Immortal and The Gods escrita por Vicky SG


Capítulo 2
Capítulo 01 - Nova Cidade




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Ainda quero entender o porquê da nossa mudança... O que será que passou pela cabeça dos meus pais ao decidirem se mudar pra cá? Essa cidade me da arrepios... As ruas são vazias e a neblina esta em todo lugar, até parece que essa cidade nunca viu o sol!

Antes de virmos pra cá, tentei procurar registros e informações sobre a cidade, mas não encontrei nada! Ela nem aparecia no mapa! Tentei falar com meus pais sobre isso, mas eles não prestaram muita atenção...

O carro parou, me despertando dos devaneios. Saí do carro lentamente, do modo mais dramático que pude. Observei a casa por uns instantes... Ela era bem simples, com dois andares e parecia bem velha.

_Então Mirella, o que achou? – minha mãe me perguntou com um enorme sorriso na cara

_Ainda da tempo de voltar? – fiz uma careta

_Deixa de ser boba, menina! – ela tirou algumas malas de dentro do porta mala – Tenho certeza que com o tempo, você irá amar essa casa!

_Ah claro... – me sentei em cima de uma delas - Tem certeza de que não posso voltar?

_Tenho! – respondeu meio irritada – Agora folgadinha... Vai ficar sentada ai enquanto levamos tudo?

_ Esta mala esta pesada, não me lembro de por tanta coisa assim! O pessoal da mudança poderia carregar, né?
_ Seria porque essa não é sua mala? — sugeriu ela

Olhei na mala que estava sentada e vi escrito "Renata", o nome da minha mãe.
_ Oh... É por isso. Quem é que mandou comprar malas iguais?

Eu me levantei e olhei em volta, aquela neblina atrapalhava tudo, mas deu para perceber que em frente a nossa casa havia outra... Não tinha certeza, mas achei ter visto alguém na janela. Tirando essa casa e mais outras duas que ficavam bem distante, não havia mais casas naquela rua... Aquilo estava pior do que aquelas vilas de filme de terror...

Eu comecei a entrar em casa, mas hesitei ao sentir que estava sendo observada. Olhei para a casa da frente. Não havia como ser alguém ali. A casa estava toda fechada, não parecia ter nenhuma luz acesa lá dentro, se tivesse alguma chance de alguém morar ali eu jurava que seria um louco qualquer...

Entrei e pude perceber que a casa estava tão acabada por dentro, quanto por fora. Acompanhei minha mãe até o segundo andar.

_Posso ficar com o quarto que dá para ver a rua? — eu disse
_ Já ta querendo fugir pela janela? — brincou minha mãe
_Falta de vontade, eu não tenho... – resmunguei baixinho

Entrar naquele quarto me causou um enorme desconforto... Não sei dizer o porque, mas não me senti a vontade ali. Um frio percorreu todo o meu corpo e comecei a sentir uma sensação ruim.

_Credo...

Resolvi já arrumar logo minhas coisas. Passei um bom tempo organizando tudo e assim que terminei, peguei minha mochila – onde guardei tudo que era importante o suficiente pra que eu não deixasse ir com as outras malas – e tirei o meu diário de lá. Pode parecer besteira, mas aquele diário era meio que uma parte de mim. Escrevo tudo que acontece comigo nele desde os meus 8 anos...

Abri uma pagina qualquer e rabisquei um poema bobo nele. Completei em baixo:

Será que dá para ficar pior?
Já começo a sentir saudades dos carros, do barulho, da poluição e da bagunça da cidade...

Essa cidade só tem neblina... Qual o problema daqui? Cadê as pessoas? Nada contra meus pais, mas não seria legal morar numa cidade só com eles...
Tenho que me fazer de anjinho e convencer meus pais a ir embora daqui...

Arranquei essa página. Peguei a folha e o meu diário e fui até a janela observar a rua. A neblina era pior da janela e não vi nenhuma movimentação... O silêncio reinava naquela rua... Não havia nenhuma iluminação...

Com os pensamentos longe, acabei me distraindo e a folha escapou da minha mão, voando até cair em um lugar não muito bom. O jardim da casa da frente... Maravilha...

Não era necessário mais de vinte passos para chegar lá. Eu olhei através da pequena grade de entrada e não parecia ter ninguém la dentro. Como a grade de entrada não era muito grande eu me apoiei com cuidado ao lado dela tomando cuidado fazer barulho, fiz um tremendo esforço para pegar a folha do meu diário. Assim que consegui pegar, ouvi a porta da casa sendo aberta. Entrei em desespero! Afinal, ele poderia achar que eu estava tentando invadir a casa dele ou algo do tipo!

Quando tentei me levantar e sair correndo, a barra do meu vestido prendeu em uma ponta da quebrada da grade.
— Ah não... — eu disse impaciente enquanto puxava o vestido - Ai... Solta! — disse desesperada
Neste exato momento senti um vulto passar atrás de mim, não sabia se era impressão minha, mas tinha visto uma sombra passar naquela neblina... Eu estava morrendo de medo.
Miranda... — alguma coisa sussurrou
— N-Não! Solta!

Eu coloquei toda a força que eu tinha e puxei com tanta raiva que até cai no chão quando finalmente meu vestido se rasgou, e meu diário acabou caindo lá dentro...

Eu estava com medo e completamente apavorada, até que vejo uma sombra na minha frente... Eu congelei!


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Notas finais do capítulo

Oieee! Ficou pequeno, mas eu espero que gostem



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