Rivalidade escrita por DrunkMai


Capítulo 3
furacão Carla


Notas iniciais do capítulo

Cap curtinho só pra deixar um gostinho de quero mais



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Segui em direção ao quarto dela pra trocar de roupa enquanto ela fazia o almoço. Não sei que tipo de magia negra ela fazia na cozinha mas eu nunca havia visto alguém que conseguia fazer uma simples lasanha congelada ficar tão gostosa quanto ela. Entrei no quarto e parecia que aquele era o único lugar da casa que realmente estava organizado apesar da cama de casal ainda estar desarrumada, não pude evitar observar tudo em volta. Havia fotos penduradas em barbantes em uma parede atrás da mesa do computador dela e na parede atrás da cama já haviam desenhos e frases escritas. Carla nunca perderia a mania de escrever coisas aleatórias nos lugares e eu adorava isso nela. Tentei desviar os pensamentos que começavam a me tomar a mente e focar em trocar de roupa, afinal era por isso que eu estava ali.

Tirei o uniforme do colégio e o coloquei em cima da cama ficando apenas com o short que usava para jogar vôlei e fui até seu armário procurar uma camiseta pra vestir. Assim que abri a porta do armário de cara vi uma camisa do nosso antigo time dobrada em um canto, ela havia cortado ela como camiseta como fazia com a maioria de suas camisas largas mas sem tirar o numero 7 das costas nem o escudo no peito. Resolvi que seria aquela a camisa que vestiria e a coloquei, como ela gostava de usar blusas bem maiores do que ela a camiseta ficou um pouco grande demais em mim.

Me olhei no espelho pra arrumar a camiseta e prender o cabelo e logo depois voltei a observar as fotos na parede, pude notar diversas fotos do nosso antigo time e não pude deixar de sorrir ao lembrar das viagens que fazíamos pros campeonatos até que uma foto em especial me chamou a atenção. Lá no canto, quase escondida atrás do monitor do computador dela estava uma foto nossa que tiramos no ultimo campeonato que disputamos juntas, estávamos abraçadas e sorrindo com nossas medalhas no peito. Peguei a foto e sentei na cama Lembrando daquele dia, tínhamos acabado de perder a final do campeonato estadual mas sorríamos uma pra outra como se tivéssemos acabado de ganhar uma olimpíada.

Naquele dia depois do jogo eu não queria saber de nada, odiava perder, acabei saindo de quadra chutando o que visse pela frente até o vestiário e me recusei a aceitar a medalha de prata. Ela foi atrás de mim no vestiário com as duas medalhas nas mãos e se declarou pra mim, disse que alianças eram algo comum demais pra gente e que aquela medalha ia ser nossa aliança, ela me beijou e me arrastou de volta pra quadra. O treinador nos viu abraçadas comemorando a medalha e tirou aquela foto.
Aquela lembrança me fez sorrir feito boba. Estava completamente perdida nas lembranças quando ouço a voz de Carla.
– Se perdeu no armário Ray? - gritou brincalhona da cozinha me tirando dos meus pensamentos.
–Nada boba... Pro armário eu não volto jamais.

Coloquei a foto no meio do meu uniforme e levei ele até a sala. Guardei o uniforme e a foto dentro da minha mochila velha, tirei o tênis e a meia e fui até a porta da cozinha.
–E essa lasanha aí, vai ficar pronta ou não? - disse me sentando na bancada de granito ao lado da pia.
–A lasanha ta pronta já oh peste, to só terminando de fazer o arroz aqui pra gente comer. - disse se virando pra mim e me olhando de cima a baixo - você não ia só trocar de blusa? Esqueceu o resto da calça no meio do caminho foi?
– Ah, ta muito calor pra ficar de calça comprida... Achei melhor ficar de short mesmo. Vai dizer que não gostou?!- pude notar que ela não parava de olhar para as minhas pernas e comecei a gostar realmente de provocar ela, desci da bancada e mostrei a blusa que tinha pego em seu armário - Fora que achei que essa camiseta ia combinar muito mais com um short do que com aquela calça larga.
A Camiseta cobria mais da metade do short justo que já não era lá o que poderíamos chamar de grande, dei uma volta mostrando como a camiseta tinha combinado com o short e encostei de novo na bancada observando a reação dela. Ela ficou alguns minutos me olhando como se analisasse cada milímetro do meu corpo.
–Esse uniforme sempre te caiu muito bem, mas dessa vez você se superou Ray. - disse se aproximando e passando as pontas dos dedos sobre minha coxa direita acompanhando o desenho da parte da minha tatuagem que aparecia sob o short - Nunca pensei que você fosse ter coragem pra fazer ela. Você tinha tanto medo de agulha.
–Pois é... Morar fora me deu algumas coragens absurdas mesmo. Fiz o dragão lá e ano passado fiz outra aqui no Brasil mesmo - disse sorrindo, meu dragão na coxa era um dos meus maiores orgulhos depois dos esportes.
–Onde é a outra?
– Você vai descobrir - pisquei pra ela e me virei de costas pegando os pratos que estavam secando em cima da pia - que tal a gente comer agora hein? To com uma fome do caramba.


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