as línguas se enroscavam em um beijo repleto de sentimentos e duvidas sem fins, que ao se misturar, juntamente a salivas e os gostos poderiam ser melhor compreendidas.

As mãos se entrelaçaram, por mais errado que pudesse ser aos olhos dos outros, Akashi e Murasakibara naquele momento não se importavam, eram apenas eles, um e o outro e enquanto eles estivessem bem, aquilo estava certo não importando com mais nada, a vida eram deles, apenas deles e por mais complicado que fosse, não se deixariam levar pelo medo.

Quando o violino é tocado ele reproduz sons angustiados, mas quando se para e o escuta com atenção verá que não importa se a musica é triste ou feliz, ela sempre será bela, quando bem tocada a angustia pode ser transformada em uma melodia calmante e tranquilizante que o faz respirar mais livremente.

Assim como o violino, a vida parece ser angustiante quando se vê, mas quando para para observá-la com atenção em seus mínimos detalhes, não importa se sua vida é triste ou alegre, ela sempre será bela, e quando você realmente decidir viver, poderá transformar a angustia em felicidade e calmaria, poderá ser mais livre consigo mesmo.

O violino era o som e a vida a imagem, mas Murasakibara e Akashi eram os artista: O violonista e o ator!


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Notas finais do capítulo

Fanfic não betada (mal revisada por mim) e escrita pelo celular.
O que acharam?



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