Estrelas escrita por Senhorita Vi


Capítulo 1
Intenso.


Notas iniciais do capítulo

Oi,



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Então outra noite – madrugada- esta eu novamente. Todos em casa já haviam dormido, meus pais dormiam cedo, o que mais demorava a dormi era o Bruno, meu irmão mais velho, o outro já tinha dormido ha horas. Ele ficava até altas horas da madrugada assistindo. Ele não se tocava de que sua irmã mais nova queria sair escondida de madrugada? Porem, ouvindo minhas preces, pouco tempo depois ele foi dormi. 

Me olhava no espelho pela milionésima vez e conferia se estava cheirando bem. Eu estava usando o short do pijama e uma blusa folgada.

Meu celular vidrava fazendo meu coração bater mais forte.

Ele- “ Iai, eles já dormiram?”

Eu- “ Já sim”

Ele- “eu já estou subindo”

Eu – “eu tô indo”

Eu conferia se a trava da minha porta estava realmente trancada, ligava o ventilador e deixava o computador ligado tocando música, e finalmente apagava a luz e pulava a janela.

Do lado de fora estava tudo escuro. Quando eu trisquei a ponta do pé no chão da garagem meu coração por um segundo parou ou bateu incontavelmente mais rápido. Já havia feito isso 4 vezes antes, sempre ficava nervosa.

Eu estou aqui andando no escuro e o caminho sendo iluminado apenas pela luz da tela do celular, tropeço no carro, e nos gatos que dormem espalhados.

Eu já conseguia ver ele, em cima da lage, só via a imagem que a sombra projetava, pois estava escuro. Conseguia ver os cachos dos cabelos e a armação dos óculos. Essa noite em particular o céu estava estrelado, mas a Lua não iria aparecer.

A cadeira que eu me apoiava pra subir já estava no lugar, porque eu tinha colocado lá mais cedo, quando não está lá eu tenho que pegar, e eu tenho uma habilidade incrível pra cair e fazer barulho, e não podia fazer.

Parei perto da cadeira e respirei fundo, já estava mais nervosa do que a 5 segundos atrás, coração rápido, tiros no estomago, tontura. Isso é normal? Onde diz que isso é normal?! Ele só era meu vizinho, e era meu vizinho a 10 anos! Certo que nunca formos próximos, só conhecidos.

Eu ia direto na casa dele, porque ele tem duas irmãs e quando eu era mais nova, eu brincava com elas. Deus me ouça para que ele não lembre muito bem daquele tempo. Ele não sabe, mais quando eu era mais nova, eu tinha uma paixonite por ele. Sorri sozinha com isso, lembrar disso só me causava mais arrepios. 

Olho pra cima, certo Cami, você vai ter que subir.

Que eu não caia. Amém. Do jeito que eu estava não duvidava se eu escorregasse.

Olhei pro celular, já era 2 e meia. E comecei a subir. Eu já tinha costume de fazer aquilo, aquele era meu lugar preferido.

Quando cheguei lá em cima, por um momento não consegui encarar ele. Um negócio frio passou por todo meu corpo de novo, era ridículo como eu poderia ficar nervosa.

Olhei pra ele, lá estava, sorrindo. Ele chegou perto de mim e deu um selinho. Ele tinha lábios carnudos e macios, e eu tinha fetiche por sorrisos e boca. E ele tinha um sorriso, ele tinha uma boca, e meu Deus, ele tinha um beijo.

E você já sabe que eu fiquei com aquele sorriso bobo no rosto.

— Oi – eu disse, sussurrando. Tínhamos que sempre falar baixo.

— Tudo bem, nega? – Eu geralmente odiava que me chamasse assim, mas ele falando soava tão íntimo, só ele podia me chamar assim.

— Tudo e contigo? – perguntei. Ele tinha um tom de pele morena tão lindo. 

— Ótimo.

Me sentei no chão e ele sentou-se do meu lado, e me deu um beijo, dessa vez foi um beijo. E eu sentia aquelas borboletas novamente, e no fim do beijo ele mordia de vele meus lábios.

— Se lembra que eu disse que estava pensando em fazer alguma coisa diferente? – Ele perguntou.

— Como poderia esquecer? Me deixou super curiosa. – Eu disse.

Na mensagem ele disse pra mim imaginar o que seria, e eu pensei, e cheguei a uma conclusão. E quer saber? Eu queria ir, a última vez que eu entrei lá foi quando eu ainda brincava com suas irmãs.

— Vamos lá pra dentro? – Ele disse. La dentro da casa dele, do quarto dele.

Eu fingi estar surpresa, fingi pensar e fingi estar indecisa.

— Acho que sim – O que me surpreendeu foi meu coração em dá um pulo.

— Não está com medo, ta? – ele perguntou. Não ousei falar nada, apenas balancei a cabeça negativamente. – Ta bom, vamos. Eu vou descer primeiro, e te ajudo.

Confirmei com a cabeça. O muro do lado da casa dele é mais baixo do que pela minha casa. Ele desceu e logo depois foi minha vez, sem altos problemas. Não que eu seja acostumada a pular muros. Ta bom, talvez eu seja, mas só um pouco.

Andamos um pouco até chegar na frente da casa dele, ele abriu a porta e nós entramos. E quer saber, adoraria falar que meu nervosismo passou, mas não ele estava no ápice. A casa estranhamente tinha o cheiro que eu me lembrava e era quase do mesmo jeito. Nós ainda tínhamos que passar pela frente do quarto dos pais deles e das irmãs.

Imaginei todas as cenas possíveis. As irmãs deles saírem, que estavam acordadas ouvindo música, radio pra ser exata. Os pais dele levantar, o pai dele com a cara de mal, e militar aposentado. Ou a mãe dele com seu sorriso fofo e bem dado e sua voz grossa, que de vez enquanto ouvia ela brigar com eles. Como eu encararia qualquer um deles? Certo que as irmã não fariam alarme nem um, mas mesmo assim. Minha cara de vizinha que estava na casa deles e ia pro quarto do filhos deles, não era irônica o suficiente.

Mas passamos tranquilamente pelas portas. Quando cheguei no quarto ele me arrepiei. Porque?

Quando entrei meu sorriso bobo voltou. Era um quarto normal. Com roupas jogadas na cadeira, sapato encostado na parede, e soando ridícula, o quarto cheirava a ele. Mas a cama estava em lugar diferente no qual eu me lembrava.

— Tãm Rãm – ele apresentou o quarto.

Olhei pra cama e de repente imaginei ele de cueca deitado dormindo à vontade. Nunca tinha visto a bunda dele sem ser por baixo da roupa, mas já tinha pegado na bunda dele. Ele rebolava um pouco quando andava. Era fofo.

— Já volto – ele disse e saiu do quarto.

— Ta – eu disse. Esperando.

Me sentei na cama. E ele voltou, e me encarou. Eu nunca tinha me sentido tão nua e vestida ao mesmo tempo, era aterrorizantemente bom.

Ele não é cara de tem muitos rodeio, ele é um pouco direto.

Chegou perto de me beijou. Dessa vez não foi nada de borboletas ou tiros no estomago. Sejamos francos, foi tesão. Ele me beijava com desejo, necessidade e eu amava aquilo. Meu corpo todo entrava em colapso, junto com o dele. Ele me deitou adequadamente na cama de solteiro dele, eu particularmente preferia a minha que era de casal, digamos que, era mais flexibilidade.

Mas realmente quem se importava? Os beijos que ele me dava, me faziam esquecer que o nosso limite de espaço era pouco, ou que nossas horas juntos eram contadas, e a qualquer instante alguém poderia ouvir e outras milhões de possibilidades.  As mãos deles percorriam delicadamente todo o meu corpo. Uma das suas mãos se focou em abrir meu sutiã, que, meu Deus, tinham agilidade. Eu sempre sorria quando ele conseguia, e ele perguntava:

— O que houve? – com aquela vozinha, que ele nem sonha que eu amo quando ele faz. Ou quando diz, 'vermelhinho', que tem o mesmo efeito. 

E ele conseguiu abrir o sutiã. Sim, geralmente eu não resistia e acabava deixando por um tempo, mais sempre voltava e abotoava ele de novo. Quer saber?

— Um momento – eu pedi.

E tirei o sutiã, mas continuei com a blusa, que era tipo regata, só que eu tinha cortado ela, então ficou cavada, o que era bem pratico. 

Voltei a beijar ele. Ai, como eu amava estar em uma cama. Como amava estar em sua cama.

Ele começou a beijar meu pescoço, meu lado direito começou a se arrepiar. Eu estava louca, a excitação, o desejo. Ele juntou nossos corpos e começamos a nos tocar um ao outro mesmo que por cima das roupas. Aquilo era tão bom, o cheiro do perfume dele preenchia todos os meus sentidos.

Só que tínhamos um limite.

E ele já tinha chegado.


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