Como Sirius foi salvo e como reencontrou a que amava

Sirius não ganhou coragem, mas seguiu a velha até uma casinha; lá ganhou pomada para os machucados, comida e bebida. A velha mostrou uma caminha limpinha e roupas boas.

- Dorme e que Deus te proteja - disse a velha - voltarei amanhã.

Apesar de tantos infortuneos, Sirius comeu, bebeu e dormiu. No outro dia, a velha cuidou dos seus ferimentos trazendo-lhe almoço, lanche e jantar. Ao final do segundo dia, ela falou:

- Siga-me e não fale nada.

Andaram um quarto de hora até uma bela casinha na periferia da cidade. A velha bateu na porta. Abriram. Eles entraram e qual não foi a surpresa de Sirius ao rever, vivinha da silva, sua bela Andromeda. Ela se aproximou, majestosa, coberta de jóias. Sirius se atirou aos seus pés, e Andromeda quase desmaiou. A velha recomendou que fizessem pouco barulho e saiu.

- Mas como! exclamava Sirius comovido - Está viva e em Portugal! Então não foi violentada e estripada como me disse mestre Raito?

- Claro que fui - respondeu a bela Andromeda - mas nem sempre se morre depois desses dois acidentes.

- Mas os barões e seu irmão morreram?

- Sim, morreram - disse chorando Andromeda.

- Mas então como veio parar aqui em Portugal, como escapou da morte?

- Vou explicar num minuto. Mas primeiro preciso saber o que aconteceu com você depois de me beijar e levar pontapés no traseiro.

Sirius explicou toda sua passagem pelo exército, pela Bélgica, no mar de Lisboa, na terra de Lisboa até ali. Andromeda ouviu comovida e então Sirius insistiu que contasse como sobrevivera.